segunda-feira, 28 de maio de 2012

Veja, a revista porcaria; Época, a revista sem leitor; e Gilmar Mendes, a maldita herança de FHC se unem contra Lula para melar a CPI do Cachoeira


Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre
Jobim desmentiu Gilmar, que mais uma vez procurou a Veja para falar de Lula
         Novamente a imprensa golpista, por intermédio da Veja, autora contumaz do autêntico jornalismo de esgoto, e da TV Globo, que, em um círculo vicioso, repercute o jornalismo bandido da Veja — a revista porcaria —, com o propósito de tentar desmoralizar o presidente Lula, a ter mais uma vez como fonte de informação o ministro do STF, Gilmar Mendes — a herança maldita de FHC para a República —, que se encontrou, no dia 26 de abril, com o ex-ministro da Justiça, Nelson Jobim, em seu escritório de Brasília, onde também estava presente o presidente Lula.
Gilmar Mendes, homem sorrateiro, de direita, e que combate ferrenhamente os governos trabalhistas desde 2003, após um mês de ter ido ao escritório de Jobim, homem que tem grande apreço pelo tucano neoliberal José Serra e que foi demitido do Ministério da presidenta Dilma Rousseff, disse à Veja — arremedo de revista que chafurda no esgoto do escândalo Cachoeira/Demóstenes —, que o presidente Lula propôs a ele, o “condestável” da República, que protelasse o julgamento do Mensalão (episódio nunca comprovado e negado pelo seu pivô, o ex-deputado Roberto Jefferson, em depoimento no STF) e com isso o juiz do Supremo seria blindado no que concerne ao escândalo Veja/Cachoeira/Demóstenes/Globo.
Acontece que mentira tem perna curta. E mentirosos sempre se dão mal. Nelson Jobim, que não nasceu ontem negou, peremptoriamente, as ilações desavergonhadas do ministro Gilmar Mendes, amigo íntimo de Demóstenes Torres e que esteve em Munique na mesma época que o senador do DEM, considerado pela imprensa burguesa como o arauto da ética, da moral e dos bons costumes. Além disso, o bicheiro Carlinhos Cachoeira também esteve naquela metrópole, o que dá, realmente, o que pensar sobre essas coincidências.
A verdade é que o Gilmar Mendes, a herança maldita do neoliberal FHC, está a se antecipar sobre os fatos que vão ser ainda levados ao público, e por isso, mais uma vez mancomunado com a Veja — a revista porcaria —, Gilmar cria um factóide com finalidade clara de melar a CPMI e levar confusão à população por meio de revista como a Veja, cujas matérias são repercutidas e amplificadas pelos jornais da TV Globo e pela oposição partidária no Congresso Nacional, que está em crise e não sabe como vai, um dia, assumir o poder na esfera federal.

Boechat foi demitido do Globo. Merval apoiou e agora defende o Eumano Silva, de Época


A Veja, o Demóstenes e o Gilmar, ao que parece, aliaram-se há alguns anos para, efetivamente, boicotar os governos trabalhistas de Lula e Dilma, bem como, na medida do possível, sangrá-los e quiçá levá-los ao impeachment. Esta é a verdade e com a verdade não se brinca. A pergunta que não quer calar é a seguinte: “O Gilmar tem medo do quê?” Porque é assombroso e de uma insensatez sem tamanho um ministro do STF ir ao escritório de um ex-ministro do Supremo e da Justiça e depois procurar a Veja para afirmar que o ex-presidente Lula propôs a ele — Gilmar é homem envolvido em episódios de deixar qualquer um com o queixo caído — adiar o julgamento do Mensalão e, em contrapartida, blindá-lo para que o juiz condestável não seja envolvido com o escândalo Veja/Globo/Demóstenes/Cachoeira.
O que é isto, cara-pálida? Lula é um chantagista? Então, o Gilmar Mendes tem de denunciá-lo ou processá-lo. Tem de fazer alguma coisa! Contudo, a armação do juiz do STF com a Veja e a repercussão da Globo, que está freneticamente a defender o pessoal da revista Época, que, por meio do jornalista e editor Eumano Silva, também se associou, tal qual a Policarpo Jr, da Veja, com o esquema da quadrilha do Carlinhos Cachoeira, que tinha como seu representante nos escaninhos da República o senador Demóstenes Torres, do DEM, ídolo da imprensa comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?)
A imprensa corporativa, movida por ódio de classe, ideologia e ganância por dinheiro, criou uma malha de espionagem, de escutas clandestinas, de tráfico de influência e de matérias artificiais e acusatórias que derrubaram cinco ministros, sendo que alguns deles foram linchados moralmente, em público, sem direito a resposta e sem a comprovação de provas de terem cometido malfeitos. Evidentemente que esses ministros deverão processar as revistas porcarias, que não vendem e causam prejuízo ao pool de empresas das quais fazem parte.
Gilmar Mendes e a Veja contam com a TV Globo para melar o escândalo no qual eles também podem estar envolvidos. A Época é das Organizações(?) Globo. E tem, sistematicamente, atuado como oposição aos governos trabalhistas há quase dez anos. Eles não tem outra solução para fazer com que seus aliados políticos (PSDB-DEM-PPS) voltem a ganhar eleições para assumir a cadeira da Presidência da República. Os tucanos estão derrotados. E o DEM é quase um partido pequeno. 

Policarpo Jr (Veja) é o Eumano Silva (Época), mas não o Boechat, ex-Globo

Por isso e por causa disso é que o sistema midiático empresarial e de direita assumiu a oposição e, consequentemente, não mede esforços e consequências para derrubar, desqualificar, desconstruir e golpear os governantes trabalhistas. É o DNA dos barões da imprensa, categoria mais reacionária e atrasada do mundo empresarial. Eles são golpistas por essência e absolutamente capazes de armar material noticioso para salvarem suas peles de crocodilos, que se associaram a outros crocodilos do submundo da espionagem.
A “arapongagem” tem como alicerce o tráfico de influência no setor público, além da intromissão (consentida) pelos agentes do estado eleitos pelo povo no que é relativo a quadrilhas como a do Carlinhos Cachoeira ter influência e inclusive dar ordens no âmbito das três esferas de poder. Um absurdo que o ministro Gilmar Mendes, inacreditavelmente, vai ter que julgar com seus colegas, independente da existência da Veja, da Época e da TV Globo.

As Organizações(?) Globo, inclusive, não respeitam seus "princípios" jornalísticos tão amplamente divulgados. No passado, demitiram um dos jornalistas mais influentes da Organização(?), o Ricardo Boechat, que, em 2001, foi acusado de estar envolvido em grampo, segundo matéria da Veja. Boechat foi gravado a conversar com Paulo Marinho, ex-assessor do empresário Nelson Tanure, atual proprietário do Jornal do Brasil. O diálogo gravado era sobre uma disputa empresarial com o pessoal do Daniel Dantas. A "reportagem" da Veja acabou com a carreira de Boechat no O Globo. Sua conduta foi criticada duramente pelo "imortal" Merval Pereira, que hoje nada diz sobre a conduta de Eumano Silva, editor da revista Época, publicação que supostamente está envolvida com o esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Dois pesos e duas medidas, quando essa gente quer salvar sua pele.



Lula não tem poder para protelar a CPMI e muito menos quer fazer isso. Lula é republicano, e compromissado com a legalidade — historicamente. O estadista provou isso em seu governo democrático e materialmente distributivista, o que fez a elite econômica e preconceituosa aumentar ainda mais seu ódio por ele, como tiveram no passado por Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola. Os barões da imprensa e seus editores, colunistas e editorialistas capatazes sabem que está em jogo a credibilidade da imprensa de negócios e sem nenhum compromisso com a Nação brasileira. Eles meteram a mão no esgoto e agora querem esconder o mau cheiro, que se impregna em suas redações. Mas não vai ser possível, porque a CPMI é multipartidária, independente e não tem como esconder o que está a feder, e muito.

O ministro Gilmar Mendes é justamente o homem que deu dois habeas corpus (canguru) a Daniel Dantas, que teve a conversa gravada sem áudio juntamente com o Demóstenes, fato este que ajudou a liquidar a Operação Satiagraha, que colocou na geladeira o juiz Fausto De Sanctis, que derrubou o presidente da Abin, delegado Paulo Lacerda e que quase desmoralizou o delegado e atualmente deputado federal do PC do B, Protógenes Queiroz.

Os filhos do Marinho não são o pai, e muito menos tem a mesma influência
O problema desse péssimo ministro para o interesse público é a inconformidade com as mudanças pelas quais este Pais passou e por isso está a se desenvolver cada vez mais, com maior pujança. Ele é um coronel político na acepção da palavra. Age como tal, no STF, para o desgosto da Nação. Gilmar Mendes, se aparecer seu nome na CPMI, tem de ser chamado às falas. Ele gosta muito de se conduzir assim com outras autoridades, inclusive dessa forma se comportou com o presidente mais popular da história do Brasil.
Autoritário, arrogante, falastrão e vaidoso, Gilmar Mendes não teme a lei que ele executa, bem como não pode ver um jornalista da imprensa golpista sem deixar de deitar falação. Juiz não deve falar porque determina. Só o Gilmar não sabe disso. E o Marco Aurélio de Mello. O César Peluso também. Gilmar Mendes é o homem do grampo sem áudio, apesar de o áudio ser o dom da sua voz. Lula não pediu nada, e Gilmar ficou com o papel de mentiroso. É isso aí.   

3 comentários:

contrapontopig blogspot.com disse...

Gostei Davis. Publiquei no ContrapontPIG o seu post com o título "Davis Sena Filho sem papas na língua". Parabéns pelo trabalho. Abs cearense do Célvio.

Marcelo Migliaccio disse...

Coloquei um link para esse texto no meu blog, Rio Acima. Abraço

Davis disse...

Um grande abraço, Célvio!!!