Por Davis Sena Filho – Blog Palavra Livre
O
Partido Socialista Brasileiro (PSB) é um dos três partidos que compõem o
triunvirato da esquerda brasileira, que, juntamente com o PMDB, o PDT, além de
outros partidos, formam uma aliança vitoriosa e que vai completar, em janeiro
de 2015, 12 anos no poder, no que concerne a assumir a Presidência da
República, e, consequentemente, desenvolver o Brasil como nunca se viu antes em
sua história.
- BELO QUADRO, MÉDICI. - GOSTOU, GEISEL? - PRESENTE DO DOI-CODI. |
Esta
realidade tem frustrado e irritado fortemente a direita tupiniquim colonizada,
legítima herdeira da escravidão e uma das mais perniciosas, perigosas,
perversas e traidoras deste planeta, porque foi, é e sempre será aliada dos
interesses geopolíticos e econômicos de países estrangeiros, a exemplo dos EUA
e das potências europeias.
A
direita estadunidense e a colonizada brasileira têm os mesmos interesses, mas
com uma importante diferença. Os yankees direitistas não entregam seu país para
as forças alienígenas, como o fizeram os subservientes e subalternos do Brasil,
que, na verdade, não têm nenhum compromisso com a Nação e por isto despidos de
nacionalidade e sentimento de brasilidade, pois vazios de ideais.
Essa
gente odeia e despreza este País e somente espera do nosso povo trabalhador que
ele trabalhe e multiplique seus lucros para que essa classe dominante carcomida
em seu espírito e degenerada em seus valores possa viajar ou passar temporadas
no que ela considera como suas côrtes, a exemplo de Nova York, Londres, Paris
e, evidentemente, Miami.
Temos,
sem sombra de dúvida, uma classe social rica e uma classe média portadoras de
complexos de vira-latas que deixariam até o Nelson Rodrigues boquiaberto,
estupefato, quiçá, desgostoso, mesmo sendo o talentoso escritor considerado um
homem politicamente conservador, apesar de ser revolucionário no que diz
respeito a observar e analisar a sociedade brasileira.
Quando
os golpistas de 1964 derrubaram o trabalhista João Goulart, um presidente
constitucional, eleito pela maioria da população e que, tal qual ao estadista
Getúlio Vargas, apresentou aos cidadãos um programa de governo e um projeto de
País generoso e que visava, sobretudo, emancipar o povo brasileiro, os
trogloditas de direita, que desde 1930 tentavam em vão voltar ao poder,
rebelaram-se.
A
direita não permitiria, em hipótese alguma, que outro mandatário trabalhista
assumisse o poder depois da renúncia, em 1960, do presidente Jânio Quadros,
político conservador, mas difícil de ser enquadrado. O Jânio de temperamento
forte e personalidade independente e até mesmo histriônica, que decepcionou a
direita golpista, inconformada que ficou com a política externa do presidente,
considerada exageradamente progressista em tempos de Guerra Fria. Jânio recebeu
Ernesto Che Guevara e o homenageou com medalhas e comendas, o que causou grande
insatisfação em nossos pequenos mussolinis teleguiados pela propaganda e pela
política anticomunista do Tio Sam.
O
presidente das vassouras e dos bilhetes de recados, que levou desconfiança aos
políticos conservadores, e, principalmente, aos barões midiáticos, que usavam a
imprensa de negócios privados como porta-voz do pensamento único, reacionário,
elitista, de fundo golpista e por isto propunha abertamente, por intermédio de
suas manchetes, o impedimento de João Goulart, no que tange a assumir a
Presidência da República, o que não foi possível ser realizado naquele momento.
Eduardo Campos tem de ouvir aquele que é alidado dele e de Arraes desde 1989. |
O
golpe derrotado, em 1961, por causa da reação do Rio Grande do Sul, na pessoa
do governador trabalhista, Leonel Brizola, que efetivou a Cadeia da Legalidade,
armou a Brigada Militar, a fim de rechaçar qualquer invasão através da
resistência, além de ter conseguido ter o importantíssimo apoio do general José
Machado Lopes, comandante do III Exército.
O
movimento frustrou de vez as intenções ilegais e criminosas dos golpistas, que
odeiam o Brasil, porque o País que eles querem, por exemplo, não é o Brasil que
eu quero e que a maioria da população brasileira quer. É por isto, em termos
práticos, que os eleitores, nos últimos dez anos, têm votado em políticos
trabalhistas, a exemplo de Lula e de Dilma, bem como derrotado o PSDB tucano.
Partido carro-chefe da coalizão de direita, que no poder, durante oito anos,
desempregou o trabalhador brasileiro, não investiu no País, seja em qualquer
área ou segmento, além de ter quebrado o Brasil três vezes, porque o governo
emplumado de FHC – o Neoliberal – foi ao FMI três vezes, de joelhos e com o
pires nas mãos.
Dito
isto, voltemos ao governador Eduardo Campos. Tal socialista se transformará em
um pária das forças políticas progressistas? A mosca azul picou o pernambucano
de tal maneira, que ele, sem condições de vencer as eleições presidenciais de
outubro 2014, insistirá com essa aventura? É mais fácil e factível que Eduardo
Campos tire votos dos tucanos e não dos trabalhistas representados por Dilma
Rousseff.
O
PSDB paulista, dono do dinheiro e aliado da Fiesp e da grande mídia
historicamente golpista abrirá mão de um candidato de suas hostes para ficar em
um segundo plano? Os tucanos oferecerão, humildemente, o candidato a vice de
Campos? E o vice será o senador Aécio Neves? Não creio. Essa realidade tem tudo
para não acontecer. E a outra candidata, Marina Silva, entrará nessa construção
política para tentar derrotar os trabalhistas, cuja candidata Dilma teve,
recentemente, 76% de aprovação?
A
verdade é que se a direita bobear, Eduardo Campos, se for mesmo candidato,
poderá prejudicar duramente o campo da direita, que está desesperado, porque,
além de não ter programa de governo e projeto de País, que possa ser uma opção
às propostas e às ações dos trabalhistas, não tem um candidato que, até o
momento, una os conservadores e que, de fato, tenha voz ativa em todo País, bem como
muito votos nas urnas.
Agora,
a pergunta que não quer calar: a direita partidária, seus eleitores e sua
máquina de moer reputações - a imprensa alienígena e de mercado, confiam mesmo
no senhor Eduardo Campos, ao ponto de deixarem o senador Aécio Neves ou outro
que o valha a sentar no banco de reservas? A verdade é que a direita está
exaurida e é capaz de apoiar até mesmo um revolucionário marxista para derrotar
o PT de Lula. Mais do que oposição e ideologia, tornou-se obsessão.
A
candidatura de Eduardo Campos é inviável e pode se tornar uma farsa. O
governador enfrenta oposição em seu partido e forte resistência junto aos aliados.
Ele abandonará um projeto do qual ele faz parte desde 1989 e uma coalizão que
mudou o Brasil para melhor, sem calcular as perdas e os danos? Assim, como num
passe de mágica? Creio que ainda tem muito água para passar por debaixo dessa
ponte.
Além
disso, como hoje é o dia 1º de abril – o Dia do Mentiroso ou da Mentira - quero
dizer que o violento golpe de estado de 1964 e os 21 anos de ditadura foram os
maiores e os mais graves crimes perpetrados contra o povo brasileiro. O golpe
de 1964 é a maior traição da Pátria brasileira em toda sua história.
Militares,
policiais, políticos de direita, barões da imprensa, empresários urbanos e
rurais, cardeais e bispos e parte da classe média conservadora foram cúmplices
e se associaram para tomar criminosamente o poder constituído. Permitiram que
estrangeiros (EUA/CIA) influíssem e participassem das estratégias do golpe.
Eles implementaram no Brasil o assassinato, a tortura, a censura, o exílio, a
cassação, a prisão sem causa justa e legal e a destruição da democracia.
E
toda essa violência foi feita em nome de Deus, da liberdade, da democracia, da
família, da moral e dos bons costumes. Grandes e pequenos mussolinis se
deleitaram, se locupletaram e enriqueceram. Atrasaram o nosso desenvolvimento
social e econômico por mais de 50 anos. E hoje ainda tem gente que comemora tal
vilania, desfaçatez e despropósito. Traidores! É isso aí.
5 comentários:
EXCELENTE TEXTO. NADA A ACRESCENTAR. PARABÉNS!!!
complexo de vira-lata
Uma obra prima este texto, deveria ir para as Escolas, Universidade, paras os Jovens estudantes tomarem conhecimento do que era, foi e hoje é o Brasil.
Deveria ser o editorial do Jornal Nacional (SIC).
dAVIS.
LI duas vezes. Reli outras vezes pra ver se fazia um comentário.
Não ha o que acressentar" Apenas pesso-lhe que me deixe assinar embaixo.
Eliseu Pinto Teixeira
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