ENTREVISTA
Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre
O
vereador João Mendes de Jesus (PRB), depois de quase quatro anos a cumprir o primeiro
mandato de vereador da cidade do Rio de Janeiro, vai concorrer à reeleição.
Dedicado a elaborar projetos que estão a tramitar na Câmara dos Vereadores,
João Mendes de Jesus é autor de 11 leis
sancionadas pelo prefeito Eduardo Paes, que, sobretudo, beneficiaram a
população do Rio de Janeiro. O vereador disse ainda que o Rio está a recuperar
sua autoestima no que e relativo à Cidade Maravilhosa ser atualmente a que mais
recebe recursos e investimentos em todo o Brasil.
O
parlamentar é autor de leis importantes e de inquestionável interesse social,
como as Academias da Terceira Idade e as Academias Cariocas de Saúde e
Envelhecimento Saudável, além de leis que definem o Hip-Hop como movimento
cultural de caráter popular, bem como é autor da lei que garante a reserva de
vagas para negros e índios nos concursos públicos em âmbito municipal. João Mendes de Jesus é também um dos autores da lei que
implementou o ensino de horário integral nas escolas públicas municipais.
Davis Sena Filho — Por
que o senhor vai tentar a reeleição?
João
Mendes de Jesus — Por
que considero a política o setor mais nobre da sociedade quando você se dedica,
logicamente, às boas causas, à construção do desenvolvimento social e
econômico, e trata a coisa pública com respeito à população e honestidade com o
povo e consigo mesmo. Sou autor de 11 leis sancionadas pelo prefeito do Rio de
Janeiro, Eduardo Paes. Muitas dessas leis são eminentemente sociais e buscam
atender às pessoas que sempre foram barradas em seu crescimento como cidadãs e
no seu direito, inquestionável, de ter acesso a uma vida de melhor qualidade.
Quero me reeleger porque demonstrei empenho e compromisso com a cidadania, além
de querer dar continuidade ao meu trabalho político como um dos interlocutores
da sociedade carioca no que diz respeito a atender seus anseios e suas
necessidades. Não é qualquer vereador que tem 11 leis sancionadas. Produzi e
não enganei as pessoas que confiaram a mim seus votos.
DSF — O senhor é evangélico
e é bispo... Considera, então, viável exercer a religião e a política sem, contudo,
causar problemas ao seu desempenho como parlamentar e bispo?
JMJ — Exatamente por defender como político e
cidadão um estado laico, que me pauto no sentido de não confundir as coisas.
Sou político, no momento. Quando tiver de voltar para o púlpito, retornarei com
honra, dedicação, obediência e disciplina. Contudo, recebi a missão de ser
político por parte de parcela importante da população evangélica e não
evangélica. Trato de leis, de projetos, da fiscalização dos atos da Prefeitura
do Rio e de me dedicar ao máximo para atender às demandas e às reivindicações
do povo carioca. Por atuar assim e pensar dessa maneira, evito, de forma
concreta, misturar política com religião. Entretanto, lembro que José, o do
Egito além de Moisés, foram profetas de notável reconhecimento divino. Eram
políticos e governaram, não somente o Egito, bem como o povo de Israel. E, sem
sombra de dúvida, sabiam diferenciar o que é política e o que é religião.
Todavia, quero deixar claro que não me comparo a eles. De forma alguma. Seria
insensato. Apenas exemplifico tais fatos que constam na Bíblia por causa de sua
pergunta.
DSF — O senhor é um
político que atua mais em quais áreas?
JMJ — Atuo
fortemente na área social, no que diz respeito ao idoso. Sou o presidente da
Comissão do Idoso e elaborei leis para esse segmento tão importantes, como as
Academias da Terceira Idade que diminuíram a incidência de doenças, dores e
consumo de remédios em 70% dos idosos que passaram a fazer ginástica nas praças
do Rio de Janeiro. Além disso, sou o autor da lei que institui a vacinação dos
idosos em casa, a fim de lhe dar maior comodidade e segurança. Atuo também na
área de moradia, bem como defendo os interesses dos negros e dos índios ao
aprovar projetos como o do Hip-Hop e das cotas para negros e índios em concurso
público promovido pelo município. A verdade é que também apoiei projetos
sociais do Executivo e do Legislativo, além e lutar para aprovar os meus. E os
aprovei.
Nenhum comentário:
Postar um comentário