segunda-feira, 7 de maio de 2012

O verdadeiro nome da CPI do Cachoeira é CPI da Veja/Globo

Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre

"Jornalista bandido bandido é"

"O maior crime contra a democracia é a conspiração contra o estado democrático de direito"

"Presidenta Dilma, onde está o projeto do Franklin Martins que regulamenta as mídias?"




 A CPI do Demóstenes é a CPI do Cachoeira que é a CPI do Civita, dono da “Veja”, a revista porcaria, que passava a bola para o “Jornal Nacional” e o “Bom (Mau) Dia Brasil”, ambos noticiosos da TV Globo, que tentaram dar à CPI o nome de CPI da Delta, o que se tornou impossível para os barões da imprensa, que logo perceberam que seus principais aliados, os tucanos de São Paulo, estão envolvidos até as raízes dos cabelos com a construtora, que, segundo investigações da PF, é a principal fomentadora do caixa 2 do PSDB paulista.

Os barões da imprensa, espertamente, desistiram de colocar a Delta no colo da presidenta Dilma Rousseff e estão mais prudentes no que diz respeito a desconstruir a imagem do governador do DF, Agnelo Queiroz, que, apesar das ilações, até o momento nada se comprovou contra ele ao tempo em que foram gravadas conversas entre o bicheiro Cachoeira e o senador Demóstenes em que ambos conspiravam para a queda do governador do DF, cujo governo, ao que parece, contrariou interesses de uma perigosa quadrilha.

Sem medir limites por ser ousada, a quadrilha de Carlinhos Cachoeira, Demóstenes Torres e revista “Veja” (Roberto Civita e seus bate-paus) apostou em golpes que pudessem derrubar dirigentes eleitos pelo povo, como o presidente Lula, sua sucessora, Dilma Rousseff, e o governador Agnelo Queiroz. Uma covardia de quadrilheiros sem precedentes após a redemocratização do País, e que, se for realmente comprovada pela CPI Veja/Globo (este é o nome apropriado para a CPI), deveria ser amplamente denunciada e severamente punida pelo Judiciário.

A “TV Globo” e o “O Globo” são cúmplices e parceiros da “Veja” — aquele pasquim que faz um jornalismo de esgoto —, porque a ferramenta principal do processo de divulgação de matérias sobre corrupção e tráfico de influência que visam deixar os governos trabalhistas contra a parede e ter tempo somente para se defender de acusações sistemáticas é o “Jornal Nacional”, da famiglia Marinho, e supervisionado e editado por gente como Ali Kamel, aquele que diz em livro que “Não somos racistas”, mas cujos editoriais das mídias das Organizações(?) Globo sempre combateram programas de inclusão social como o Bolsa Família, as cotas de negros e índios em universidades, o ProUni, o Enem, as clínicas da saúde ou quaisquer planos governamentais que impulsionem o desenvolvimento da sociedade brasileira, o que essa gente, matreiramente, deslealmente e sordidamente chama de “populismo”, a fim de sempre desvalorizar os benefícios para o povo.



É mais do que plausível que as famiglias proprietárias do sistema midiático oligopolizado e monopolizado estejam envolvidas com o boicote constante aos governantes trabalhistas. É evidente que sistemas econômicos que não são regulamentados por um marco regulatório se sintam à vontade e com destemor de não serem punidos pelo Estado por intermédio do Poder Judiciário. É o que acontece no Brasil. Não temos um marco regulatório para os meios de comunicação, apesar de estar prevista a regulamentação desse segmento na Constituição de 1988.

Ou seja, há 24 anos protelam a regulamentação das mídias e retiram da sociedade brasileira o direito fundamental a ter acesso às mídias de forma democratizada, como, por exemplo, a disseminação da banda larga em todo o Brasil, o que, seguramente, as empresas estrangeiras que partilharam a Telebras até hoje não realizaram, bem como termos opções de ferramentas, como a internet, que não permite que se leia apenas a versão da ditadura do pensamento único da imprensa de negócios, que no decorrer de mais de um século controlou a informação, de acordo com os seus interesses ou de grupos econômicos e financeiros aos quais tais empresas são vinculadas.

Se a CPI da Veja/Globo não convocar para depor o chefão da Editora Abril, Roberto Civita, e seu preposto em Brasília, Policarpo Jr., a CPI corre o risco de ser uma farsa retumbante. É perceptível, por causa das gravações da PF, que jornalistas se associaram ao crime organizado para influenciar em governos, bem como, se possível, derrubá-los, o que é um crime contra à pessoa eleita pela vontade da maioria do povo, às instituições republicanas, à Constituição e à ordem pública, porque acarreta desordem à rotina do dia a dia da sociedade brasileira, que, sem sombra de dúvida, quer viver em paz.

A CPI da Veja/Globo é um jogo de xadrez entre o governo e seus aliados e a imprensa comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?). Antes de tudo, por não termos o marco regulatório das comunicações, é necessário que os parlamentares que compõem a CPI tenham coragem e discernimento para perceberem que estão com a faca e o queijo na mão. É uma oportunidade ímpar para mostrar ao Brasil, de forma transparente, como a velha e hegemônica imprensa funciona e atua, quais são seus interesses, quem ela representa e por quem ela fala, além de ser provado que os grupos midiáticos jogam sujo para infernizar e até mesmo derrubar governantes trabalhistas, mesmo ao preço de subestimar e desrespeitar o jogo democrático e os eleitores que votaram em massa em políticos como o Lula e a Dilma.

Os barões da imprensa e os jornalistas que enfiaram a mão na lama têm de ser investigados. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, tem de tirar da gaveta o projeto das mídias do jornalista Franklin Martins. E a presidenta Dilma Rousseff tem de conversar com a presidenta argentina, Cristina Kirchner, sobre o marco regulatório que o povo argentino  tem a honra de tê-lo para o bem de sua democracia, que se não tivesse a mída regulamentada estaria sem o direito à plena informação, pois ela somente  sob o controle de empresários midiáticos, aliados a jornalistas sem escrúpulos, deixaria o Pais nas mãos de pessoas que apoiaram até a repressão militar. Pelo marco regulatório no Brasil já!  É isso aí.

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