sexta-feira, 22 de novembro de 2013

JANGO REVIVE

Por Davis Sena Filho  Blog Palavra Livre


O Senador Pedro Simon, trabalhista histórico e testemunha ocular da história se emociona e defende o grande presidente João Goulart, herdeiro político do estadista Getúlio Vargas e que somente entrou no Brasil morto, em 1976, para ser sepultado em São Borja (RS). No exílio, impediram o grande presidente trabalhista de ver até sua mãe. 

O nome de Jango está a ser resgatado, a história, independente do tempo, sempre retoma a verdade e a recente cerimônia de homenagem em Brasília, onde estavam presentes seus restos mortais, sedimenta a brasilidade e a cidadania do povo brasileiro, usurpado em seus direitos constitucionais por causa do golpe civil-militar de 1964. 
  
Todos os presidentes da República vivos, com exceção de Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I — e vendilhão da Pátria estiveram presentes ao evento cívico e histórico, que contou ainda com a viúva e ex-primeira dama, Maria Thereza Fontella Goulart, que se emocionou, juntamente com a presidenta Dilma Rousseff quando relembrou dos graves episódios acontecidos naqueles dias de crise política e militar.

Os restos mortais de Jango estão em processo de exumação, porque o propósito é saber se o político trabalhista foi envenenado a mando da ditadura brasileira, a responsável maior pela a América do Sul, nas décadas de 1960 e 1970, ser vítima de sucessivos golpes de estado, principalmente no Cone Sul, com o apoio político, financeiro, militar, empresarial e de informação dos Estados Unidos, país imperialista e que está em guerra contínua há cerca de 150 anos.

Pedro Simon, veterano parlamentar, relata, em seus discurso de reparação e de defesa do grande presidente deposto o golpismo dos ministros militares e dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado. O golpe de estado covarde promovido pela direita brasileira traidora do Brasil e que até os dias de hoje é cúmplice dos interesses geopolíticos e econômicos dos Estados Unidos. 

A direita alienígena, apátrida, inquilina da Casa Grande ao tempo que subalterna, subserviente, colonizada, sectária, violenta, mercantilista e portadora de um incomensurável e inenarrável complexo de vira-lata. A direita política e partidária, empresarial e jurídica brasileira, cujo DNA são os 400 anos de regime de escravidão.

João Goulart evitou o derramamento de sangue, a guerra civil e a divisão do Brasil em dois países, o que interessava muito aos Estados Unidos, como ocorreu com o Vietnã no passado e é a terrível realidade da Coreia do Norte e da Coreia do Sul, países que no passado eram um só, com o mesmo povo e há décadas dividido por causa dos interesses dos Estados Unidos, que fazem da Coreia do Sul um enclave geográfico e político-militar, a exemplo do que fazem com a Alemanha e o Japão, onde os EUA mantêm enormes bases militares desde 1945 e tão cedo não irá se retirar.

O grande presidente trabalhista João Goulart, cujo governo apresentou proposta generosa, que visava o desenvolvimento econômico e social do povo brasileiro, por intermédio das Reformas de Base, está a ser reconhecido, de forma oficial e histórica, como um estadista acima de tudo preocupado com a autonomia, a independência do Brasil e com a normalidade democrática edificada pelos Poderes da República.

Pedro Simon reviveu a história e se reportou aos fatos e acontecimentos com a força da verdade, em um testemunho no plenário da Câmara dos Deputados pleno e completo, digno de admiração e palmas de seus colegas parlamentares presentes à ocasião, bem como de todas as pessoas que acreditam em um País para todos os brasileiros e não apenas restrito àqueles que apostam nas divisões sociais para se beneficiarem e, consequentemente, manterem os privilégios e os favores tão comuns e peculiares às classes dominantes.

Jango é maior do que pensa a direita, que durante décadas se adonou da história para impor sua versão. Com a ascensão dos presidentes trabalhistas Lula e Dilma ao poder e o fortalecimento do estado democrático de direito, a imagem de João Goulart está a ser recuperada, a fim de colocá-lo em seu lugar devido na história do Brasil.

Um espaço nobre e merecedor de admiração, realidade esta que a história não vai reservar para os ditadores e seus aliados civis e militares que ocuparam ilegalmente e criminosamente a Presidência da República por longos 21 anos. Jango revive, porque é filho nobre do Brasil! É isso aí.   
 


 


Um comentário:

Jorge Marcelo disse...

O João Mendes de Jesus foi?