Lá vai o homem... Só.
Inexpugnável em sua vaidade vã.
Ri de si próprio, porque,
No fundo, ele sente dó
De sua venalidade de cortesã.
Lá vai Deus, que moldou
Este universo conforme
A vontade de livrar-se
De seus defeitos.
Davis Sena Filho — 23/06/1994
2 comentários:
Davis, gostaria que voce comentasse um pouco a respeito da medida que a Dilma assinou de redução em 50% dos salários de médicos e professores de hospitais e instituições federais. Apesar de não ter recebido tanto alarde afetou muita gente e mobiliza nesse momento sindicatos ao redor do país todo, estamos na iminencia de uma greve geral desses servidores. Qual é sua opinião? abraço!
Um poema tão talentosamente contundente, com recado bem dadíssimo, merece uma citação supimpa, não acha?
"...A venalidade, disse o Diabo, era o exercício de um direito superior a todos os direitos. Se tu podes vender a tua casa, o teu boi, o teu sapato, o teu chapéu, coisas que são tuas por uma razão jurídica e legal, mas que, em todo caso, estão fora de ti, como é que não podes vender a tua opinião..." (Machado de Assis, "A igreja do diabo"in Histórias sem data.)
Adorei.
Abraço
Marcos Lùcio
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