É assim que a imprensa quer o Brasil: sempre atrás e nunca alcançar a autonomia. |
Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre
"A CIA tem o
direito legítimo de se infiltrar na imprensa estrangeira. Ela tem a missão de
influir, através dos meios de comunicação, no desenlace dos fatos políticos em
outros países". (Willian
Colby, ex-diretor-geral da agência de inteligência dos EUA)
“Existem muitos jornalistas que deveriam mudar de profissão e abraçar o “ofício” de arrivista. O papel da imprensa burguesa, especificamente na América do Sul, é de ruborizar qualquer canalha”.
“Existem muitos jornalistas que deveriam mudar de profissão e abraçar o “ofício” de arrivista. O papel da imprensa burguesa, especificamente na América do Sul, é de ruborizar qualquer canalha”.
Por mais que percebamos que a situação econômica e social do Brasil é
cada vez melhor, a imprensa burguesa e alienígena, cooptada e sócia dos bancos
internacionais e testa de ferro dos interesses da globalização e, portanto, do
colonialismo e da exploração dos povos pobres pelos países industrializados, à
frente os Estados Unidos, insiste, com maior eloquência nos jornais televisivos
e programas de debates, em pintar um quadro de crise, insatisfatório e negativo
para a economia nacional.
A imprensa comercial e privada ilustra, sem pudor algum, um desenvolvimento
social e econômico que, pelo que vejo, é fruto da imaginação, digamos,
extremamente criativa dos proprietários dos meios de comunicação, bem como de
seus cooperadores, que são os editores e diretores do sistema midiático de
direita, muito bem pagos para defender os interesses do mercado financeiro e
das classes sociais hegemônicas, que controlaram o Brasil e prejudicaram seu
povo por quase 50 anos, a partir do golpe civil-militar, que implantou
políticas públicas que, estrategicamente, beneficiaram somente o grande
capital.
Quanto mais é visível o combate e a diminuição da violência — como
acontece no Rio de Janeiro —, à miséria e à ignorância de grande parte de nossa
população, mais a imprensa mostra outra realidade, por intermédio da
manipulação e de argumentos pontuais retirados, propositalmente, do contexto
das notícias, dos fatos e das realidades. Outro método posto em prática pelos
barões da imprensa e seus sabujos para que as conquistas econômicas e sociais
não sejam repercutidas é a autocensura, que até hoje perdura nas grandes
redações, quando em momentos de crise ou de questionamentos de setores
politizados da sociedade quanto aos rumos do Brasil, bem como quanto à conduta
dos meios de comunicação privados.
Jornalistas se associam aos seus patrões e trabalham para boicotar o Brasil. |
Os barões do setor de comunicação são os mais atrasados do mundo
empresarial e detestam dar voz aos adversários de seus pensamentos e ideologia.
Corporativos, conservadores e reacionários consideram que liberdade de
expressão e de imprensa é a liberdade de expressão e de imprensa deles — apenas
para eles. E se entenderem que tal “liberdade” está a ser questionada, acusam a
quem quer que seja de tentar impor a censura contra os órgãos privados de
comunicação, porém, de concessão pública, como as televisões. Trata-se da forma
esperta e que cria confusão e polêmica em parte da sociedade que,
despolitizada, é capaz de participar de movimentos de direita como o “Cansei”,
que aconteceu em 2007 em São Paulo, ou como o acontecido na Cinelândia, no Rio
de Janeiro, e na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
São pessoas inocentes úteis que leem revistas e jornais de péssima qualidade
editorial, exemplificados na “Veja”, no “O Globo”, na “Folha de S. Paulo”, no
“Estadão”, na “Época” e em quase todos os jornais televisivos, apresentados por
âncoras comprados a peso de ouro e por repórteres que não questionam nem o
porquê de eles serem repórteres. Os patrões da imprensa e seus empregados
‘mauricinhos e patricinhas’ que, ridiculamente, os chamam de “colegas”, não aceitaram
até hoje as três derrotas eleitorais para os presidentes trabalhistas Luiz
Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Rousseff.
Esses patrões do setor midiático
privado que se tornaram multimilionários são autoritários e se recusam a pensar
o Brasil e por isso combatem o seu desenvolvimento, a sua independência e
autonomia. Boicotam e se recusam a participar de qualquer fórum que discuta o
marco regulatório para os meios de comunicação, bem como qualquer assunto ou
realidade que eles consideram que podem prejudicar os privilégios e o bem viver
das classes abastadas, aquelas que os barões da imprensa e das mídias em geral
representam, com ardor e sem sentimento de culpa, de nacionalidade e de boa
vontade para que o Brasil deixe de ser um País onde existem muitas pessoas
pobres e passe a ser um lugar de oportunidades a todos os brasileiros.
É inquestionável que a imprensa esteve e está sempre ao lado da
burguesia nacional e, por conseguinte, da internacional. Um exemplo é o apoio
que os “jornalões” e televisões deram aos adversários golpistas de Hugo Chávez,
Manuel Zelaya e Fernando Lugo, presidentes da Venezuela, de Honduras e do
Paraguai. No caso Chávez, a imprensa brasileira corrupta somente mudou de
postura porque, tardiamente, percebeu que o golpe empresarial e militar foi
derrotado, pois nem mesmo o governo tirano e fascista de George Walker Bush
conseguiu segurar as condições políticas para manter o golpe patrocinado pela
CIA, juntamente com a burguesia venezuelana e os proprietários dos meios de
comunicação privados, que queriam e querem mamar na mamadeira do petróleo
eternamente, o que, sobremaneira, não será mais possível. A tentativa de golpe
foi um absurdo, uma baixaria e trapaça, com a conivência, mais uma vez, dos
EUA, país interventor e useiro e vezeiro em quebrar as regras do jogo
democrático em todo o planeta.
Quanto a Honduras, a atuação e conduta da imprensa comercial e privada
(privada nos dois sentidos, tá?) foi lamentável. Os jornalistas daqui, a mando
de seus patrões e por serem simplesmente subservientes, esmeraram-se. Em pleno
continente americano que foi vítima de ditaduras sanguinárias, os jornalistas
da imprensa hegemônica e entreguista defenderam a queda do presidente
trabalhista eleito, Manuel Zelaya. Apoiaram o golpe. Mais do que isso:
justificaram o que é injustificável, por ser ilegal, e deram conotações cínicas
e mentirosas ao disseminar pelos veículos de comunicação as ações armadas dos
direitistas hondurenhos contra um presidente constitucional, pois eleito pelo
povo daquele país da América Central.
Quando Zelaya (para não morrer ou ficar nas mãos dos golpistas que
assumiram o poder à força) pediu asilo na Embaixada do Brasil, em Tegucigalpa,
a imprensa de negócios começou imediatamente a bombardear o Governo Lula e a
desqualificar o presidente hondurenho vítima de um golpe violento, que o
humilhou, pois que foi retirado da cama, à noite, em sua casa por homens a
serviço dos fazendeiros e militares hondurenhos, com o apoio e a cumplicidade
da CIA e do Departamento de Estado dos EUA, país yankee que tem a clava e o porrete como fundamentos principais de
sua diplomacia. Os jornalistas conservadores da mídia alienígena passaram a
dissimular os fatos para manipular a verdade e dessa forma amenizar o golpe de
estado.
Quanto ao golpe no Paraguai, a imprensa, através de seus próceres da
reação, tergiversou para logo depois passar ao ataque à legalidade
constitucional por meio de desculpas sem fundamento no Direito, pois que a
Corte do Judiciário, os senadores e os empresários, notadamente os
latifundiários, manipularam a Constituição do país guarani para corromper as
ordens institucional e constitucional e, por intermédio de chicana, arrumar
argumentos para derrubar o presidente Fernando Lugo do poder. Lugo, homem de
esquerda, com origem na Teologia da Libertação, corrente progressista da Igreja
Católica que foi censurada e reprimida pelo Papa conservador João Paulo II, que
destituiu os religiosos que acreditavam nessa perspectiva dos cargos de poder e
puniu os que ele considerava rebeldes, a exemplo do brasileiro Leonardo Boff.
O presidente eleito do Paraguai foi deposto por um golpe “parlamentar”,
mas a reação veio a galope, porque o golpista que assumiu o poder e atende pelo
nome de Federico Franco ficou impedido de participar das reuniões do Mercosul e
da Unasul, além de ser surpreendido com o ingresso da Venezuela no importante
bloco econômico da América do Sul. Para quem não lembra, relembro. Federico
Franco, filho da cruel oligarquia paraguaia, mal assumiu o poder e vociferou: “Sou
contra a entrada da Venezuela no Mercosul. Gosto do Lula mas o Chávez não tem
dignidade”.
Como é que pode um político traidor, golpista e que “representa” o país menos
poderoso do Mercosul “cantar de galo”, barrar negociações e não relevar uma
Venezuela que é potência petrolífera, que cresce 9% ao ano e que tem uma
economia diversificada e oferece oportunidade de negócios no que tange à
construção de infraestrutura (portos, aeroportos, rodovias, hidrelétricas
etc.)? O castigo foi duro, porque a primeira atitude que os signatários
presentes à reunião do Mercosul foi a de aprovar a Venezuela de Hugo Chávez
como sócia do bloco. A provocação de golpista paraguaio realmente incomodou e
obteve dura resposta.
Um cala-boca estrondoso, mas silenciado pela imprensa brasileira
corrupta e vocacionada para atender às demandas dos países imperialistas. A velha
imprensa foi, é e sempre vai ser imperialista, porque enxerga o Brasil como uma
colônia, fato este que não é mais a realidade. O Brasil é independente,
soberano e poderoso. Só não percebe quem não quer. O golpista do Federico
Franco deu realmente um tiro que saiu pela culatra — tiro no pé. Lugo, que veio
da esquerda, bloqueava há cinco anos o ingresso da Venezuela no Mercosul,
porque para governar teve de compor com a direita, a mesma que o derrubou. Que
isto sirva de lição não somente para o Fernando Lugo, mas principalmente para
os outros presidentes integrantes do bloco, que aprenderam que a minoria não
pode se sobrepor à vontade da maioria.
A imprensa brasileira apoia golpes de estado. Foi esse papel indecente
que coube a ela. Por causa disso e de muitas outras coisas, percebe-se,
realmente, que os barões da imprensa são capazes de qualquer ação jornalística
e empresarial para manter os status quo
das classes dominantes, bem como para defender os interesses econômicos e
geopolíticos de países como os EUA. A imprensa burguesa, repito, é alienígena.
Não tem pátria e nem cultura. Ela pertence aos mercados das bolsas, aos
mercados financeiros e, inegavelmente, atua como porta-voz oficial desses interesses,
ao ponto de se transformar em um partido — o Partido da Imprensa —, que nunca avalia
sua conduta e jamais reconhece seus erros do passado, porque se recusa a ter
memória. Por esses motivos elencados é que o Brasil precisa, urgentemente, ter
um marco regulatório para o setor de mídias.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, tem de realizar a II
Confecom e fazer propaganda na televisão aberta sobre o evento, com o objetivo
de chamar a sociedade organizada para debater os meios de comunicação e as diferentes
mídias. Afinal de contas, como queremos que esses meios sejam, atuem e
disseminem educação, informação, lazer e entretenimento? Quais são as regras
que a sociedade brasileira quer e aprova? Por que os barões das mídias se
recusam a debater? Quais seriam as leis, as normas, as regras que defenderiam o
cidadão dos interesses de um empresariado que, mesmo a ser concessionário do
estado e, portanto, do povo, declara-se contra as mudanças sociais e se recusa,
terminantemente, a aceitar que haja a democratização da comunicação e da
informação no Brasil?
Seguramente, a quebra do monopólio de um negócio de bilhões de reais,
que é controlado por uma dezena de famílias é tudo o que esse segmento
econômico não quer. Monopólio é poder, só que um poder ilegal, como consta nos
códigos de Direito e normas da Organização Mundial do Comércio (OMC) e
igualmente constante nas leis da maior parte dos países. Se a Nação brasileira quer
viver em uma sociedade de consumo, então que a transformemos de verdade, a começar pela
obediência às regras do mercado. Não é isso que os capitalistas sempre
apregoaram caro leitor? Só que tudo é mentira, é falso. Os empresários de
comunicação cantam loas e boas ao livre mercado, à iniciativa privada, mas
quando se trata do negócio deles querem, na verdade, reserva de mercado, como
eles demonstraram nas questões da televisão fechada e da banda larga. É o
cinismo em toda sua plenitude e a mentira em forma de oportunismo.
Quem avisa amigo é! A presidenta Dilma Rousseff e o ministro Bernardo
não podem tergiversar sobre essas realidades. É perigoso. Os barões da imprensa
são cúmplices ativos em um passado recente de golpes contra os governos
trabalhistas de Getúlio Vargas, de João Goulart, bem como infernizaram e
perseguiram Leonel Brizola e quase derrubaram Lula em 2005. O Governo Dilma tem
de democratizar os meios de comunicação, pois é um governo que tem maioria no
Congresso, que vai sofrer pressão, mas a Casa do Povo existe para administrar
pressões, além de discutir os problemas e apontar as soluções. Não vai faltar
coragem.
Entretanto, se o Paulo Bernardo se eximir de suas responsabilidades, que
se troque o ministro, de preferência que tenha o perfil do ex-ministro Franklin
Martins. A vida é muito curta para nos faltar coragem. Não tê-la é
contraprudecente para uma autoridade de Estado. Então é melhor ficar em casa a
ver televisão. O leão ruge forte e alto e grosso, mas isso não quer dizer que
ele não possa se submeter ao domador, que é a sociedade brasileira. O Governo
não pode vacilar e muito menos enfiar a cabeça em um buraco para não ver o que
acontece no Brasil quando se trata dos empresários que peitam governos
trabalhistas e fomentam até golpes de estado. A presidenta da Argentina,
Cristina Kirchner, com o apoio do Congresso, elaborou e aprovou a Ley dos
Medios. É um exemplo para o Brasil. A presidenta Dilma foi eleita também para
dar ao País um marco regulatório para os meios de comunicação. Que isto fique
claro. Não vale à pena ser presidenta sem ser também estadista. Então, mãos à
obra.
Existem muitos jornalistas que deveriam mudar de profissão e abraçar o
“ofício” de arrivista. O papel da imprensa burguesa, especificamente na América
do Sul, é de ruborizar qualquer canalha. Homens como Getúlio Vargas, Leonel
Brizola, João Goulart e Lula, além de muitos outros cidadãos de diferentes
atividades humanas foram duramente combatidos pela imprensa golpista, comercial
e privada (privada nos dois sentidos, tá?), que se aproveitou de subterfúgios,
os mais mentirosos e caluniadores, para colocar no lugar dos políticos eleitos
constitucionalmente os aventureiros golpistas que a permitisse concretizar seus
sonhos e devaneios de riqueza e poder, mesmo que para isso a população
brasileira fosse prejudicada em todos os sentidos e segmentos.
Montenegro, do Ibope, erro de apuração ou esqueceu que Lula é político de perfil trabalhista? |
Além de os proprietários dos meios de comunicação pertencer à elite
econômica, boa parte de seus cooperadores (diretores, editores, colunistas e editorialistas)
não tem compreensão política e histórica dos interesses daqueles que lutam por
um País melhor, mais humano e justo. Sabem que a imprensa é importante, mas não
dimensionam, de forma lúcida, a importância que é ser um jornalista
profissional antenado com as causas populares e com os interesses do Brasil
institucional.
A outra parte simplesmente se vende ao establishment para preservar salário, emprego, poder fictício e o
tendão de Aquiles da humanidade: a vaidade. Vi pouca gente talentosa subir na
hierarquia das redações. E vi muita gente mediana ocupar cargos de relevância e
considerados de “confiança”. Isto acontece sempre e sempre acontecerá em todas
as atividades profissionais, porque é assim que o sistema de poder em geral e
de cargos hierarquizados funciona. É dessa maneira que as elites econômicas
mantêm seu poder. Por isso que a humanidade é tão atrasada socialmente e até
mesmo espiritualmente.
É muito difícil edificar um País democrático e um povo politizado com
uma imprensa que defende, em primeiro lugar, os interesses de uma minoria
nacional e estrangeira, porque o segmento midiático faz parte de uma “elite”
internacional, que se preocupa em apenas manter seus privilégios financeiros,
manter o status quo e com isso
usufruir das benesses que um capitalismo capenga, mercantilista e selvagem,
oriundo de rapinagem e de regras desleais e inconstitucionais, pode
proporcionar a poucos nababos.
Um modelo econômico exportador imposto ao povo brasileiro há cinco
séculos, recrudescido especificamente a partir de 1964, que somente atende à
meia dúzia de empresários e à meia dúzia de governantes, que se encastelam nos
palácios, de forma covarde e leviana, sem se preocuparem com o destino da
população pobre e também de classe média, expostas, em seu dia a dia, a todo
tipo de humilhação e vergonha, retratadas nos baixos salários, no desemprego,
na escola de baixa qualidade, na saúde em crise, nas altas taxas de juros, nas
dívidas públicas externa e interna, na falta de reforma agrária, saneamento
básico, moradia, pavimentação das rodovias e, principalmente, na violência, que
ceifa a vida de milhares de jovens e pais de família todo ano.
Globolinha na cabeça do José Serra. A gente se vê por aqui... |
São a vergonha nacional a nossa elite, os nossos burgueses, que querem
perpetuar esse estado de coisas e por causa disso combatem os governos
trabalhistas no decorrer da nossa história. Uma desfaçatez e irresponsabilidade
dos governantes conservadores e neoliberais como o ex-presidente tucano
Fernando Henrique Cardoso, que vendeu o Brasil e mesmo assim foi ao Fundo
Monetário Internacional (FMI) três vezes, de joelhos e com o pires na mão e
nenhuma vergonha no que diz respeito à situação do Brasil naquele momento.
Subserviência e humilhação total, na veia. Inesquecível, pois governou para os
ricos e não trabalhou para o bem-estar dos brasileiros.
Os homens e mulheres de mando da “grande” imprensa, dos meios de
comunicação, juntamente com os militares generais e o grupo político que
assumiu ilegalmente os destinos do Brasil em 1964 (UDN, Arena, PDS, PFL e
finalmente DEM) tem uma enorme dívida com a sociedade brasileira. Talvez
impagável. Apesar de tudo, os democratas e verdadeiros nacionalistas sabiam que
essa gente tomou o poder à força para atender os interesses do capital
internacional e da burguesia nacional.
Agora, convenhamos: para partido político como o PSDB realmente não
haverá perdão. Sua dívida com o povo brasileiro nunca será paga. A maioria de
seus integrantes veio da esquerda democrática, do socialismo democrático, da
social democracia e muitos eram marxistas. Fernando Henrique Cardoso (e seu
governo entreguista) deveria se envergonhar quando se olha no espelho. Deveria
rememorar suas palavras, seus ideários, seus programas de governo discutidos
antes de assumir o poder e suas lutas pela redemocratização do País e perceber
que ter sido presidente não foi somente colocar a faixa presidencial no peito.
Ser presidente requer coragem. Ser presidente não basta. Tem de ser estadista.
Tem que ser muito corajoso para enfrentar os que não querem o desenvolvimento
da civilização brasileira, a mais diversificada e plural do planeta. FHC
deveria ter como fé a palavra Verdade, bem como os meios de comunicação, sempre
a serviço dos bancos internacionais e da burguesia tupiniquim frívola, egoísta,
fútil e sem caráter nacional. É isso aí.
2 comentários:
Esse Montenegro não entende nem de futebol vai querer dar palpite em política...
Sinto-me honrado em ler texto tão assertivo, irretocável e realista. As considerações a respeito do cínico e etc..."EFEAGACÊ", são lapidares, definitivas.
Outrossim, destaco, dentre tantas, esta oportuna e lamentável verdade:
"Vi pouca gente talentosa subir na hierarquia das redações. E vi muita gente mediana ocupar cargos de relevância e considerados de “confiança”. Isto acontece sempre e sempre acontecerá em todas as atividades profissionais, porque é assim que o sistema de poder em geral e de cargos hierarquizados funciona. É dessa maneira que as elites econômicas mantêm seu poder. Por isso que a humanidade é tão atrasada socialmente e até mesmo espiritualmente".
Abraço
Marcos Lúcio
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