"Extra faz um mau jornalismo, porque não apura" |
*João Mendes de Jesus
Em matéria superficial e com a finalidade de desmoralizar o
parlamento municipal, repórteres do jornal “Extra” são autores da
matéria “Na Câmara, bloco da gazeta faz a festa”,
publicada no dia 29/04, página 22, na seção de Política. O texto é
simplório, sem aprofundamento e conhecimento do processo legislativo,
porque sequer é baseado em entrevistas com os parlamentares acusados de
“gazeteiros”, como é o meu caso, pois considerado por tais repórteres e
seu editor como um dos integrantes do “Bloco Meio a Meio”, ou seja, dos
vereadores que faltaram 25% a 50% das sessões plenárias realizadas na
Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
A
matéria tem por objetivo desvalorizar o Legislativo, porque, pelo que
se percebe, o “Extra” não sabe que a Casa tem votado projetos muito
importantes para a cidade, que no decorrer desta década se transformou
em anfitriã de cerca de dez megaeventos, que são os responsáveis por
investimentos bilionários que fizeram do Rio de Janeiro um polo ainda
mais poderoso de turismo, lazer e negócios, como nunca aconteceu em
nosso município, que durante 30 anos ficou relegado a um segundo plano,
porque, politicamente, os governos federal, estadual e municipal não se
entendiam, e, por conta disso, a decadência econômica, social e
financeira do Rio se tornou também um processo de desmoralização moral,
no qual seu ápice se deu com a violência e a corrupção do tráfico, que
na década de 1990 e na primeira do século XXI infernizou o povo carioca
e fluminense e ocasionou o esvaziamento do nosso Estado e da nossa
capital.
Eis
que, após três anos e cinco meses de mandato, minha foto aparece no
jornal “Extra” como um “gazeteiro”, ou seja, um político irresponsável,
porque o jornal e seus repórteres desavisados e mal informados assim
decidiram, pois hoje o “Partido da Imprensa”, o do pensamento único,
diz o que quer, acusa a quem quiser, denuncia — mesmo se a denúncia for
vazia —, julga e talvez, um dia, vai dar voz de prisão àqueles que, a
partir dos “critérios” da imprensa, são considerados, como no meu caso,
“gazeteiros meio a meio”. Seria cômico se não fosse trágico. E explico
por quê. Eu, vereador João Mendes de Jesus, do PRB, não tenho uma única falta este ano.
Por
isso, afirmo: o jornal “Extra” mente, e, como a maioria dos órgãos de
comunicação da “grande” imprensa, não entrevista o “denunciado” e muito
menos, como ocorre corriqueiramente com certos profissionais de
imprensa, não faz o contraponto, que é o ouvir o outro lado, a outra
parte, que no caso diz respeito à minha pessoa. O problema é que
jornalistas sem especialização no que se propõe a fazer são pautados e
agem como franco-atiradores. Não conhecem o processo legislativo e
muito menos a rotina de um político que trabalha em uma cidade que tem
6,25 milhões de habitantes. Nunca li uma matéria sobre os meus projetos
aprovados pelo plenário da Câmara. E olha que eu consegui aprovar
propostas importantes, de repercussão social, para os moradores da
Cidade Maravilhosa.
Sou
o autor da lei que cria as Academias da Terceira Idade (ATI), da lei
que impõe limites de velocidade aos motociclistas, a fim de evitar
mortes e acidentes no trânsito e punir patrões que obrigam o
trabalhador a cumprir metas e com isso andar em velocidade alta. Sou o
autor da lei das cotas para negros e índios em concursos públicos, no
âmbito municipal, além de ter aprovado projeto que trata da vacinação
para idosos em casas, hospitais e asilos. Sou ainda, dentre muitas
matérias que apresentei à Mesa Diretora da Câmara, co-autor do projeto
que criou o ensino público integral.
Agora,
a pergunta que não quer calar: alguma vez os repórteres do jornal
“Extra” me entrevistaram sobre os projetos que elaborei? Não. Nenhum
repórter do “Extra” ou de qualquer veículo comercial e privado de
comunicação de massa do Rio de Janeiro me solicitou uma entrevista
sobre esses assuntos. E por quê? Porque à imprensa não interessa
informar à população sobre desenvolvimento econômico, social, obras e
benefícios. O que interessa ao jornalismo empresarial e privado é
desqualificar, desconstruir o setor público, o que é público, de todos,
para que o setor privado seja privilegiado.
A
imprensa tem de mudar. O Brasil está a passar por um processo de
mudanças, que, em termos de imprensa, existe um (mau) exemplo
emblemático, que é o caso da revista “Veja”, que, segundo a Polícia
Federal, está supostamente envolvida com os crimes perpetrados pelo
grupo do bicheiro Carlinhos Cachoeira. A imprensa tem que se
democratizar e parar de usar seu poder para beneficiar seus interesses
políticos e econômicos. Por isso, o Brasil necessita, urgentemente, do
marco regulatório das mídias, que está previsto na Constituição de
1988, mas que está a ser protelado pelos poderes constituídos, e com
isso certos atores midiáticos se comportam, muitas vezes, como
delinqüentes, porque eles sabem que esse segmento da economia não é
regulamentado, o que é um absurdo.
Já
que os repórteres do “Extra” e seu chefe editor não me entrevistaram,
mas mesmo assim me definiram como um “gazeteiro meio a meio”, o que é
ridículo, vou explicar para ambos o que um vereador faz e como
trabalha. O vereador, além de participar do órgão deliberativo mais
importante da Casa, que é o Plenário, ele também integra duas
comissões: uma como vogal e outra como presidente. Eu, por exemplo, sou
o presidente da Comissão Permanente do Idoso. Além disso, o parlamentar
visita as suas bases, as comunidades, vai a inúmeros eventos a
acompanhar autoridades municipais como o prefeito e seus secretários,
participa de muitas reuniões dentro e fora da Câmara e atende em seu
gabinete. Além do mais, o político, como é o meu caso, visita e
fiscaliza asilos, hospitais e recebe denúncias sobre malfeitos a idosos.
Não
é fácil ser vereador, pois, diferentemente dos deputados, senadores,
prefeitos e governadores, trabalhamos diretamente com o povo e somos
cobrados e ouvimos e atendemos pedidos, muitos deles incríveis. E aí
aparecem repórteres a cumprir pauta na Câmara, escrevem o que quer,
dizem o que bem lhes prouver e fica tudo por isso mesmo, como, por
exemplo, a matéria em questão, pois superficial e com um viés maldoso
que busca a desconstrução do Legislativo. O “Extra” errou, pois se
recusa a fazer jornalismo. Eu não fui entrevistado pelos repórteres do
“Extra”. Eu não tenho faltas.
*João Mendes de Jesus é vereador pelo PRB do Rio de Janeiro
4 comentários:
Davis e facil pede direito de resposta e retratação pulica para estes tipos de jornalistas aprenderewm a trabalar e não denegrir a honra das pessoas
ESSE TIPO DE PESSOA;DIGO PESSOA PORQUE NÃO POSSO CHAMAR DE PROFISSIONAL ALGUEM QUE HAJE DESTA FORMA GROSSEIRA E MENTIROSA NÃO É? SÃO PESSOAS ASSIM QUE DENIGRAM A IMAGEM DE VERDADEIROS PROFISSIONAIS DO PRÓPRIO RAMO PORQUE EXISTEM JORNALISTAS VERDADEIRO. MAS O MAIS IMPORTANTE É QUE SEBEMOS QUE O VEWREADOR JOÃO MENDES DE JESUS É UM POLITICO SÉRIO E CUMPRIDOR DE SEUS DEVERES AJUDANDO-NOS A OBTER ALGUNS DOS NOSSOS DIREITOS POIS NOS TEM REPRESENTADO COM HONRRA E AGRADEÇO POR ELE SER O POLITICO QUE TEM SIDO COM BOM CARATER E INTEGRIDADE O RIO DE JANEIRO PRECISA TER MAIS POLITICOS ASSIM COMO O VEREADOR JOÃO MENDES DE JESUS. OBRIGADO VEREADOR SEI QUE POSSO CONTINUAR VOTANDO NO SENHOR E AGORA MUITO MAIS POIS CONHEÇO SUAS LEIS E APÓIO Á TODAS.
Ouvir o outro lado é o beabá do jornalismo e nem isso eles fazem...
QUANDO FALAMOS DA TV GLOBO VEMOS UMA SUJEIRA PUBLICA EM SEUS PRONUNCIAMENTOS , MAS O TEMPO DELA JÁ ACABOU . JORNALISTA/RUBENN DEAN . WWW.RUBENNDEANRJ.BLOGSPOT.COM
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