terça-feira, 29 de setembro de 2015

O Brasil não é o País das bananas, a "crise" é da mídia — Golpe, não!

Por Davis Sena Filho — Palavra Livre


Evidentemente que o Brasil não é um País das Bananas, apesar do pensamento equivocado, colonizado e perverso da casa grande, que sonha, eternamente, manter a senzala intacta, ou seja, submissa e ignorante, porque somente assim as "elites" poderão eternizar suas vantagens, seus benefícios, bem como o acesso ao dinheiro e ao poder.

É o que se denomina de "olhar imperial" de uma casta poderosa, dominadora dos meios de produção e controladora do Estado, que serve como instrumento para que a grande burguesia realize seus negócios com segurança e a ditar as regras econômicas e políticas para o restante da sociedade, que é a maioria composta pelo proletariado e pela pequena burguesia, também conhecida como classe média — a tradicional e alta. Estas sem o controle dos meios de produção, e, por sua vez, empregadas do empresariado, que a utiliza como gerenciadora de seus negócios, pois de origem universitária.

A base do sistema capitalista, no que concerne à repercussão, à propaganda e à defesa dos valores e princípios burgueses é a classe média, muito mais que o proletariado, que é bombardeado, no decorrer de toda uma vida, sobre as maravilhas do capitalismo, sem, no entanto, ter acesso a esses "privilégios", porque, na verdade, este grupo social e de trabalhadores é mão de obra barata, moradores dos guetos, das comunidades carentes, dos alagados, dos morros, dos bairros longínquos e da periferia das cidades.

A mão de obra barata que afrouxa o cinto e só passa a respirar um pouco quando governantes populares, que as "elites" para desqualificá-los os chamam de "populistas", conquistam o poder central e, com efeito, passam a efetivar políticas públicas, que se baseiam, notadamente e no mundo inteiro, no fortalecimento do mercado interno por intermédio dos programas de inclusão social e nas atividades de projetos de construção civil, de infraestrutura e logística, a ter como propulsoras do desenvolvimento as empresas estatais.

Somente o Estado é capaz de distribuir renda e riqueza. A iniciativa privada não o faz; e, se o fizer, realiza a distribuição de forma tímida e pontual. As empresas privadas trabalham para o enriquecimento de seus proprietários. Ponto. Contrata empregados, mas paga salários baixos e destina os maiores para seus executivos, que cumprem metas muitas vezes sobre-humanas. Contudo, e apesar do salário alto, são poucas pessoas bem empregadas, que, quando demitidas, dificilmente se recolocarão no mercado, no mesmo cargo e com o salário que perdeu. É fato.

O Estado é o indutor do desenvolvimento, como ficou comprovado nos governos de Getúlio Vargas, de perfis desenvolvimentistas e estruturalistas, bem como tentou dar continuidade ao projeto nacional dos políticos trabalhistas o presidente deposto em 1964, João Goulart, além de Luiz Inácio Lula da Silva, que principalmente a partir de 2006 direcionou seus projetos para o crescimento econômico com inclusão social, ao ponto de criar mais de 10 milhões de empregos e levar, em dado momento, o Brasil se tornar a sexta economia do mundo.

Os inúmeros programas sociais do Governo Lula, juntamente a tocar este projeto generoso para o Pais, a chefe do Gabinete Civil, Dilma Rousseff, fomentaram a economia interna, o que impulsionou a geração de empregos e a distribuição de renda. Vale ressaltar que a mover essa engrenagem de crescimento a política externa do presidente Lula, à frente o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que se empenhou, com competência, para que o Brasil se tornasse referência no que tange a realizar novas parcerias e a concretizar os blocos econômicos e políticos já existentes.

Blocos como o Mercosul, a Caricom, a Cepal, a Unasul, além de criar os Brics e incrementar as relações Sul-Sul, que viabilizaram e aumentaram o comércio brasileiro com os países africanos, o que cooperou, dentre outras questões, como o mercado interno brasileiro, que fez com que o Brasil não sentisse em demasia a crise mundial de responsabilidades dos países ricos europeus e dos Estados Unidos. Nunca se viu tanta irresponsabilidade e roubalheira por parte do grande empresariado e dos banqueiros desses países. Praticamente ninguém foi preso, a despeito dos suicídios e das falências de milhares de pessoas. Impunidade!

Ah, Lula fez uma grande favor ao Brasil e à América do Sul: mandou a Alca dos estadunidenses para o espaço, sendo que o México se estrepou e até hoje tenta se recuperar. O PSDB tem um projeto de atrelar o Brasil à Alca e, consequentemente, entregar à gringada esperta, protecionista e nacionalista o gigantesco mercado interno brasileiro, além de vender o que restou das estatais, a começar pela Petrobras e o Pré-Sal, que, por lei, destina grande soma de recursos financeiros e orçamentários para a saúde e a educação. A Chevron dos gringos agradece, penhoradamente, e comemora com champanhe a doação de brasileiros colonizados, entreguistas, subservientes e traidores da Pátria, a exemplo de José Serra, Fernando Henrique Cardoso, Aécio Neves e Geraldo Alckmin, privatistas crônicos e entreguistas apátridas. Amigos do Mickey e admirados pelos coxinhas patetas.

Por causa dessa engrenagem social controlada pela burguesia temos, em certos períodos da história, especificamente a do Brasil, a quebra do monopólio do poder político e estatal. Esse rompimento, que não é completo, pois negociado, acontece com a ascensão de governos populares, de caracteres nacionalistas e possuidores de programas e projetos que tem por finalidade efetivar o desenvolvimentismo, que começou, de forma mais ampla e consistente, na Era Vargas, o construtor do Estado nacional e o edificador da industrialização do Brasil, que, para industrializar o País, efetivou a criação e a promulgação das leis trabalhistas. Enfim, o Brasil começou, de fato, o caminho da civilização.

Até então esta Nação era agrária, exportadora de produtos primários e importadora de produtos manufaturados. Este sistema, quase escravocrata, era um benefício só para a casa grande, que até hoje, em pleno ano de 2015, sente nostalgia dos tempos de escravidão, porque sua vocação para a exploração, juntamente com seu sectarismo anacrônico, são os combustíveis fundamentais para a máquina que move o sistema que a beneficia e faz seus privilégios vicejarem não pare nunca de funcionar.

Todavia, a irresponsável e golpista oposição (leia-se imprensa de mercado, PSDB e seus aliados, setores da Justiça, do MP e da PF e segmentos empresariais) ficam a bater, diuturnamente, na tecla do golpe. Golpe, sim. Ponto. Derrubar uma mandatária que venceu as eleições de forma legítima, a se subordinar ao Estado de Direito e ao jogo democrático é golpe. Impeachment é golpe, sim senhor! E não deveria nem ser discutido, se a oposição não fosse tão bisonha, tacanha, provinciana e de alma secularmente golpista. E por quê? Respondo com uma indagação: você leu o que está escrito no texto acima? Se leu, é exatamente por isto.

Homens experientes, vividos politicamente e que se consideram cosmopolitas, a exemplo de Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I ou o Príncipe da Privataria —, a acompanhá-lo nessa sordidez e infâmia figuras derrotadas e inconformadas, como Aécio Neves e José Serra, que guardam seus rancores e ódios no freezer, depois os liberam para tentar fazer do Brasil uma republiqueta, porque como representantes da casa grande, não aceitam que a Nação brasileira se torne independente, emancipada, instruída e dona de seu destino.

De forma alguma essa gente tucana e seus apoiadores se comprometem com a democracia e com a igualdade de oportunidades, pela razão de serem antidemocráticos. A verdade é a seguinte: o Brasil enfrenta uma crise política, muito mais do que econômica. As notícias sobre a crise econômica, que não é do tamanho que a imprensa de negócios privados mostra, são superdimensionadas, propositalmente direcionadas e perversamente manipuladas para que o povo brasileiro jamais eleve sua autoestima.

A estratégia da mídia porta-voz da direita e dos ricos, como os magnatas bilionários de imprensa, é baixar ao máximo a autoestima do cidadão, dar uma conotação de um País sem rumo e com um Governo recalcitrante, e, principalmente, apagar da memória do povo brasileiro as conquistas que ele obteve nos últimos 13 anos, sob a batuta de governos e governantes trabalhistas, que, tais quais aos governos de Getúlio Vargas, efetivaram um ciclo econômico de desenvolvimento social e econômico. E estas realidades, sem sombra de dúvida, não constam nos programas e projetos da direita brasileira — a casa grande. É isso aí.   

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Raio X de Coxinha — Fascista coxinha do PSDB ataca Stédile

Por Davis Sena Filho — Palavra Livre



Perfil de um coxinha


Quando você pensa em um coxinha, o que lhe vem ao pensamento? Eu, por exemplo, penso em um analfabeto político, portador de uma imensa ignorância sobre o Brasil e o povo brasileiro, distante das realidades do povo deste País, de temperamento e caráter frio, egoísta, rancoroso, sectário, e, o pior de tudo, violento. Digo, violento, no sentido de verdadeiramente e realisticamente se dispor à violência física contra as pessoas que não pensam como um coxinha. Por seu turno, o que move o coxinha é o ódio de classe, de fundo econômico, assim como o ódio racial. A cólera e o preconceito são seus combustíveis.


E como é construída a formação psicológica de um ser humano coxinha? Respondo: Por intermédio da desinformação, da confusão mental sobre história, política e sociedade, de conceitos distorcidos pelo próprio coxinha, pelos seus pais e pelos os grupos com os quais tal reacionário sempre conviveu, desde pequeno, bem como aprendeu, e por isto acredita, piamente, que os direitos, ou seja, as coisas boas e necessárias da vida são para ele e seus "iguais" usufruírem, mas, por sua vez, os deveres são obrigações para os outros que não frequentam sua tribo. E olhe lá, pois que se dê por satisfeito e sem reclamar, mesmo se morar em uma favela violenta, sem quaisquer infraestruturas e acesso à educação e ao emprego dignos e de boa qualidade.


Descobrir se uma pessoa ou um bando de pessoas são coxinhas basta ir aos bares, restaurantes, reuniões de condomínio, eventos sociais e profissionais, escolas, faculdades, enfim, ao seu próprio emprego. Eles não tem noção de brasilidade, porque o são completamente colonizados, apátridas, portadores de um imenso complexo de vira-latas, detestam o Brasil e odeiam seu povo. Contudo, são servis e puxa-sacos da gringada bem nutrida, invasora e pirata de terras alheias, além de completamente frouxos, porque quando o pau come esses coxinhas acostumados a vociferar pela internet e redes sociais somem como coelhos e lebres ao tentar escapar com vida de um puma ou de um lobo.


Gente frouxa, leviana, covarde, desprovida de força telúrica e de ideologia. Não conhece a história de lutas do corajoso e inteligentíssimo povo brasileiro, alvo de covardias seculares de uma "elite" entreguista e golpista, que deseja que o Brasil fique eternamente como vagão de locomotiva, quando a verdade é que o poderoso País sul-americano de língua portuguesa, uma das economias mais fortes e diversificadas do mundo, tornou-se locomotiva e os coxinhas, párias, pois vazios de sentimento de brasilidade, não perceberam que o Brasil é muito maior do que pregam suas vãs filosofias.


Pobre da nação que tem uma casa grande subalterna, subserviente, entreguista e colonizada como a brasileira, ao tempo que covarde e violenta com seu próprio povo. E é exatamente por intermédio desse processo vampiresco, de exploração e irresponsabilidade social, que o coxinha rico e de classe média, geralmente formado em alguma faculdade, luta para manter intacto o status quo que o beneficia.


Só que é uma burrice sem igual ou tamanho, porque quanto maior a miséria, a pobreza, a falta de condição de ter uma vida digna, maior vão ser as probabilidades de uma sociedade, multirracial e multicultural como a Brasil, viver em crise moral, financeira e econômica, porque quando falta pão todo mundo briga e ninguém tem razão. Fico a imaginar se o Brasil e a América Latina não tivessem eleitos presidentes trabalhistas, socialistas ou de esquerda, como ocorreu a partir do inicio deste século XXI. Como estaria o Brasil agora, no que diz respeito à violência, se não fossem implementados vários programas sociais, desde a segurança alimentar até bolsas para alunos pobres estudar no exterior? A violência estaria incontrolável, exponencialmente maior do que agora. Sem dúvida!
   

Enquanto isto temos cidadãos coxinhas a verbalizar impropérios pelas redes sociais e nas ruas, bem como estão a intimidar, inclusive de forma criminosa, aqueles que não coadunam com seus pensamentos e propósitos fascistas e elitistas, além dos maus sentimentos que os coxinhas escondiam, mas não escondem mais, porque, definitivamente, perderam a vergonha de mostrar, sem qualquer recato e pudor, o lado da besta-fera que emergiu de seus corações. Realmente, diabólico...


São coxinhas que não compreendem ou desconhecem os bastidores da política, mas, por instinto de preservação de suas "condições" sociais, voltam-se contra o Governo Trabalhista de Dilma Rousseff, bem como ferozmente contra uma possível candidatura de Lula, alvo predileto de suas voracidades e campanhas sórdidas, de suas mentiras e manipulações, a ter como fonte da miscelânea ou da maçarocada de maus fluídos e de palavras atrozes a imprensa alienígena e de negócios privados dos magnatas bilionários e historicamente antinacionalistas e politicamente golpistas e entreguistas.


Juntemos, simbolicamente ou metaforicamente, Satanás e Cérbero, o cão do inferno, teremos, inapelavelmente, a mentira no lugar da verdade, a impudicícia no lugar da virtude, o desassossego no lugar da paz, a leviandade no lugar da prudência e o golpe político no lugar da ordem democrática. E os coxinhas querem, no fundo, o fim da democracia e estão a pouco ligar para a corrupção, porque demonstram tal conduta quando votam no PSDB, que, no Brasil, tucanos são inacreditavelmente inimputáveis.


Exatamente ocorre isto, apesar das centenas de escândalos políticos e financeiros, a exemplo do maior deles, as privatizações da Era FHC, responsável pela venda de 125 estatais, o que fez do Brasil o País que efetivou a segunda maior alienação de patrimônio público e a primeira roubalheira da história da humanidade, porque realmente a privatização foi um processo surreal e de desmonte criminoso do Estado nacional. Mesmo assim, e no final das contas, não temos qualquer tucano preso, e olha que essa gente entreguista e, agora, golpista, foi denunciada, com provas, pelo livro de Amaury Ribeiro Jr., "A Privataria Tucana", bem como a Lista de Furnas existe realmente e comprovadamente, e está nas mãos de promotores e juízes, além de policiais. Na lista consta praticamente toda a oposição. O escândalo engavetado do PSDB e aliados.


Stédile e a intolerância dos coxinhas fascistas


Vire-se a página e passemos a falar do líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, um dos maiores brasileiros da atualidade, homem de caráter, corajoso, além de ser um pensador de alto nível e, com efeito, também respeitado no Brasil e no exterior, por estar à frente de um movimento de âmbito nacional, histórico, que trata da questão da terra, dos problemas sociais graves causados pelos latifúndios, ou seja, por empresários rurais irresponsáveis e completamente dissociados dos interesses da sociedade brasileira, da qual obtém seus gigantescos lucros para viver nababescamente.


Eu falo do grande produtor e exportador de bens primários, que financia políticos para barrar pautas que tratam da reforma agrária no Congresso Nacional e nos escaninhos dos tribunais de primeira instância até os tribunais superiores, cujos juízes, muitos deles, dão ganho de causa ao lado poderoso, até porque inúmeros o são também fazendeiros ou filhos deles. Não há classe mais reacionária, sectária e violenta do que o homem rico do campo, a não ser os magnatas bilionários e donos dos meios de comunicação de negócios privados. Estes, então, são o fim da picada. O retrocesso em toda sua essência, o reacionarismo em toda sua plenitude — o atraso mental e social da espécie humana.    


Empresários do campo que transformam o bem inigualável e incomparável que é a terra, pois produtora de alimentos, em terrenos para fomentar e favorecer a especulação imobiliária, além de eles combater a agricultura familiar, a distribuição pelo Governo Federal de terras devolutas, bem como outros pagos que são improdutivos e mesmo assim continuam nas mãos de quem não produz e não quer produzir. Ponto.


Gente rica e poderosa, que efetiva chicanas jurídicas e judiciais nos tribunais, com o apoio de juízes ideologicamente de direita, politicamente conservadores e contrários a mudanças, porque salvaguardas dos interesses da casa grande — do establishment. A casa grande construtora de senzalas e responsável direita pela pobreza e violência que vicejam no Brasil, além de arquiteta das favelas e das periferias de todo o País. A casa grande da escravidão de 350 anos, a maior vergonha nacional e responsável maior de o País até hoje não ter realizado uma reforma agrária universal, demanda social esta, se acontecesse, diminuiria, verdadeiramente, a violência e a pobreza que, infelizmente, ainda existem e acontecem no Brasil.


João Pedro Stédile esteve em Fortaleza, no dia 23 deste mês, a convite do movimento Democracia Participativa, na Universidade Federal do Ceará, para ministrar uma palestra sobre reforma política. Ao desembarcar e se dirigir ao estacionamento do aeroporto da capital cearense, deparou-se com uma turba de coxinhas de classe média, todos brancos e bem alimentados, conforme se vê no vídeo dessa desrespeitosa mobilização contra o principal dirigente do MST. Selvagens e completamente desmiolados, além de ridiculamente despolitizados, essa gente mal educada pensa que está acima das leis, porque tem algum dinheiro, é de classe média, estuda ou se formou em algum curso universitário, além de ir à Miami e Orlando para ver o Mickey e dar uma de Pateta...      


Os histriônicos e histéricos e descontrolados coxinhas, que são abduzidos por uma imprensa de direita, corrupta e golpista desde que nasceram, bem como também seus ancestrais mortos e vivos passaram pelo mesmo processo de lobotomia, agora partem para a ignorância acometida de intolerância e abordam, antidemocraticamente e desrespeitosamente, o João Pedro Stédile e sua companheira. Eles surtaram e se tornaram um caso psiquiátrico. O cercam, o intimidam e proferem palavrões, além de expressarem gritos de ordem ridículos, que denotam ignorância crônica e atrofia intelectual, como "MST vai pra Cuba com o PT!".  Realmente, essa gente do poucas virtudes deveria estudar e olhar a vida com mais tolerância e respeito.


Entretanto, e para finalizar, é importante afirmar que tal súcia de coxinhas sem noção e analfabetos políticos foi organizada pelo "empresário", Paulo Angelim, um fanfarrão filiado ao PSDB, o partido elitista e sectário, que serve e governa somente para os ricos, bem como levou o Brasil à bancarrota porque foi ao FMI três vezes, pois quebrou o País três vezes. Essa pessoa desprovida de civilidade e que, certamente, deve se considerar, em meio à sociedade que frequenta, um cidadão civilizado, culto, inteligente e, principalmente rico. Só que Paulo Angelim é o reverso e o inverso disso tudo, além de se mostrar um completo imbecil, intolerante e antidemocrático, porque autoritário e violento. Só isso e nada mais, além da mediocridade.



João Pedro Stédile deveria processar tal coxinha empresário e o responsável por tamanha ignomínia e selvageria. Tem de fazer igual aos ex-ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Saúde, Alexandre Padilha, que foram intimidados e ofendidos em restaurantes e hospital por coxinhas levianos, que babam de ódio ideológico e político, como cães loucos. Os dois processaram seus ofensores, que depois botaram o galho dentro, recuaram e pediram desculpas públicas. O fascismo existe, porque ele se aloja nas mentes e nos corações daqueles que estão dispostos a fazer do mundo um inferno para que possam ter vantagens, benefícios e privilégios. O fascismo não passará. É isto aí.

Veja o vídeo

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

É hora do Moro cortar na carne e prender tucanos; ao Gilmar o impeachment — O brasileiro é idiota?

Por Davis Sena Filho — Palavra Livre


Afirmo, e sem qualquer dúvida: "Os tucanos são inimputáveis!" E completo: "A Justiça deveria retirar a venda dos olhos e, por sua vez, parar de bancar a isenta, já que ela se apresenta ao povo de maneira parcial, ou seja, só usa sua espada contra um lado e se esqueceu de carregar em uma de suas mãos a balança, que simboliza a igualdade entre os homens, os cidadãos, no que diz respeito ao Direito e às leis do País, principalmente no que é relativo à Constituição.

O juiz de primeira instância, Sérgio Moro, até agora está a encarcerar as pessoas que se envolveram em malfeitos e roubaram o dinheiro público. Contudo, muitas dessas pessoas não tiveram suas culpas comprovadas e, evidentemente, que alguns condenados à prisão, a exemplo de Vaccari, estão nesta terrível situação por terem sido alvos de delatores, que, para diminuir suas penas, evidentemente que se mostram dispostos a dedurar as pessoas que ocuparam cargos e funções de poder e mando, como o de Vaccari, tesoureiro do PT, que, como os do PSDB e DEM, ocupavam-se em garantir recursos para seus partidos disputarem as eleições.

Veja bem, a questão não é meramente criminal. Sempre afirmo, categoricamente e sem tergiversar, que ladrão do dinheiro público, corruptos e corruptores tem de ir para a cadeia. Ponto. Entretanto, a Operação Lava Jato, repleta de delegados aecistas e de juiz que tem vínculo, sim, com o PSDB, não se resume apenas no âmbito criminal, repito. Tal operação também o é política. Sem qualquer dúvida, suas ações evidenciam que somente o PT paga o pato por ter, segundo o juiz Moro, recebido dinheiro para seu caixa dois.

São estas realidades e condutas da Justiça, da PF e do MP que se apresentam ao público e, com efeito, são inaceitáveis, porque o sabemos que no Brasil os tucanos são inimputáveis e todos nós, cidadãos, somos verdadeiros idiotas, pois ingênuos e burros, conforme nos trata a imprensa corrupta dos magnatas bilionários, que pagam a seus empregados para mentir e manipular sobre os acontecimentos, bem como consideram "normal" e "justo" que tenhamos uma Justiça de conduta politizada, que não se atenta aos autos.

Temos um Judiciário cujos juízes, ideológicos e conservadores, aproveitam-se de seus cargos poderosos para tomar partido, vazar inquéritos em segredo de justiça, e, o pior, fazer oposição pública a entidades, a instituições e a pessoas que estão ou vão ser julgadas pelo próprio juiz, que faz carga contra aquele que poderá ser punido com prisão. Um verdadeiro absurdo, pois surreal, conforme ocorreu com Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Marco Aurélio de Mello, Cezar Peluso, Ayres Britto e o juiz de terceira instância, Sérgio Moro, que, inacreditavelmente, transformaram-se em atores políticos, ao ponto de literalmente se transformarem também em oposição ao Governo Trabalhista e esquecerem que seus papéis são fundamentais para o equilíbrio entre os três poderes, porque guardiões da Constituição e executores das leis do País.

É inaceitável que, por exemplo, as mesmas empresas que financiam há décadas todos os partidos, inclusive os da atual oposição, são somente responsabilizadas por financiarem o Partido dos Trabalhadores, bem como também o é inaceitável somente o PT ser investigado, quando o sabemos que o PSDB, o DEM, o PPS e o PSB, dentre outros partidos de oposição de calibres menores estão envolvidos até as raízes dos cabelos com corrupções inúmeras e talvez incontáveis.

Trata-se de siglas políticas umbilicalmente ligadas ao grande empresariado e suas federações, bem como controlam estados da União poderosos, a exemplo de São Paulo, Paraná, Goiás e, recentemente, Minas Gerais, repletos de escândalos de conhecimento nacional, como a Lista de Furnas, o Trensalão, os aeroportos do tio de Aécio Neves, o Metrozão, o Banestado, o Mensalão do PSDB, dentre mais de 50 escândalos, afinal os tucanos venderam 125 estatais quando o ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso — o Príncipe da Privataria e o Neoliberal I —, assumiu a Presidência da República e governou como um caixeiro viajante ao invés de se conduzir como um estadista.   

Todavia, o problema é que juízes como Sérgio Moro e Gilmar Mendes, este há muito tempo deveria ser julgado pelo Senado e ser punido com um impeachment, tratam os brasileiros como idiotas. Para eles, nós somos tão beócios ou mentecaptos que jamais perceberíamos que eles e outros capas pretas tem lado partidário, opção ideológica e preferência por candidatos, se possível, tucanos. Há anos essas pessoas que conquistaram cargos públicos por intermédio de nomeações e influência política fazem a vez de partidos, como o PSDB, que a certa altura estava tão derrotado, que não tinha capacidade e força política para fazer oposição ao PT e ao Governo Trabalhista.

Somente a partir de junho de 2013, de forma oportunista e com o apoio irrestrito da imprensa de negócios privados, que a direita brasileira, de caráter colonizado e entreguista, pôde ir às ruas de carona de movimentos sociais de esquerda, exemplificados no Movimento Passe Livre (MPL), além de grupos extremados, como os black blocs, que tiveram muita disposição para quebrar e incendiar o patrimônio público e privado, entrar em confronto violento com a polícia, mas despidos de pautas reivindicatórias de cunho social e econômico.

Entretanto, em um primeiro momento, a direita não se fez de rogada e vislumbrou naquele momento oportunidade única de ir ás ruas, sem, contudo, com a presença de centrais sindicais, movimentos como o MPL e, de forma impossível, contar com a presença dos black blocs, que, a despeito de suas insanas violências, são grupos á esquerda do espectro ideológico, e, consequentemente, jamais se juntariam a coxinhas de classe média e a movimentos de ideologia fascista e que pregam o golpismo, a exemplo do Brasil Livre, Nas Ruas, Vem Pra Rua, Brasil Melhor, Revoltados Online, Pátria Livre e Fora Dilma Vitória, dentre outros, todos vinculados às redes sociais.

Como é que pode? Muitos desses grupos de direita são favoráveis ao financiamento privado de campanhas eleitorais. E faço uma proposta. Quem responder a esta pergunta vai receber um prêmio: "Adivinhe qual é o fator principal e maior responsável pela corrupção?" Adivinhou?! Isto mesmo... A maioria dos eventos de corrupção é derivada do financiamento privado de campanhas eleitorais. E como esses grupos golpistas se conduziram sobre a questão? Defenderam que o financiamento privado não fosse proibido — o que não ocorreu, evidentemente.

Por seu turno, a molecagem por conveniência desses grupelhos fascistas não surpreende. Porém, quando se trata do Gilmar Mendes é realmente um caso de a sociedade brasileira se perguntar quais são os interesses de tal juiz e a quem ele representa e defende no plenário do STF. Há muitos anos o magistrado trabalha contra a ordem democrática e tenta ultrapassar os limites definidos pelo Estado de Direito, que se alicerça na Constituição.

Ou Gilmar continua a tratar o cidadão brasileiro como se ele fosse um asno, ou melhor, um idiota desprovido de discernimento e, portanto, de inteligência? Se ele pensa assim, problema é dele... Fazer o quê? Mas, a verdade é que todo mundo vê as ações de Gilmar Mendes, péssimas para o Brasil e ótimas para os grupos políticos e econômicos os quais o condestável magistrado defende.

Enquanto isto, o juiz de primeira instância Sérgio Moro continua em sua trilha iluminada pelos holofotes da imprensa de mercado, até que os magnatas bilionários de imprensa e seus capitães do mato o suguem como a uma laranja e depois o joguem fora, como o fizeram com o tresloucado Joaquim Barbosa, que hoje está recolhido à sua insignificância. Talvez ele consiga ser deputado federal — e olhe lá.

Ou o carrasco do "mensalão", o do PT, porque o do PSDB os juízes esqueceram por conveniência e cumplicidade com os tucanos, está a pensar que políticos vão lhes dar espaço em partidos grandes, quando se trata de cargos majoritários? Se ele pensa assim pode se dar mal. Então sugiro que vá para um partido pequeno ou médio. Joaquim, que tal se juntar à Marina Silva, aquela candidata que se bandeou para a direita, não consegue assinaturas para criar seu partido e que ninguém entende o que ela pensa e fala? É o melhor negócio procê...

Sérgio Moro um dia vai ter de ir ao Supremo Tribunal Federal e chamar o Gilmar Mendes para beber um chá com a Dona Justiça, a estátua de três metros que fica em frente ao "palácio dos magistrados", porque, indubitavelmente, não pertence ainda ao povo, apesar da existência da Constituição. A escultura de mulher representa o Judiciário. Tal senhora tem uma venda nos olhos, cujo significado é mostrar que a Justiça é imparcial e, com efeito, não possui lados e preferências, pois todo cidadão é igual perante a lei. Em uma de suas mãos a distinta senhora empunha uma espada de dois fios, que representa a ordem e a força necessária para impor o Direito.


Contudo, para a sorte de juízes políticos e ideológicos como Gilmar e Moro e para o azar do povo brasileiro, a escultura de tão nobre Justiça se encontra desprovida da balança em uma de suas mãos. E a balança é a essência da Justiça, porque pesa os erros e os acertos de quem por ela vai ser julgado, indiferente à posição social, ao cargo que o réu ocupa ou ao poder que um cidadão possa ter e exercer. Gilmar Mendes há muito tempo deveria ser julgado pelo Senado por seus atos e ações, que não condizem, de forma alguma, com a conduta, a imparcialidade e a sabedoria exigidas para os juízes. É hora do Sérgio Moro cortar na carne e prender também os tucanos; ao Gilmar o impeachment — O brasileiro é idiota? Pergunte aos juízes. É isso aí.

sábado, 19 de setembro de 2015

CPMF, casa grande, Lula, Gilmar, Cristiane Brasil e ordem democrática

Por Davis Sena Filho — Palavra Livre


Sempre considerei um absurdo, ao tempo que hilário o cinismo e a hipocrisia da casa grande quando se trata de pagar os impostos devidos. Diga-se, uma casa grande que historicamente incorre em crime de sonegação de impostos, que lava dinheiro em "paraísos" fiscais e faz do Brasil um dos países campeões de pessoas que tem dinheiro no exterior, sem, no entanto, ser justificado perante a Receita Federal. O caso HSBC, que a imprensa empresarial e seletiva abafa e blinda, está aí para comprovar.

O grande empresariado brasileiro, que nunca ganhou tanto dinheiro como aconteceu nos governos trabalhistas de Lula e Dilma, reclama de barriga cheia e protesta a bater em suas panelas de marcas, a fim de apoiar um golpe contra a mandatária que, juntamente com Lula, fomentou a economia interna, criou empregos, financiou empresas e trabalhadores e fez com que o Brasil, no decorrer de seis a oito anos, experimentasse um processo de crescimento econômico, com inclusão social, nunca visto antes neste País.

São empresários que apoiam as sandices e as irresponsabilidades de conspiradores golpistas do Congresso Nacional e de setores da Justiça, do MP e da Polícia Federal, que estão compromissados com o crime de golpe, com uma nova cara — a cara dos "novos" tempos, que se traduzem em chicanas criminosas, que visam derrubar uma presidente que teve 54,5 milhões de votos, nunca incorreu em crimes comuns e de responsabilidade e, evidentemente, um dos mandatários brasileiros que mais combateram a corrupção, investigou corruptos e corruptores e os prendeu. Esta é a verdade factual e não os fatos manipulados e mentirosos que vicejam na imprensa meramente de mercado. Ponto.

Contudo, como afirmo no título deste artigo, "CPMF, Casa Grande, Lula, Gilmar, Cristiane Brasil e ordem democrática", como o faz simbolicamente o empresariado paulista por intermédio do "Impostômetro", implantado na Praça da Sé, em São Paulo, como forma de manipular a consciência coletiva e o imaginário da população, que, certamente, não tem ideia do que realmente acontece, porque, espertamente e sorrateiramente, a classe dominante brasileira jamais criará um "Sonegômetro", que, de acordo com a Receita, a sonegação é um crime de autoria dos colarinhos brancos, em valores bilionários, que transformam a cobrança de impostos por parte do Estado nacional em esmolas, que tem por finalidade realizar investimentos no Brasil.  

Envolvida até as raízes dos cabelos em corrupções e sonegações, a burguesia, dona dos meios de produção e de comunicação, abre um berreiro sem fim contra a cobrança de impostos, como o faz com a CPMF, imposto sobre o cheque, de valor baixo em relação a outros impostos, mas que tem uma característica peculiar, e, portanto, não se deixe enganar: a CPMF é um imposto que incide principalmente nos bolsos dos ricos, evidencia transparência às movimentações bancárias e facilita descobrir a sonegação de impostos, que no Brasil é gigantesca e causada principalmente pelos ricos e a  classe média alta.

Influenciada pela má-fé das mídias privadas, parte importante da população se volta contra a CPMF, quando a verdade tal imposto vai incidir, se aprovado pelo Congresso, em 0,2%, uma alíquota bem menor de quando a CPMF foi extinta, em 2007, que era de 0,38%. O imposto visa arrecadar R$ 32 bilhões em quatro anos, por meio de transações bancárias. A CPMF foi criada pelos tucanos, em 1997, bem como a reeleição para presidente é obra do PSDB e DEM. Para prejudicar a arrecadação do Governo Lula, a oposição, juntamente com setores do PMDB, conseguiu retirar bilhões de reais da Saúde, bem como evitou que a Receita e outros órgãos de fiscalização do Estado pudessem, com maior facilidade, rastrear as movimentações bancárias do grande empresariado, useiros e vezeiros em sonegar e enviar fortunas não declaradas para o exterior.

A oposição partidária mente, bem como a imprensa comercial e privada quando se trata da CPMF. E aí fica a classe média coxinha a falar besteiras sobre o imposto, enquanto paga diariamente, em São Paulo, R$ 23,00 somente de pedágios. A volta da CPMF é útil, racional e uma saída plausível e factível para que o Governo arrecade e não coloque em risco a Previdência Social e o pagamento de aposentadorias de cidadãos brasileiros que trabalharam a vida inteira. O resto é balela, confusão premeditada para que as pessoas se posicionem contra a cobrança do imposto mais justo e transparente de todos os impostos, porque, indelevelmente, marca como tatuagem as movimentações financeiras e bancárias dos ricos e dos muito ricos, que, seguramente, gostariam muito de ficar livres de fiscalização sobre seus negócios, ilegais ou não.

Além do mais é salutar frisar para não deixar dúvidas, a oposição é irresponsável e logicamente vai criar marolas e alardear que a cobrança de impostos é um disparate, uma coisa monstruosa. Só que se trata de uma oposição que não é séria, pois conspira há 11 meses em favor de um golpe contra a mandatária petista legalmente constituída. Contudo e apesar de tudo, o Ministério da Fazenda anunciou um corte orçamentário de R$ 26 bilhões, o que significa que o Governo Trabalhista e Democrático tem disposição para cortar na própria carne, sem, entretanto, retirar dinheiro da Educação, da Saúde e dos programas sociais, como alardearam, com má-fé e de forma mentirosa, a imprensa empresarial e o PSDB do DEM.

O poder republicano quer, na verdade, estabelecer o equilíbrio nas contas, no ano de 2016, porque pretende arrecadar R$ 64,9 bilhões, já que a finalidade é  reverter o déficit de R$ 30,5 bilhões, e, com efeito, fechar as contas com superávit. É básico. Tanto o é que tais atitudes governamentais restabeleceram a confiança dos diversos mercados. Ponto. Só quem não percebe esta realidade é a oposição partidária e a imprensa empresarial, por motivos de serem oposição, bem como os coxinhas de classe média, porque, realmente, baseiam-se no pensamento patronal de Miriam Leitão, Carlos Alberto Sardenberg e "comentaristas" de prateleiras do gênero. Durma-se com um barulho desses...

Todavia, a grande dor dos ricaços e dos bilionários é a Medida Provisória 675/2015. A matéria dispõe sobre o aumento de 15% para 20% da alíquota da Contribuição Social sobe Lucro Líquido — a CSLL. A contribuição é cobrada junto às instituições financeiras, o ramo mais lucrativo do planeta, que convive com os rentistas, sonegadores, traficantes, contrabandistas e toda a fauna que vive do lucro fácil e de remessas ilegais de grandes somas de dinheiro, que não se transformam em benefícios sociais para o povo brasileiro e para as populações de todas as nações. Além disso, o Governo Trabalhista não vai mais fazer as desonerações de tributos concedidas nos últimos anos ao empresariado de inúmeros ramos.

As desonerações permitiram fomentar, aquecer a economia interna, o que redundou em um crescimento exponencial do consumo, que, por conseguinte, favoreceu a criação de milhões de empregos. Só que a festa acabou, porque ficou mais do que comprovado que os empresários que ganharam muito dinheiro, com o apoio do Governo Trabalhista, não deram a contrapartida e, simplesmente, e apesar da crise que é internacional, sabotaram o Governo por meio do aumento exorbitante de preços, que inflacionou a economia. Por sua vez, a inflação de hoje ainda o é bem menor do que a deixada por Fernando Henrique Cardoso, que saiu do poder com uma inflação de 12,5%. A direita golpista se esquece disso. E sabe por quê? Porque ela sofre de amnésia de conveniência crônica. Só isto.

O andar de cima da sociedade tem de pagar mais; e vai. E por quê? Porque, além de CPMF, que poderá voltar, o Imposto sobre Grandes Fortunas é um tema que consta na Constituição e que ainda não foi regulamentado e, obviamente, não o foi porque existe uma base parlamentar no Congresso que trabalha, indubitavelmente, para os ricos. Não há dúvida. Tal imposto, que também é justo tanto quanto à CPMF, é de autoria de Fernando Henrique Cardoso de quando o Neoliberal I era senador. A vida, às vezes, nos surpreende, não? Pois é, o Governo Trabalhista anunciou que vai efetivar o imposto para os milionários e bilionários que são, completamente, distantes dos problemas e dos interesses do Brasil e de seu povo.

As cobranças e o recolhimento de impostos não acabam por aí, bem como o é uma incomensurável mentira que o Brasil está entre os países que mais cobram impostos. Mentira, mil vezes mentira, dos porta-vozes dos ricaços, a imprensa dos magnatas bilionários, que o são realmente bilionários e, evidentemente, contrários à CPMF e ao Imposto sobre Grandes Fortunas. Por este motivo o ódio, o desespero e a determinação para criminalizar e desqualificar o PT, a política, o Governo Trabalhista e o ex-presidente Lula, virtual candidato do PT à Presidência em 2018. A burguesia não quer arcar com nada. Ela quer apenas ter o controle do Estado nacional para transformá-lo novamente em patrimonialista, além de instrumento de seus interesses. Ponto.  

A verdade é que as tentativas sistemáticas de golpe contra a presidenta Dilma Rousseff começaram logo após sua vitória eleitoral, o que me leva a dizer que faz 11 meses que a oposição partidária, liderada pelo PSDB, bem como a empresarial, ainda não desceram do palanque. Essa gente derrotada nas eleições e extremamente antidemocrática se recusa a descer do palanque, porque acostumada a transformar a rotina dos brasileiros em um verdadeiro pandemônio, pois se movimenta por todos os escaninhos da República — do TSE à Receita, da PGR ao STF —, que possam, efetivamente, legalizar o golpe, com a cooperação, insofismável, dos magnatas bilionários de imprensa, que são doutores honoris causa em dar golpes contra presidentes e criminalizar seus adversários políticos.

E por que essa gente não desiste do "terceiro turno" eleitoral, o mais longo da história da humanidade? Respondo: Porque o problema não é mais a presidenta Dilma Rousseff, que não vai cair e nem permitir que a derrubem. A questão é mais profunda e complexa. A direita brasileira percebeu que após o fim do mandato da petista, quem poderá disputar a eleição vai ser o ex-presidente Lula, o maior líder popular da América Latina, o mais conhecido internacionalmente e o chefe de Governo e de Estado que saiu do poder com 83% de aprovação, sendo que 13% da população consideraram seu governo regular, o que dera ao líder trabalhista a estratosférica aprovação de 96%, ou seja, maior do que os índices de aprovação do presidente da África do Sul, Nelson Mandela, quando este estava no auge de sua popularidade.

A direita herdeira da escravidão sabe disso, e quer apagar da memória do povo os avanços sociais experimentados por ele na Era Lula. Impossível, porque quem sofre na carne a dor do desemprego, da fome e da falta de oportunidades, como ocorreu na Era FHC, não esquecerá jamais. Se o PSDB se acha tão bom e apto a governar, então, por que não cuidou do povo quando esteve no poder? Não cuidou porque é o partido que governa para os ricos e para a plutocracia em âmbito mundial. Além disso, luta para manter a hegemonia de classe intacta, para o todo e sempre.

O PSDB é o partido da burguesia e tomou o lugar, na história, da UDN de Carlos Lacerda. Se duvidas verifique as votações dos parlamentares tucanos e seus aliados quanto aos direitos da sociedade, dos trabalhadores e dos interesses do Estado brasileiro. O leitor, acredito eu, não ficará surpreso, mas, obviamente, perceberá que o PSDB e o DEM — o pior partido do mundo e herdeiro sanguíneo da Arena se posicionam, sistematicamente, contra a emancipação do povo trabalhador e a independência e autonomia do Brasil.

É verdade. Se não o fosse, não haveria necessidade de a direita se reorganizar em torno de apenas um assunto: o impeachment de Dilma Rousseff, ao tempo que, incompetente e programaticamente vazia, não apresenta qualquer proposta social e econômica para valorizar os trabalhadores e desenvolver o Brasil, com inclusão e justiça social. A direita deste País, onde homens e mulheres foram escravizados durante 350 anos, é um câncer alimentado pelas mídias privadas dos magnatas bilionários de imprensa.

Dito pelo não dito, eu acredito também que as pessoas que não sabem dessas realidades que se apresentam a um palmo de seus narizes são os coxinhas analfabetos políticos que ficam a escrever e a falar impropérios pela internet, além de bancar os histéricos nas ruas, com ares de Mussolini, sem se preocupar com os papéis ridículos de bufões e fanfarrões, como se estivessem a se apresentar em um circo de quinta categoria. Contudo, e apesar de tudo, a casa grande tem esta compreensão e por causa disto quer o impeachment de Dilma para enfraquecer a candidatura Lula.

Um exemplo pontual e reflexivo, que não deixa dúvidas sobre as intenções de essência antidemocrática e ditatorial da "elite" brasileira, de seus porta-vozes e representantes é a deputada federal, Cristiane Brasil (PTB/RJ), filha do delator e pivô do "mensalão", Roberto Jefferson. Falo do "mensalão", o do PT, que nunca foi judicialmente comprovado, bem como o do PSDB, o mais antigo, que até os dias hoje não foi julgado, porque temos uma Justiça incrivelmente seletiva, e, por sua vez, não confiável, pois está a demonstrar, nos últimos anos, que tem lado, preferência, cor ideológica à direita e partido preferido. Surreal, mas é o que acontece no Brasil, onde a oposição de direita tem grande predileção por golpes à moda paraguaia.

Cristiane Brasil, a "diva" dos "velhinhos e velhinhas", no Rio de Janeiro, num dia desses apresentou projeto que trata da proibição a ex-presidentes, ex-governadores e ex-prefeitos de se candidatar, mesmo que de forma intercalada ou descontinuada, como o é o caso de Lula. Parlamentar carioca de verve agressiva e tradição lacerdista, Cristiane sente um ódio visceral pelo PT e por suas lideranças, à frente e como alvo de sua cólera política, ideológica e de classe social o ex-presidente-operário, que mudou o Brasil para sempre, porque foi em seu governo que o poderoso País de língua portuguesa se tornou importante e influente em termos mundiais, bem como saiu do mapa da fome e criou oportunidades de ascensão social para os pobres e seus filhos.

Aproveito este fato político e pitoresco para fazer uma indagação: Se Lula é tão ruim assim para o País, como certamente considera a filha do Roberto Jefferson, e sua figura humana e conduta moral são tão questionadas pela burguesia e pequena burguesia (coxinha de classe média), por que, então, um ex-presidente é tão ou mais atacado do que a própria presidenta da República, mesmo ele a estar sem mandato?

A resposta é fácil e óbvia, porque Lula é líder popular de grandeza rara, que acontece, e se acontecer, de cinquenta em cinquenta anos na história de todas as nações. Tal qual a Lula o foi Getúlio. Por causa disto, o status quo brasileiro, mais uma vez, esforça-se para destruir quaisquer oportunidades que o político socialista e trabalhista possa ter, no que diz respeito a conquistar novamente o poder máximo da República.

A deputada Cristiane Brasil não é um gênio da estratégia política. Longe disso. Ela apenas replica o secular reacionarismo e autoritarismo das classes dominantes antidemocráticas, que não aceitam o poder popular e reagem violentamente quando são derrotadas nas urnas. Parece repetitivo, mas não o é. Enquanto o Poder Judiciário e o Ministério Público não compreenderem que trabalham para a Nação e não apenas para grupos sociais hegemônicos, o Brasil, o povo e a democracia vão correr riscos, que podem acabar em golpes de estado.

O problema desta deputada ideologicamente conservadora é a falta de seriedade dos seus atos em relação ao seu projeto de cassação de Lula. Vamos aos fatos: primeiro ela reconhece quando o texto de sua mal elaborada proposição, "singelamente", assevera: "Ademais, um candidato recorrente possui uma vantagem desproporcional e desleal sobre os seus adversários, visto que este já possui um nome e um legado já conhecido pelo povo". Não é uma piada sem graça? Uma desfaçatez e insensatez, de fundo maldoso e sectário tais palavras da deputada?

Então, vejamos: Lula é "culpado" por ser um personagem importante da história do Brasil e ter um legado político, social e eleitoral. Por ter este legado, o líder trabalhista o é também "desleal", de acordo com a deputada carioca, de apenas 41 anos, e que não faz a menor ideia do que é inflação, porque era muito jovem na época inflacionária, bem como não sabe o que é viver em uma ditadura, porque, evidentemente, em 1985, quando o último general saiu do poder, Cristiane Brasil era uma menina de cerca de dez anos.

Contudo, continuemos. Além de querer cassar a candidatura Lula, porque seu projeto foi elaborado, inquestionavelmente, para cassá-lo, a deputada do Rio de Janeiro não é flor que se cheire, porque nas eleições de 2014 foi detida por fazer boca de urna a favor de Aécio Neves, o que denota crime eleitoral. Agora, ela também idealizou um Movimento Pró-Impeachment, de essência golpista. Porém, a patuscada não acaba aí. O abaixo assinado é uma fraude, porque a pessoa pode assinar, na plataforma change.org, quantas vezes quiser, a usar outros nomes, pseudônimos e apelidos.

O leitor considera este fato honesto? Por seu turno, a nobre parlamentar, autora da PEC Anti-Lula, apresentou 181 assinaturas favoráveis. Todavia, a verdade nua e crua é que 24 assinaturas são repetidas e três não conferem. Agora vamos à pergunta que se recusa a calar: a deputada está a ser séria? Com a resposta o cidadão. Por sua vez, não restam dúvidas: Cristiane Brasil tem um "bom" professor, cujo nome é Roberto Jefferson.

O poder público enfrentar empresários de comunicação é uma coisa. Enfrenta-se, e pronto! Porém, a chefe de Estado e de Governo, juntamente com sua equipe ser sabotada, boicotada e enfrentada por juízes, promotores, procuradores e policiais federais que se aliam a partidos de oposição, a maioria de ideologia e propósitos conservadores, é uma afronta à Nação e àqueles que acreditam que o Estado nacional tem de ter servidores republicanos e que não fazem política, a exemplo do juiz Gilmar Mendes, que abusa de seu cargo e exerce suas funções em combate constante aos governos trabalhistas.

O magistrado Gilmar Mendes é a herança maldita de Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I —, porque reincidente em extrapolar o que é de sua responsabilidade. Sua conduta é lamentável, pois exemplarmente mostra à sociedade como tal cidadão é seletivo em seus pensamentos e julgamentos, e, com efeito, perigoso à democracia, às instituições e ao Estado Democrático de Direito, conforme reza a Constituição. A atuação e a conduta do condestável magistrado se equivalem a um tapa na cara da cidadania. Gilmar joga pesado e não se faz de rogado... Ele trabalha diuturnamente contra o PT, o Governo Dilma, persegue Lula e tem relacionamento estreito com as lideranças do PSDB. Gilmar, inadequadamente, intervém na política brasileira.

Voltemos ao Lula. A verdade é que eu nunca tinha visto um ex-presidente ser tão duramente atacado e da forma mais desrespeitosa e virulenta possível. Acredito em um mínimo de civilidade, a fim de permitir que políticos de pensamentos antagônicos possam dialogar e, por conseguinte, evitar a ruptura institucional e preservar a ordem democrática. Contudo, a direita deste País não serve a ninguém, porque acostumada a somente ser servida através dos séculos. Ela não negocia e aposta sempre no golpe, mesmo se o golpe custar caro à integridade moral do País, bem como à sua economia. Não importa. O que importa à burguesia é a conquista do poder, seja da maneira que for e tiver de ser. Tomar conta do Estado nacional é a meta; e fazer dele um instrumento de negociação patrimonialista é restabelecer o poder perdido há 13 anos. O Estado para poucos e a serviço da riqueza da casa grande deste País.

Essa postura histriônica se repete mais uma vez no Brasil, porque aconteceu com o estadista gaúcho Getúlio Vargas, que, em 1945, auto-exilou-se em sua fazenda, em São Borja, no Rio Grande do Sul, bem como, longe das decisões da República, tornou-se alvo constante de ataques da UDN e da imprensa alienígena dos magnatas bilionários da época, que, como os de agora, atacam Lula, porque, a despeito das diferentes gerações, não esquecem os presidentes trabalhistas jamais. Os ricos não dividem e é por isto que eles são ricos. Sempre foi assim na história da humanidade e muita gente foi morta por tentar dividir ao  invés, como querem os ricos, apenas somar e multiplicar.

Por isto que acontece a sonegação desenfreada da burguesia brasileira. Você ser uma pessoa rica e ter uma conta bancária gorda é uma coisa. Agora, sonegar impostos é crime, porque quem sonega passa a prejudicar o desenvolvimento do que é do público, que se transforma em saúde, educação, moradia, urbanização, segurança, consumo, emprego, ou seja, melhores condições de vida. Então se conclui que o sonegador é um criminoso, na verdade um bandido perigoso e que, certamente, sua moradia deve ser a cadeia.

Se pesquisarmos ou falarmos de todos os escândalos de sonegação de empresários ou até mesmo de coxinha de classe média alta, este texto não teria fim. Então cito apenas o caso de corrupção do HSBC, em que estão envolvidas muitas pessoas de bolsas e bolsos forrados por notas de euros, dólares e reais depositados em paraísos fiscais, evidentemente sem o "conhecimento" da Receita Federal e do TCU, que tem ministros questionados em suas honorabilidades, a exemplo de Aroldo Cedraz e Augusto Nardes, dois sujeitos ligados ao DEM e ao PSDB, que fazem, frontalmente, oposição ao Governo Trabalhista de Dilma Rousseff.    

A cólera, a patifaria e a perseguição gracejam pelos quatro cantos deste País e continuam suas trilhas desditosas, a passos largos e a reverberar na sociedade brasileira, grande parte enganada, porque não é devidamente instruída e informada, que a CPMF não é um grande mal e que vai causar prejuízos aos bolsos dos brasileiros, quando a verdade é que o imposto vai beneficiar a Nação, bem como dar lastro para que a Previdência Social e as aposentadorias não fiquem em situação de risco, em perigo de não serem pagas a quem de direito.

O resto é mentira, trapaça e histeria calculada e direcionada para confundir a opinião pública e fazer dela refém de seus interesses políticos e negócios inconfessáveis, que, para essa gente, são muito mais importantes do que o desenvolvimento e a independência do País. Consequentemente, passa-se a ter pessoas pobres, remediadas, de classe média baixa a fazer proselitismo contra a CPMF, como se ela fosse prejudicá-las, quando a verdade é que a cobrança do imposto vai garantir recursos para que o cidadão aposentado e que depende da Previdência Social, ressalto novamente, receba o que lhe é devido.

Para finalizar, elucidar a verdade é primordial para o Governo Dilma Rousseff. Acontece que seu tendão de Aquiles é a comunicação oficial e estatal, que repercuta as ações sociais e econômicas do Governo Trabalhista e rebata, de pronto e sem tergiversar, as acusações, as manipulações e as mentiras da oposição demotucana e dos empregados de confiança dos magnatas bilionários de uma imprensa vil, alienígena e de tradição golpista.

O Governo popular do PT sabe como a banda toca. Então, arrumar-se-á bons músicos e um ótimo maestro. Do contrário, as ações, programas e projetos dos últimos 13 anos, que promoveram a inclusão social do povo brasileiro vão ser tratados pela casa grande como se nunca tivessem acontecido. E isto é inaceitável. Está na hora da burguesia implantar na Praça da Sé o Sonegômetro. É isso aí.


segunda-feira, 14 de setembro de 2015

O Consórcio do Golpe

Por Davis Sena Filho — Palavra Livre


Eu fico espantado com a leviandade e a irresponsabilidade da oposição de direita no Brasil, liderada na esfera política pelo PSDB e seus aliados, DEM e PPS, bem como em âmbito empresarial pelos magnatas bilionários de imprensa e seus empregados de confiança, que há anos se transformaram apenas em replicadores do pensamento patronal, ou seja, jamais pensar o Brasil, mas, acima de qualquer coisa, pensar em seus patrimônios, bolsos e contas bancárias.

No Brasil se tornou lugar comum ficar inconformado com a vitória eleitoral de Dilma Rousseff, do PT, à Presidência da República. E por causa disto, a extrema direita e a direita conspiram diuturnamente para derrubar a mandatária e, por sua vez, movimentam-se em mil estrepolias de caracteres golpistas para efetivar um modo operante, no sentido de fazer com que Dilma seja impedida de terminar seu mandato conquistado legalmente nas urnas.

A direita herdeira da escravidão é tão sórdida e reacionária às mudanças acontecidas no Brasil nos últimos 13 anos, que mal cabem em seu balaio de patifarias e cafajestadas as investidas para dar cabo a uma presidente que não cometeu quaisquer crimes. Pelo contrário, se tem alguém que mais combateu a corrupção esta pessoa é exatamente Dilma Rousseff, por intermédio da Polícia Federal, corporação subordinada ao Ministério da Justiça, que oficialmente responde diretamente à Presidência da República e não ao PSDB, à Globo, à Veja ou à Folha.

O golpismo histérico, ao tempo que perigosamente manipulado por uma oposição partidária apoiada por setores conservadores do Estado, a exemplo de juízes, de promotores e de policiais federais, que, irresponsáveis e oportunistas, tentam colocar em xeque as instituições republicanas, cujo o propósito é efetivar uma instabilidade político-institucional, que favoreça a criação de um clima de ameaças, intimidações, calúnias, difamações e violências, ou seja, a essência do golpe, como já ocorreu no Brasil em 1964, 1961, 1955, 1954, 1945, 1938 e 1932, quando a direita partiu para cima da ordem constitucional e demonstrou, inequivocadamente, que o é selvagem.

Trata-se do "Consórcio do Golpe", representante autêntico e natural da casa grande, da burguesia nacional e da plutocracia, em âmbito mundial. Tal consórcio tenta, sobretudo, inviabilizar o Governo Dilma, desconstruir a imagem de Lula, criminalizar o PT, judicializar a política e, principalmente, fazer com que o País esqueça que nos governos petistas aconteceram avanços na economia, com inclusão social. Exatamente isto: a casa grande e seu sistema midiático replicador de seus interesses e pensamentos quer, mais do que tudo, que o povo esqueça que sua vida melhorou, como nunca antes aconteceu neste País.

E como realizar este processo draconiano? Por intermédio de uma propaganda sistemática, diuturna e sem trégua pelos meios de comunicação privados e associados ao grande empresariado nacional e internacional, bem como subalterno aos governos dos países dominantes, a exemplo dos Estados Unidos e de menos de meia dúzia de países da Europa Ocidental.

Percebe-se, contudo, uma certa delinquência no ar, perpetrada por políticos histriônicos, alguns de condutas e propósitos nitidamente fascistas, que facilitam a criação de uma atmosfera política poluída por embates e acusações de toda monta, no que diz respeito a não permitir a efetivação de diálogos, que teriam por objetivo estancar uma crise política criada pelos perdedores das eleições presidenciais de 2014.

Não é possível as instituições republicanas serem tão permissíveis ao ponto de a direita brasileira, uma das mais sectárias e perversas do mundo, passe a criar crises a seu bel-prazer, a se aproveitar de factoides criados pela imprensa de negócios privados, a partir de vazamentos de inquéritos, delações, acordos e investigações realizados por juízes, inclusive os de primeira instância, promotores e delegados da Polícia Federal e sacramentados por delatores, muitos deles, também, velhos conhecidos de tucanos, a exemplo de Fernando Baiano, Marcos Valério e Alberto Yousseff, dentre muitos outros, que esperam diminuir suas penas e, pressionados, se deixam levar pela ansiedade e angústia de sair o quanto antes da cadeia.

Delações de pessoas que foram presas sem suas culpabilidades comprovadas, mas trancafiadas mais tempo do que o estipulado por lei, como forma de pressão para abrir a boca e delatar qualquer um, muita vezes conforme os interesses de policiais, promotores e juízes que estão, inadvertidamente, a fazer política, a intervir no processo democrático e a combater, como servidores públicos e de dentro do Estado nacional, o governo trabalhista de Dilma Rousseff.

Realmente, tal estratégia oposicionista se tornou uma forma efetiva de cooperar com a oposição de direita liderada pelos tucanos do PSDB, que no Brasil são inimputáveis, bem como a maioria da povo brasileiro, mesmo a perceber a tamanha desfaçatez e ignomínia, é tratada como idiota por essas pessoas com cargos e funções de poder e mando. Ponto.

Além dos mais, tais servidores acusados de corrupção, como ocorreu na Petrobras, foram aprovados em concursos no fim da década de 1980 e início dos anos 1990, o que, sobremaneira, põe por terra a crença de que a corrupção na maior estatal brasileira começou nos governos trabalhistas de Lula e Dilma. Pura balela e mentira da imprensa familiar e da oposição tucana.

Quem assinou decretos draconianos, mudou regras e normas da Petrobras, a sucateou, paralisou seus investimentos, afundou a maior plataforma do mundo, a P-36, privatizou subsidiárias, quebrou o monopólio do Estado nacional e negociou ações na bolsa de Nova Iorque foi o Neoliberal I, também conhecido como o Príncipe da Privataria ou simplesmente Fernando Henrique Cardoso, aquele presidente tucano e sociólogo que não entende nada de povo, que vendeu 125 empresas públicas e mesmo assim foi ao FMI três vezes, de joelhos, sem sapatos, de olhos baixos, humilhado e com o pires nas mãos, porque quebrou o Brasil três vezes. E ainda tem coxinha paneleiro de barriga cheia, analfabeto político e desconhecedor da história que considera o FHC um gênio. Durma-se com um barulho desses...

O fato é que o Brasil está a ser vítima do Consórcio do Golpe, que tem a ousadia de tentar em todas as esferas possíveis desmoralizar o Governo Trabalhista e impedir que ele trabalhe em prol do desenvolvimento do País e de todos os brasileiros, principalmente os mais pobres — os que podem menos. O Brasil caiu em uma armadilha e não consegue sair dela, por enquanto. Porém, vai sair, porque governo é governo, e este fato é inexorável.

A agenda da direita e da hora é a Lava Jato, como o foi o "mensalão" do PT, que até hoje, juridicamente e legalmente, não foi comprovado. Este caso dá a impressão que está a se perpetuar. Contudo, como já ensinava o provérbio popular: "Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe". Nota-se que a direita está eufórica e histérica. A verdade que os conservadores e os fascistas estão fora de controle e, com efeito, passaram a atacar violentamente todos aqueles que não conjugam com suas sandices ideológicas extremadas e sem pé nem cabeça.

Ataques encolerizados nas ruas e na internet. Ocasiões que se tornam ordinárias, pois agora comuns, constantes e diárias. Verdadeiros absurdos, porque vivemos em uma democracia, que se alicerça no Estado de Direito, conforme reza a Constituição de 1988. A verdade sempre se baseia na realidade, E hoje a realidade da casa grande de caráter escravocrata deste País é derrubar a presidenta Dilma Rousseff, da maneira que puder e tiver de ser. Não importa.

O problema dessa gente de ideologia e sentimento pátrio pequeno e miúdo é que para toda ação há uma reação. Ou os brucutus, os homens de neandertal estão a pensar que vão derrubar um governo trabalhista eleito legalmente, sem que tal poder reaja para se defender? Será que o Consórcio do Golpe pensa que o Governo Dilma está isolado, sozinho, sem eira nem beira? Ledo engano.

O Governo Trabalhista está na defensiva. Até mesmo sem ação, mas não é covarde e não aceitaria jamais ser derrubado, porque Dilma Rousseff obteve do povo 54,5 milhões de votos, o PT é ainda um partido grande e influente, além de sindicatos, entidades estudantis, OAB, ONGs, movimentos de trabalhadores, como os sem teto e sem terra, bem como parte influente da classe média, da Igreja Católica, partidos políticos, setores do Judiciário e do Ministério Público não aceitariam um golpe contra uma mandatária que não cometeu crimes.

Seria uma vergonha, porque o Brasil, definitivamente e apesar do complexo de vira-lata dessa "elite" daninha, subserviente e subalterna aos estrangeiros, não é uma República de Bananas e muito menos o quintal de uma burguesia totalmente divorciada dos interesses do Brasil, pois antinacionalista, além de corrupta, patrimonialista e golpista. O fato é que o Consórcio do Golpe tem de pagar para ver e verificar se os militares da ativa estão também a fim de uma nova aventura, como a de 1964, que acabou muito mal, porque desmoralizada e odiada.


A verdade é a seguinte: não vai haver golpe de brucutu de direita com o apoio despolitizado e reacionário de coxinhas paneleiros de classe média, que ainda, e ridiculamente, reverberam a Guerra Fria e acreditam que comunistas comem criancinhas e vão implantar o socialismo científico no Brasil — na razão da União Soviética. O leitor pensa que é exagero? Se pensa, não se engane. Verifique na internet as sandices, as neuroses e as violências ideológicas, preconceituosas e verbais dessas pessoas. Benito Mussolini ficaria constrangido. O Brasil é muito maior do que pensa essa gente de cabeça colonizada. Infinitamente maior do que o Consórcio do Golpe. É isso aí.