quinta-feira, 31 de julho de 2014

Lula endurece com o Santander e Merval não abre mão de ser feitor dos ricos

Por Davis Sena Filho Blog Palavra Livre


O líder trabalhista, Luiz Inácio Lula da Silva, mandou o recado: “Botin, é o seguinte, querido: Eu tenho consciência de que não foi você que falou, mas essa moça tua que falou não entende porra nenhuma de Brasil e não entende nada de governo Dilma! Manter uma mulher dessa em um cargo de chefia? Pode mandar embora”!

A presidenta Dilma Rousseff afirmou: "A pessoa que escreveu a mensagem {do Santander} fez isso, sim, e isso é lamentável. Isso é inadmissível para qualquer candidato. Seja eu ou qualquer outro". A mandatária prometeu tomar providências, e a primeira ação, juntamente com o vice-presidente, Michel Temer, foi não participar do 3º Encontro Internacional de Reitores Universia, evento de educação milionário e “menina dos olhos” do presidente internacional do banco espanhol Santander, Emílio Botin.

Toda essa confusão se deve à intromissão indevida de uma executiva do Santander, que, equivocada e a se achar maior do que é, resolveu se envolver com o processo político e partidário brasileiro, um dos mais duros e competitivos do mundo, que atrai a atenção da comunidade internacional, porque se trata do destino do Brasil, a sétima maior economia do mundo, País que exerce inegável liderança na América Latina e no Caribe, um dos fundadores dos Brics, do Mercosul e da Unasul e possuidor de um mercado interno fortíssimo e diversificado, com uma população de 210 milhões de habitantes.

Além disso, o Brasil efetiva uma política externa independente e autônoma, de forma que interage com todos os países associados à ONU, o que não ocorre, por exemplo, com os Estados Unidos, país que tem uma cadeira cativa no Conselho de Segurança da organização multilateral. Contudo, empresários e banqueiros nacionais e internacionais são ousados e petulantes o bastante para considerar que são capazes de empreender ações políticas e ainda pensar que tais atitudes e condutas vão ficar sem respostas. Ledo engano.

A executiva sem juízo e noção do Santander elaborou um texto de caráter mequetrefe e rastaquera cujo objetivo era “orientar” seus clientes bem de vida quanto aos riscos de empregar suas fortunas no mercado brasileiro por causa de uma vitória eleitoral de Dilma Rousseff e, portanto, do PT. Evidentemente que tal banco estrangeiro está a fazer política e, não, como afirma o colunista de O Globo, Merval Pereira, que o Governo e lideranças, a exemplo de Lula e de Dilma, impeçam que o Santander expresse sua opinião sobre a situação econômica do País.

Merval Pereira, na verdade, não fala por ele, pois age como um empregado fantoche dos irmãos Marinho, família bilionária de imprensa e de todas as mídias, que, sem sombra de dúvida, é a principal porta-voz dos interesses do sistema de capitais e uma das principais responsáveis por manter o status quo quase intacto no Brasil, País que foi o último a libertar os escravos e que ainda luta para diminuir as desigualdades sociais, que envergonham a grande maioria do povo brasileiro.

O feitor dos bilionários e do establishment ainda tem tempo para dar uma de “indignado” com as ações do Governo Trabalhista que, além de reagir às mentiras e à má-fé de uma executiva que quis ser mais realista do que o rei, ainda deixou claro que ia tomar providências. Sempre em defesa dos milionários, Merval concluiu suas palavras insensatas com esta pérola: “Numa democracia capitalista como a nossa, que ainda não é um capitalismo de Estado como o chinês — embora muitos dos que estão no governo sonhem com esse dia (hahaha! – este riso é por minha conta) —, acusar um banco ou uma financeira de terrorismo eleitoral, por fazerem uma ligação óbvia entre a reeleição da presidente Dilma e dificuldades na economia, é, isso sim, exercer uma pressão indevida sobre instituições privadas”.

Merval Pereira não toma jeito. Seu desespero e sua mania de perseguição são tão incontroláveis que o escriba dos Marinho enxerga fantasmas em tudo. Seria cômico se não fosse hilário. Merval deveria largar seu emprego de contador de história para a direita e tentar pelo menos ser um comediante. Não é possível que um jornalista veterano, experiente e que tem intimidade com setores do poder, a exemplo de alguns juízes do STF, políticos ligados ao DEM e ao PSDB, além de empresários, não sabe ou não perceba por um pequeno momento que lideranças populares da grandeza política e social de Getúlio Vargas, João Goulart, Leonel Brizola e Lula sempre foram sistematicamente combatidos, bem como foram e são alvos de manipulações, mentiras e conspirações ardilosas que descambaram para o golpe militar e, consequentemente, redundaram em mortes e exílios de três desses atores proeminentes da história do Brasil.
     
Lula, o quarto homem público de formação trabalhista e o terceiro que conquistou eleitoralmente a Presidência da República é até hoje, mesmo fora do poder, o principal alvo de ataques da direita hidrofóbica deste País. A direita que luta, incessantemente, sem dar trégua e água, para que o Brasil não se torne totalmente independente e o povo brasileiro não conquiste sua emancipação definitiva como cidadão. O problema da direita no Brasil e no mundo é que ela é contra a democracia e, por seu turno, inimiga da cidadania. Este é o cerne do problema. O resto é perfumaria. Quem não compreende essa questão é porque não conhece a direita e muito menos a política. Ponto!

A democracia, quando consolidada, organiza a sociedade, que passa a tolerar e a administrar suas ambigüidades, contradições e antagonismos e, por sua vez, a leva a pensar, questionar e a cobrar soluções que permitam melhorar sua condição de vida. A democracia, por intermédio do acesso ao trabalho e ao estudo, bem como por meio da politização dos entes sociais, conscientiza a sociedade e, por conseguinte, a transforma em um corpo social e econômico capaz de dizer não àqueles que manipulam a verdade, deturpam a realidade e, evidentemente, aproveitam-se desse processo draconiano para obter benefícios e privilégios. Ponto!

Por isto e por causa disto pessoas como a executiva do Santander e seu presidente, Emílio Botin, e colunistas, a exemplo de Merval Pereira, tergiversam e manipulam os fatos e tentam modificar os acontecimentos como eles o são. A verdade é que essa gente luta para manter os privilégios de uma casta que controla os meios de produção e os financeiros. São os ricos que, no fundo de suas almas, odeiam a democracia e o desenvolvimento sócio-econômico das classes sociais populares.

Eles querem a primazia, pois se consideram de uma categoria social e humana superior ao restante da população. Merval Pereira e os empresários que são politicamente contra os mandatários trabalhistas sabem que a executiva do Santander fez política e teve a intenção de apagar o incêndio com gasolina. Todos sabem dessas intenções e compreendem, sobretudo, que vai ser muito difícil para a direita vencer as eleições de 5 de outubro.

O horário eleitoral está chegando e o PT e a candidata, Dilma Rousseff, com a participação de Lula, vão poder, enfim, responder às acusações, às denúncias, muitas delas vazias, e às inverdades sobre temas como infraestrutura, corrupção, inflação, juros, programas sociais, Olimpíadas e Copa do Mundo, saúde, educação, Petrobras, PT, “mensalão”, que, para mim, é o mentirão, que encarcerou lideranças petistas sem provas enquanto outros escândalos perpetrados por outros partidos nem sequer chegam às barras da Justiça e às manchetes dos jornais e revistas.

O PT tem de endurecer com seus detratores, pois há 12 anos é alvo de uma campanha sem precedentes contra uma agremiação política, que não é revolucionária, mas apenas reformista. Uma pena. Enfim. Contudo, o Partido dos Trabalhadores, juntamente com o velho PTB de Getúlio, Jango e Brizola, é o partido mais importante da história deste País e o que mais sofreu, diuturnamente, ataques de uma imprensa direitista que se transformou em um partido poderoso em busca de eleger seus “correligionários” políticos e ideológicos. Sempre foi assim. Lula está correto quando questiona o Santander, enquanto Merval Pereira exerce o papel de capataz da Casa Grande. É isso aí.



sexta-feira, 25 de julho de 2014

Netanyahu mata e Israel se transforma em anão moral

Por Davis Sena Filho Blog Palavra Livre


Quem ler o título do artigo poderá pensar que eu sou contra o povo israelense ou contra os judeus, o que, sobremaneira, não sou e não me dou o direito de sê-lo. Considero qualquer povo ou nação dignos de respeito, com direito à independência, à autonomia, à soberania, à liberdade de escolha, além de viver em segurança.

Contudo, a desproporção de força bélica utilizada pelo Estado de Israel contra os palestinos na Faixa de Gaza transforma qualquer causa, mesmo a que diz respeito ao direito de defesa, em uma questão por si só injustificável pelo fato que o extermínio em massa de pessoas não é aceitável pelos regulamentos e leis internacionais de guerra.

Israel, a ter seu premier, Benjamin Netanyahu, como líder político, alega estar apenas a se defender dos ataques do grupo armado Hamas. Todavia, não há ponderação ou exposição de motivos que possam fazer com que a maioria dos países que forma o conjunto da comunidade internacional se acumplicie com um Estado de histórico beligerante que, em nome de se defender, comete um dos piores genocídios de civis que a humanidade teve o horror de ver e observar.

A questão primordial não se resume mais sobre o embate entre as forças regulares de Israel e o grupo armado Hamas. Em hipótese alguma se deve tergiversar ou dar uma conotação dúbia a esse tão importante e fundamental capítulo escrito com o sangue de palestinos civis mortos às centenas até agora pelos bombardeios de aviões e pela artilharia pesada das forças armadas israelenses.

País de dimensões pequenas e com apenas cinco milhões de habitantes, Israel é um gigante armado até os dentes e, no momento, por intermédio do Governo Netanyahu, transformou-se em um anão moral. Não é a primeira vez e, pelo andar da carruagem, nem vai ser a última vez que os líderes israelenses e judeus por etnia cometem barbarismos premeditados, que envergonham a condição humana.

Israel é useiro e vezeiro em bombardear e invadir cidades de países vizinhos e não deixar pedra sobre pedra. Estratégias repetidas de tempos em tempos como forma, inclusive, de fazer com que seus inimigos tenham de viver em uma "eterna" reconstrução de suas cidades, pois suas infraestruturas são totalmente destruídas, bem como setores da economia, a exemplo da indústria e do comércio, são obrigados a começar do zero.

Por sua vez, o pequeno e poderoso país do Oriente Médio aparentemente não se importa com as resoluções da ONU, uma organização internacional ultrapassada, criada no pós-guerra e que tem sérias dificuldades para ter suas resoluções atendidas. Até porque os Estados Unidos, o fiador e financiador das barbáries do Estado de Israel e de seus dirigentes sionistas são seus únicos interlocutores, em um mundo diversificado, multirracial e cultural, bem como há muito tempo questionador do sistema de poder que domina a ONU desde 1945.

A verdade é que a comunidade internacional de 2014 não é a mesma da metade da década de 1940 do século XX. Por seu turno, se mostram, hoje, inviáveis as condições políticas ou geopolíticas para que Israel e seu financiador e sócio de interesses múltiplos, os EUA, continuem em uma toada muda e surda, sem se importar com os valores e princípios morais e religiosos que sempre nortearam os dois países.

Israel se comporta como o 51º estado do país yankee, e atua e age como ponta de lança dos interesses estadunidenses no Oriente Médio e, consequentemente, no mundo. Afinal, os Estados Unidos tem uma população de judeus de cinco milhões de habitantes, sendo que outros dez milhões vivem em diferentes países e continentes, sendo que essa população de judeus que vive fora do território norte-americano tem profundas ligações com a potência mundial e, evidentemente, com a forte e influente comunidade judaica dos EUA.

Como todo mundo sabe, os judeus são importantes homens e mulheres de negócios, sobretudo no que concerne ao controle de bancos, pedras preciosas, petróleo e indústrias diversas, desde a cinematográfica à de laboratórios farmacêuticos, além da armamentista. Estão presentes, de forma singular, nas artes e ciências. São dedicados, determinados, competentes, pois realizaram e realizam grandes obras para o desenvolvimento e o bem-estar da humanidade, em todos os tempos e épocas. Ponto!

Entretanto, a partir da criação do Estado de Israel, no ano de 1948, em que o Brasil teve uma participação fundamental e histórica — o que comprova a competência diplomática do importante País da América do Sul —, Israel aumentou seus territórios por intermédio de vários conflitos armados e nunca mais retornou ao que estava estabelecido no ano em que o estado dos judeus foi criado.

Quaisquer resoluções e censuras contrárias e determinadas pela ONU contra as ações de guerra de Israel eram e são desrespeitadas, com o apoio sistemático e irrestrito dos EUA, o país mais poderoso do mundo e dono de um arsenal militar sem precedentes na história da humanidade. Além disso, os estadunidenses são um dos cinco membros do Conselho de Segurança da ONU, criado no longínquo ano de 1945 e transformado em fórum de debates e, principalmente, de embates da Guerra Fria.

Esta semana, dezenas de países votaram contra Israel e o censuraram por ter cometido assassinatos em massa de civis desarmados e indefesos na Palestina, sendo que a maioria dos mortos era composta por crianças, mulheres e idosos. Os EUA mais uma vez, apesar da carnificina de caráter hitleriano, votaram a favor de Israel, ao tempo em que enviava às pressas o secretário de Estado, John Kerry, para mediar um acordo de paz entre Israel e o movimento islamita Hamas.

Seria trágico se não fosse dantesco. É isto mesmo. Porque a comunidade internacional e os dirigentes norte-americanos sabem que o premier de Israel, Benjamin Netanyahu, somente vai mandar parar de matar — ao que já é considerada limpeza étnica — quando o seu governo sionista conseguir realmente deixar totalmente de joelhos seus inimigos.

Esse fator importante se torna uma grave imprudência estratégica de guerra cometida pelos sionistas, além de ser a destruição moral daqueles que, mesmo sendo inimigos e derrotados belicamente, precisam de um desafogo e de uma saída para respirar, e, por conseguinte, negociar, mesmo contra sua vontade.

E por quê? Porque sabedores que também os ativistas radicais do Hamas vão ter de parar de lançar foguetes pelo menos momentaneamente, para que o extermínio de inocentes não continue. O Hamas tem grande quinhão de culpa, mas a reação de Israel é por de mais desproporcional e as mortes de pessoas indefesas vão constar para sempre em suas escrituras.

Criminosos de guerra como o senhor Benjamin Netanyahu podem não ser derrotados e nem punidos, no decorrer de toda uma vida. Porém, o nome de Bibi (seu apelido) já consta como um dos monstros da humanidade. A matança desenfreada, a ausência de qualquer dignidade, honra e consciência sobre os atos e as ações do governo e das forças militares israelenses contra os civis palestinos enclausurados em pequeno território cercado de muros e de guardas armados fazem a humanidade retornar à barbárie do mundo antigo ou aos tempos das cavernas.

Os assassinatos sistemáticos na Faixa de Gaza não permitem arbítrio, porque impedem que os palestinos acossados pelos bombardeiros tenham para onde correr e, por sua vez, escaparem da morte. Os ataques são de uma covardia ímpar e de uma desumanidade inominável, inenarrável e incomensurável, que marca fundo a condição humana e a consciência coletiva para sempre.

Israel e qualquer país deste planeta eternamente em conflito tem o direito de se defender. Ponto! Isto posto e dirimidas as dúvidas, nenhum ser humano ou governo tem o direito de massacrar populações indefesas, pobres e desarmadas, a exemplo dos civis da Palestina.

O grande irmão de Israel, os Estados Unidos, são tão ou mais responsáveis do que os sionistas do Oriente Médio. Os expansionistas e territorialistas que não medem conseqüências para terem seus interesses concretizados, a despeito da dor que causam e da morte contínua da esperança. Netanyahu está no limbo da história. É isso aí.


quinta-feira, 24 de julho de 2014

PSDB significa retrocesso, desleixo e sofrimento

Por Davis Sena Filho Blog Palavra Livre


Naufrágio da Plataforma 36 (P-36) da Petrobras no governo entreguista de FHC — o Neoliberal  I — e recuperação total da estatal mais brasileira nos governos trabalhistas. Entenderam, coxinhas, somente um dos motivos pelos quais os tucanos vão perder em outubro?
A plataforma inclinada na ilustração (lado dos tucanos) era a P-36, a maior plataforma de produção de petróleo do mundo, que afundou no (des)governo de FHC — o Neoliberal I, em março de 2001. A P-36, volto a comentar, era a maior plataforma do mundo. Só isso. E os tucanos, além de venderem o Brasil, propositalmente não investiam nas estatais brasileiras para que fossem sucateadas e, consequentemente, vendidas a preços mais baratos. 

Só em pensar em PSDB no poder novamente, sinto calafrios, porque sei o que eles são, o que representam e do que são capazes para prejudicar o Brasil e fazer o povo brasileiro sofrer, pois, no tempo do PSDB, nem acesso ao emprego o trabalhador brasileiro tinha, quanto mais ser consumidor.

A falta de investimentos era tanta, que o Brasil ficou no escuro durante 18 meses, ou seja, um ano e meio. Foi o maior e o mais longo apagão da história do Brasil, em um País repleto de rios e de quedas de águas. No decorrer dos governos dos trabalhistas, o Pré-sal se encontra em pleno funcionamento, a dar resultados expressivos, o que vai levar, em pouco tempo, a Petrobras ser uma das cinco maiores petroleiras do mundo.

Os governos tucanos são e foram uma lástima. O que eu falo não são palavras ao vento, porque os acontecimentos são fatos verdadeiros e por isso reais. Para se ter uma ideia da incompetência e da falta de zelo do PSDB e de seus dirigentes, o Brasil teve de ir ao FMI três vezes, humilhado e com o pires nas mãos, porque quebrou três vezes. FHC levou um pito, um "carão" de Bill Clinton, que chamou seu governo de incompetente. Uma humilhação sem precedentes.

No governo Lula, a dívida com o FMI foi paga, os diretores desse banco de rapina e de exploração sumiram do nosso Brasil. Por sua vez, o País hoje é credor do FMI, que pediu dinheiro ao País para poder emprestar, por exemplo, a países como Portugal, Espanha, Grécia, Irlanda etc., que hoje provam o fel amargo de ter o FMI a fiscalizar suas contas e a dar opiniões sobre como os dirigentes e as autoridades dessas nações devem proceder. Uma lástima e humilhação. E o PSDB no Brasil representa isso tudo, porque foi no (des)governo do PSDB, o de FHC, o Entreguista, que o Brasil e seu povo tiveram que cortar um dobrado.

Tenho horror ao PSDB. Realmente, na década de 1990 até o início da primeira década deste século o Brasil e os brasileiros foram verdadeiramente humilhados. O povo e a classe média coxinha não tinham acesso à nada. Mas, nada mesmo. Até para comprar uma simples passagem de avião era complicado porque não cabia no orçamento das pessoas quanto mais comprar a casa própria ou um carro zero, sem falar nos eletro-eletrônicos.

O PSDB é a pior coisa que eu, nos meus quase 55 anos e com 30 anos de jornalismo político, vi e presenciei na minha vida depois da redemocratização do Brasil. Considero inominável o processo draconiano de privatizações e a política externa de dependência e submissão efetivados pelos neoliberais do PSDB. Um absurdo, pois crimes de lesa-pátria e traição na veia. 

Os mais novos, inclusive os que são coxinhas, não sabem disso, porque não viram o Brasil dos tucanos, porque eram crianças ou jovens. Além disso, ser universitário ou ter se formado em alguma profissão ou atividade não quer dizer que a pessoa seja politizada e compreenda, com maior precisão e discernimento, os bastidores e as entrelinhas da política e da imprensa de mercado.

Os tucanos no poder significam retrocesso, atraso e falta de compromisso com a sociedade brasileira. Ponto! Bato na madeira três vezes só de pensar que essa gente descompromissada e de caráter alienígena possa um dia voltar para governar o Brasil e submetê-lo novamente à servidão perante os países imperialistas e colonialistas.

Quero e desejo um Brasil para os brasileiros e para os estrangeiros que aqui querem morar e cooperar para que possamos nos transformar em uma sociedade civilizada e de bem-estar social. O PSDB significa retrocesso, desleixo e sofrimento. É isso aí.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Dunga volta à Seleção e deixa imprensa com a boca amarga pelo fel

Por Davis Sena FilhoBlog Palavra Livre


O gaúcho de Ijuí, Carlos Caetano Bledorn Verri, o Dunga, ex-craque de futebol não reconhecido como tal por grande parte da imprensa de mercado reassumiu o cargo de treinador da Seleção Brasileira, o time mais famoso e importante do mundo. Dunga é campeão mundial de 1994 pela Seleção e conhece seus bastidores como poucos, porque desde muito novo participou de diversas categorias de base do escrete brasileiro até chegar ao profissional.

Capitão da Seleção, Dunga levantou o caneco, como diziam os antigos, e mostrou, como jogador e treinador nos vinte anos que defendeu a Amarelinha, um comprometimento e amor às cores do Brasil muito maiores, por exemplo, do que quase a totalidade dos jornalistas e parte da sociedade brasileira, que, por motivos diferentes e também iguais, tratam de desconstruir a autoestima dos brasileiros, por razões políticas e ideológicas, bem como, evidentemente, por interesses comerciais.

Um exemplo é a tentativa frustrada da Rede Globo e da imprensa de negócios privados, em geral, de fazer com que a torcida brasileira parasse de cantar um de seus cânticos mais populares e tradicionais, no qual reafirma sua brasilidade ao proferir o hino: “Eu sou brasileiro, com muito orgulho e muito amor!” Canto de “guerra” composto, em 1949, pelo professor e compositor, Nelson Biasoli, de 83 anos, e que jamais imaginou, segundo seu filho, Nelson Júnior, que a canção se transformaria em parte intrínseca da cultura brasileira, pois cantada há 65 anos, não somente nos estádios de futebol, mas em todas as competições e modalidades esportivas em que o Brasil esteja competindo.

A verdade é que certa “elite” portadora de complexo de vira-lata e provinciana é antinacionalista, porque para ela nacionalismo “bom” é o da Inglaterra e o dos Estados Unidos. Países admirados por alguns grupos sociais brasileiros colonizados e que se acostumaram, no decorrer de gerações, a ver nos cinemas, livros e jornais atores artísticos e sociais a cantar seus hinos nacionais, suas lógicas ufanas e de carácteres nacionalistas, além de admirar suas bandeiras a ser desfraldadas ou cravadas em solos quando suas forças militares conquistavam territórios dos inimigos.

Aí vale e tem graça para os coxinhas de classe média e os ricos colonizados, que pensam ser o eixo Nova Iorque, Miami, Londres e Paris o centro do universo quando, indubitavelmente, não o é. O mundo é muito maior e tem muito mais coisas que a ignorância e o preconceito dessas pessoas quando pensam ou deixam de pensar, pois sabemos que a humanidade é diversificada em todos os sentidos e que as hegemonias são passageiras mesmo se demorarem muito em termos históricos, pois, irrefragavelmente, submetidas ao tempo, que é realmente e inapelavelmente o senhor da razão.

Dunga reflete por enquanto esse contexto e surge das cinzas para assumir novamente o posto de treinador da Seleção Brasileira. Combatido duramente pela imprensa corporativa, o treinador passou quatro anos praticamente “congelado”, com um curto interregno quando treinou o Internacional, time de sua infância e do seu coração. No Colorado, foi campeão gaúcho e logo depois deixou o clube e foi cuidar de seus negócios e de sua vida particular.

Contudo, existe uma realidade que não pode ser questionada: Dunga é mais íntimo da Seleção Brasileira do que qualquer clube em que ele jogou e treinou, pois desde garoto até a vida adulta sempre freqüentou a CBF, seja como atleta ou treinador. Conhecer os bastidores políticos da Confederação, ser disciplinado, determinado e corajoso para enfrentar interesses contrariados são virtudes que não passam despercebidas pelos políticos, dirigentes esportivos, imprensa e sociedade.

Engana-se aquele que acredita ser o Dunga apenas um treinador. Ele foi reconduzido a cargo e função tão importantes por se tratar de um profissional que não vai tergiversar quanto a seus objetivos, de sua comissão técnica, da CBF e principalmente no que tange à relação com a imprensa burguesa, que, tal qual acontece no que é relativo à política nacional, insiste em pautar a Seleção Brasileira, porque a finalidade é apenas fazer dela um produto vendável e que gere lucros bilionários, como os que as Organizações(?) Globo obtiveram, agora, na Copa do Mundo de 2014.

Creio que o Dunga amadureceu com o linchamento profissional e moral do qual foi vítima, no decorrer da Copa de 2010, na África do Sul, ao ponto de os profissionais da Globo e de suas congêneres se voltarem contra o treinador, de forma virulenta, bem como torcerem nitidamente contra a Seleção, porque o gaúcho quis pôr ordem na casa, no que diz respeito a não seguir as pautas programadas pela imprensa alienígena, que queria tratá-lo como um de seus empregados, a obedecer as redações e certos jornalistas autoritários e arrogantes que desejavam “furos” jornalísticos, entrevistas exclusivas e cobrir treinos para se aproximar dos jogadores na hora que quisessem e conforme os interesses dos editores de seus órgãos de jornalismo.

Nesses dias percebo ao assistir e ouvir os programas esportivos de rádios e televisões (abertas e fechadas) o sentimento de amargura e inconformismo de muitos jornalistas, sendo que a maioria participou, na maior insensatez, perversidade e complexo de vira-lata da tentativa de desconstrução e desqualificação da Copa realizada este ano no Brasil. Profissionais de imprensa que se dispuseram e se dedicaram a diminuir o Brasil, pois o propósito era propositalmente negativar a autoestima do povo brasileiro e fazer com que ele tivesse o falso sentimento de que o País não conseguiria realizar um evento de qualidade por ser incompetente e desleixado.

Ledo engano! A Copa do Mundo foi um retumbante sucesso, e, inequivocadamente, admirada e aplaudida por todas as nações que participaram do evento mundial ou o acompanharam pelas televisões. Os números e os índices da Copa são fantásticos, porque o Brasil foi visto por quase dois bilhões de pessoas, os estrangeiros e brasileiros gastaram R$ 30 bilhões no País, o que vai influenciar, inclusive, no PIB, e quase um milhão de pessoas transitaram como turistas.

O número de turistas estrangeiros poderia ser maior, se não fosse a campanha insidiosa, de conotação mentirosa e propositalmente alarmista efetivada pela imprensa burguesa, direitista e tão ideológica e provinciana que sabotou e boicotou um evento internacional que, obviamente, apenas lhe trouxe altos lucros, pois se tem uma coisa que os magnatas bilionários da imprensa familiar não fizeram foi pegar a carteira ou enfiar a mão no bolso para investir na Copa. São tão reacionários e contra o Brasil que não se importaram em mentir e manipular fatos e realidades, porque apostaram no fracasso do campeonato mundial por causa de questões político-eleitorais. São de uma mediocridade política e social que não há sol que os aqueça ou os ilumine. Ponto!

Todavia, creio que a imprensa mercantilista e por isso meramente comercial vai perder seu “passe livre” para fazer o que quer ou bem entender, a ter os senhores Galvão Bueno e William Bonner e seus patrões Marinho como “diretores” ou “tutores” da Seleção Brasileira, que não pertence à Globo, às suas congêneres e, sim, ao povo brasileiro, que a ama e veste sua camisa amarela com orgulho e paixão. A Seleção é parte importante da cultura deste País e representa a grandeza do Brasil, a sua força, talento e competência, sem sombra de dúvida.

Dunga volta à Seleção e deixa a imprensa-empresa com a boca amarga pelo fel. Sua posse como treinador da Seleção Brasileira é, antes de tudo, uma ação política e o resgate de sua cidadania como um brasileiro que sempre defendeu as cores deste País com respeito e dignidade. Dunga não é apenas corajoso por ter enfrentado interesses de empresários, da imprensa comercial e privada, bem como dos políticos. O ex-jogador e treinador se tornou um homem respeitado por ser leal, justo e coerente, de acordo com seus comandados. Dunga é corajoso porque é digno. É isso aí.


quinta-feira, 17 de julho de 2014

FHC e PSDB: neoliberalismo na veia e retrocesso

Por Davis Sena Filho Blog Palavra Livre


O PSDB É O PARTIDO DO ATRASO E DO RETROCESSO. PAROU NO TEMPO.
Como se observa, o primeiro decreto de Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I — quando assumiu a Presidência da República foi extinguir a Comissão Especial de Combate à Corrupção efetivada pelo presidente nacionalista Itamar Franco, o verdadeiro pai do Plano Real (o tucano era seu ministro da Fazenda), fato este que levou Itamar, posteriormente, arrepender-se, e, inclusive, questionar duramente a conduta de FHC, que assinou as cédulas da nova moeda no lugar do então ministro da Fazenda, Rubens Ricúpero. O tucano não era mais ministro, e incorreu em erro grave.

Acusou Itamar: "Eu me arrependo é de ter escolhido ele candidato. Tenho o maior respeito pela inteligência dele, mas ele errou. Ele já não era mais ministro (da Fazenda) e, mesmo assim, assinou cédulas (de Real). Isso é a primeira vez que eu estou revelando. Isso é grave porque só poderia ter assinado a cédula o ministro Ricúpero (Rubens Ricúpero, que substitui FHC de março a setembro de 1994, durante a implementação do Plano Real)".  

E completa: "O ministro Ricúpero foi o sacerdote do Plano Real. Mais até do que o FHC. Eu vi. Mandei verificar. Ele assinou, sem poder assinar. Ele sabia que sem o autógrafo, sem ele na cédula do real, ele não ganharia. Não. O Real começou a circular em 1º de julho. Daí o medo da equipe dele, porque estava muito próximo do processo eleitoral. Tinham aquelas dúvidas, mas o Ricúpero sustentou a continuidade".

Este é o FHC, aquele presidente do PSDB entreguista e que governou o Brasil como um caixeiro viajante e, subserviente e subalterno, implementou no País a diplomacia da dependência, porque alinhada automaticamente com os interesses dos EUA. Poder-se-ia também chamá-la de diplomacia do tirar os sapatos, como o fez o ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, em 31 de janeiro de 2002. Atitude que, sem sombra de dúvida, simbolizou o governo vendilhão de FHC, além de demonstrar o quão as "elites" brasileiras são subalternas e provincianas, para, em troca, receberem migalhas do que ela considera "Corte" para manterem intocáveis seus status quo em relação ao povo do Brasil.

FHC, o vendilhão da Pátria, mal assume a Presidência e extingue a Comissão de Combate à Corrupção. Nada que surpreenda àqueles que sabem como procedem e agem os tucanos. O fim da Comissão, na verdade, tinha por finalidade deixar livre o caminho para as privatizações, também conhecidas por grande parte da população brasileira como privatarias. O Neoliberal I realmente não defendeu os interesses do Brasil quando foi eleito o mandatário mais importante do País. Pelo contrário, o quebrou três vezes, pois foi ao FMI três vezes, de joelhos e com o pires nas mãos.

Em encontro de presidentes de países considerados desenvolvidos, o mandatário porta-voz das elites e submisso aos ditames do FMI, do Banco Mundial (Bird), da OMC e da UE levou um "carão" do presidente estadunidense, Bill Clinton, que praticamente o chamou de incompetente e chorão, ao dizer-lhe que a culpa das perdas internacionais do Brasil era do governo do PSDB e não somente das políticas econômicas de exploração, rapinagem e pirataria formuladas pelo Consenso de Washington e as quais Fernando Henrique as transformou em "bíblia" a ser seguida no Brasil e a ter a imprensa alienígena e de negócios privados como sua defensora pit bull.

Ai daquele que se atrevesse questionar o pensamento único da década de 1990 e início do século XXI. Era logo chamado de dinossauro ou "esquerdopata", pois os arautos da dependência e da servidão aos países ricos batiam sempre na mesma tecla de que as ideologias acabaram com o fim da União Soviética e que termos como esquerda e direita se tornaram arcaicos. Como se ser de esquerda é apenas relativo às utopias socialistas ou ao socialismo científico ou real. Nada mais enganoso e sem credibilidade, porém, manipulado pelos defensores do capital e da nova ordem econômica mundial imposta ao mundo por intermédio do neoliberalismo.

A verdade é que o PSDB ainda não pagou por seus erros e malfeitos até hoje, tanto no âmbito do Judiciário quanto no que é referente ainda a vencer eleições em estados de eleitores conservadores, a exemplo de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, unidades da Federação ricas cujos governos ocupados pela direita de caráter udenista reagem, com o apoio e a proteção da imprensa, aos programas e ao projeto dos governantes trabalhistas de distribuição de riqueza e renda, que geram empregos, porque giram a roda da economia. 

Fernando Henrique Cardoso é o pior presidente que este País já teve. Seu sentimento de brasilidade é nulo, e, por sê-lo, o tucano é completamente divorciado dos interesses da Nação. Seu candidato a presidente, Aécio Neves, é seu alter ego quando mais jovem. FHC é um playboy com verniz de intelectual, mas como sociólogo não conhece o povo e suas assertivas sobre a sociedade brasileira são completamente superficiais e confusas, porque tal professor não possui a essência, a sensibilidade e a profundeza de conhecimento de intelectuais da grandeza de Joaquim Nabuco, Darcy Ribeiro, Gilberto Freyre, Paulo Freire, Anísio Teixeira, Florestan Fernandes, Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior, dentre muitos outros de uma lista de grandes brasileiros.

Não adianta conhecimento acumulado se o portador das informações não tiver sensibilidade social e política. E é exatamente o caso do senhor tucano e neoliberal Fernando Henrique Cardoso. Seus aliados que estão a poucos meses das eleições de outubro já formulam e apresentam ao público a plataforma política e econômica do PSDB. Trata-se de neoliberalismo na veia, a ter como áulico o ex-presidente do Banco Central de FHC, o banqueiro Armínio Fraga, que já anunciou as medidas impopulares que Aécio Neves vai efetivar em um tempo de Brics, de desenvolvimentismo, de consolidação de blocos econômicos que não rezam pela cartilha draconiana do FMI e do Bird, bem como do fortalecimento dos mercados internos dos países emergentes, principais criadores de empregos e de desenvolvimento das nações que buscam outras saídas que não sejam aquelas indicadas pela ONU e pelas instituições econômicas criadas após a II Guerra Mundial.

A vitória eleitoral do PSDB, ou seja, da direita brasileira é a derrota das forças populares e progressistas, que há doze anos estão no poder e transformaram o panorama econômico e social do Brasil para melhor. O País, evidentemente, não é mais o mesmo. A democracia está consolidada e o povo brasileiro está mais maduro politicamente, a reivindicar e a sair nas ruas como nunca antes aconteceu neste País. E não é porque as pessoas estão apenas insatisfeitas com o Governo Trabalhista, mas principalmente porque melhoraram de vida e querem mais educação, saúde, segurança e emprego. Ponto! O PSDB é a antítese do desenvolvimento, porque é o formulador de políticas públicas derrotadas e teses que não deram certo. O PSDB é o partido do retrocesso. É isso aí.

PS: Itamar Franco tinha razão.         



A culpa é da Dilma

a hora da charge Blog Palavra Livre


terça-feira, 15 de julho de 2014

O retrato da classe média — O coxinha sem revolução

Por Davis Sena Filho  Blog Palavra Livre


O negócio é o seguinte, caros coxinhas de classe média e escribas da imprensa familiar e alienígena: a presidenta Dilma Rousseff, a respeito de ser acusada de usar a Copa como trampolim político, na verdade nunca procedeu dessa forma. Quem politizou o evento internacional e aproveitou para usá-lo de forma infame e desajuizada como arma eleitoreira foi o principal partido da direita brasileira, o PSDB, além dos magnatas bilionários do sistema midiático privado, a ter como replicadores de suas sandices e insanidades político-ideológicas a classe média coxinha, caucasiana, usuária há mais de século das universidades públicas.

A classe coxinha, a mesma que nunca viveu tão bem, no decorrer de 50 anos, e jamais consumiu tanto como observado nos últimos 12 anos. A classe que não é classe, mas que odeia o Brasil, ao tempo que adora os Estados Unidos e alguns países da Europa ocidental. A casta arrogante, portadora de rancor e de uma vocação destrutiva que deixaria um sadomasoquista com a impressão que seus problemas psíquicos e mentais são de uma desimportância real quando comparados com o complexo de vira-lata e a baixa estima dessa gente. Este é o retrato da classe média e dos coxinhas sem revolução.

Os coxinhas que acreditaram na imprensa de negócios privados quando seus trombeteiros da má-fé e da negatividade afirmavam que o Brasil é incompetente para realizar a Copa, pois os aeroportos são um “caos”, igualmente os transportes coletivos e as vias públicas. A pequena burguesia boca suja, mal educada e provinciana tal qual aos ricos da Casa Grande, que ela tanto admira e espera um dia participar de suas comezainas. Os herdeiros da golpista Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que também acreditaram que os modernos e belíssimos estádios brasileiros ficariam prontos para o mais importante torneio de futebol do planeta somente em 2038.

Quanta falta de discernimento e tanta obtusidade, meu Deus! Inacreditável que milhões de pessoas de classe média, de origem universitária e que nunca passaram fome na vida tenham capacidades cognitivas tão simplórias e superficiais, que as levam a perceber e interpretar os fatos, os acontecimentos e as realidades que se apresentam de forma tão distorcida e deturpada. Por serem assim, transformam-se em feras intolerantes e passam a vaiar, a xingar, a demonstrar todo tipo de preconceito, a exemplo do racial, do sexual, de gênero e o de classe, nas redes sociais, nos estádios e em outros logradouros públicos.

A classe média disseminadora contumaz dos princípios e valores da grande burguesia. Aliada ideológica da Casa Grande, não se faz de rogada e “apedreja” àqueles que ela considera inimigos de seu bem-estar material e social; e que, de acordo com ela, estão a infringir as crenças e “normas” de seu senso comum. Via de regra, considera como intrusos os que estão abaixo de seu status, além de possíveis violadores de sua zona de conforto, exemplificada e concretizada em suas pequenas conquistas, ao tempo que concedidas pelo establishment e retratadas como “seus” quinhões, a exemplo das universidades, dos shoppings, dos restaurantes e lanchonetes, dos aeroportos, dos clubes, das casas de shows, dos cinemas e até mesmo dos bairros e lugares públicos, como as praias, que, para quem não sabe, no Rio de Janeiro são divididas em trechos, de acordo com os grupos sociais, de maneira quase espontânea.

Essa classe média conservadora é possuidora de valores e pensamentos patrimonialistas. Confunde o público com o privado e considera normal, por exemplo, que policiais militares ou civis vigiem e guardem o patrimônio privado. Quando tal policial é baleado, ferido ou simplesmente morre, os coxinhas não sentem nada, pois sua ideologia o faz considerar “normal” o policial morrer, porque historicamente, no Brasil, os policiais são vistos como feitores, bate-paus, jagunços ou leões-de-chácara. Não estou a falar da oficialidade, mas, sim, de praças, geralmente negros ou brancos pobres, que pegam no pesado, inclusive a subir morros e rodar pelas periferias mais perigosas do País.

Nas cabeças das classes médias tradicional, média alta e rica tais guardas do Estado estão aí para isso mesmo: cuidar do patrimônio privado e morrer, se não tiver jeito, sem comiseração ou sentimento de culpa. Sempre foi assim no Brasil: as guardas públicas cuidar do privado e do bem-estar e conforto dos que sempre se consideraram os suprassumos da sociedade. É assim desde os tempos do Brasil colônia. Ponto! Por isto e por causa disto, vemos a classe média a ocupar estádios construídos para a Copa, sem ao menos questionar se ela foi contra tais edificações, bem como se aliou a uma das piores imprensas do mundo no que tange a escamotear a verdade, a manipular os fatos e a distorcer os acontecimentos. A resumir: a imprensa-empresa que elabora o verdadeiro jornalismo de esgoto e por isto não tem o menor compromisso com o Brasil.

A dar os trâmites por findos, a classe média branca e colonizada resolveu ver os jogos da Copa, apesar de se dizer contra o megaevento, que injetou R$ 30 bilhões no País e vai elevar o PIB para cima. A Copa que empregou um milhão de pessoas e considerada o melhor campeonato mundial de seleções de todos os tempos. Contudo, não há reconhecimento pelos políticos de direita, à frente os tucanos, pela imprensa venal e de histórico golpista e também pelos coxinhas de classe média de perfis conservadores e mais reacionários que o próprio empresariado que os emprega.   

Resolveram vaiar e ofender com palavras de baixo calão a presidenta da República, a responsável maior pela realização da Copa, afinal aeroportos, vias públicas, mobilidade social e alguns dos estádios precisaram para serem construídos do apoio do Governo Federal, no caso o Governo Trabalhista, o que trouxe não somente a Copa para o País, bem como teremos, em 2016, as Olimpíadas, o que vai fazer com que o Brasil, definitivamente, entre no clube dos países grandes em termos mundiais, porque não é para qualquer um realizar eventos de tais portes e tamanhos. Ponto!

E aí, deu no que deu: estádios magníficos construídos pelos competentes e talentosos operários e engenheiros brasileiros e freqüentados pelos coxinhas raivosos e com inenarráveis e incomensuráveis complexos de vira-latas. Por terem dinheiro, ocuparam os espaços dos estádios — das moderníssimas arenas. Como observamos, os coxinhas tiveram muita disposição para vaiar e xingar a principal mandatária brasileira, sem se importar com a total falta de educação e o respeito com aquela que foi constituída e institucionalizada pela maioria do povo brasileiro, por intermédio das urnas soberanas, ferramenta e instrumento da independência popular.

Contudo, nada que surpreenda, mas os governos estaduais e municipais têm de viabilizar, urgentemente, a presença do povo nos estádios, porque é o povo o freqüentador histórico dos estádios de futebol. Portanto, necessita-se de um número bem maior de ingressos baratos a serem oferecidos para a maioria da população, que não é rica e nem remediada como o são os coxinhas de classe média.  A resumir: os ingressos têm que chegar às mãos do povo, bem como a nefasta, entreguista e neoliberal Lei Pelé promulgada no Governo de FHC — o Neoliberal I — precisa ser extinta para que os clubes brasileiros se salvem, mas este é outro assunto do qual, posteriormente, ocuparei-me.

A maioria dos coxinhas, não vou generalizar para não ser injusto, não freqüenta os estádios. Esta é a verdade irrefutável.  A Casa Grande (burguesia) e os coxinhas (pequena burguesia) não aprendem e não querem aprender, pois, para eles, nada importa. Não interessa se os empresários nunca ganharam tanto dinheiro com a ascensão dos trabalhistas ao poder. Ou se os coxinhas tiveram acesso ao mercado de consumo, pois, que eu me lembre, a classe média deste País, antes de 2003, enfrentava grandes dificuldades financeiras até mesmo para pagar uma passagem de avião, o condomínio, o aluguel, comprar uma televisão de bom tamanho, computadores, celulares e geladeiras ou máquinas de lavar roupas.

Esta é a verdade, porque eu sei. Sou de classe média e tenho amigos, colegas e conhecidos que já me disseram que as vidas deles e de suas famílias melhoraram nos últimos 12 anos. Vale ressaltar que a maioria não vota no PT, na Dilma ou no Lula por ideologia e também preconceitos. Vota no PSDB, mesmo sabendo que os tucanos em seus governos deixaram o País com inflação alta (12,5%) e praticamente sem reservas internacionais, irem ao FMI três vezes, porque quebraram o Brasil três vezes, afundaram a maior plataforma de petróleo do mundo, a P-36, além de serem responsáveis por um apagão que durou dezoito meses.

Não satisfeitos com tanta insensatez, entreguismo, pusilanimidade e ganância, venderam o patrimônio público construído por inúmeras gerações de brasileiros, a começar pelos contemporâneos do estadista gaúcho Getúlio Vargas, sendo que o mais simbólico foi a venda da Telebras e da Vale do Rio Doce. O PSDB, com a cumplicidade do DEM e do PPS, governou como caixeiro viajante e realizou a maior venda de bens pertencentes ao Estado de um país em todos os tempos, dentre muitos e muitos outros absurdos de autoria do PSDB, o partido que defende, sem sombra de dúvida, os interesses das oligarquias nacionais e internacionais. Ponto!   

Antes dos Governos Trabalhistas, era tudo muito difícil para a classe média coxinha ter acesso a bens móveis (carro zero) e imóveis (casa própria), comprar eletro-eletrônicos, ter direito ao crédito bancário, viajar, estudar, e, o mais importante, ter seus filhos empregados. As faculdades privadas que deitavam e rolavam, hoje tem de atender aos requisitos e às determinações do Ministério da Educação. Muitas faculdades e universidades, que faziam do estudo apenas comércio, tiveram de fechar suas portas e o nível da qualidade do ensino das que ficaram abertas melhorou.

O Enem, o Sisu, o ProUni  e o Fies acabaram com a exploração no ensino ou diminuíram muito a mercantilização efetivadas pelos cursinhos, muitos deles pertencentes a empresários milionários, que combateram ferrenhamente o Enem, por exemplo, com o apoio, inclusive, do Ministério Público, principalmente o do Ceará, que nos primeiros anos do Enem infernizou o processo democrático de seleção de alunos e candidatos, bem como o sabotou e o boicotou, a atender demandas escusas, pois não tão bem explicadas, com o apoio de uma imprensa de mercado, que, volto a dizer, odeia o Brasil e luta contra o desenvolvimento social e econômico de seu povo.

Os coxinhas, a meu ver, ainda não compreenderam a revolução silenciosa, sem violência, pois democrática, efetivada pelos governantes trabalhistas do PT. Seus preconceitos ideológicos, políticos e de classe social não os permitem avaliar com acuidade os fatos e as realidades acontecidos a partir de 2003 quando o operário e líder de massas, Luiz Inácio Lula da Silva, ascendeu ao poder republicano. Até hoje, passados 12 anos, a burguesia e a pequena burguesia não se conformam com os ditames da história e por isso tentam desconstruir e desmoralizar o PT, os presidentes trabalhistas e “tudo o que está aí", como eles gostam de afirmar. Contudo, as urnas também estão aí. Basta o povo brasileiro não dar a maioria dos votos aos petistas. Agora, apostar em golpes e trapaças políticos e eleitorais é inaceitável, até porque vivemos em um estado democrático de direito e o povo é o guardião soberano da Constituição. É isso aí. 


quinta-feira, 10 de julho de 2014

Copa, Merval, casa grande, classe média e má-fé

Por Davis Sena Filho Blog Palavra Livre



"Da águia mansa me livre Deus. Da brava me livrarei eu". (Provérbio popular)

Então, vamos à pergunta que teima em não calar: o que a cidadania, a Nação, os trabalhadores e o povo brasileiro podem esperar das Organizações(?) Globo, de suas congêneres e de empregados como, por exemplo, um dos feitores da família Marinho, que atende pelo nome de Merval Pereira? Respondo, sem vacilar: nada vezes nada! E por que tanta resignação ou decepção? Informo-lhes: não estou decepcionado e muito menos resignado, apenas sei que, indubitavelmente, a mentira e a manipulação não são boas conselheiras e, por seu turno, não merecem atenção para serem consideradas.

Merval Pereira há dias faz oposição à Dilma Rousseff, no que concerne ao sucesso ou ao fracasso da Copa do Mundo. Se a Copa tivesse fracassado, Merval e seus "iguais" da imprensa de mercado diriam que os brasileiros e principalmente o Governo Trabalhista são incompetentes e como tais deveriam se colocar em seus lugares, ou seja, as arquibancadas destinadas aos inaptos, aos subalternos, aos subservientes e aos que nasceram para ver os países colonialistas brilharem, bem como se resignar com um pouco de centelha que por um acaso escapou da luz intensa das sociedades ricas em termos planetários.

É essa gente vira-lata e, por sua vez, de insofismável baixa estima que torceu e continua a torcer contra o Brasil, um País poderoso, cuja sociedade civil deveria espalhar ratoeiras em todos seus cantos e rincões para "matar" ratos, como os que empesteiam as redações da imprensa de negócios privados, que, alienígenas e apátridas, prejudicam o Brasil moralmente, economicamente e politicamente, como aconteceu antes e durante a Copa, bem como vai continuar a acontecer, com ênfase ainda maior, até as eleições de outubro deste ano, afinal o candidato da imprensa-empresa é o tucano do PSDB, senador Aécio Neves.

Considero inominável e indescritível o que imprensa corporativa travestida em partido político fez para que a Copa do Mundo no Brasil fracassasse mesmo sabendo que tal evento acontecido aqui a beneficiasse em bilhões de reais, como, por exemplo, ocorreu com a Globo, que, segundo o Governo, faturou por baixo R$ 1,5 bilhão. Trata-se de um empresariado tão reacionário e amante do retrocesso, que não se importa de sabotar e boicotar torneio internacional de tamanha envergadura para que seus interesses políticos e ideológicos sejam concretizados, a não importar, realmente, o preço pago por tal insanidade política.

É, de fato, uma gente kamikaze e que demonstrou não ter limites, o que a torna extremamente perigosa, inclusive para a estabilidade política e institucional do País. São empresários de históricos e origens golpistas, magnatas bilionários e que apostam, juntamente com seus empregados paus mandados, "no quanto pior, melhor". Agem assim porque são realmente divorciados do corpo social, pois vivem em um mundo à parte, que se hospeda no pico da pirâmide social em âmbito planetário.

São as águias deste planeta, e sabem disso. Por conseguinte, consideram-se fortes e poderosas o suficiente para enfrentar governos, tentar derrubá-los e muitas vezes conseguir alcançar tão vil intento, porque a meta é sabotar quaisquer tentativas de independência e autonomia levadas a cabo por governantes nacionalistas, populares e esquerdistas. Conspiram e participam de golpes de estado. Desestabilizam o estado institucional e rasgam constituições. No poder, retiram benefícios e direitos trabalhistas e sociais, e, indignos e mentirosos, os chamam de privilégios e gastos, quando a verdade é que os benefícios são direitos históricos conquistados com muita luta e até mesmo com derramamento de sangue.

A imprensa familiar brasileira é inescrupulosa e não mede conseqüências para angariar simpatias e, consequentemente, trazer para seu lado a classe média, que, já cansei de afirmar, é a classe que não é classe, mas é a principal consumidora dos produtos dos grupos midiáticos, bem como acredita que um dia vai integrar a casta dos ricos, que, espertamente, trabalham com o imaginário de uma classe média branca, tradicionalmente universitária e que ocupa os melhores empregos dos setores privado e público desde quando Dom João VI aportou na Bahia.

São os conhecidos coxinhas, que detestam o Brasil e replicam, disseminam e propagam os valores e os princípios das classes dominantes, essas, sim, grupos sociais definidos, pois donas e controladoras dos meios de produção, como o são os trabalhadores, donos que são da força de trabalho e que se organizam em sindicatos para negociarem ou combaterem seus patrões. A classe média não é classe, mas se torna aliada, como apêndice que é dos ricos e dessa forma se sente bem, a habitar seu imaginário com sonhos de consumo e de status, o que, irrefragavelmente, a torna cortesã daqueles que sempre vão lhes bater a porta na cara quando realizarem seus saraus e festas. Os rega-bofes, as comeizanas dos ricos.

A Casa Grande despreza a classe média e dela só quer o dinheiro para vender seus produtos, além de apoio político para eleger seus candidatos de direita ou ao menos desestabilizar líderes socialistas ou trabalhistas, como sempre ocorreu na história do Brasil e de diversos países da América Latina. Merval Pereira e seus "iguais" da imprensa corporativa atacaram a Copa diuturnamente durante sete anos. Contudo, a partir do início deste ano, recrudesceram suas críticas, como o fez o Jornal Nacional dos "âncoras" William Bonner e Patrícia Poeta. Intragável e desabonador o show de desprezo, de negatividade, de intolerância e de mentiras dessa gente que odeia o povo brasileiro e o Brasil como Nação.

Gente de cabeça colonizada, subserviente ao colonizador e capaz de tudo para que o Brasil não cresça, em todos os sentidos, porque sabedores que um País pequeno e com um povo subalterno aos seus interesses de classe assegura a manutenção de seus privilégios e benefícios. Prerrogativas e regalias que os levam ao olimpo da iniqüidade, do hedonismo e do niilismo — o triunvirato edificador do status quo, que tanto prezam em detrimento dos interesses do Brasil e do bem-estar de seu povo. Grande parcela da classe média abraçou tal triunvirato e nele se locupleta igual a suínos na lama. E, para completar, leem Merval Pereira e outras centenas de brucutus da palavra de essência direitista — conservadora.

O Globo e toda a imprensa burguesa é o golpe retratado na má-fé jornalística de Merval Pereira. A manipulação ideológica e intelectual dos fatos e dos acontecimentos. Trata-se da completa dissociação do jornalismo com o factual, o verdadeiro, o fato como acontece para que esses grupos de comunicação meramente econômicos possam ter seus caprichos realizados. Quando William Bonner, direto da bancada do Jornal Nacional, culpou a imprensa estrangeira pela negatividade, pelo baixo astral e pelo suposto caos que iria acontecer nos aeroportos e nas cidades que foram sedes dos jogos, realmente mais uma vez reafirmei que o Brasil tem a imprensa mais mentirosa, manipuladora, irresponsável e covarde do planeta.

A imprensa de negócios privados que não assume nada. Nem os seus próprios erros. A imprensa familiar de passado golpista e traidora de seus parceiros comerciais, a exemplo da Fifa. Cara de pau e matreira. Useira e vezeira em fugir da raia como o diabo foge da cruz, porque, volto a afirmar, não assume nada ou erro algum. Seus escribas-asseclas são um poço de contradições e tudo o que previram não aconteceu. Se fossem cartomantes morreriam de fome e se fossem adivinhões não conseguiriam vislumbrar em qual rua e casa moram. São eles os fracassados, os incompetentes e o que dão pitaco sobre tudo e não entendem nada sobre coisa alguma.

Não é o Brasil que é incompetente. Ponto! Não é o Governo Trabalhista e os trabalhadores e técnicos brasileiros, que trabalharam duramente, que são incompetentes. Os obtusos com complexo de vira-lata e que apenas deitam falação, porque jamais ou em hipótese alguma colocam as mãos na massa, são os verdadeiros incompetentes. Falam, falam, falam e não fazem nada. Boicotam e sabotam, mas não constroem nada, a não ser o estado de beligerância e vilania em certos grupos políticos e sociais.

Merval Pereira, como intelectual, é uma farsa. A imprensa familiar é uma fraude. A má-fé é o combustível do jornalismo controlado pelos magnatas bilionários de imprensa. A Copa do Mundo no Brasil foi um retumbante sucesso e mostrou ao mundo, sem apelação, que os brasileiros são muito mais capazes e competentes do que pensam os inquilinos colonizados e subservientes da Casa Grande.

O que o sistema midiático privado de caráter golpista finge não saber, pois dissimula, é que o Brasil é um País onde se tem oportunidades e pode se viver bem. E foi exatamente que os gringos viram in loco, o que o desagradou. Incompetente é a "elite" que nunca conseguiu construir um País solidário, democrático, civilizado e a estar no poder há cinco séculos. Não conseguiu porque a Casa Grande tem índole escravocrata. Ela é selvagem, violenta, pois brutal. Não consegue se desvincular de sua memória e de sua alma perversas retratadas fidedignamente nas desigualdades regionais e sociais que ainda hoje causam prejuízos ao desenvolvimento do Brasil.

As "elites" deste País são inconvenientes à sobrevivência humana no que tange ao direito de respirar. E são entraves à civilidade, pois a instrumentalização de sua educação é tão ou mais superficial do que uma pequena arranhadura numa viga de concreto armado. Mas, se você consome o que os barões de mídias produzem sem questionar as informações veiculadas por suas empresas, o problema é seu. Ah, já ia esquecer: Vai ter Olimpíadas! É isso aí.