O governador do PSDB e de Goiás, Marconi Perillo, começou a ser fritado em óleo quente pelos órgãos privados de comunicação deste País. A verdade é que as Organizações(?) Globo, por intermédio da TV Globo, da Globo News, do jornal O Globo, da rádio CBN e da revista Época, cujo o ex-diretor e editor Eumano Silva “supostamente” se envolveu com a quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que está preso em Mossoró, no Rio Grande do Norte, abandonaram o governador goiano.
Percebe-se,
pelo o andar da carruagem, que o tucano Perillo está envolvido até a medula com
a organização criminosa de Cachoeira, por intermédio de lavagem de dinheiro,
tráfico de influência, empresas fantasmas, nomeações de pessoas no Governo de
Goiás, a pedido e até mesmo a mando do bicheiro, concessão de prestação de serviços
públicos por meio de licitações fraudulentas ou marcadas, além de um sem número
de intervenções da quadrilha no governo goiano, cujo governador é acusado
também de negociar mansão e receber vantagem pecuniária por meio de empresa
fantasma.
Agora,
descobre-se, por intermédio das fitas da PF, que vários secretários do senhor
governador tucano Marconi Perillo também recebiam dinheiro de Carlinhos
Cachoeira, além de outras vantagens. Cachoeira não é um bicheiro comum, pois é
homem articulado, inteligente, que tem liderança e por isso controla ou
controlava com mão de ferro seus negócios, que se infiltraram nas três esferas
do estado, a atingir o MP de Goiás, o Senado (Demóstenes Torres), a PM, a
Policia Civil, o governo goiano e até alguns setores de âmbito federal, bem
como de outros estados, como o DF, o Tocantins e, evidentemente, a nossa
imprensa comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?), que luta
desesperadamente para que alguns de seus pupilos fiquem livres de depor na CPMI
do Cachoeira/Veja/Época.
Entretanto,
os valorosos repórteres e editores da “imprensa investigativa” — assim que eles
se autodefinem — se aliaram a espiões (arapongas) conhecidíssimos por atuarem
no submundo, à quadrilha de Cachoeira e a membros do Ministério Público, que
vazavam para os intrépidos jornalistas processos e inquéritos que corriam em
segredo de Justiça. Essa mistura de TNT, sordidez e patifaria deu no que deu: caíram
seis ministros de Dilma Rousseff, o governador do DF, ao que parece, foi vítima
de uma quadrilha que quis desestabilizá-lo para derrubá-lo, além de fazer com
que a população brasileira, sentindo-se indignada e impotente, passasse a
questionar autoridades e governantes, pois as informações as quais tinha e tem
acesso são disseminadas e repercutidas pelo sistema midiático privado
brasileiro, o mesmo que apoiou golpe de estado no passado, bem como apoiou,
recentemente, golpes no exterior (Honduras, Venezuela e Paraguai) e que há dez
anos combate, sistematicamente, os governos trabalhistas de Lula e de Dilma,
porque se tornou oposição política de fato, por perceber que os partidos
oposicionistas como o PSDB e seus congêneres (DEM, PPS e PV) estão derrotados e
despidos de programa de governo, pois sequer possuem um projeto para apresentar
ao povo brasileiro.
A
imprensa burguesa e, consequentemente, de negócios, “esquece”, todavia, que
conspirou, boicotou, desestabilizou o Governo Federal e derrubou ministros, nas
pessoas de Orlando Silva, Carlos Lupi, Alfredo Nascimento, Pedro Novais e
Wagner Rossi. Para desestabilizar governos trabalhistas, a imprensa empresarial
atacou até ministros de perfil conservador, como o Alfredo Nascimento, o Wagner
Rossi e o Pedro Novais, que são empresários e, portanto, ideologicamente “próximos”
aos ditames que os barões da imprensa defendem e pregam. Evidentemente, os
partidos desses ministros formam a base do governo, porque sem alianças não se
governa um Pais continental como o Brasil e que as contradições e os
antagonismos regionais e estaduais são sempre avaliados e considerados pelos políticos
que formam alianças em qualquer tempo e governo. Ponto.
Diferente de Agnelo Queiroz (DF), Marconi Perillo (GO) não abriu suas contas. |
Contudo,
o PSDB, o DEM, os conglomerados midiáticos de direita, setores do Ministério
Público, da Procuradoria Geral da República (alô, alô procurador Roberto Gurge!),
alguns ministros conservadores do STF (alô, alô juízes Gilmar Mendes, Antônio
Cezar Peluso e Marco Aurélio de Mello!) se aliaram e passaram a fazer uma política
de afronta ao Governo, de desestabilização, de boicote e até mesmo de subversão
à ordem estabelecida pelos Poderes da República garantida pela Constituição de
1988. São esses fatos que devem ser compreendidos pela população e
principalmente pela parte da classe média de perfil conservador que, quando
compreende o jogo político muitas vezes rasteiro dos bastidores, dá de ombros,
pois ressentida, preconceituosa e não deseja que outros grupos políticos,
sociais e econômicos ascendam ao poder no que tange ao político, ao partidário, ao
de classe social, ao acesso ao cosumo, à educação e, enfim, a uma melhor
qualidade de vida. Mas não vai ser possível, porque são irreversíveis as
conquistas do povo brasileiro nos últimos dez anos.
Marconi
Perillo está com a vez e a hora marcadas para sair do Governo de Goiás, pois
senão vai se transformar em um cadáver político, como seu aliado político Demóstenes
Torres. A velha imprensa de direita já percebeu isso e entregou sua cabeça, por
intermédio de notícias, pois percebeu que o caso Perillo é jogo perdido e por
isso não vale à pena gastar energia com alguém que se envolveu até a medula com
a quadrilha de Carlinhos Cachoeira, de acordo com os autos de inquérito e com
as gravações da PF, que são veiculadas a conta-gotas pela imprensa de oposição.
Agora resta esperar pelo jogo de xadrez, que se tornou o caso do governador
tucano Marconi Perillo.
O
senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP), membro da CPMI do Cachoeira-Veja-Época, pediu
a reconvocação de Perillo por causa dos diálogos gravados entre Cachoeira e um
de seus cúmplices sobre pagamentos para secretários de estado do governo
goiano. Os tucanos, nas pessoas do senador Álvaro Dias e do deputado Sérgio
Guerra, abriram a boca e acusaram o PT de estar por trás das acusações contra o
governador de Goiás, o que é um absurdo e que visa causar confusão e dúvida ao
público. Eles sabem que a CPMI do Cachoeira-Veja-Época foi um tiro pela culatra
e sofrem e lamentam porque no fundo eles queriam se valer, se aproveitar do
Mensalão para poder enfrentar as eleições de outubro.
Gurgel é lento como uma preguiça para o Perillo. Quanto ao Agnelo... rápido. |
Acontece
que o PSDB e o DEM estão a chafurdar na lama, porque são esses partidos que
estão realmente envolvidos com todo tipo de corrupção e tráfico de influência
no que concerne às questões de Brasília, Goiás e quiçá outros estados da
Federação. Lembro ao leitor que a Delta do senhor Fernando Cavendish (leia-se
bicheiro Cachoeira também) formalizou seus maiores contratos com o Estado e a
cidade de São Paulo. E adivinhe, prezado navegante, quem são os políticos que
governam aquele estado há cerca de 30 anos? Obviamente, você acertou: os
tucanos e o pessoal do DEM, que fora para o PSD.
Por
isso e por tudo isso é que os tucanos estão desesperados e os barões da
imprensa golpista também. E a ser assim, os senhores Sérgio Guerra e Álvaro
Dias ficam a falar quase um mantra: “É o mensalão! É o mensalão!”. Haja
paciência com tanta desfaçatez e hipocrisia! Não foi o PT que pressionou para
que o mensalão seja julgado em agosto, e sim a imprensa e o PSDB. Ponto. As
lideranças do PT no Senado e na Câmara querem que os documentos da CPMI
relativos ao Marconi Perillo sejam enviados, de imediato, à Procuradoria-Geral
da República do senhor procurador Roberto Guregel para que ele possa reforçar
as investigações que já estão em andamento na Justiça. Ponto.
Além
disso, o relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT/MG) afirmou que o processo
passa também pelo STJ após as investigações sobre o escândalo Cachoeira pela
Comissão. A partir daí, os documentos serão repassados para a Assembleia
Legislativa de Goiás, que, então, vai decidir se vai formalizar um pedido de
impeachment para o governador goiano. Porém, os fatos estão ai para quem quiser
saber deles em todos os âmbitos. A outra verdade é que a imprensa hegemônica e
monopolista resolveu abandonar Marconi Perillo. Os barões da imprensa são
duros, insistentes, coerentes ideologicamente, mas não são burros.
Dizia Nelson Rodrigues: "a vida como ela é". A verdade sempre vem à tona. |
Um comentário:
Davis, como a luta politica e o crime são intrincados. Caramba!! Bem, espero que o Perillo sofra impeachmente. Estou espalhando seu blog pela internet. Tudo de bom.
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