O juiz provoca e dá uma banana para a sociedade.
É seu jeito de ser. Fazer o quê, né?
Gilmar Mendes usa o STF como tribuna de oposição ao Governo trabalhista. |
O juiz Gilmar Mendes é ministro do STF e não se faz de rogado
para usar o poderoso cargo da República para fazer política — a má política,
pois desprovida de ética e de respeito ao público, aos cidadãos brasileiros,
inclusive aqueles que compartilham com a conduta do juiz condestável, e, portanto, autoritário
juiz, que em hipótese alguma vacila quando tem de tratar de fazer oposição ao
PT e aos governos trabalhistas de Lula e Dilma Rousseff.
Gilmar age assim: aos inimigos de sua ideologia e
interesse de classe conservador, o cadafalso da forca; aos aliados, a
tolerância indulgente ao que não é sensato para a conduta de um juiz, no que
tange a não moderar seus gestos e palavras, as ações e as atividades jurídicas
e políticas consideradas por ele, equivocadamente, como ferramentas de combate contra
aqueles que não compactuam com os grupos que tal juiz representa e faz para
eles o papel de porta-voz: os ricos e os muitos ricos, que se encastelam no
pico da pirâmide social e, por conseguinte, golpeiam diariamente mandatários
ungidos nas urnas pelo povo, por intermédio de eleições diretas, em uma
democracia representativa (e não popular, como deveria ser a meu ver), portanto,
burguesa e garantida pela Constituição de 1988.
Gilmar Mendes é useiro e vezeiro em criar fatos
artificiais, com a cumplicidade quase canina da imprensa comercial e privada (privada
nos dois sentidos, tá?). O juiz que usa capa — faltam apenas a máscara e a
espada — atenta, ordinariamente, contra a democracia brasileira e não respeita
o STF e muito menos os cidadãos. É capaz de tudo, pois não titubeia quando
decide plantar armadilhas contra os que ele considera inimigos do status quo que ele tão bem defende ao
ponto de causar sérios problemas à estabilidade dos Poderes constituídos e à
moral, pois ele, de forma recorrente, coloca em dúvida a honestidade de pessoas como o
ex-presidente Lula, de ministros de Estado destituídos sem nada ser comprovado,
a exemplo do ministro dos Esportes, Orlando Silva, bem como o episódio do
diretor geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, que caiu por causa de um grampo sem áudio,
porque a verdade é que a conversa entre o juiz Gilmar e o ex-senador cassado do
DEM sócio do bicheiro Cachoeira para cometer delinquências e desestabilizar
governos trabalhistas nunca foi gravada. O grampo nunca existiu.
Azevedo é porta-voz da direita e conselheiro de Serra: derrota eleitoral em SP. |
Gilmar Mendes tem esse jeito de ser... Fazer o quê, né?
Tal juiz não tem limites. Atua como um Drácula obsessivo pelo sangue de seus
adversários. Há pouco tempo, ele deu a senha do que o STF iria preparar, ou
seja, efetivar um tribunal de exceção em pleno estado democrático de direito,
em um julgamento que está a rasgar o direito penal e constitucional, pois não
dá relevância à defesa dos réus, além de “esquecer” o contraditório e a
presunção de inocência. O procurador geral da República de oposição, Roberto Gurgel, chegou a afirmar que as provas contra José Dirceu "são tênues".
Grande parte das acusações do julgamento do “mensalão”
nunca foi comprovada, como demonstram os autos e os advogados de defesa dos
acusados. É um julgamento, sobretudo, midiático e estritamente de caráter
político. Os caçados (com “Ç” mesmo) são políticos históricos e emblemáticos do
campo da esquerda, nas pessoas de José Dirceu, de José Genoíno e do
ex-presidente Lula, que, apesar de não ter sido incluído nesse processo dantesco
pelo denunciante e acusador, o procurador Gurgel
(será que um dia chamarão tal prevaricador às falas?), é, na verdade, o alvo principal da direita
brasileira, que já perdeu três eleições, poderá perder a quarta para Dilma em
2014 e que rasgaria os pulsos com gilete enferrujada se Lula, porventura,
concorresse à Presidência em 2018 quando teria a idade de 72 para 73 anos. FHC,
o Neoliberal, tem atualmente 81 anos. Portanto, o homem que vendeu o Brasil, o “príncipe”
de nossas “elites” provincianas e colonizadas é 14 anos mais velho do que o
Lula, o que, sobremaneira, deixa a direita, os reacionários com a garganta
seca, a sentir vertigens e palpitações em seus corações. Eles ficam literalmente
com os cabelos arrepiados em só pensar na hegemonia política dos trabalhistas.
Retomemos ao condestável Gilmar Mendes. O juiz foi a
um encontro no escritório, em Brasília, do ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim.
No local, segundo o juiz da capa preta, estava o político mais popular da
história do Brasil, que saiu do poder com 83% de aprovação. Gilmar Mendes,
aquele que deu dois habeas corpus em
48 horas para tirar o banqueiro Daniel Dantas da prisão, afirmou, em uma
denúncia (vazia) e inacreditavelmente injuriosa e caluniosa para um homem de
sua posição, que Lula propôs a ele, a fina flor da República, que o “mensalão”
fosse adiado.
Dantas: dois habeas em 48 horas concedidos pelo juiz de direita Gilmar Mendes. |
O incrível é que tal acusação aconteceu meses depois do suposto encontro,
sendo que quem publicou e repercutiu as perfídias, as palavras ferinas de Gilmar
foi a Veja conhecidíssima também como
a revista
porcaria ou a última flor do fáscio.
Lula, pelo o que o Gilmar disse, foi, antes de tudo, um chantagista, só que o
chantageado não se dignou a ir a uma delegacia e prestar queixa. O juiz que
conhece as leis preferiu os sabujos da Veja
a ter que falar com um simples delegado, um subordinado, que, seguramente,
na cabeça de Gilmar Mendes, não sabe o que está acontecer em seu mundo
grandioso e repleto de intrigas, malícias e de total falta de limites para
desestabilizar aqueles que ocupam hoje o Palácio do Planalto.
Gilmar foi o advogado geral da União (AGU) nos tempos
das privatizações. Ponto. É a herança maldita do FHC — o Neoliberal. O causador
das quedas e do “congelamento” do juiz Fausto de Sanctis e do delegado e hoje
deputado federal Protógenes Queiroz, causadores da prisão de Daniel Dantas,
banqueiro dono do Opportunity e investigado por tentativa de suborno e crimes
financeiros. Gilmar mandou soltar o estuprador e foragido Roger Abdelmassih,
médico condenado a 278 anos de prisão, que fugiu do País. Só não soltou o dono do banco Marka,
Salvatore Cacciola, porque seu colega, juiz Marco Aurélio de Mello, o
liberou da prisão em 2000. Cacciola anos depois foi deportado para o Brasil
durante o governo Lula.
Agora, em pleno julgamento do “mensalão”, o juiz Gilmar
Mendes, conselheiro-mor dos partidos de direita e estrela conservadora da
imprensa historicamente golpista, resolve ir ao lançamento do livro do mezzo
fascista, Reinaldo Azevedo, “conselheiro informal” do candidato tucano à
Prefeitura de São Paulo, o irritadiço e rejeitado José Serra. Gilmar não tem
jeito e provoca, mesmo sendo juiz. É um sem noção, porque ele é um dos
principais personagens de tal julgamento, além de sabermos que Gilmar,
Demóstenes, Serra, Gurgel, Álvaro Dias, Agripino, Veja (Azevedo) e a imprensa
em geral são, extra oficialmente, aliados em constante combate aos governantes
trabalhistas.
Abdelmassih estuprou dezenas de pacientes e fugiu do País. Agradeça ao Gilmar. |
O
título do livro de um dos jornalistas mais agressivos da
direita tupiniquim, para variar e ser original, é O País dos Petralhas II,
um apanhado de “artigos” do “conselheiro” raivoso ou hidrofóbico e incompetente
do Serra, que tem por objetivo demonizar e ridicularizar o maior partido
trabalhista das Américas e talvez do mundo, o PT, e seu fundador, que incluiu
40 milhões de brasileiros e tornou o Brasil um País respeitável, o cidadão Luiz
Inácio Lula da Silva.
Gilmar fez questão de ir ao rendez-vous do chapeleiro maluco Reinaldo Azevedo. Segundo a imprensa
de negócios privados, riu, gargalhou e participou com desenvoltura do coquetel
de lançamento do pseudo livro de conteúdo desrespeitoso, mentiroso, infamante e
sórdido. Por que o jornalista da Veja,
que pratica o verdadeiro e autêntico jornalismo de esgoto, não escreve um livro
sobre o vendilhão da Pátria, o FHC, e depois ganhar dinheiro com a publicação.
Não daria para ele fazer isso. E sabe por quê? Porque FHC não vende. Ninguém
quer saber dele, nem como apoio de palanque ou de propaganda na televisão.
O “nosso” condestável juiz, porém, não foi ao
lançamento de um livro de verdade, com conteúdo verídico, alicerçado em provas
e documentos, cujo título A Privataria
Tucana, de Amaury Ribeiro Jr, bateu recorde de venda, mesmo sendo censurado
e boicotado pela imprensa burguesa. Por fim, a pergunta que não quer calar é a
seguinte: o doutor condestável e juiz do STF que julga um caso no qual os réus
são seus adversários políticos iria ao lançamento de livro cujo título seria O País dos Tucanalhas II? Respondo: não
iria. O juiz direitista de capa preta perdeu a noção ou simplesmente está a dar
de ombros para a sociedade. Ele é realmente a própria desfaçatez. Gilmar Mendes não é juiz de Direito; é juiz da direita. É isso aí.
6 comentários:
As pessoas que esse juiz louco soltou mostra muito bem quem ele é. FORA GILMAR!
A gente sempre sonha com um humanista ocupando o mais alto posto da justiça brasileira. Homens e mulheres de cultura elevada e simplicidade superiora. Desprendido de negócios e atuando com a sabedoria de um Salomão - quando manda cortar a criança ao meio - sabendo quem seria a verdadeira mãe. É a nossa utopia - sonhar um Brasil de bravos e abnegados desertores da guerra fratricida - da vaidade dos holofotes e da verborragia que cansa mais do que ensina. O ministro Gilmar Mendes se esforça para nos vender uma idéia de que sabe mais do que êle próprio apregoa. As sábias decisões nascem em um coração pacificado das urdiduras do mundo.. Eu me lembro como se fôsse hoje !!! Trabalhava de caixa executivo dentro do antigo Forum Lafayete da Rua Goiás - em Belo Horizonte. Estávamos em pleno regime de exceção e alguém levantou a hipótese de se colocar um bebedouro no saguão do Forum !! E aí deu-se o inusitado = Um juiz bradou em alto e bom som = "" O POVO TEM SEDE É DE JUSTIÇA !!
Excelente artigo. Gilmar Mendes, joaquim Benedito Barbosa, Reinaldo Azevedo, Noblat, Merval, Augusto Nunes, Jabor, dentre muito outros fazem parte do núcleo dos golpistas. É muita cara de pau dizer que Dirceu é chefe de quadrilha.
Só uma pergunta.
Não é vedado a um ministro do STF, QUALQUER PARTICIPAÇÃO POLÍTICA-PARTIDÁRIA?
O gilmar mendes e as relações com o senador demóstenes torres não seria uma participação político-partidária?
E a ida ao lançamento do livro “o país dos petralhas 2” – o que seria, principalmente durante um julgamento do STF?
O ritual jurídico do STF não exige mais esta isenção político-partidária?
Se não exige, ô gilmar, então, certamente o voto está pedurado a uma faca no pescoço!
Isso é tripudiar o cidadão brasileiro.
Por que, em 2009, o gilmar mendes, então presidente do STF, defendeu e inocentou eduardo azeredo e votou pela rejeição da denúncia sobre o “mensalão” do PSDB-MG. (Inquérito nº 2280 – MPF x Eduardo Azeredo)
Que ritual jurídico foi esse?
QUANDO ELE DEU HC DANIEL DANTAS E O ROGER E DESQUALIFICOU O JUIZ FAUSTO E NOTEI QUE ELE ESTAVA ENVOLVIDO COM O CRIME ORGANIZADO DO BANDO QUE AGE FORA DOS PRESIDIOS
Ligadíssimo com o ex ministro de Lula, Marcio Thomas Bastos, que mandou seu cliente voar para o líbano, enquanto ambos passaram um belo natal.
Parabéns, Gilmar, negocias juridicamente com um ex ministro do governo lula, E ainda saiu aqui, defenestrado, massacrado, aniquilado pelo excelente pena Davis.
Anônimo
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