O cara-de-pau, dentre muitas outras coisas que ele é e faz, não se considera, por exemplo, o líder da oposição.
O ministro e juíz do STF, Gilmar (Peçonha) Mendes pediu
à Polícia Federal abertura de inquérito contra a enciclopédia virtual, que
incluiu no seu verbete dados de reportagens da revista Carta Capital; Gilmar
Mendes também pretende proibir anúncios de estatais em sites que o criticam,
como os de Paulo Henrique Amorim e Luís Nassif.
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ELE É, SEM SOMBRA DE DÚVIDA, A HERANÇA MALDITA DE FHC. OU VOCÊ DUVIDA? |
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– O
ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, acaba de comprar uma briga
que ainda vai dar muito pano pra manga. Segundo informa o blog do
jornalista João Bosco Rabello, do Estado de S. Paulo, ele
pediu à Polícia Federal que abra investigação contra a Wikipédia, enciclopédia
virtual, feita de forma colaborativa, que produziu um verbete a seu respeito.
Nele,
Gilmar é tratado de forma predominantemente respeitosa (leia aqui o
perfil completo), mas a Wikipédia também incluiu dados de reportagens que o
criticam, especialmente de Carta Capital. Leia abaixo:
Denúncias veiculadas na Carta Capital e nunca,
jamais repercutidas na imprensa comercial e privada
No dia 31 de maio de
2012, o PSOL protocolou uma representação
na Procuradoria
Geral da República contra o ministro Gilmar Mendes questionando
a conduta do magistrado em relação às denúncias de que teria sofrido pressão do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para adiar o julgamento do mensalão.[74] A representação se encontra em
curso.
Em setembro de 2010,
a reportagem da Folha de S. Paulo presenciou
uma ligação de José Serra para
Gilmar Mendes.[67] Segundo o jornal, José Serra
teria ligado para Gilmar Mendes para pedir o adiamento de uma votação sobre a
obrigatoriedade de dois documentos para votar (julgamento de ADI pedida
pelo PT).[67] Gilmar Mendes foi acusado
de nepotismo por[quem?].
Em
março de 2012, a Folha de S. Paulo revelou
que a enteada do ministro Gilmar Mendes é assessora do senador Demóstenes Torres.
Segundo a Folha, especialistas afirmaram que o caso poderia ser discutido no
âmbito da regra antinepotismo porque súmula do STF impede a nomeação para
cargos de confiança de parentes de autoridades dentro da "mesma pessoa
jurídica".[75]
Em
uma conversa entre o senador Demóstenes Torres e
o bicheiro Carlinhos Cachoeira,
gravada pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo, o parlamentar
afirma a Cachoeira ter obtido favores junto ao ministro Gilmar Mendes para
levar ao STF uma ação envolvendo a Companhia Energética de Goiás (Celg).[76] Considerada a "caixa
preta" do governo de Minas, a Celg estava
imersa em dívidas que somavam cerca de R$ 6 bilhões.[76] Segundo reportagem do Estadão, Demóstenes Torres disse a Cachoeira
que Gilmar Mendes conseguiria abater cerca de metade do valor com uma decisão
judicial, tendo "trabalhado ao lado do ministro para consegui-lo".[77] O ministro Gilmar Mendes
também foi acusado por Carta Maior - O
portal da esquerda de ter relações com o contraventorCarlinhos Cachoeira e
seu amigo Demóstenes Torres.
O ministro porém negou ter viajado em avião de Cachoeira e apresentou
documentos que, segundo ele mesmo, desmentem tais acusações.[78]
O
ministro foi acusado em abril de 2011 pelo seu ex-sócio e ex-procurador-geral
da República Inocêncio Mártires Coelho por desfalque e sonegação fiscal. Mendes
recebeu, a seu favor, um parecer assinado pelo advogado-Geral da União, Luís Inácio Adams,
o qual valida o despejo de Mártires Coelho do cargo de gestor do IDP. O
denunciante deu o processo por encerrado em troca da quantia de R$ 8 milhões.[79]
Paulo
Lacerda, ex-diretor da Policia Federal e da Abin,
envolvido no escândalo dos grampos da Operação Satiagraha,
foi acusado por Gilmar Mendes de estar "assessorando" o ex-presidenteLula.
Lacerda acusou, em retorno, Mendes de mentir e dizer leviandades.[80] A Associação Nacional dos
Delegados de Polícia Federal (ADPF) manifestou solidariedade a Paulo Lacerda.[8
Em
razão da crítica, Mendes pediu a investigação. Segundo ele, o verbete de uma
enciclopédia deve ter caráter informativo – e não
ideológico. Paralelamente, o ministro do STF também pedirá ao
procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que investigue os valores dos
patrocínios de empresas estatais aos chamados “blogs sujos”. Seus principais
alvos são os sites dos jornalistas Paulo Henrique Amorim e Luís Nassif, que,
segundo ele, atacam as instituições democráticas – e o veto, segundo ele, não
fere a liberdade de expressão. É uma guerra inglória, que poderá
transformar o ministro do STF em alvo constante da blogosfera.