Na véspera da tua sorte
A morte virá te bafejar.
Ela mais que tua consorte
Foi tua bússola, o teu olhar.
Teus sonhos, mais caros, são irrelevantes,
Pois fúteis e modicamente fugazes...
Tua pena é a de uma pedra, e, arquejante,
Ama sem paixão e sonha com o imponderável.
Pensas em dinheiro, desejas fazer sexo,
Mas, como és inapto, perambulas sem nexo,
Por todas tuas reminiscências, tuas cidades.
Depois oras, pois achas quem tens credo.
Enfrenta teus medos com ar de cemitério,
E cometes mentiras para terdes liberdade.
Davis Sena Filho —
08/01/1999
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