No decorrer desta semana, eu vi novamente em canais de televisão alguns
comentaristas de prateleira, além de pessoas ligadas a ONGs e instituições
estrangeiras, pedirem a suspensão dos trabalhos das obras da futura hidrelétrica
de Belo Monte, que está a ser construída no Rio Xingu — no Estado do Pará.
Além dos brasileiros que são contra a obra, estrangeiros também dão
suas opiniões, e, por intermédio dessa campanha, tentam atrair para seu lado a
opinião pública, que, sem informação do Governo Federal, que tem uma Secretaria
de Comunicação lenta e medrosa, não rebate de pronto as informações do sistema
midiático privado, que veicula e repercute os fatos, os acontecimentos e as ações
conforme seus interesses, que, inegavelmente, não são os mesmos do Brasil e de sua população.
Por isso e por causa disso, republico artigo que trata do assunto Belo
Monte, para que o leitor tire suas próprias conclusões.
Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre
Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre
“Ministro Paulo Bernardo: cadê a estatal da banda larga e o marco
regulatório para as mídias? Cadê a Confecom 2? Por onde anda o projeto do
Franklin Martins? Vossa excelência o engavetou? Com a palavra, o ministro das
Comunicações, aquele que tem medo da TV Globo”.
Acabo
de ver a propaganda, um vídeo de atores da TV Globo contra a hidrelétrica de
Belo Monte, no Pará. Percebo, porém, a total falta de senso crítico dessas
pessoas urbanas e que pensam que o mundo se resume em Rio de Janeiro, São
Paulo, Nova Iorque, Paris, Miami e Londres. Os argumentos contrários e
negativos contra Belo Monte chegam a ser ridículos, se não fosse a manipulação
e a desinformação, que deixam claro que por trás desses mauricinhos e
patricinhas existem ONGs estrangeiras a serviço dos interesses de seus países e
a Globo, porta-voz contumaz e tradicional dos grandes capitalistas, sendo que
ela própria é um deles.
Não
posso pensar de outra forma, bem como não me eximirei de dizer que a peça
publicitária desinforma a população, principalmente a parte dela mais exposta a
factoides, que é a classe média de perfil conservador e que acredita em Papai
Noel, porque pobres e ricos realmente não creem no homem que se veste de
vermelho e usa barba branca a anunciar os presentes para aqueles que se
comportaram direito o ano todo. Acontece que quem está a se comportar mal são
os atores da Globo e seus patrões, que se associaram a movimentos
ambientalistas do exterior que querem interferir no processo de desenvolvimento
brasileiro, sem, no entanto, se preocupar com o combate às desigualdades
sociais e regionais. O Brasil luta contra a miséria e quer, por intermédio dos
governos trabalhistas de Lula e de Dilma retirar milhões de cidadãos da linha
de pobreza.
Enganam-se aqueles
desavisados que insistem em afirmar que a luta contra a pobreza é de caráter
assistencialista, porque não é. Existe, sim, um programa de governo colocado em
prática há quase dez anos e que é, reiteradamente, desqualificado pela imprensa
privada, que insiste tomar o lugar da oposição político-partidária do grupo
formado por PSDB-DEM-PPS, que não tem projeto para o Brasil e nem programa de
governo e por isso perdeu as últimas três eleições e poderá perder a quarta, em
2014.
Contudo,
tiveram no segundo turno o apoio velado da Marina Silva para o público, porém
firmado e concretizado nos bastidores. Foi dessa maneira que a Marina agiu para
se vingar após ser demitida por incompetência do Ministério, além de se aliar a
ONGs financiadas por organismos financeiros que teimavam em boicotar e se opor
aos interesses do Brasil no que concerne ao seu desenvolvimento econômico e
social, bem como no que tange ao seu programa ambientalista, apresentado de
forma surpreendente para o mundo na 15ª Conferência de Copenhagen, capital da
Dinamarca, em dezembro de 2009. O atual secretário do Meio Ambiente do Rio de
Janeiro, Carlos Minc, realizou em menos de dois anos à frente do Ministério do
Meio Ambiente o que Marina Silva não conseguiu fazer em quase sete anos no poder.
O
Brasil, então, apresentou propostas e metas concretas para combater o
desmatamento, a poluição e a degradação dos ecossistemas, o que está a ser
realizado com seriedade. Quem duvida que acesse o portal da transparência do
Governo Federal (ferramenta que o governo tucano de São Paulo não oferece aos
paulistas) e observe as ações e os números, no que vai se surpreender quando os
compararmos com os números do governo entreguista e privatista do neoliberal
FHC, um retumbante fracasso social e econômico, porque nesse tempo o Brasil foi
três vezes ao FMI de joelhos e com o pires na mão.
A
humilhação total somente comparável quando o ministro de Estado das Relações
Exteriores desse governante tucano que vendeu o patrimônio brasileiro que ele
não construiu tirou os sapatos no aeroporto de Miami a mando de um agente
subalterno daquele país yankee. O nome do ex-chanceler é Celso Lafer. Nunca vi
tanta subserviência e pusilanimidade. Complexo de vira-lata na veia.
Por
intermédio desse lamentável e vergonhoso episódio tive a certeza,
inquestionável, que quem tem complexo de vira-lata são nossas elites e não o
grande povo trabalhador brasileiro. O ministro de meias no aeroporto foi o
símbolo maior daquele governo capacho, do Brasil, infelizmente, de joelhos, sem
norte e, conseqüentemente, sem rumo. Um absurdo que eu não quero ver nunca mais
até a minha morte.
Apesar
de a Conferência ter sido multilateral, o Brasil apresentou, independente de
acordos, propostas reais e factíveis. O encontro no país europeu escandinavo
teve também por objetivo estabelecer o tratado que substituirá o Protocolo de
Quioto, que os EUA se recusaram a assinar no tempo do Governo Bush. O problema
é que os países considerados ricos ou ex-ricos, a crise internacional de 2008
perdura até hoje, querem impor regras para os pobres e emergentes quanto à
questão ambiental, mas se recusam a fazer seus deveres de casa, porque não
querem parar de consumir e com isso fomentar seus mercados e exportar.
Outro
fato que está a chamar a atenção é a questão da irresponsabilidade da multinacional estadunidense Chevron-Texaco, que tem a cumplicidade lamentável da imprensa burguesa nativa. A Chevron, não satisfeita em poluir duas vezes a Bacia de Campos, recusa-se a dar satisfação e assumir suas responsabilidades. Tal empresa desrespeitou as normas de segurança, além de não ter equipamentos, ferramentas e tecnologia adequados para perfurar poços de petróleo em solo tão profundo.
A imprensa privada brasileira é tão subserviente e aliada dos trustes internacionais de produção de petróleo que praticamente se calou ou cobriu timidamente o maior desastre ecológico da história dos Estados Unidos, que transformou o Golfo do México em um mar de óleo. A mídia corporativa mostrou a poluição, a degradação, porque não daria para esconder desastre de tal magnitude. Porém, ela não bateu na British Petroleum Deepwater Horizon, petroleira responsável pelo desastre, como deveria, bem como não questionou, de forma dura e investigativa, os grandes capitalistas que a controlam.
A imprensa privada brasileira é tão subserviente e aliada dos trustes internacionais de produção de petróleo que praticamente se calou ou cobriu timidamente o maior desastre ecológico da história dos Estados Unidos, que transformou o Golfo do México em um mar de óleo. A mídia corporativa mostrou a poluição, a degradação, porque não daria para esconder desastre de tal magnitude. Porém, ela não bateu na British Petroleum Deepwater Horizon, petroleira responsável pelo desastre, como deveria, bem como não questionou, de forma dura e investigativa, os grandes capitalistas que a controlam.
A imprensa de negócios privados durante cerca de dez dias tergiversou, dissimulou sobre o crime ambiental e ficou a publicar releases elaborados na Assessoria de Imprensa da Chevron-Texaco, sócia da TV Globo no que diz respeito a ser um dos principais anunciantes da empresa televisiva que no passado apoiou a ditadura militar. A imprensa tupiniquim fez, vergonhosamente, papel de cúmplice da Chevron-Texaco, amenizou inicialmente a barberagem gananciosa e depois teve de mostrar o derramamento de petróleo porque as redes sociais, os blogs progressistas e o governo abriram a boca e furaram o bloqueio da velha imprensa.
Se
fosse a Petrobras, não duvidem, as manchetes jornalísticas seriam garrafais e a
“grita” seria enorme. A Globo News iria tirar seus especialistas de prateleiras
e ficaria durantes horas e dias a “malhar” a Petrobras, a maldizer a empresa
estatal e a agredir o governo trabalhista sem parar. Questionariam, sem sombra
de dúvida, a capacidade da Petrobras em administrar o Pré-Sal, apesar de saber
que a estatal brasileira é a petroleira que tem as melhores condições e capacidade
técnica e logística no mundo para tirar petróleo em águas profundas.
Quero
salientar e lembrar que essa mesma imprensa de negócios privados combateu,
inadvertidamente e irresponsavelmente, a fundação da Petrobras no dia 3 de
outubro de 1953 pelo governo do trabalhista e estadista Getúlio Vargas. O político
trabalhista ainda criou a Vale do Rio Doce, que foi vendida pelo entreguista e
neoliberal FHC, professor que não criou uma única escola técnica durante oito
anos de seu governo de índices sociais baixos e até negativos.
Agora,
eu pergunto: cadê a ex-petista e ex-verde Marina Silva? O gato comeu a língua
dela? Não. Ela se calou porque não vai cooperar com o governo trabalhista no
que é relativo à Chevron-Texaco. Ela traiu o governo e o seu partido, o PT,
como o fez também o senador Cristóvão Buarque, que no episódio da ministro do
Trabalho, Carlos Lupi, que é do seu partido, o PDT, calou-se, e quando abriu a
boca foi para apagar a fogueira com gasolina. Até o momento, nada foi
comprovado contra o ministro. Como a imprensa comercial e privada não conseguiu
chegar a ele para derrubá-lo e com isso tentar engessar o governo de Dilma
Rousseff, a solução foi publicar uma foto em que ele pega carona em um avião.
Este foi o crime para a imprensa e parte da sociedade brasileira de perfil
conservador.
Acontece
que, dias e dias depois, repórteres da TV Globo sobrevoam a Bacia de Campos
para filmar e relatar a situação que eles estão a ver no que é referente ao
desastre e ao crime ambiental que tem a assinatura e as impressões digitais da
Chevron-Texaco. Até aí tudo bem, se não fosse a petroleira yankee cliente das
Organizações(?) Globo, no que diz respeito a negócios e à publicidade. Os
repórteres da Globo podem pegar carona, não é isso? É ético, não é? Então, tá!
Lembrei desse fato só para constar. Mas, para bom entendedor, meia palavra
basta.
Voltemos
ao Cristóvão. Demitido no primeiro governo Lula, bandeou-se para oposição de
forma dissimulada e passou a fazer o jogo da velha imprensa golpista,
juntamente com o senador Álvaro Dias, tucano e replicador, nas segundas-feiras,
de notícias sobre “crises” e factoides publicados no fim de semana pela
imprensa corporativa e golpista, verdadeira fábrica de crises. Cristóvão
prejudicou a reeleição de Lula em 2006. E Marina dificultou, e muito, a eleição
de Dilma Rousseff em 2010. Tanto é verdade que José Serra, candidato da direita
partidária e empresarial e da ala da Igreja Católica conservadora, conseguiu ir
para o segundo turno.
Todavia,
retornemos à hidrelétrica de Belo Monte. Grupos privados midiáticos notadamente
a TV Globo, a Folha de S. Paulo e a Veja, associaram-se a ONGs estrangeiras
para sabotar o plano estratégico e de desenvolvimento do Brasil ora em curso
pelo governo trabalhista da presidenta Dilma Rousseff. É um plano de
reestruturação do País que não é mostrado, de forma alguma, pela imprensa e
pelas televisões comerciais, como, por exemplo, a mega obra da transposição do
Rio São Francisco, que é uma pá de cal no domínio dos coronéis nordestinos como
o cearense e cadidato derrotado a senador Tasso Jereissati.
A
TV Globo, que é a caixa de ressonância da plutocracia nacional e internacional,
tem o papel de manipular os fatos e fazer com que os interesses políticos e
financeiros dos verdes em âmbito mundial sejam considerados justificáveis pela
opinião pública brasileira, especialmente a classe média, compradora contumaz
do pensamento do sistema midiático de direita, que assumiu de fato a oposição
política ao Governo Federal porque percebeu que a oposição partidária não tem
programa e muito menos condições, no momento, de derrotar a presidenta Dilma em
uma eleição, além de saber que o Governo tem maioria tanto na Câmara quanto no
Senado.
Vídeo produzido por universitários sobre Belo Monte.
É o que a Secretaria de Comunicação do Governo deveria fazer.
Vídeo produzido por universitários sobre Belo Monte.
É o que a Secretaria de Comunicação do Governo deveria fazer.
A
minoria no Congresso é o tendão de Aquiles dos jornalistas que abraçaram os
interesses de seus patrões e das famílias proprietárias da imprensa hegemônica,
comercial e privada brasileira. E eles, podem acreditar, odeiam a realidade que
se apresenta, cujo responsável maior pela existência dela é o presidente Lula,
que derrotou nas últimas eleições dezenas de caciques estaduais ao pedir
diretamente para o povo de cada estado que não votasse neles.
Por
isso também o ódio a Lula, que eles não o esquecem jamais, porque temem que o
estadista resolva concorrer as próximas eleições. Eles aturam, com muito rancor
e desprezo, a presidenta Dilma, mas o Lula novamente na Presidência para essa
elite preconceituosa e que detesta o Brasil e o seu povo seria por de mais
intragável. A imprensa burguesa agiu assim também com o estadista Getúlio
Vargas, político responsável pela criação do Brasil moderno, quando ele deixou
o poder em 1945 e retornou por meio do voto em 1950.
Nesses
cinco anos de interregno, mesmo Getúlio praticamente “exilado” em seu campo, a
imprensa lacerdista (até hoje o é) nunca deixou de atacá-lo porque não
conseguia esquecê-lo jamais. A mesma coisa acontece com o Lula, político que
sabe que a imprensa difama, calunia e injuria, como o faz no momento com o
ministro Carlos Lupi e fizeram com o ministro do Esporte, Orlando Silva, sem,
no entanto, nada ainda ter sido comprovado, a não ser que o acusador é,
comprovadamente, bandido e testemunha da revista Veja, a revista porcaria, que
faz um jornalismo de esgoto.
Contudo,
os homens e as mulheres da imprensa não tem voto e também, para o desgosto
deles, não tem mais a primazia do controle total da informação como tinham em
outros tempos. Por isso, eles combatem a disseminação da banda larga pelas mãos
do Governo Federal. Então, viva a internet e as redes sociais! Ministro Paulo
Bernardo: cadê a banda larga e o marco regulatório para as mídias? Cadê a
Confecom 2? Por onde anda o projeto do Franklin Martins? Vossa Excelência o
engavetou? Com a palavra, o ministro das Comunicações, aquele que tem medo da
TV Globo.
É
assim que funciona o sistema midiático associado aos interesses do capital internacional.
E parte da classe média que passou 40 anos a ver a Globo e a ler publicações
como a Veja compartilha dessas “ideias”. Mas o que me chama a atenção mesmo é a
hipocrisia dos atores da Globo. Eles dizem que Belo Monte é o diabo encarnado
em um vídeo que lembra o teatro comercial que eles há anos fazem e ainda o
chamam de arte. Não é possível que por questões ideológicas, políticas ou
apenas implicância que a TV Globo e alguns de seus atores participem de um
vídeo que tem por objetivo travar e boicotar o desenvolvimento do povo
brasileiro, principalmente o que mora na região norte.
A
luta e até mesmo a guerra entre os países tem como fundo de pano o controle das
diferentes energias. Vide Iraque, Líbia e Afeganistão. O Brasil que é um País
abençoado com milhares de rios, riachos e igarapés tem acesso e facilidade para
se beneficiar com a energia proveniente das águas, que é considerada limpa e
segura, contanto que sejam respeitados os relatórios e os cálculos dos
engenheiros, geólogos, geógrafos, ambientalistas e outros profissionais que
participam do esforço da construção de Belo Monte, um projeto de quase 40 anos
que enfim está a sair do papel.
O
Governo que há anos tem enfrentado batalhas jurídicas e as vencido, agora tem
de, finalmente, começar a importantíssima obra do PAC, que vai gerar 80 mil
empregos e vai ofertar luz e energia para os brasileiros do norte, que poderão
ter mais uma oportunidade para desenvolver suas cidades e seus estados.
Enquanto nossos artistas “globais” manipulam a informação para confundir a
sociedade brasileira, os moradores nortistas querem a obra, porque sabem que
através do acesso à energia poder-se-á ter indústrias, modernização da lavoura,
surgimento de comércio, como padarias, supermercados, frigoríficos, construção
civil, hospitais, escolas e todo tipo de segmento econômico e social. Sem
energia não há desenvolvimento. Esta é a verdade.
Obviamente
que eu também prezo pelo controle e fiscalização para que os impactos
ambientais não sejam maiores dos que os previstos. E é o que está a ser feito.
O resto é conversa dissimulada de gente que não conhece esse assunto e vai
participar de vídeo que beira ao ridículo. O que esses atores pensam que o
cidadão brasileiro é? Um idiota? Que não sabem como a banda toca em suas vidas,
suas realidades e dificuldades? Será que eles pensam que os brasileiros
nortistas não querem o que os do Sudeste tem, que é o desenvolvimento, apesar
das contradições e paradoxos sociais?
Quem
eles pensam que são para combater uma obra que vai conduzir o Brasil para sua
independência no que concerne à geração de energia? O sonho de todo país e
qualquer povo ou nação. Itaipu, Tucuruí, Chesf e outras hidrelétricas são
exemplos disso. Imaginem o Brasil sem a hidrelétrica de Itaipu? Imaginaram? O
que eles querem? Em nome de quem eles falam? Quem está por trás dessa novela de
péssimo acabamento, que é o vídeo? Será que eles pensam que estão a fazer uma
novela e repetem frases de seus scripts
que eles apenas decoraram? Qual é a intenção? Eles tem de dizer pelo menos que
o vídeo, para variar, é uma imitação de outro vídeo dirigido pelo diretor de
cinema Spielberg para que os estadunidenses saíssem de suas casas para votar.
Pelo menos informar isso. Dizer que nem para fazer o vídeo houve originalidade.
É
o fim da picada! Os mauricinhos e as patricinhas noveleiros falar de um assunto
que não tem conhecimento técnico. E por quê? E para quem? E por quais motivos e
intenções? Já não basta o Brasil ter de enfrentar países poderosos para
conquistar sua autonomia ainda tem que se deparar com gente completamente
despolitizada e que pensa, soberbamente, que é formadora de opinião, coisa que
nem mais os jornalistas o são, como ficou comprovado com a derrota de José
Serra em 2010, candidato à Presidência evidentemente apoiado pela imprensa
burguesa e privada. Esse pessoal não se enxerga.
Então,
Belo Monte vai acabar com o Pará e quiçá com o País, que serão inundados e
ficarão sob a destruição de uma hecatombe ambiental. Vamos lá, pois: o Brasil
tem quase 200 milhões de habitantes, um PIB de R$ 3,6 trilhões, um mercado
interno poderoso que impediu o País de sofrer problemas econômicos graves
advindos da crise internacional de 2008, além de ser a sexta economia do mundo,
a superar países como a Inglaterra, a Itália e a Espanha, bem como exerce
liderança reconhecida em fóruns como os Brics, o G-20 e o Mercosul, sem
esquecer de citar que o poderoso País sulamericano de língua portuguesa, basta
dar tempo ao tempo e ter paciência, vai ainda assumir uma cadeira no Conselho
de Segurança da ONU.
Para
finalizar, quero informar que os artistas e quem está por trás deles e que se
comportam como especialistas em geração de energia e impacto ambiental
sugiriram que o Brasil opte pela energia eólica e solar. Os parques eólicos
demandam vento e geralmente são instalados em litorais e ocupam enormes
espaços. Como, por exemplo, fazer isso em nosso litoral, que é fortemente
turístico, setor da economia que gera muita renda e emprego, ainda mais que o
brasileiro está a viajar com muito mais freqüência do que antes, por causa do
quase pleno emprego e do aumento salarial, além do aumento visível de turistas
estrangeiros que aportam neste País tropical.
E
a energia solar. Outra sugestão dos nossos artistas especialistas completamente
urbanos que não tem a mínima ideia da área que é necessária para produzir 100
megawatts dessa modalidade de energia. A hidrelétrica de Belo Monte vai
produzir inicialmente 11 mil megawatts. É energia suficiente para dar um
impulso de desenvolvimento à região Norte e a um estado, o do Pará, que é
demograficamente quase vazio. As terras que vão ser alagadas pelo lago
comportam uma área de 516 quilômetros quadrados. O Estado do Pará possui uma
área de 1.247.689,515 quilômetros quadrados. Ou seja, o lago a ser formado vai
ocupar área equivalente a 1/2400 da área do estado marajoara, que tem apenas
sete milhões de habitantes, sendo que dois milhões moram na capital Belém.
E
aí o Brasil e o cidadão brasileiro tem de agüentar alardes infundados, oposição
baseada em má-fé e especialistas que não entendem patavinas de energia via
hidrelétrica, como a de Belo Monte, que vai ser a terceira maior do mundo e que
vai dar fôlego, sobremaneira, ao desenvolvimento da região Norte que precisa,
sim, ser ocupada pelo nosso povo e não por estrangeiros e suas ONGs. Então,
para lembrar. Belo Monte vai alagar 1/2400, ou seja, quase nada por cento das
terras do Pará e esses artistas, a mando de não sei quem (mas sei) consideram
Belo Monte um atentado à natureza, sem sequer ter conhecimento do planejamento
e do plano da obra.
Tem
uma mocinha no vídeo que fala, quase escandalizada: “Vai custar R$ 24 bilhões!
É muito dinheiro!”. Como se investir no Brasil e no seu povo fosse questão
meramente contábil, de passivo, como se fosse débito ou prejuízo. É ter a
cabeça muito pequena. É pensar pouco porque se recusa a usar o cérebro. Agora,
a outra pergunta que não quer calar: “Mocinha, você sabe qual é o PIB
brasileiro?” Eu já o citei neste mesmo artigo. O nosso PIB é de R$ 3,6 trilhões
e a obra, segundo o Governo, custará R$ 24 bilhões. Você sabe o que é isso?
Então, pare para pensar e vai estudar teatro, que por sinal requer talento,
disciplina e conhecimento sobre a condição humana para representar com
qualidade e excelência.
Entretanto,
apesar de existir pessoas que não acreditam no Brasil e que querem,
mediocremente, que este País se comporte como pequeno, não vai dar para
atendê-las. Infelizmente, para elas. Portanto, faço mais uma pergunta que não
quer calar: como o Brasil, que tem um mercado interno poderoso e importante vai
atender suas demandas sem energia, porque a TV Globo e a imprensa comercial
privada, ONGs financiadas por banqueiros e parcela conservadora da sociedade
brasileira querem porque querem que a hidrelétrica não seja construída. Pense
bem. Imagina um coisa insensata dessa? Afirmo e repito: a imprensa privada não
tem compromisso com o Brasil, porque ela é alienígena e faz parte da estrutura
do sistema de poder dos mercados nacionais e internacionais. Belo Monte tem de
ser construída e depois inaugurada. É uma questão de estratégia e de
sobrevivência e independência do Brasil. É isso aí.
6 comentários:
Davis, é tudo o que eu queria dizer. Vou espalhar este maravilhoso texto na internet. Grande abraço!
Fantástico texto! parabens
Oi Davis, se vc transformar todos seus comentários em livro eu comprarei todos nas livrarias. Acho que muitas pessoas farão o mesmo porque vc é inédito pela coragem. Quanto a Belo Monte a maior oposição parte dos AEO que não desejam progresso naquela área por dificultar seus planos de ocupação . A região Amazonica é a mais rica do mundo e eles só repeitam a soberania dos paises que possuem armas nucleares e orbitais. Abraços.
Tudo que voce falou é verdade, e mais um pouco.
Vem cá, meu camarada flamenguista, perder do ponte preta no Rio foi duro hein?
Anônimo
Parabéns, Davis, pela publicação! Vou divulgar em meus blogs.
Fausto Jaime
Muito mais que fantástico esse texto! muito bem elaborado, minuciosamente desmembrado, não deixando nenhum viés para qualquer questionamentos, realmente isto daria um belíssimo livro, relatando todas as nuances deste projeto do Belo Monte, e a sanha maldita dos usurpadores do nosso Brasil, parabéns Davis, simplesmente maravilhoso e vou divulgar um monte! Maribel
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