segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Lula tem de chamar o povo, ir às ruas e denunciar as diatribes da PF, do MP e da Justiça

Por Davis Sena Filho — Palavra Livre


Todo mundo neste País e no planeta Terra que acompanha a política brasileira, desde os "especialistas" da Globo News até o mais alienado dos cidadãos, sabe muito bem o que acontece no Brasil. Aos que não sabem ou não compreendem o que está a acontecer na política brasileira, por motivos vários, afirmo: a Polícia Federal, o Ministério Público e setores da Justiça, como a Vara do juiz de primeira instância, Sérgio Moro, agem como se fossem ditadorzinhos de republiqueta edificada no Paraná, sem que ninguém dê limites para esses senhores, que estão a prejudicar seriamente a economia, as estatais brasileiras e seus projetos, como, por exemplo, a construção de submarinos nucleares, dentre muitos outros projetos estratégicos, que visam a independência e a conquista da soberania do Brasil e que ora estão praticamente paralisados.

Sem sombra de dúvida que o juiz de primeira instância, Sérgio Moro, e seu staff de delegados e procuradores estão a fazer política partidária, porque são ideológicos e se aliaram à oposição de direita, liderada pelo PSDB, partido do candidato derrotado Aécio Neves, que até hoje se nega a reconhecer e a se submeter aos resultados das eleições, porque desde outubro de 2014 realiza uma campanha frenética e feroz, de essência golpista, que tem por objetivo derrubar do poder a presidente Dilma Rousseff, eleita legalmente e democraticamente pela autoridade soberana do povo, que depositou nas urnas quase 55 milhões de votos à candidata do PT, que hoje luta para não sofrer um surreal impeachment. Trata-se de muita loucura e irresponsabilidade do PSDB e de seus associados da imprensa de mercado, do MP, da PF e da Justiça.

Não satisfeitos em prejudicar os interesses do País e paralisar as ações do governo no que tange à mandatária eleita pelo povo governar e administrar o País, o sistema plutocrata, que sustenta a opulência material e propagandística da Casa Grande, volta-se também contra o ex-presidente Lula da maneira mais covarde, pérfida e sórdida possível, em um linchamento moral e político sem precedentes nas últimas três décadas, somente comparável ao que passaram os presidentes trabalhistas Getúlio Vargas e João Goulart.

A violência e a perseguição contra Lula tem propósitos visíveis, porque apesar de o sistema judiciário (Justiça, MP e PF) e seus associados do PSDB e da imprensa dos magnatas bilionários tentarem disfarçar por meio de chicanas judiciárias, notícias manipuladas e, criminosamente, vazadas por aqueles que deveriam garantir os princípios que norteiam a Constituição brasileira — os juízes, os procuradores e os policiais —, resolveram se envolver com a política e se tornaram pedras angulares da oposição demotucana, bem como vazam documentos e inquéritos de forma seletiva, gravados ou não, para a imprensa de negócios privados, que não aceita os resultados das eleições e por isto faz, diuturnamente, uma campanha  cretina, golpista e criminosa contra o Governo Trabalhista, porque deseja derrubar Dilma Rousseff, além de tentar, sobretudo, inviabilizar a candidatura de Lula em 2018.

Lula tem de urgentemente reunir as forças progressistas e de esquerda em volta de seu nome, além de ir às ruas. São milhares de entidades, ongs, associações, sindicatos, estudantes, trabalhadores, partidos de esquerda, servidores públicos e setores da Justiça e do MP, porque a PF é caso perdido, porque policial geralmente tem cabeça de direita e, independente de qualquer situação, vai sempre pender para defender a riqueza da casa grande. Dessa forma as polícias procedem desde os tempos do Brasil Colônia. Não tem jeito.

Contudo, a PF é subordinada, porque corporação armada, e, por sua vez, impedida de ser independente. Não pode; de forma alguma. Seria a mesma coisa que transformar as Forças Armadas em corporações independentes do Governo do Brasil. Somente idiotas para apoiar uma insensatez como esta ou pessoas de má-fé, que desejam que grupos policialescos fiquem livres para cometerem suas meganhagens, a exemplo do que ocorreu na época da ditadura militar, quando o SNI, o DOI-Codi e o Dops passaram a enfrentar o Governo Federal, inclusive a Presidência da República, principalmente quando os generais resolveram efetivar o processo de abertura política e permitir, em 1979, a volta dos brasileiros exilados.

Polícias não podem mandar e fazer o que quer e o que lhe aprouver. Corporações policiais tem de ser extremamente e duramente controladas e rigidamente fiscalizadas, porque se tratam de braços armados do Estado brasileiro, a exemplo da Polícia Federal. Se o policial está a fim de fazer meganhagem ilegal e favorecer politicamente e eleitoralmente o PSDB e a oposição em geral, que vá disputar eleições, como qualquer cidadão brasileiro.

Agora querer se valer de seu cargo e função para perseguir, sem quaisquer provas até agora o presidente Lula, realmente tal covardia se torna um processo inaceitável. Tais policiais aecistas da PF e os procuradores do MP, bem como juiz de primeira instância deveriam, sim, serem duramente questionados e, quiçá, destituídos de suas funções, assim como também alvos de investigação por demonstrarem partidarismo, cor ideológica e preferências políticas e até pessoais por políticos da oposição demotucana. Fato! Nem todo mundo no Brasil é idiota ou coxinha de classe média e leitor de Veja, Época, O Globo, Estadão, Folha e telespectador de TV Globo, Globo News, Bandeirantes, CBN, Jovem Pan — et caterva.

Lula é uma força da natureza. Uma força política e social, porque não é para qualquer um sair do nada e ser aclamado como um dos dois melhores presidentes da história do Brasil. O outro é Getúlio Vargas. Não é fácil ser chamado de "ladrão" diuturnamente sem sê-lo, além de ser perseguido, mesmo a ser um ex-presidente ainda muito popular, bem como linchado em sua moral e dignidade por gente que ainda tem de provar se é digna e honesta para acusá-lo de qualquer coisa sobre sua moral. Este é o problema que causa raiva, inconformismo, sentimento de vingança e ao mesmo tempo de injustiça aos milhões de brasileiros que apoiam o PT, o projeto de Nação e de País efetivado pelo partido no poder e seus aliados.

O que está em jogo, na verdade, é o projeto de País efetivado pelo PT desde 2003 e que não é aceito pela casa grande e seus partidos e mídias, com o apoio do MPF, da PF e da Justiça, que se envolveram até a medula em questões políticas, com a finalidade de evidenciar negativamente o Governo Federal, perseguir seus líderes e prender todos aqueles que pertencem ao segmento da construção civil, porque ao parar as obras se paralisa o País, independente de quem cometeu crimes ou não. Esta é a estratégia do sistema judiciário que abraçou, criminosamente, os interesses da oposição de direita deste País liderada pelo PSDB.

Enquanto Lula é cercado por este sistema judiciário que rasgou a Constituição e estuprou o Estado de Direito, os tucanos e demos dormem em berço esplêndido, porque são inimputáveis, mesmo acusados de inúmeras ações de corrupção, que tramitam na Justiça, na PGR, na Polícia Federal, nos MPs estaduais e federais, sem, contudo, saírem de suas gavetas e arquivos já empoeirados pelo tempo e pela hipocrisia e cinismo políticos. Não tem jeito. Crimes de tucanos e seus aliados são simplesmente inimputáveis neste País. E sabe por quê? Porque não basta apenas ser governo por ter vencido eleições. Tem de ter e ser algo mais. E sabe o que significa isto? Respondo:

O PT, por exemplo, não é parte do status quo mundial e brasileiro, não controla o verdadeiro establishment, que é a plutocracia dona das grandes corporações bancárias, financeiras, petroleiras, da grande indústria bélica e das mídias hegemônicas, que no Brasil são cartelizadas e monopolizadas pela família Marinho e mais meia dúzia de famílias de menor importância, mas tão nocivas ao País quanto os herdeiros de Roberto Marinho, magnata que durante décadas mandou no Brasil mais tempo do que os militares, porque, simplesmente, ficou mais tempo no poder e a influenciar presidentes como José Sarney, Fernando Collor e, principalmente, Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I — e "amor" dos coxinhas colonizados e de jornalistas da imprensa empresarial nativa, golpista e corrupta por vocação.

Lula vai ter de ir às ruas. Não há solução mais efetiva e racional, no momento. O político trabalhista que mudou o Brasil para melhor tem de se defender. Porém, a esquerda tem de sempre lembrar ao público que o sistema judiciário pertence ao Estado brasileiro, ao povo, ao contribuinte pagador de impostos. O Judiciário não pertence à oposição conservadora e aos donos de mídias oligopolizadas. Lula não reponde a qualquer processo e não é acusado de cometer quaisquer crimes. Ponto. As pessoas tem de entender que Lula e sua família não incorreram em desmandos administrativos e financeiros. A resumir: Lula não roubou! Existe, sim, uma nítida perseguição política e partidária, porque juízes, delegados da PF e procuradores resolveram, imprudentemente e inadvertidamente, fazer política e escolher lado.

É evidente que esses servidores públicos abusam e se aproveitam ilegalmente de seus cargos e funções. Se não comprovarem nada contra Lula e sua família vão ter de ser afastados de seus cargos e, se for o caso, exonerados para o bem do serviço público. Deverão também serem processados por aqueles que tais servidores prejudicaram. Ora bolas! Vivemos sob a égide do Estado de Direito; e o povo brasileiro não tem culpa, mas, sim, o azar de ficar sob os ditames de setores do Estado nacional de índoles antidemocráticas, ditatoriais, ideologicamente de direita e que, tal qual ao PSDB de Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso, não aceitaram os resultados das eleições presidenciais de 2014. Mau servidor, independente de seu cargo, não faz falta ao Brasil. Existem outros profissionais à espera de oportunidades. Além disso, pode-se recorrer aos concursos públicos.

Agora, vamos à pergunta que não quer se calar. Quem afasta, pune, processa e demite servidores de poder e mando tão perniciosos aos serviço público? Porque essa gente, ao que parece, criou um estado paralelo, à margem da democracia, do Estado de Direito e da Constituição. No Brasil de hoje o ônus da prova fica por conta de quem é acusado e as pessoas são presas sem serem comprovadamente culpadas de terem cometido crimes. Juízes, vergonhosamente, submetem-se às manchetes da imprensa comercial e privada. Lula tem de ir às ruas. O consórcio de direita formado pelos sistema judiciário, imprensa de mercado, PSDB e seus aliados não está preocupado se, posteriormente, suas acusações levianas, suas denúncias vazias e suas perseguições políticas e ideológicas não se comprovarem. No Brasil, reitero, esse pessoal da casa grande e os que servem a ela como cães de guarda são i-nim-pu-tá-veis. Fato!

Lula tem de ir às ruas da Nação e denunciar, sem papas na língua, a perseguição política que está a sofrer, bem como o linchamento moral do qual está a ser vítima. Pau que bate em Chico também bate em Francisco. A Justiça, o MPF, a PGR e a Polícia Federal pertencem ao Brasil e ao seu povo, que lhes pagam altos salários e lhes garantem o status e o prestígio de serem servidores da Lei. Agora há pouco a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal emitiu nota em que se diz contrária à saída do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que já saiu e vai assumir a Advocacia Geral da União (AGU).

Ora veja, trata-se, sem sombra de dúvida, de uma ação política de delegados, que alegam ter muita preocupação com a saída do ministro, que já saiu. Preocupação com o quê? Basta substituí-lo por outro no lugar de Cardozo. Esse pessoal tem de se preocupar em trabalhar e não com substituição de ministro. A verdade é que os delegados estão obcecados pela política e questionam uma ação autônoma do governo tomada pela presidenta Dilma Rousseff, que foi eleita para governar, inclusive mandar na PF, corporação de segundo escalão e subordinada ao Ministério da Justiça e, com efeito, à Presidência da República. Se a Associação de Delegados quer fazer política, que o faça. Porém, mandar no Ministério não vai.

Eles querem quem no lugar de José Eduardo Cardozo? O juiz tucano de primeira instância, Sérgio Moro, ou os procuradores Carlos Fernando e Deltan Dallagnol ou, quiçá, os delegados aecistas do Paraná da Vara do Moro, que chamaram, no decorrer das eleições, a Dilma de "anta" e "burra" e o Lula de "bêbado", "molusco" e "nove dedos", além das ilustrações terríveis que desumanizavam os líderes petistas, sendo que o político que foi pego supostamente bêbado nas ruas foi o tucano e playboy Aécio Neves, o candidato preferido desses policiais ideológicos e arrogantes, conforme matérias, fotos e vídeos que são facilmente vistos ao se acessar a internet. Durma-se com a arrogância, prepotência e meganhagem desses policiais.

Sabe o que os policiais querem, no fundo? Uma PF independente, como os economistas e as mídias de direita querem um Banco Central independente. Só se a Dilma e os próximos governantes estiverem loucos, sejam eles de direita ou não. Banco Central independente significa entregar o BCB aos bancos privados e se submeter às suas políticas econômicas e monetárias. Já imaginaram a loucura de os bancos privados determinarem as políticas financeiras e, com efeito, as políticas públicas? É a mesma coisa que entregar o galinheiro à raposa e matar o povo de fome e desgosto.

Entretanto, Polícia Federal independente significa entregar o Estado de Direito a policiais politicamente conservadores, mas que não conhecem o mundo político e muito menos as relações partidárias, no que diz respeito à política como forma de se chegar a um consenso comum para que se possa administrar um País complexo como o Brasil, onde fazer política é caríssimo. A maioria dos promotores, policiais e juízes não conhece as máquinas partidárias e, consequentemente, enxerga corrupção em quaisquer conversas gravadas, inclusive ilegalmente e criminosamente, como aconteceu no mictório de presos em Curitiba. O que eu assevero ficou claro e evidente no interrogatório do juiz Moro em relação a José Dirceu. A ignorância do magistrado chega a dar pena, mas sua arrogância é imbatível, pois ele sabe que coopera com a oposição, como sempre foi ligado, juntamente com alguns parentes seus, ao PSDB do Paraná.

Uma PF independente é um absurdo. É como se o governo norte-americano desse independência ao FBI. Não dá, né? Esses caras não tem limite. Imagina se um presidente vai abrir mão de ter uma corporação útil, apesar de suas deformações, como a PF. Seria um mandatário idiota, até porque deformações se corrigem. É a mesma coisa de abrir mão do Exército. Simplesmente não dá. Delegado de PF tem de se enquadrar, ser enquadrado e se subordinar às leis e às autoridades acima dele. Ele não é um corpo solto na esfera governamental. Delegado anda armado e prende pessoas. Portanto, seu cargo e função tem de estar subordinados ao Governo Federal, seja qual for o governante, independente de partidos e ideologias.

Ah, já ia esquecendo. O novo ministro da Justiça é o procurador de Justiça Wellington César, ligado ao ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner. O que representa isto? Representa um maior controle da Presidência da República sobre o Ministério da Justiça, que não coibia, na administração Cardozo, vazamentos ilegais e criminosos de processos e de inquéritos, ações açodadas, casuísticas, imprudentes e, sobretudo, midiáticas de policiais que se interessam mais por holofotes da imprensa do que serem republicanos. A Polícia Federal é uma corporação e não um partido político. Então que a PF atue e aja como tal e o Ministério da Justiça coloque ordem na Casa.

Duvido que o presidente Fernando Henrique Cardoso permitiria uma coisa dessas. Tanto não permitiu que a PF não prendeu nenhum tucano graduado, que, inclusive, realizaram a segunda maior privatização do mundo, venderam o Brasil por migalhas e até hoje ninguém do PSDB está preso. Nem políticos, nem burocratas e nem técnicos do Governo FHC. Não é verdade? E a PF e o MP querem prender e denunciar tucanos de altas plumagens? Querem?! Então por que não começam pelo escândalo da Lista de Furnas? Talvez o escândalo mais documentado e nada acontece pelas mãos da PF. Com a resposta, o presidente da Associação dos Delegados da Polícia Federal tão preocupado com os rumos da política e com a substituição do ministro da Justiça ao invés de se preocupar em prender todos aqueles que roubaram o dinheiro público, inclusive os políticos do PSDB e do DEM, conforme vasta documentação publicada em livros, além de enorme repertório de notícias, inclusive da imprensa mercantilista dos magnatas bilionários, bem como jazem nos escaninhos da PGR e da PF as provas de participações de tucanos em corrupções. São muitos os escândalos... E nada.

Por seu turno, a rua é o caminho de Lula, porque é nela que se começa a luta política para quem é trabalhista e socialista. Vá às ruas, Lula, pois elas são os termômetros de sua credibilidade e força política junto ao povo. Denuncie a perseguição, as diatribes da PF, do MP e da Justiça. A direita e seus mandarinos não são os donos do Brasil. É inaceitável apenas um lado, o do PT e de seu governo, ser investigado e ter seus membros punidos, enquanto se verifica que o outro lado, o do PSDB, conta com o irrestrito apoio e a proteção da imprensa alienígena e do consórcio de servidores públicos que resolveram fazer política e derrubar governos de esquerda legitimamente eleitos pelo povo brasileiro. É isso aí.


terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Carlos Fernando e CIA. são messiânicos, ideológicos e só acusam o lado do PT

Por Davis Sena Filho — Palavra Livre


Quando a Justiça ou o MPF ou a PF escolhem lado, porque deixam de ser republicanos, ouvimos afirmações como estas: “O Brasil merece mais. Merece acreditar em quem trabalha duro e honestamente. Vivemos ainda num capitalismo de compadrio, em uma falsa República. Há esquemas criminosos no Governo Federal e nos partidos. É preciso montar o quebra cabeça das relações público-privadas. Só assim a população poderá separar o joio do trigo e poderemos enfim refundar nossa República". (Procurador Carlos Fernando Santos Lima — da força-tarefa do MPF, que investiga a Lava Jato)

Seria muito bom e apropriado o pensamento do principal "Batman" do MPF do Paraná, Carlos Fernando, não fosse ele partidário, vaidoso e egocêntrico, ao ponto de acreditar, messianicamente, em refundação da República, quando o servidor público, na verdade, engavetou por quatro anos o caso do Banco do Paraná (Banestado), que movimentou cerca de R$ 124 bilhões!, um verdadeiro megaescândalo, que transforma qualquer mensalão em gorjeta para garçom de botequim de quinta categoria.

Contudo, a imprensa familiar e de alma golpista, cinicamente e hipocritamente, considerou o "mensalão" do PT, porque o do PSDB, que é mais antigo, até hoje seus réus não foram julgados, "como o maior escândalo da história do Brasil", frase esta que virou bordão na Globo News, empresa dos Marinho repleta de papagaios, que bancam jornalistas e falam somente o que o patrão determinar, bem como pródiga em ter em seus quadros um bando de "especialistas" de prateleiras, que fazem caras e bocas e se consideram sérios e inteligentes, cujas principais funções não é o bem informar, mas, sobretudo, confundir, manipular, distorcer e, se necessário, mentir sobre as realidades e os fatos.

Agem e atuam dessa maneira para impor o pensamento da casa grande e da plutocracia, de modo que os telespectadores, muitos sem perceber, sejam tratados como babacas ou como simplórios coxinhas de classe média, que se tornaram, ideologicamente e politicamente, loucos varridos, pois se comportam em público e nas ruas como histéricos, a babar ódio e insensatez por todos os poros. São pessoas como essas que se sentem arrebatadas por procuradores como Carlos Fernando — o Messiânico, pois o novo marechal Deodoro da Fonseca, o proclamador da República.

Acontece que de boas intenções o inferno está cheio, ainda mais quando o Brasil está a passar por um processo de caça às bruxas e de perseguição política capitaneado, agora, por setores direitistas do sistema judiciário (Justiça, MPF e PF), que decidiram abraçar a luta político-partidária, bem como escolheram, indubitavelmente e nitidamente, o lado da oposição, que é liderada pelo PSDB, sigla que já foi derrotada pelo PT quatro vezes e que está à beira de um colapso nervoso ou um ataque histérico de grande proporções.

Enquanto isso os juízes do STF se calam e se acumpliciam com os desmandos do juiz de primeira instância, Sérgio Moro, além de se subordinarem e se submeterem, incrivelmente, aos ditames da turma do procurador Carlos Fernando, que, estrategicamente, compreendem que nenhum magistrado do Supremo vai conceder habeas corpus a quaisquer presos, inclusive os não julgados e não condenados, porque temem a repercussão da imprensa de mercado dos magnatas bilionários, que faz a cabeça de uma classe média coxinha, de viés neofascista e encolerizada com a ascensão social dos pobres e dos avanços que ocorreram no Brasil, a partir da conquista da Presidência da República pelo PT.

O Supremo Tribunal Federal, para sua vergonha e a do País, submete-se a procuradores, a juiz de primeira instância e a delegados aecistas, servidores públicos que, propositalmente, combatem o Governo Federal constituído legalmente e democraticamente, a utilizarem os autos dos processos conforme suas conveniências políticas, partidárias e ideológicas, porque o interesse é impedir que o Governo governe e que Lula chegue com chance nas eleições de 2018.

O MPF do Paraná, bem como o de Brasília e o MP de São Paulo são indelevelmente ideológicos e, evidentemente, tornaram-se as pontas de lanças para tentar ferir a presidente Dilma Rousseff de morte, com sua hipotética queda do poder, além de atingir o ex-presidente Lula, que está há meses a ser acossado e insultado por procuradores, delegados e, obviamente, pela imprensa dos magnatas bilionários e donos de cartéis midiáticos. Bilionários e proprietários da mais corrupta e covarde imprensa empresarial do planeta Terra.

E tudo o que acontece tem estratégia, porque não é à toa. O Brasil parou; sua economia praticamente congelou e as ações de infraestrutura do Governo Dilma tiveram seus orçamentos diminuídos, bem como muitas obras de grande importância para o povo brasileiro estão paralisadas. Neste País, não se discute o presente e o futuro da Nação, porque a agenda do Brasil se resume apenas à Lava Jato, que, em hipótese alguma, importou-se em resguardar os empregos dos trabalhadores brasileiros e proteger as empresas, muitas delas portadoras e controladoras de ciência e tecnologia avançada, como o são as grandes construtoras.

É como se o Brasil tivesse esquecido os mais de dez anos de avanços sociais e desenvolvimento econômico acontecidos nas gestões petistas, além de o PT, o partido de centro esquerda que mudou o Brasil para melhor, fosse efetivamente uma agremiação política sem importância, quando a verdade é que o PT o é, seguramente, a agremiação partidária mais importante que o Brasil já teve e tem, juntamente com o PTB de Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola, que foi extinto pela direita que chegou ao poder, em 1964, por intermédio de um golpe militar, e que, na redemocratização do País, a sigla foi negada ao seu legítimo herdeiro, o líder trabalhista Leonel Brizola, que depois fundou o PDT.    

Enquanto isso, o procurador Carlos Fernando continua em sua cruzada de engessamento do Estado nacional e a fazer afirmações de propósitos políticos, ao praticamente acusar o Governo Lula, por meio de sua Casa Civil, de ser a origem da criação de quadrilhas para assaltar os cofres do Estado nacional. Ele disse, sem nenhuma ponderação, mas sem apresentar provas contundentes, como o fazem, covardemente, no que é relativo ao sítio de Atibaia onde Lula descansa, ao barco de lata de dona Marisa Letícia e ao triplex do Guarujá, que não pertence ao político trabalhista, além do prédio simples do Instituto Lula, que foi comprado em 1991, ou seja, há 25 anos, o que realmente é de um nonsense e de uma perversidade inomináveis.

A verdade é que Carlos Fernando e seu grupo não tem o mínimo interesse em trabalhar de maneira republicana. A repatriação do dinheiro enviado para fora, a ter o Banestado como "laranja" de políticos, artistas, empresários e outros que compõem a fauna da corrupção é irrisória. São cerca de R$ 124 bilhões, volto a ressaltar, e o senhor Batman é acusado de ter engavetado por quatro anos o processo e as informações sobre esse mega escândalo, no qual vicejam demotucanos de grande bicos e mãos, além de um empresariado que não fica somente restrito aos donos de construtoras, pois de outros segmentos da economia. Pergunta-se: por que o caso Banestado foi congelado por quatro anos, senhor procurador?

Lembro, ainda, que a mulher do procurador Carlos Fernando, Vera Márcia dos Santos Lima, trabalhou em duas agências do Banestado, onde funcionaram as "lavanderias" que propiciaram as remessas ilegais de dinheiro para o exterior. Ela trabalhou entre os anos de 1995 e 2001, sendo que parte deste período seu marido era integrante de força-tarefa que investigava a roubalheira. Exatamente no período que  ocorreram as transferências ilegais de vultosas quantias. Também se torna imperioso não esquecer que os R$ 124 bilhões correram o mundo em paraísos fiscais no auge das privatizações das empresas públicas brasileiras, dentre elas a Eletrobras, a Telebras e a Vale do Rio Doce.

O que eu quero dizer sobre essas afirmações? Que nem tudo o que aparenta ser ilegal e criminoso é real ou realidade. Nem todos os presos pela Lava Jato roubaram, certamente. Só se a Justiça e o MPF se basearem novamente no domínio do fato, como fizeram com José Dirceu, que está preso sem sua culpa ser comprovada. Fato! Uma injustiça inominável e irreparável com o político histórico, até porque o tucano e senador Aécio Neves já foi citado quatro vezes por delatores diferentes na Lava Jato e continua a se movimentar leve, livre e solto, a falar o que quer e o que lhe aprouver, bem como a conspirar em favor de um golpe contra Dilma Rousseff, uma presidenta eleita legitimamente e legalmente pelo povo brasileiro.

Trata-se de duas medidas para o mesmo peso, ou seja, "Aos amigos tudo e aos inimigos a força da lei". Nada mais cínico e hipócrita, porque o senhor Batman, Carlos Fernando Santos Lima deveria agir e atuar de forma republicana, a honrar o MPF com imparcialidade e sentimento de justiça. Sem justiça não há paz, já diziam os sábios de todas as eras da humanidade. Se essa gente pensa que vai dar golpe e todo mundo vai bater palmas para maluco dançar está redondamente enganada. As ruas vão ferver, porque milhares de pessoas não vão aceitar golpe judicial ou da forma que seja. Não cabe mais ao Brasil golpismo barato e inconsequente.

Por seu turno, ainda não terminei. O procurador Carlos Fernando negou, ao falar na CPI do Banestado, que tinha parente na estatal bancária e financeira do Paraná. E tinha. Sua mulher Vera Márcia. O inquisidor que dizem que é frio, paciente para ouvir e que nunca negocia com os advogados dos presos da Lava Jato, segundo a CPI do Banestado, mentiu. Ora, como é a vida, né?! Nada como um dia após o outro. No caso do procurador, "Nada como um dia antes do outro". Para ver como são as coisas, não é? Ou como a banda toca...

A verdade é que os tucanos e seus demos privatizaram 140 estatais, nenhuma construída por essa gente entreguista e apátrida, porque subalterna e colonizada aos interesses de europeus e norte-americanos, malandros e espertos, porque os subsolos de seus países e suas telefonias, que comportam também satélites, eles não vendem, não entregam, porque não são estúpidos e possuem a mínima consciência sobre o que é defender os interesses de suas pátrias, sentimento que a casa grande brasileira jamais vai ter, pois odiosamente subserviente, subalterna e colonizada. A casa grande é o Pateta do Mickey! E assim se dá por satisfeita, pois, disfarçadamente, rica; porém, provinciana.

Estão todos soltinhos da silva, os tucanos, não é procurador Carlos Fernando? Inclusive a tucanada efetivou a compra de parlamentares (R$ 200 mil a cabeça) para ser aprovada a reeleição de FHC — o Neoliberal I. Estão soltos por quê? Porque, como todo mundo sabe e principalmente o procurador Carlos Fernando, os tucanos do PSDB e do DEM o são, para a desgraça e o azar do Brasil, i-nim-pu-tá-veis! Ponto final.

Não adianta Mensalão do PSDB, Lista de Furnas, Banestado, Metrozão, Trenzão, Roubo da Merenda Escolar, Rodoanel, Pasta Rosa, Compra de Reeleição, Miriam Dutra e FHC, Instituto FHC, Dinheiro de FHC enviado pela Brasif para a Miriam, Apartamento de FHC em Paris, Fazenda de FHC, Helicoca, Aécio e os aeroportos em terras de parentes, Espancamento generalizado e violentíssimo aos professores do Paraná, Caso Sabesp, Seca em São Paulo, Campanhas políticas do PSDB financiadas pelas mesmas construtoras que financiaram o PT, mas somente as campanhas do PT que dão cadeia, e, dentre outros muitos escândalos tucanídeos, a cereja do bolo: a Privataria Tucana. Esta, sim, porque foram 140 estatais(!) privatizadas pelos governos de FHC — o Príncipe da Privataria. E nadica de nada. Mas, por quê? Porque são escândalos de tucanos e por causa disso não vem ao caso, ora bolas... Não insista, petralha!

Não adianta, não é senhor procurador Carlos Fernando Santos Lima? Na sua procuradoria "Pau que bate em Chico NÂO bate em Francisco". Talvez porque um procurador federal ser republicano "Não vem ao caso" — frase predileta do juiz de primeira instância, Sérgio Moro, quando indagado sobre os escândalos de corrupção de autorias tucanas. Né, não? E todo mundo é tratado como idiota ou coxinha de classe média, porque os procuradores que paralisaram a economia do Brasil são ideológicos, fazem política e escolheram lado — o lado tucano. Ou estou enganado? Creio que não.

Grande parte do povo brasileiro quer ver ladrões do dinheiro público presos. Eu também. Entretanto, antes os corruptos e corruptores tem de ser julgados com direito à ampla defesa. Vivemos sob a égide do Estado de Direito e submetidos aos ditames da Constituição, ou seja, da Lei. Servidor público pago pelo contribuinte tem de ser isento e imparcial para ser justo, bem como divorciado do espírito político e partidário. Sua ideologia tem de ficar restrita à sua casa e às urnas. Se o procurador, juiz e policial federal não aceita se conduzir dessa forma, que peça demissão, o boné — e entre em um partido para concorrer às eleições. Agora, aproveitar-se de seu cargo pago pelo povo para fazer política e participar de golpe é inaceitável. Ponto.  

A mandatária trabalhista, Dilma Rousseff, teve quase 55 milhões de votos, e os procuradores da Lava Jato, juntamente com o juiz de primeira instância, Sérgio Moro, vão se transformar em combustíveis para o golpe judicial do juiz Gilmar Mendes, presidente do TSE, que vai coordenar o julgamento das contas de campanha da presidente trabalhista, que, ressalto, já foram anteriormente aprovadas.

Só que os procuradores e o juiz tentam, junto com o PSDB, vincular o financiamento de Dilma à corrupção na Petrobras. Inacreditável, mas é o cenário político que se apresenta, de forma mórbida e perversa. Essa gente quer dar um golpe de qualquer jeito e, por sua vez, tomar o poder sem o crivo e a autorização das urnas e da democracia.

O procurador Carlos Fernando Santos Lima — o "Refundador" da República —  é um dos instrumentos do golpe, parte intrínseca à ação que visa derrubar uma mandatária legítima e que tem como se defender, porque não está sozinha, como ficou praticamente o presidente João Goulart em termos de reação.

Carlos Fernando e seus colegas deveriam ler história para entenderem melhor o processo político do Brasil tutelado pelos interesses da Casa Grande, a quem o procurador representa, a ter discernimento sobre esta condição ou não.  Agora, recomendo aos desavisados e aos desinformados para evitarem chegar perto do procurador e indagar sobre os escândalos dos tucanos. Ele vai dizer que não vem ao caso. Carlos Fernando e CIA. são messiânicos, ideológicos e só acusam o lado do PT. É isso aí.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Moro é o golpe no TSE e Gilmar seu garrote vil

Por Davis Sena Filho — Palavra Livre

O GOLPE AGORA VAI SER TENTADO NO TSE, POIS  NA CÂMARA JÁ ERA.
O juiz e político tucano de direita e de primeira instância, Sérgio Moro, líder de servidores públicos do sistema judiciário (Justiça, MP e PF) made in Paraná, somente se veste de preto, como se fosse agente funerário de filmes antigos de terror, que realiza um show de horrores, pois rasga a Constituição e assombra o Estado de Direito. 

Agora o condestável juiz quer prender o talentoso e competente publicitário baiano, João Santana, por intermédio da milionésima operação da Lava Jato, que terá seu fim apenas quando Lula for preso ou garantir que Dilma Rousseff sofra um impeachment ou tenha seu governo completamente engessado em suas ações administrativas e de infraestrutura até as eleições presidenciais de 2018.

Contudo, João Santana cometeu um grande erro em sua vida empresarial e de cidadão: ousou derrotar os tucanos do PSDB (existem também tucanos do DEM, do PMDB, do PSB, do PPS, do SD, do PP e da Rede) três vezes seguidas, sendo que uma vitória com Lula e duas com Dilma Rousseff. Bem feito, quem mandou João Santana ser competente e criativo? Deu no que deu, agora ele está à mercê de um mandado de prisão, e só não foi preso porque se encontra no exterior.

O advogado do publicitário entrou com recursos contra a prisão, bem como solicitou os autos dos processos para saber do que se trata e, com efeito, tomar as devidas providências para defender seu cliente. O juiz Moro negou o acesso dos advogados às acusações e mais uma vez deu uma banana para o Estado de Direito, porque a intenção é municiar ao máximo o juiz do STF e presidente do TSE(!), Gilmar Mendes.

Este também um magistrado extremamente conservador, que há anos tenta desestabilizar a democracia e o poder constituído legalmente e democraticamente por meio das urnas. Gilmar ataca, sistematicamente, os governos e os mandatários do PT, porque, na verdade, trata-se de um político, umbilicalmente ligado às oligarquias e às oposições, principalmente a partidos e políticos do DEM e do PSDB, como demonstram, inequivocadamente, suas relações políticas e pessoais evidenciadas por matérias, declarações e fotos da própria imprensa dos magnatas bilionários, que, reiteradamente, o apoia e lhe dá destaque, em um protagonismo que ele não tem, mas que pretende recuperá-lo com a presidência do TSE.

Ele vai incomodar muito, infernizar a vida brasileira e fazer, indevidamente, política e dar entrevistas, sempre a visar o impeachment de Dilma Rousseff, que foi derrotado na Câmara por causa da desmoralização política e moral de seu presidente, deputado Eduardo Cunha, aliado de Gilmar, que até hoje, incrivelmente, é blindado pela imprensa de caráter golpista e protegido pelo sistema judiciário deste País, cuja credibilidade para parte importante da sociedade brasileira é menos ou menor do que zero.

O juiz Gilmar Mendes há muito tempo deveria ser julgado pelo Senado em um processo de impeachment. O magistrado desmoraliza a Justiça e causa transtorno à estabilidade democrática. Trata-se de um homem que fala bastante, sem ter cuidado com o que diz, pois completamente envolvido com os interesses político-partidários da oposição conservadora. O juiz fala muito além do que é permitido a um magistrado da Corte mais importante do País.   

Suas diatribes constantes refletem em  suas votações por causa de suas declarações antecipadas sobre aqueles que vai julgar, geralmente de cunho político e ideológico contra o PT e suas lideranças, mesmo a ser tal juiz um dos magistrados que vão julgar causas que, indubitavelmente, determinam o futuro de pessoas, de suas vidas postas em jogo, que deveriam ser preservadas até seus julgamentos e, se for o caso, suas condenações. Gilmar Mendes trata a democracia e o Estado de Direito como se fossem suas mucamas. É o fim da picada! E ninguém da Justiça e do CNJ faz nada. Em um País desenvolvido, o juiz do STF já teria há muito tempo sofrido um impeachment. Quando não há justiça não há paz.

Enquanto isso, tudo permanece como dantes no quartel d'Abrantes. A Polícia Federal aecista se mostrou antirrepublicana nas eleições de 2014. A PF do Paraná da Vara do Moro, assim, inicia sua milionésima operação. O nome desta, tais quais os nomes de outras operações anteriores é um estapafúrdio, pois uma acinte em forma de deboche e desrespeito. Acarajé! Exatamente, a PF, nada criativa e talentosa, continua em sua eterna e medíocre meganhagem e se torna uma máquina repetidora descontrolada  de escárnios, menosprezos e zombarias.

O nome Acarajé dado à operação é porque o publicitário João Santana é baiano. Aí os "gênios" da PF deram o nome de um quitute, de um manjar maravilhoso à operação. Nossa, esses caras são lamentáveis, pois tratam tudo com deboche, uma forma ordinária para desmoralizar as pessoas, que já estão em uma situação difícil, porque, a exemplo de João Santana, muitos dos acusados não tiveram acesso às acusações do MP e da PF, conforme já relataram e denunciaram inúmeros advogados.

Além disso, considero que a PF midiática e amante dos holofotes passe a fazer um tipo de enquete para que o povo escolha os nomes de suas operações, já que evitar o ôba-ôba é impossível e, reconheço, seria pedir de mais. Além disso, os coxinhas participariam da enquete com muito entusiasmo e frenesi. Recomendo, inclusive, premiar os coxinhas com o distintivo da PF em forma de bônus àquele ou àquela que mais se esforçou para votar na enquete várias vezes.

O bônus seriam uns três, como passear pelos corredores das superintendências da PF, ganhar um boneco gigante do agente Japa, que responde a vários processos, diga-se de passagem, além de poder tirar fotografias das pessoas presas na operação Acarajé, que visa, sobretudo, prender o publicitário João Santana. Eu, por exemplo, não escolheria o nome "Acarajé" para a operação da PF. Considero melhor e ideal o nome "Vatapá". Não me perguntem por quê? Eu não saberia responder, como também os gênios da PF certamente não sabem por que escolheram Acarajé ao invés de Vatapá, Sarapatel ou Buchada de Bode... etc. etc. etc.

Sérgio Moro e Gilmar Mendes agora estão a fazer "tabelinhas" para adentrar a área. O gol é o golpe do impeachment contra Dilma Rousseff e de rebarba a prisão de Lula, que não tem mandato e mesmo assim está a enfrentar uma mídia familiar e privada corrupta, desleal e covarde, bem como se defende de uma oposição tucana blindada em seus crimes pelo Poder Judiciário, que inadvertidamente e imprudentemente, tornou-se um partido político em busca da derrota do PT e de seus governos trabalhistas, que colocaram o Brasil pela primeira vez no mapa mundial.

Os avanços sociais e a emancipação do povo brasileiro, terminantemente, não interessam à plutocracia e a seus capitães do mato que agem e atuam nas esferas do sistema judiciário e na imprensa de negócios privados. Manter o Brasil no cabresto e preso ao seu passado de fazenda de escravos é o que interessa a uma "elite" antinacionalista ao tempo que colonizada e subalterna ao establishment mundial. Essa gente medíocre e traidora de sua Pátria bebe e come no Brasil, mas praticamente mora lá fora onde gasta seu dinheiro ilegal, enviado sem declarar ao Fisco nacional, bem como mantém suas vidas nababescas com o suor e o trabalho do povo brasileiro — empregado de suas empresas, indústrias e fazendas.

Gente como Sérgio Moro e Gilmar Mendes representa a imagem no espelho de uma plutocracia que necessita de autoridades que combatam os avanços sociais conquistados por sociedades de terceiro mundo e emergentes que querem mais, que exigem mais, que cobram mais, porque desejam e lutam por uma vida de melhor qualidade. Tais juízes são os agentes do atraso e do retrocesso, bem como os partidos de direita e suas lideranças, a exemplo do PSDB e do DEM, agremiações que representam os interesses do status quo.

A questão primordial, e é isto que as pessoas coxinhas não entendem ou compreendem, não se resume a prender os ladrões do dinheiro público e os corruptos que se submentem aos cantos de sereias dos corruptores. De forma alguma a questão é esta. Prender os corruptos e os corruptores é um processo que se realiza, independente das dificuldades para finalizar tal processo. Basta apoiar com logística, materiais, equipamento, orçamento e contratação de pessoal da PF, do MP e da Justiça.

Entretanto, prender malfeitores não se resume a apenas cumprir com as responsabilidades e dar liberdade, como o fizeram os governos de Dilma e de Lula para que o sistema judiciário legal agisse por meio de suas operações. Não mesmo. É mais complexo. O problema todo não é apenas prender quem rouba e investigar e punir os ladrões do dinheiro público e também do privado — parceiros umbilicais da corrupção.

O problema é que tais operações de certos juízes, procuradores, promotores e delegados da PF é que suas ordens e determinações são usadas politicamente e partidariamente. Este é o X da questão que os coxinhas de classe média, por exemplo, com suas camisetas de Seleção Brasileira não percebem ou fingem, hipocritamente e cinicamente, não perceber. Fico com a segunda opção, porque ninguém pode ser tão idiota ou analfabeto político ao ponto de ser tão ingênuo e desinformado.

"Tudo bem" que o sistema judiciário e a imprensa de mercado mais canalha do mundo trate os brasileiros como idiotas, mesmo a saber que não o são. Sérgio Moro e Gilmar Mendes ainda vão dar muito pano pra manga no que diz respeito à legalidade de suas ações e à politização da Justiça e à criminalização e judicialização da política. Os magistrados sabem o que estão fazer e compreendem por que agem dessa forma tão antirrepublicana. Com certeza.

A casa grande percebeu há muito tempo que não ganha a eleição presidencial por intermédio da luta política e partidária junto à população. A direita raivosa, a partir de 1930, somente venceu eleições diretas em 1960, com a vitória de Jânio Quadros, que, mesmo a ser um político conservador, rompeu com a UDN de Carlos Lacerda e realizou um governo conforme seus propósitos e desejos, mesmo a renunciar ao mandato presidencial, o que são outros quinhentos — a grosso modo.

Depois de quatro derrotas consecutivas para o PT, a direita partidária brasileira, uma das mais ricas, poderosas e violentas do mundo, resolveu mudar de estratégia e se aliou, primeiramente, à imprensa conservadora de meia dúzia de famílias, que pensam que o Brasil é sua fazenda de escravos e de idiotas. Ledo engano, porque não é, pois o Partido dos Trabalhadores venceu quatro eleições e milhões de brasileiros não deixam suas cabeças serem feitas por jornalistas e "especialistas" de prateleiras da Globo, da Globo News, CBN, Folha de S. Paulo, O Globo, Estadão, Veja, Época, dentre outros órgãos de comunicação privados, que formam o cartel de direita midiático.

Depois essa gente feroz, violenta, reacionária e historicamente golpista, que odeia negros, índios, nordestinos, mulheres, portadores de deficiência, gays, pobres e tudo que não reflete sua imagem diabólica no espelho acionou seus barra bravas do sistema judiciário para conter os avanços da esquerda brasileira, como o fazem também em Venezuela, Chile, Bolívia, Argentina, Equador, Uruguai, Peru, Nicarágua, Honduras e Paraguai, dentre outros países da América Latina, sendo que o Paraguai e Honduras tiveram, recentemente, presidentes esquerdistas e eleitos por seus povos ilegalmente derrubados, porque vítimas de golpes praticados pelas oligarquias daqueles dois países.

Agora, notadamente o Brasil por ser uma Nação poderosa e dona da sétima maior economia do mundo, está a enfrentar, desde as eleições de outubro de 2014, seguidas tentativas de golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, que recebeu do povo brasileiro quase 55 milhões de votos. Impressionante a ousadia e o atrevimento da casa grande brasileira e seus ferozes servidores públicos vestidos de preto, que se dispõem, casuisticamente, a fazer o jogo sujo e pesado do golpe que vai, se ocorrer, transformar este País em um verdadeiro inferno, porque vai se tornar ingovernável. Ou alguém duvida?

O Brasil é uma "merda" para os coxinhas amantes do Mickey e que quando podem dão uma de patetas quando vão a Orlando ou Miami, terras dessa gente apátrida e portadora de um incomensurável e inenarrável complexo de vira-lata, escravos de suas próprias desilusões e que se negam a construir seu País — o Brasil. Querem apenas desconstruí-lo e, consequentemente, negativá-lo em sua autoestima. São cúmplices de uma burguesia que os despreza ao tempo que os contrata como empregados. E só.

Os coxinhas gostam de considerar a gringada esperta e malandra, mas tentam humilhar os que aqui estão, porque, apesar de serem apenas coxinhas de classe média, empregadinhos da casa grande, pensam igual a ela e se aliam aos seus algozes, que jamais os convidam para participar de suas papanças, pândegas e patuscadas, em suas mansões e casarões dos bairros ricos e chiques. Ô gentinha sem discernimento esses tais coxinhas, que pensam ser convivas da grande festa dos ricos, o 1% que controla os 90% do dinheiro do mundo, ao custo de muita miséria, dor, indignidade, violência e guerra.

Sérgio Moro e Gilmar Mendes são juízes e preparam o golpe por via judiciária, já que o golpe parlamentar não colou, pois derrotado pela verdade, que se ancora no fato e na razão de que a presidenta Dilma Rousseff não incorreu em crimes de responsabilidade. Todavia, essa gente não desiste, porque a casa grande não pode ficar sem controlar o Orçamento da União e, por sua vez, determinar as políticas públicas, inclusive as relações exteriores, porque o sonho da burguesia nacional e subalterna é restabelecer a subserviência aos Estados Unidos. Ponto.

Gilmar Mendes, no TSE, vai ser alimentado pela Lava Jato pertencente ao establishment brasileiro e tocada, a ferro e fogo, pelo juiz de primeira instância, Sérgio Moro. Será por intermédio de Moro que Gilmar vai cozinhar seu pirão do golpe contra a Dilma e, com efeito, contra a candidatura de Lula, em 2018. É dessa forma que se perpetua uma operação como a Lava Jato e suas 200 mil ações policiais de cara e perfil japonês, sendo que muitas delas impedem o direito à defesa e não permitem o conhecimento por parte de acusados do que estão a ser acusados. Moro é o golpe no TSE e o Gilmar seu garrote vil. É isso aí.




domingo, 21 de fevereiro de 2016

As duas Mirians e a hipocrisia do aristocrata FHC — o Neoliberal I

Por Davis Sena Filho — Palavra Livre


Existem sabedorias populares em forma de palavras e frases, que se baseiam em experiências, no decorrer de nossas vidas. Vou citar três provérbios: 1) Você colhe o que planta; 2) Aqui se faz e aqui se paga; e 3) Pau que bate em Chico bate também em Francisco. Porém, posso completar a este elenco de frases mais um adágio popular: "Em boca fechada não entra mosca".

E não é que 27 anos depois surge, de forma retumbante uma "nova" Miriam?! Desta vez se trata da Miriam de Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I —, cujo sobrenome é Dutra. A Miriam de Lula é a Cordeiro, e ela surgiu para atacar o PT e seu candidato, há dez dias de os brasileiros irem às urnas presidenciais de 1989, com grande estardalhaço da imprensa de mercado dos magnatas bilionários, historicamente de oposição a políticos trabalhistas e de esquerda.

Isto mesmo, depois de longos 25 anos, ou seja, um quarto de século, o povo brasileiro resgatava seu direito de ir às urnas para escolher diretamente o presidente da República. O candidato da casa grande e de suas mídias conservadoras era o atual senador, Fernando Collor  (PTB/AL), seu adversário, agora no segundo turno, era o ex-presidente Lula, do PT, que tinha 45% de apoio popular, segundo as pesquisas da época, enquanto Collor tinha 46%.

Acontece que Lula, poucas semanas antes tinha 33% das intenções de votos e subiu vertiginosamente nas pesquisas em um sprint de se perder o fôlego, o que colocou em grande perigo a vitória de Fernando Collor, o candidato da direita brasileira, notadamente da família Marinho, que já tinha se aproveitado do sequestro do empresário Abílio Diniz para fazer ilações maldosas e manipulações políticas em forma de jornalismo.

Às vésperas do segundo turno, a polícia paulista apresentou os sequestradores de Abílio Diniz com as camisetas da campanha de Lula, como se quisesse dizer que o PT e seu candidato foram os responsáveis pelo hediondo crime de sequestro, um dos maiores absurdos que a história do Brasil vivenciou em termos políticos e eleitorais, que descambou para uma pantomima midiática promovida por agentes do Estado paulista, a mando, evidentemente, de políticos que estavam no poder em São Paulo.

O governador na época era Orestes Quércia, e o presidente da República, José Sarney, que, no decorrer da Constituinte (1987/1988), a combateu a ferro e fogo, a apoiar o Centrão, uma frente composta pela direita tupiniquim, que tinha como propósito fundamental impedir que propostas progressistas e sociais fossem aprovadas, de forma que a Constituição, após ser publicada e sancionada, não contivesse tantos direitos à sociedade e garantisse, como garante, à cidadania brasileira viver e ser protegida pelo Estado de Direito.

Contudo, esses são outros quinhentos. Vamos à Miriam... a do Lula. Como eu estava a dizer, Miriam Cordeiro era enfermeira e teve um romance com o político petista, que era viúvo e após seis meses resolveu casar com dona Marisa Letícia, sua esposa há décadas e mãe de seus filhos. Miriam Cordeiro engravidou, avisou a Lula sobre a gravidez, deu a luz à filha, Lurian, que sempre teve a atenção de seu pai e, segundo ela, convivem e se dão bem.

Enfim, temeroso em perder as eleições de 1989, o staff de Collor, depois ajudado politicamente e eleitoralmente pela polícia paulista com o sequestro do dono do Pão de Açúcar, Abílio Diniz, resolveu apresentar Miriam Cordeiro ao público, que declarou, no programa eleitoral do PRN de Collor, que Lula pediu para que ela fizesse aborto, episódio negado pelo ex-presidente e também por sua filha, Lurian, que depois, em outras eleições as quais seu pai foi candidato, ela apareceu para apoiá-lo.

Já a Miriam de FHC, a Dutra, supostamente mãe de um filho do ex-presidente tucano, realidade esta que não se confirmou por meio de exame de DNA, tomou um "chá" de sumiço, com a cumplicidade dos donos e dos chefes e chefetes da Rede Globo, empresa que pagava-lhe salários para ela não trabalhar, porém, se calar. Trabalhou na Globo por mais de 30 anos, contanto que calasse a boca e não prejudicasse a carreira política de Fernando Henrique, que, segundo a jornalista, pertence à aristocracia paulista e literalmente se comporta como aristocrata. "Nada mais real; nada mais e nada menos do que a cara de FHC..."

Miriam Dutra recebia dinheiro, ainda, por intermédio de um contrato "fictício" — palavra que significa "aparente, simulado e falso". Ponto. Tal contrato foi elaborado pela empresa Brasif S.A., do setor de importação e exportação, o que permitiu o envio de dinheiro para o exterior. O nome do filho de FHC é Tomás Dutra Schmidt (ele não tem o sobrenome do tucano), mas exame de DNA deu negativo e, com efeito, não confirmou a paternidade de FHC, que, sem ser o pai da criança que hoje é um adulto, esforçou-se para escondê-la e, por sua vez, proteger sua carreira política, que o levou à Presidência da República.

Não entro no mérito do equívoco sobre a paternidade ou não de FHC, pois de ordem pessoal e afetiva quanto ao filho Tomás. Os filhos nos são caros e suas dores nos doem. Respeita-se, e pronto, inclusive o ser humano, o cidadão Fernando Henrique, a quem critico há anos, de forma dura e até irônica, mas não desumana, como fazem sub-repticiamente com o Lula. Na verdade, o que questiono é a tentativa de se tirar a humanidade de um dos políticos mais humanistas que eu conheci, que é exatamente o Lula. Sua humanidade e competência como presidente são os fatores que realmente incomodam a burguesia nacional, dona da casa grande, herdeira legítima da escravidão. Nunca me canso de dizer estas palavras últimas. Jamais!

Hipócrita, no que é relativo a assumir sua responsabilidade, Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I e agora também o Aristocrata da Pauliceia II — porque o primeiro é o Martim Afonso de Sousa (1533/1571), primeiro donatário das terras bandeirantes, contou com um enorme e poderoso cinturão de proteção, que o permitiu a cometer inúmeras ilegalidades e malfeitos, que, consoante promotores, juízes e juristas por causa de sua idade, 84 anos, e o tempo em que foram realizadas suas ações em prol de Miriam Dutra e seu filho, o grão-tucano se tornou inimputável, realidade que não surpreende, porque, é fato, no Brasil os tucanos são inimputáveis — idosos ou não, com crimes prescritos ou não. Ponto. Fim de papo!

Para quem não sabe, a Brasif era concessionária da Infraero, estatal responsável pelos aeroportos. Portanto, uma empresa federal. A Brasif, simplesmente, tinha o monopólio dos free-shops nos principais aeroportos do País. Uma clara e inequívoca demonstração de como o patrimonialismo é arraigado e tem origem no Brasil Colônia, do donatário Martim Afonso de Sousa — o Aristocrata da Pauliceia I, porque o segundo, sem sombra de dúvida, é o FHC, também conhecido como o Neoliberal I.   

FHC afirmou: "Com referência à empresa citada no noticiário de hoje, trata-se de um contrato feito há mais de 13 anos, sobre o qual não tenho condições de me manifestar enquanto a referida empresa não fizer os esclarecimentos que considerar necessários". E nem o será. Fernando Henrique sabe que isto tudo não vai dar em nada, não somente porque os tucanos são inimputáveis, mas, sobretudo, porque o sistema judiciário deste País, composto pela Justiça, Ministério Público e Polícia Federal não tem a mínima disposição para investigar, julgar e prender políticos tucanos e seus aliados, como, por exemplo, os magnatas bilionários de todas as mídias cruzadas e monopolizadas.

Quando a colunista tucana, Eliane Cantanhêde, do Estadão e da Globo News, aquela do "povo limpinho e cheiroso", afirma, na maior cara de pau, que as notícias sobre as aventuras amorosas de FHC — o Príncipe da Privataria Primeiríssimo — funcionam como nuvens de fumaça para embaralhar o jogo político, ou seja, ela quer dizer que FHC como inspirador de notícias ruins é uma forma de tirar o sítio de Atibaia e o triplex do Guarujá, que não são de Lula, do foco das manchetes da imprensa de negócios privados, da qual a colunista é uma de suas principais porta-vozes de seus interesses. A verdade é que quem está a embaralhar tal jogo político sujo e golpista é a própria Eliane Cantanhêde.

Senão, vejamos: Como pode uma jornalista profissional, experiente, insinuar que o PT está por trás das palavras de Miriam Dutra, a ex-namorada de FHC? Trabalhei na Câmara dos Deputados em 1988 (Constituinte) e depois no período de 1991 a 1995. Retornei ao Legislativo em 2004 e saí da Casa de Leis em 2009. Portanto, trabalhei, de forma intercalada e em diferentes épocas cerca de 11 anos, sendo que morei e exerci a profissão de jornalista de Política, em Brasília, durante 22 anos.    

Já naquele tempo, no final da década de 1980, Fernando Henrique já tinha fama de "conquistador". Todo jornalista de Política, que cobriu a Esplanada dos Ministérios, além do Congresso, STF e Palácio do Planalto de minha geração e da anterior à minha sabe disso. FHC tocou sua vida, pois era senador suplente de Franco Montoro, depois virou ministro do Exterior e da Fazenda, o que o levou, posteriormente, a ser presidente da República.

Eliane Cantanhêde sabe disso, porque se trata de uma jornalista experiente, apesar de ser ligada ao PSDB e aos interesses políticos de seus patrões, sejam eles os Mesquita, os Frias, os Marinho e o consórcio dos Diários Associados, cujo principal jornal é o Correio Braziliense, diário em que trabalhei nos anos de 1988 a 1991 e depois em 1995, num curtíssimo período.

Não tem sentido o que Cantanhêde afirma, quando se trata de publicar a realidade em sua coluna no Estadão. O que acontece não é derivado de ações do PT, mas, sim, de ações efetivadas pela própria vontade de Miriam Dutra, que a despeito de se submeter a inúmeras humilhações, ela reconhece que aceitou as condições impostas por Fernando Henrique e pelas Organizações(?) Globo. FHC, como seu ex-amante, e a Globo como sua patroa.

A verdade é que Miriam deve ter acordado certo dia, com efeito, pensado: "Meus filhos estão crescidos. Não preciso mais de ninguém. FHC sumiu há décadas de minha vida e a Globo não é mais minha patroa. Sabe de uma coisa?" — indagou-se — "Vou botar pra quebrar. Engoli sapos, escorpiões, cobras e lagartos à beça durante anos. Calei a boca, aceitei ser humilhada pra sobreviver e morei longe do Brasil, mas agora vou falar tudo". E falou. Os nomes que se podem dar às atitudes de Miriam Dutra são estes: mágoa, rancor, raiva, vingança e sentimento de ter sido injustiçada.

Depois disso tudo, vem a imprensa de caráter e histórico golpista e gangsteriano dizer que o PT está por trás das palavras de Miriam Dutra. Durma-se com um barulho desses. Miriam é mulher e agiu como muitas mulheres fazem, independente de condição social e opção político-partidária. Se qualquer pessoa pesquisar sobre brigas e escândalos amorosos e sexuais, vão aparecer incontáveis casos sobre essa questão, inclusive em forma de bate-boca escândalos públicos.

Mulheres se vingam, e, a propósito, também os homens. Só que de maneiras diferentes, porque os poderes e as formas de pensar e agir são diferentes, pois homens e mulheres, apesar de serem da mesma espécie animal, são diferentes, porque sentem as coisas da vida e o mundo de formas diferentes. Miriam Dutra é apenas mais um caso da história da humanidade. Ponto. Não é Cantanhêde?

Vale ressaltar ainda que a irmã de Miriam trabalhou para o senador José Serra, e, evidentemente, não sejamos tão ingênuos, obviamente que deve ter sido um pedido de FHC. Enquanto isso Lula está a ser achincalhado e jogado à fogueira "santa" medieval todo o dia. No passado, mostraram a Miriam Cordeiro, que cooperou para tirar votos de Lula, além de ter sido acusada de receber dinheiro, o que compromete moralmente suas afirmações.

A verdade é que no Brasil viceja uma imprensa empresarial covarde, cruel e corrupta, que toma a frente da política, porque se tornou um partido político de direita, que faz oposição sistemática ao PT e aos presidentes trabalhistas. Lula vai ser defendido por partes importantes da sociedade organizada onde for e aonde tiver de ser. E luta na rua não é brincadeira, bem como não é coisa para amadores.

Inaceitável o é para a sociedade democrática ter de conviver com uma mídia privada antidemocrática e um sistema judiciário que tomou partido e faz, sistematicamente, parceria com o PSDB e a imprensa dos magnatas bilionários para derrubar presidente eleita e prender ex-presidente, que, por "coincidência", são do PT. Isto tem de parar, ao preço de o Brasil se transformar em uma democracia capenga e pseuda, com um Judiciário ditatorial, que não aceita o jogo democrático e nem a ascensão dos pobres. A verdade é que existem duas Mirians e a do FHC é que está a falar. Segura peão!!! É isso aí.