ESPAÇO BICO DE PENA — Blog Palavra Livre
Os olhos noctâmbulos olham
Mas não têm paragens...
Perambulam e não repousam
São olhos de tempestades
Os olhos olham noctâmbulos
Infelizes e narcotizados
São sonâmbulos, sonâmbulos...
Olhos pesarosos, cansados
E assim, os olhos torturados
Adoecem, das retinas saem pus
São solitários e molhados
De lágrimas, olhos sem luz
Davis Sena
Filho — 02/01/1983
2 comentários:
Poema com mais de 30 anos, triste, mas belíssimo.
Só a utilização (ins)pirada da bela palavra noctâmbulo, já seria motivo suficiente para elogio do poema.
Marcos Lúcio
Postar um comentário