Por Davis
Sena Filho — Palavra Livre
SERÁ QUE O JANOT NÃO SABE QUE GLOBO SEMPRE QUIS ENTREGAR A PETROBRAS? |
O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, viajou para os Estados Unidos, a
acompanhá-lo outros procuradores. Esta notícia foi veiculada pelos meios de
comunicação privados, mas não se tornou manchetes, e até mesmo chego a afirmar
que passou até mesmo despercebida pela maioria dos sites e blogs, inclusive os
progressistas.
Contudo,
as perguntas que evidenciam o título deste artigo ainda não foram respondidas
pelo procurador-geral e nem pela assessoria de comunicação da PGR, até porque a
verdade é que Janot não tem nada para fazer nos Estados Unidos, a não ser
acusar o estado brasileiro e, consequentemente, aliar-se, de forma surreal, ao
estado norte-americano no caso da Petrobras.
Então,
vamos raciocinar: procuradores ou promotores são responsáveis pela defesa da
ordem jurídica. Eles acusam e denunciam à sociedade quaisquer indivíduos que,
porventura, cometam malfeitos. Já o advogado-geral da União exerce o papel de
defensor de todos os poderes da União, além de dar assessoramento jurídico ao
Poder Executivo Federal, bem como representa o Brasil perante a justiça de
outros países.
Por sua
vez, os corregedores investigam, orientam e fiscalizam a conduta e as
atividades dos membros de uma instituição. Todas essas definições, a grosso
modo, estão a ser citadas, o que é o suficiente para se ter uma razoável ideia
do papel de cada membro dessas três instituições.
Entretanto,
o que chama a atenção é a viagem do procurador-geral, Rodrigo Janot, aos
Estados Unidos por conta da operação Lava Jato, empreendida pela Polícia
Federal. Vamos ver se eu entendi. Uma autoridade brasileira e sua equipe vão
aos EUA, subsidiadas pelo dinheiro público, cooperar e, quiçá, aliar-se a um
estado estrangeiro, beligerante, responsável por inúmeras guerras por causa do
controle do petróleo em âmbito planetário, e que ora é alvo de três processos
no país yankee, a apontar: A- ações coletivas de acionistas minoritários; B-
Comissão de Valores Mobiliários; e C- ação criminal no Departamento de Estado.
Isto
mesmo. Por causa da Lava Jato, o Departamento de Estado da potência nuclear
estrangeira, invasora armada e contumaz de países e nações por causa da luta
pelo controle de energias, notadamente o petróleo, está a processar a
Petrobras, portanto, o Estado brasileiro, alvo de espionagem desse mesmo
Departamento de Estado, conforme explicitou, sem deixar dúvidas, Edward
Snowden, ex-funcionário da CIA, que repercutiu pelo mundo as ações políticas,
econômicas e armadas dos Estados Unidos, inclusive uma delas é sobre a
espionagem contra a Petrobras, ainda mais depois das descobertas dos poços do
pré-sal.
Os Estados Unidos e suas empresas
cometem crimes mil, e também são investigados em vários países. Todavia, a
questão que importa não é esta. O que está a se discutir é a conduta
constitucional e regimental dos procuradores do Paraná e de Brasília, a liderá-los
o procurador-geral, Rodrigo Janot. O que está a acontecer? Quais são os
propósitos desses servidores públicos graduados, influentes, poderosos e muito
bem pagos pelo povo brasileiro? Quais são suas reais intenções?
Porque no Brasil muitos deles agem
politicamente, de forma indevida, inclusive a intervirem no processo político
brasileiro, a cooperarem com o campo conservador do espectro político e
ideológico. Isto é fato nítido e visível. As procuradorias, o STF e setores da
Polícia Federal se tornaram trincheiras do conservadorismo, escolheram lado e
agem de acordo com os interesses de seus aliados, que já foram derrotados em
quatro eleições presidenciais.
Então vamos lá. Para início de
conversa, a Procuradoria-Geral da República não é um dos três poderes constituídos,
e muito menos defende o estado brasileiro. Quem o defende é a Advocacia Geral
da União (AGU). Ponto. E tem mais: reza a Constituição, em seu artigo 84, que
somente o Poder Executivo, dentre os poderes, tem autoridade para representar
oficialmente a República Federativa do Brasil no exterior. Portanto, quem
deveria estar nos Estados Unidos para defender o estado brasileiro do estado
estadunidense é a AGU, bem como o Itamaraty por intermédio da Embaixada do
Brasil em Washington.
A pergunta teimosa e que insiste em
não se calar é a seguinte: o que esses procuradores estão a fazer nos EUA, a
não ser, por força de suas funções públicas, denunciar ou acusar o estado
brasileiro como aliados do estado norte-americano? Um país que tem enormes e inconfessáveis
interesses no campo das energias, especialmente no que diz respeito ao petróleo
da Petrobras e ao pré-sal, sendo que a estatal brasileira é de incomensurável
importância estratégica e de conhecimento científico para o desenvolvimento do
povo do poderoso país sul-americano.
Seria cômico, ridículo se não fosse
trágico e perigoso os atos e ações desses procuradores. Cadê o advogado-geral
da União, que defende os interesses do Estado brasileiro? E o Itamaraty, a
Presidência da República e o Congresso não vão interpelar as ações de uma PGR
que se arvorou a ser independente ao ponto de ir ao exterior para fazer não sei
o quê, com propósitos que saem de suas alçadas e papéis constitucionais.
A PGR não tem autonomia para falar
pelo Brasil no exterior. Se o fizer, incorre em crime constitucional. Quem o
representa é o Poder Executivo, por intermédio de suas instituições, como a AGU
e o Itamaraty. A PGR não é um estado e muito menos é independente do Brasil. E
os procuradores não são defensores e por isso jamais deveriam querer fazer o
papel de advogados da União. Viramos uma República de procuradores e juízes,
que querem intervir na política e governar no lugar dos eleitos? É o fim da
picada.
Janot e seus parceiros vão dar
assessoria nos EUA para acusarem a Petrobras, ou seja, o Estado brasileiro?
Para fazer essa patuscada bem característica de nossas “elites” ele ainda vai
ser pago pelo dinheiro do contribuinte? É isso? Nunca vi um estado ajudar o
outro para atacar e acusar a si mesmo. Procuradores acusam. Então o que o Janot
foi fazer lá? Constitucionalmente ele não é o advogado-geral da União.
Mais uma vez fica comprovado que a
PGR, o MP, o STF e os tribunais superiores, bem como as polícias, especialmente
a Polícia Federal, que tem em seus quadros delegados “aecistas” no Paraná,
conforme dizeres em seus facebooks no período das eleições, estão do lado do
establishment e ainda são trincheiras para defender os interesses da burguesia,
que são no Brasil defendidos e representados pelas Organizações(?) Globo, principal
porta-voz no Brasil e na América Latina do establishment internacional
controlado pelos EUA e poucos países da União Europeia, Japão e alguns
satélites desenvolvidos do capitalismo, como o Canadá e a Austrália.
A frente oposicionista contra o PT e o
Governo Trabalhista é muito forte, porque tem poder político e econômico, bem
como aliados poderosos da casa grande brasileira no exterior. Os magnatas
bilionários da família Marinho, por exemplo, em seus editoriais altissonantes,
já defendem abertamente a mudança do modelo de exploração do pré-sal, cujos
recursos vão ser destinados à educação e à saúde por força de lei.
A família mais rica do Brasil e uma
das mais ricas do mundo, apesar de sua pregação moralista udenista, ou seja,
falsa, vive a apontar o dedo para a cara das pessoas, a chamar-lhes, muitas
vezes sem provas, de corruptas ou forjar ilações subliminares que levam, por
exemplo, um coxinha de classe média a fazer juízo de valor, e, por conseguinte,
condenar em pensamento o alvo de acusações ainda não comprovadas.
É assim que funciona a máquina
jornalística de moer reputações. Agora tal família magnata e bilionária se diz
a favor do financiamento privado de campanha, quando ela sabe, indelevelmente,
que tal financiamento é o maior e talvez o único responsável pela corrupção
entre políticos, executivos de estatais e empresários. Não se faz política sem
dinheiro, e os partidos precisam de dinheiro para efetivar suas ações e eleger
seus candidatos, bem como manter a administração de suas agremiações.
Então como explicar que os Marinho e
seus sabujos que vivem a mostrar os dentes para defender os interesses de seus
patrões são favoráveis que o pré-sal, da Petrobras, abandone o modelo de partilha
e passe para o de concessão. Interesses que, evidentemente, vão beneficiar as
petroleiras estrangeiras, além de também desejarem que as construtoras
internacionais tomem conta do mercado interno brasileiro, como se as empresas
brasileiras, que adquiriram vasto conhecimento científico e de engenharia fossem
corruptas e não os homens e as mulheres, que, porventura, estavam à frente de
suas diretorias e administrações.
A Petrobras e as construtoras têm de
ser resguardadas e protegidas, porque são importantes para o desenvolvimento da
Nação e também para a segurança nacional. Há muito interesse em jogo, e quem
trabalha e defende os interesses alienígenas e de estrangeiros são as famílias
midiáticas de negócios privados e seus empregados a soldos. Essa gente defende,
sobretudo, os interesses do capital financeiro.
Rodrigo Janot está a fazer um papelão,
pois sua ação é inconstitucional. Independente do que vai ocorrer no futuro por
causa da crise da Petrobras, um homem de estado, chefe da PGR, não pode trocar
os pés pelas mãos, a fim de holofotes e fotografias nos jornais e revistas.
Ego inflado não cabe em seu cargo e
função. Homem de estado é servidor público, e não astro do cinema, da televisão
ou dos esportes. O quê o PGR Rodrigo Janot foi
fazer nos EUA? Conspirar? A Globo agradece. Menos Janot. A Advocacia Geral da
União existe. O Itamaraty também. É isso aí.
20 comentários:
Legal, Davis Sena Filho, gostei. É isto mesmo.
KKKKKKKKKKKKK.......................KKKKKKKKKKKK......................KKKKKKKKKKKK
E o Hospício não fecha.................Cara, a grana deve ser boa mesmo............O último reduto PETRALHA.
Espero que estejam apenas fazendo turismo.
FOI NA TERRA DO CARA QUE FALOU NA CARA QUE LULA ERA O CARA.
SE NÃO HOUVESSE UM PARTIDO NO PODER CUJA PRESIDENTA NÃO HOUVERA SER PRESIDENTA DO CONSELHO DA EMPRESA ASSALTADA O GORDO FUNCIONÁRIO FANTASMA ARGOLADO A ALGUM VEREADOR OU COISA PIOR TALVEZ ESTIVESSE ESCREVENDO SOBRE A PAPUDA. CUJO PARTIDO NO PODER FREQUENTA ASSIDUAMENTE...
babalu
Baba-Cu, você não passa de um FDP. Mediocre moralmente e um cafajeste hereditario. Safado.
Tucano FDP, você disse tufo pra esse FDP. Esse pedaço de merda desumana é um jegue mental da pior qualidade.
Não precisa falar muito. Basta chamá-lo de FDP. É o que esse verme é.
Vagabundo FDP, você chamou o burraldo escroto de verme. Não precisava me ofender, né?
Me desculpa Verme FDP. Então vou chamar esse FDP de Tucano FDP.
Vocês podem também chamar essa paca de Fascistoide FDP, porque o Fascista FDP sou eu.
Não gente, só Tucano FDP basta. Chega de polêmica com um merda desse. Tucano FDP. Encerra-se a discussão.
kkkkkkkk a bandidagem se for unida assim na Papuda rola quem sabe até visita íntima kkkk
Quer dizer que o blogueiro lido por meia duzia de defensores de ladrão é funcionário fantasma?????
marcio greik
Caro Davis, adorei as mudanças no seu maravilhoso blog. Gostei também dos ícones do facebook (curtir), do g+1 e do tweet. Assim, nós, seus leitores, poderemos acompanhar quantas pessoas acessam os teus textos e como são repercutidos. Adorei seus últimos artigos e quero que você saiba que eu te acompanho no Brasil 247 e desde o tempo que você era colunista do Jornal do Brasil. Um grande abraço e que Deus te proteja.
kkkkkkkk!!! Baba-Cu, Jorge Marcelo e Márcio Greik: três idiotas e três pilantras em um só.
kkkkkkkkkkkkkkkk!!!
"A máquina jornalística"
O Trensalão tucano
A investigação nasceu da devassa feita, no exterior, em duas multinacionais do setor: a francesa Alstom e a alemã Siemens. Com confissão de ex-funcionários, na justiça.
Por lá já tem gente demitida e presa.
A Alstom aponta distribuição de US$ 6,8 milhões para integrantes do tucanato paulista entre 1998 e 2001. Um ex-funcionário da Siemens revelou: de outro contrato superfaturado, algo como R$ 46 milhões seguiram para gente do PSDB.
R$ 425 milhões, com multinacionais e corrupção, é espetacular o que faz o PSDB há mais de 20 anos em SP!
A diferença é que não se tem disposição para ir a fundo, ou nos trilhos, do "trenzão" tucano.
Principalmente, NOTICIAR!
Este é o tipo de escândalo que não querem que exista. A imprensa reserva para estes, um estrondoso silêncio.
Lógico, estrondoso silencio seguido por lacaios, coxinhas e afins.
Henrique
Alguém tem dúvidas de que tentam planos para alterar o Brasil por que não estão nos esquemas traçados?
“As empresas jornalísticas sofreram, mais talvez do que quaisquer outras, certas
injunções, como depressões políticas, acontecimentos militares”. Os prognósticos
que estamos fazendo na TV Globo dependem muito da normalidade, da
tranqüilidade da vida brasileira. Esses planos podem ser profundamente alterados,
se houver um imprevisto qualquer ou advir uma situação que não esteja dentro dos
esquemas traçados, como se vê nas operações de guerra "".
(Palavras de Roberto Marinho, diretor-presidente das organizações Globo, em 20 de
abril de 1966, depondo na Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou as
ligações entre da Rede Globo e o Grupo Time-Life).
Henrique
Quem deseja o Brasil colonia ou um protetorado?
“E esta é uma guerra - não é uma guerra quente, mas um episódio da guerra fria”.
Entretanto, se perdemos neste episódio, o Brasil deixará de ser um país
independente para virar uma colônia, um protetorado. 12 muito mais fácil, muito
mais cômodo e muito mais barato, não exigem derramamento de sangue, controlar a
opinião pública através dos seus órgãos de divulgação, do que construir bases
militares ou financiar tropas de ocupação"".
(Palavras de João Calmon, diretor dos Diários Associados),
(Deputado federal e presidente da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e
Televisão, em 13 de abril de 1966, depondo na Comissão Parlamentar de Inquérito
que investigou as ligações entre da Rede Globo e o Grupo Time-Life).
Henrique
O esforço da Rede Globo é, somente, para garantir a expressão dos interesses de seus Proprietários.
E o jornalismo verdadeiro? Não passa na rede sonegadora, ops, globo.
O que predomina e o que transparece na Rede Globo, é a ideologia das classes dominantes.
E o povo brasileiro? Não passa de uma simples estatística para a rede sonegadora, ops, globo.
Henrique
A cegueira seletiva do jornalismo da rede sonegadora, ops, globo.
O poder de compra do salário mínimo em janeiro de 2015 é o maior desde agosto de 1965. A informação foi divulgada pelo Banco Central na terça-feira (10/02/2015). Entre 2003 e 2014, o reajuste nominal do mínimo foi de 262%, o que significou um aumento real de 72,31%, descontada a inflação. No primeiro mês deste ano, o mínimo está fixado em R$ 788.
Henrique
Excelente, como sempre , suas lúcidas argumentações, tais como: "Viramos uma República de procuradores e juízes, que querem intervir na política e governar no lugar dos eleitos? É o fim da picada." Por´´em, o mais preocupante é a inércia (ou uma estratégia em segredo?!), senão vejamos: "Cadê o advogado-geral da União, que defende os interesses do Estado brasileiro? E o Itamaraty, a Presidência da República e o Congresso não vão interpelar as ações de uma PGR que se arvorou a ser independente ao ponto de ir ao exterior para fazer não sei o quê, com propósitos que saem de suas alçadas e papéis constitucionais". Se nenhum destas instâncias (na verdade, todas deveriam) se manifestar, tá feia a coisa, e fica inintelegível, no mínimo.
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