Pedra,
estrada de pedras...
E
eu descalço, passo a passo
Subtraio
o meu caminho que
No
encalço da vida se encerra.
Luzes,
sonhos de angústia e bem-estar.
Sentimentos
de desejos, realidades e frustrações.
Moções
não escritas, apenas ditas e fingir amar...
Tudo
o que não é lúcido: as nossas ilusões.
Cai
o verbo e substantivamente penso na utopia.
Único
paliativo que não tem lógica e ideologia,
Que
não se derrota no tempo vazio de glória.
Cansado
de revisar todas as minhas memórias,
Volto-me
decididamente ao que me traz alegria:
Flamengo,
socialismo, mulheres, Pedro e boemia.
10/06/1995
- Brasília
Davis
Um comentário:
Gostei muito do poema que, não sei como...remeteu-me imediatamente a este a seguir... de um dos meus poetas preferidos, posto que nunca consegui ser (muito) iludido...tenho natureza intrinsecamente desconfiada, até porque sou mineiro, uai!
"Das ilusões
Meu saco de ilusões, bem cheio tive-o.
Com ele ia subindo a ladeira da vida.
E, no entretanto, após cada ilusão perdida...
Que extraordinária sensação de alívio!"
Mario Quintana (1906-1994)
Abraço
Marcos Lúcio
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