Enfim, os réus do
“mensalão” do PT, condenados no fim de 2012, entregaram-se para ser presos,
após os embargos infringentes. Ninguém fugiu para escapar da prisão, a exceção
de Henrique Pizzolato, como chegou a especular a imprensa leviana e
empresarial, que apoiou os crimes da ditadura militar, inclusive os de tortura
e assassinato, pois cúmplice e parceira do regime ditatorial. Pizzolato
reconheceu a fuga e disse que espera na Itália ter chance de provar sua
inocência, fato que, para ele, não ocorreu no Brasil.
As manchetes dos
jornais mal disfarçam a comemoração, o regozijo, enquanto os colunistas e
comentaristas da imprensa de mercado só faltam abrir champanhes e festejar as
prisões de José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares, dentre outros
envolvidos. Pessoas que estão encarceradas sem culpas comprovadas por juízes
conservadores, políticos e ávidos de fama e holofotes, porque extremamente
vaidosos, com ares de celebridades e de pessoas dispostas a fazer poses, como
se tirassem fotos para a revista Caras ou TV Fama.
Por sua vez,
juízes do STF falsamente moralistas e politicamente conservadores, a exemplo de
Gilmar Mendes e Marco Aurélio de Mello, que concederam habeas corpus para criminosos
riquíssimos, como o banqueiro Salvatore Cacciola e o médico Roger Abdalmessih. Reginaldo
Pereira Galvão, o Taradão, também foi libertado pelo STF. Tal pessoa é a mandante
da execução sumária da missionária estadunidense, Dorothy Stang.
Outro caso
emblemático relativo às decisões do Supremo é a chacina de Unaí. Três fiscais
do Ministério do Trabalho e o motorista foram assassinados a mando dos irmãos
fazendeiros Antério e Norberto Mânica, considerados os “reis do feijão”. Os
fiscais investigavam trabalho escravo na região, e foram mortos em uma
emboscada, que chamou a atenção do País.
Até hoje os dois
megaempresários estão soltos, impunes e a dar continuidade aos seus negócios
empresariais e políticos, inclusive a concorrer a eleições, vencê-las e ocupar
a cadeira de prefeito de Unaí, como foi o caso de Antério. Este é o STF, que
relaxa a prisão de pessoas acusadas por testemunhas de cometerem um banho de
sangue contra servidores públicos federais, a cumprir suas obrigações, pois
intrínsecas aos cargos que ocupavam.
Daniel Dantas —
banqueiro também — conseguiu dois habeas corpus para sair da prisão, em tempo
exíguo, fato este que, sem dúvida, deve ser um recorde mundial, cujo detentor
da marca é o juiz Gilmar Mendes. Alguma surpresa? Lógico que não. A burguesia
sempre foi íntima da Corte, bem como a maioria de seus integrantes,
historicamente, é filha da classe dominante, com forte sentimento de classe e
desprezo pela isonomia dos homens e mulheres perante a lei.
O STF, presidido
pelo juiz Joaquim Barbosa, acrescentou mais um “P” ao elenco de pês no bem
falar do povo brasileiro quando se trata de definir o Judiciário brasileiro, a
seguir: pobre, preto e puta. Agora temos um quarto “P” a “estrear”: o “P” de
petista. Agora é assim no Brasil: pobres, pretos, putas e petistas são presos,
enquanto a burguesia e seus porta-vozes continuam a chicotear aqueles que
ousarem a abrir a boca ou agir politicamente contra os interesses dos ricos,
dos muitos ricos, das classes dominantes, das corporações empresariais e dos
governos dos países imperialistas.
Joaquim Barbosa
vai ter seu quinhão concedido pela direita brasileira, e talvez se candidate a
Presidência da República. Que venha... Seja bem-vindo à luta politica, que se
dá na planície e não no elevado de seu trono de ouro de juiz nomeado, cujas
atitudes, ações e condutas não podem ser questionadas concretamente por causa
da força do seu atual cargo.
Por isso, defendo
que juiz de STF seja eleito pelo voto popular. Joaquim, candidato, o torna
simples mortal, cuja vida vai ser analisada, averiguada e não há Luciano Huck,
Rede Globo, casa em Miami, interesse político e vaidade pessoal que não vai
expor quem esse juiz arbitrário e condestável realmente é. Grande parte da sociedade
está à espera de ver o magistrado tratar do mensalão tucano e da privataria
tucana, além do príncipe da privataria, se ele não abdicar de ser juiz político
para ser político juiz.
Espera-se também
pelas suas ações no que tange aos escândalos tucanos de um bilhão da Alston e
da Siemens. Talvez o presidente da PGR, Rodrigo Janot, não siga os passos
tortuosos e tão claros quanto aos de um covil escuro, que foi a administração
do prevaricador e político de direita, Roberto Gurgel, que atualmente curte as
benesses de sua aposentaria, bem como sua imagem reacionária dormita em pódio
do esquecimento.
Há 20 anos os
políticos do PSDB aprontam em São Paulo. É uma caixa preta das mais fétidas e
que o prefeito petista, Fernando Haddad, começou a desinfetar em âmbito
municipal e por causa disso já enfrenta dura oposição da imprensa burguesa
aliada dos tucanos desde 1988 quando esse partido conservador foi fundado e
tomou o lugar do DEM, partido herdeiro da UDN, da Arena, do PDS e do PFL, mas
aliado histórico dos tucanos.
O Judiciário
brasileiro é o pior poder deste País. O mais afeito à mordomia, o que mais
reagiu à Lei do Nepotismo e à minirreforma do próprio poder. Tentou sabotar as
recomendações e denúncias do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pois a
finalidade é manter os privilégios e resguardar os juízes que cometem
ilegalidades e irregularidades.
Além disso, o STF
se intromete, de forma inadvertida, em questões dos outros poderes, porque faz
política, pois parte de seus juízes fala mais que um apresentador de televisão,
afinal ela é partidária, ideológica e luta contra a reeleição da presidenta
trabalhista Dilma Rousseff. Esses fatos são tão visíveis e nítidos como as
águas cristalinas das praias do Nordeste.
A maioria dos juízes
do STF rasgou a Constituição, o Código Penal e o estado democrático de direito
se tornou apenas uma paisagem lúgubre e degradada por homens que decidem o
destino de pessoas à margem do Direito processual. País nenhum merece juízes
como Gilmar Mendes, Luiz Fux, Joaquim Barbosa e Marco Aurélio de Mello, sem
citar outros, inclusive alguns que se aposentaram, porque não vale à pena lembrar
de tais figuras capatazes do sistema.
Os quatro são
extremamente vaidosos, ardilosos e autoritários e embarcaram na fama fácil e na
adulação, cínica e falsa, dos donos da imprensa de direita, que tentam pautar a
agenda do País e governar no lugar dos mandatários eleitos pelo povo. A
imprensa golpista e que não desiste nunca de conspirar contra os governantes
trabalhistas desde os tempos do estadista Getúlio Dornelles Vargas.
Aliaram-se aos
interesses políticos da burguesia e não trabalham de forma isonômica para que
os crimes cometidos por empresários influentes e políticos tucanos sejam, de
fato, julgados. A direita brasileira, a empresarial e a política foi derrotada
em três eleições e para amenizar a incompetência política e administrativa contam,
seguramente, com a sistemática intervenção do Judiciário e do Ministério
Público na política brasileira.
O Judiciário nunca
corta na própria carne. Os juízes quando punidos recebem salários integrais,
não conhecem as realidades brasileiras e muito menos as necessidades do povo,
que lhes paga altos salários e sustenta suas carreiras estáveis e portadoras de
status e soberba.
Torna-se imperativo
que haja uma completa e abrangente reforma no Judiciário, porque depois de
pessoas inocentes serem presas por intermédio da teoria do domínio do fato, a
cidadania brasileira ficou à mercê da vontade de juízes que se comportam como
políticos e determinam suas ações judiciais conforme seus interesses políticos e
ideológicos, bem como partidários.
A teoria do domínio do fato foi questionada pelo jurista alemão, Claus Roxin, especialista que aprimorou a teoria criada
para julgar os nazistas na II Guerra Mundial e usada ao bel-prazer pelos juízes
conservadores do STF. Para Roxin, os réus da Ação Penal 470 conhecido como “mensalão”,
o do PT, tiveram suas defesas prejudicadas, pois uma pessoa não pode ser
considerada culpada e, consequentemente, condenada à prisão porque ocupava
cargo de chefia e presumivelmente era obrigada a saber o que todos os
subalternos fazem.
A Constituição e os códigos deste País não
permitem tal casuísmo, afrontas aos direitos civis, que permitam às autoridades
constituídas se tornarem verdadeiras ditadoras e, por seu turno, passem a agir
de forma antidemocrática, perversa e, indubitavelmente, política, razão pela
qual lutam a direita partidária derrotada e seus aliados que controlam o
Judiciário e o MP.
Claus Roxin afirmou: “A noção de que só o cargo serve para indicar a autoria do crime não é
correta. Quem ocupa posição de comando tem que ter, de fato, emitido a ordem. E
isso deve ser provado". O jurista condenou ainda o julgamento sob “publicidade
opressiva”, como aconteceu no Brasil. É que ele, creio eu, não tem a menor
ideia que apenas meia dúzia de famílias “midiáticas” bilionárias transformam
este País em um inferno.
Querem fazer crer
que o Brasil é o pior lugar do mundo para baixar a autoestima dos brasileiros,
além de cartelizar um segmento da economia cujo monopólio é privado, mesmo a
ser de concessão pública, porque neste País ainda não se efetivou o marco
regulatório para as mídias, cujo projeto se encontra há anos em alguma gaveta
empoeirada do Ministério das Comunicações.
Por isto e por
causa disto, empresários de mídias sem mandatos concedidos pelo povo conspiram,
ousadamente, contra governos, ainda mais se os governantes forem dos campos
trabalhistas e socialistas. A impunidade dos inquilinos da Casa Grande é total,
como se fosse um direito de herança, sanguíneo. Por isto acontecer e ser assim,
os magnatas bilionários de imprensa se consideram fortes o suficiente para
conspirar e, quiçá, repetir, para seus deleites e prazeres, o golpe
civil-militar de 1964 em pleno século XXI.
Gostaria de por
algum momento ser um vidente para saber se, porventura, os promotores e juízes
de oposição são realmente republicanos e, por sua vez, dispostos a levar a
efeito a teoria do domínio do fato nos casos de José Serra, Geraldo Alckmin, Eduardo
Azeredo, Fernando Henrique Cardoso (Privataria Tucana e compra da reeleição),
dentre muitos outros.
O mensalão tucano
é de 1998, enquanto o do PT é de 2005. Mas, o processo foi propositalmente desmembrado,
o número de testemunhas aumentou exponencialmente, seus endereços não estão
corretamente cadastrados e por isso, dentre muitas outras coisas, o julgamento dos
réus tucanos sequer tem previsão para começar. O Judiciário brasileiro é o arauto
do adágio socrático “um peso, duas medidas”.
Tal poder é
composto por homens e mulheres cheios de defeitos e falhas profissionais e de
caráter, como os são todas as sociedades, a humanidade e as suas escolhas para
o bem ou para o mal. Contudo, a humanidade se protege e se resguarda e é por
isto que ela cria códigos éticos e morais, que se transformam em lei.
Os juízes são os
servidores públicos da lei. Eles as executam, e por isso seus equívocos e
crimes tem de ter a dimensão de suas ações e cargos e devem ser afastados. Quando
um agente público de tal importância erra por motivos torpes, infames e
inconfessáveis, tem de ser prontamente questionado e denunciado, porque o juiz
trata de questões relativas aos conflitos sociais e por isso deve ser afastado
do cargo, responder a processos e, se considerado culpado, severamente punido
conforme a lei.
O chamado
“mensalão”, o do PT, pois existem o mensalão dos tucanos de Minas Gerais e o
mensalão da compra de votos para a reeleição de Fernando Henrique Cardoso — o
Neoliberal I — aquele político que foi presidente, vendeu o Brasil e o quebrou
três vezes, porque foi ao FMI três vezes a pedir esmolas, de joelhos e com o
pires nas mãos.
A AP 470 é a maior
farsa e fraude jurídicas que o Brasil testemunhou em toda sua história e o tempo
a comprovará e mostrará o quão podem ser injustos e irresponsáveis os juízes,
os promotores, as mídias dos magnatas bilionários e a parcela coxinha reacionária
da população — o quarteto de direita que luta com garras e dentes para que o
projeto de desenvolvimento do PT e do Governo trabalhista não vingue e não seja
vitorioso, apesar das três eleições consecutivas vencidas pelos candidatos do
Partido dos Trabalhadores.
As prisões sem
provas e arbitrárias são crimes contra a cidadania, as leis do País e ao
estado democrático de direito. O “mensalão” é um processo político e partidário
usado como arma política por uma burguesia eleitoralmente derrotada e que teve
de recorrer a seus últimos bastiões, que são o STF e a PGR, que, juntamente com
os magnatas bilionários da imprensa corporativa, tornaram-se partidos
políticos, que sabotam e boicotam sistematicamente os governos trabalhistas.
São instituições
dominadas por uma casta social a efetivar chicanas e engodos, como o processo
do “mensalão”, razão pela qual essas duas instituições republicanas
pertencentes ao povo brasileiro e não a servidores públicos togados,
compromissados com o sistema de capitais e que dão sustentação política a
partidos de direita, que há 11 anos não controlam a Presidência da República,
pois fragorosamente derrotados nas últimas três eleições.
O Supremo e a PGR
se transformaram em agremiações partidárias dominadas por juízes e promotores
ideologicamente de direita, fundamentalmente politiqueiros, bem como, no
decorrer do processo, importaram-se com a veracidade dos fatos e das provas e
decidiram, por intermédio de um instrumento casuístico, acusar, julgar e
prender pessoas de passado histórico e de grande importância política.
O propósito é
desconstruir o PT e destruir a imagem e a reputação de homens que derrotaram,
em 2003, por meio do voto popular, a burguesia herdeira da escravidão,
sonhadora em ocupar por mais 500 anos a cadeira da Presidência da República e
que tem a característica de congelar seu ódio ideológico e a intolerância de
classe social no freezer.
Parte importante
da sociedade brasileira está de olho nas ações do STF e à espera da aplicação
da teoria do domínio do fato em outros casos notórios de corrupção, inclusive a
sonegação de R$ 1 bilhão da Globo, em 2002, pois a imprensa de mercado vai
continuar cega, muda e surda.
Agora no Brasil, o
acusado tem de provar sua inocência e o acusador não precisa mais apresentar as
provas. O STF jogou na lixeira o estado democrático de direito e precisa ser
ocupado urgentemente pelo povo para voltar a ser republicano e temente às leis.
É isso aí.
12 comentários:
Dirceu arquitetou, democraticamente, a vitória do primeiro mandato de Lula, já outros compraram votos para se reeleger e estão aí numa boa.
Hoje faz 15 anos, 4 eses e 12 dias que o Relatório do mensalão tucano foi entregue ao herói da pátria/joaquim e.................o STF midiático é muito 'manso' com o PSDB. Certamente, o STF e a grande mídia, irão preparar a prescrição!
A sodomia jurídica dos STF ficou claro que o verdadeiro magistrado judicial foi a grande mídia.
Parabéns ao amigo Davis Sena Filho por mais uma análise inteligente e esclarecedora dos fatos. Os anos passam e o amigo segue militando em defesa de nós, corruptos da esquerda, os quais não fizemos rigorosamente nada de errado nestes 10 anos de governo PT.Aguardo o amigo Davis para um brandy aqui em Ribeirão Preto. A propósito, se alguém estiver precisando de uma consultoria é só me procurar. Petistas têm desconto.
Meus sinceros e honestos parabéns. Falou tudo sobre este absurdo que o STF cometeu.
Sem mais, realmente um dia infeliz.
Mas o País há de reconhecer nas urnas ano que vem.
E tem juiz do Supremo - extrema ironia - que consegue dormir em paz.
Não sonham com o Taradão, com o Anterio, com o Roger a importunar suas filhas.
Merecem a cor de suas vestes.
Negras.
Anônimo
Falou e disse, o STF é uma mãe se o corrupto não é do PT.
Jorge da Sorte
Davis continua brilhando em suas colunas! Eu e Israelzinho adoramos a sua defesa dos nossos colegas de corrupção. Saudações petistas!
Excelente, "comme d'habitude"...bravo Davis. O jurista Ives Gandra e o grande Mauro Santayana também desmascararam esta farsa do STF corrompido. Vou divulgar ampla, geral e irrestritamente esta sua brilhante e democrática aula show de lucidez e conhecimento Também eu..."Gostaria de por algum momento ser um vidente para saber se, porventura, os promotores e juízes de oposição são realmente republicanos e, por sua vez, dispostos a levar a efeito a teoria do domínio do fato nos casos de José Serra, Geraldo Alckmin, Eduardo Azeredo, Fernando Henrique Cardoso (Privataria Tucana e compra da reeleição), dentre muitos outros".
Marcos Lúcio
Cara, se algum dia eu souber quem vc é e cruzar contigo, eu cuspo na sua cara, seu filho da puta
Cristiano Martins, gorilão abjeto, porco imundo, cafajeste por DNA, filho da puta, sem querer ofender as putas, você é um safado e deveria se matar pra livrar a sociedade de um verme fascista de sua hipócrita e tucanalha laia. Coxinha mau-caráter. Se eu cruzasse contigo eu daria era um chute nessa tua cara de gorila. O artigo é formidável e mexe muito com escrotos direitistas como o Cristiano Canalha Martins. E é isso que eu gosto de ver: ratos imundos de esgoto babar a baba do ódio e depois ter um infarto.
Pegou na veia né? Seu babaca. Quando não tem argumento apela.
Esse Cristiano Martins deve ser parente do Gilmar Mendes, aquele juiz que mandou o Lalau cumprir pena em casa e quer ver o José Genuíno morrer na prisão só por ser do PT.
Jorge da Sorte
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