Leonel Brizola:
herdeiro de Getúlio Vargas, nacionalista e trabalhista, que sofreu 15 anos de exílio e lutou pela independência do Brasil.
O
ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio e Janeiro por duas vezes que nacionalizou
empresas estrangeiras, organizou a resistência contra o golpe militar por
intermédio da Campanha da Legalidade e construiu cerca de cinco mil escolas de
primeiro e segundo graus, além de amargar 15 anos de exílio, mostra-se, em sua
última entrevista em 2004 (ano que faleceu), como sempre, preocupado com o
Brasil e os brasileiros.
Em uma
parte da entrevista, o político republicano e trabalhista fala sobre a questão
energética e explica como os estrangeiros, que ele chama de imperialistas,
procedem para impedir o desenvolvimento do povo brasileiro, com a cumplicidade
e o apoio imprescindíveis das oligarquias, das elites brasileiras, que sempre
se associaram aos interesses do que eles, com imenso complexo de vira-lata,
consideram, de forma subserviente, ser a sua Corte.
Brizola: a Campanha da Legalidade evitou o golpe em 1961 e garantiu a posse de Jango |
Contudo, essa realidade não convence a uma parcela de brasileiros,
estratificada em grupos econômicos, como a mídia monopolizada, golpista por tradição, o sistema de mercados
de capitais e setores conservadores empresariais do campo, da indústria, da
Igreja e da classe média, que acha que um dia vai ser rica, lê a revista Veja, o
O Globo, a Folha de S. Paulo e considera que os programas de TV fechada "Saia
Justa" e "Manhattan Connection" são cool e fashion e adoram falar as
palavras cool e fashion. É chique e lembra Miami — a Corte deles.
Por sua
vez, essa gente, além da imprensa privada colonialista, considera o governo
neoliberal de FHC ótimo. Foi tão “ótimo” que os tucanos (PSDB) nunca mais
ganharam as eleições para a Presidência da República. A verdade é que essas
pessoas desprezam o Brasil e o povo brasileiro, afinal a nossa sociedade
escravizou seres humanos por 350 anos — um recorde — e esta realidade e verdade
está enraizada profundamente no subconsciente e na consciência desses segmentos
sociais, que se consideram “superiores” apesar de, indubitavelmente, não sê-los,
porque superior é o povo trabalhador do Brasil. Chique, cool e fashion é o povo.
E sabe por quê? Porque não tem complexo de vira-lata. O grande brasileiro
gaúcho Leonel de Moura Brizola sempre soube disso
Brizola funda o PDT depois de ter perdido o PTB para Ivete Vargas, que fez o jogo dos generais. |
Em tempo:
Brizola, infelizmente, não teve a oportunidade de ver a crescimento social e
econômico do povo brasileiro no decorrer do Governo Lula e agora no governo de
Dilma Rousseff, bem como não teve a satisfação de ver o Brasil ser muito
respeitado pela comunidade internacional. O líder trabalhista também não viu a
presidenta do FMI, Christine Lagarde, chegar, em 2011, ao Brasil de joelhos e
com o pires na mão pedir dinheiro e receber um altissonante não, tal qual ao
que acontecia no governo do vendilhão da Pátria e neoliberal FHC, que, como
hoje procede o FMI, ficou de joelhos e de pires na mão por TRÊS VEZES, a
humilhar o Brasil e seu povo.
Um comentário:
Brizola foi um grande brasileiro e ficará na memória daqueles que compreenderam a sua luta contra os inimigos do Brasil.
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