Por Davis
Sena Filho — Blog Palavra Livre
AÉCIO E OS TUCANOS PAULISTAS: CHORORÔ, MAS NINGUÉM ABRIU SEUS SIGILOS. |
Os caciques do PSDB se reuniram e chamaram a
imprensa de mercado para repercutir suas queixas quanto às denúncias sobre
corrupção de executivos das multinacionais Siemens e Alstom, além das acusações
do Ministério Público Federal da Suíça. O chororô tucano é uma grande pantomima,
em público e transmitido pelas televisões, bem como publicado pelos jornais de
seus principais aliados, que são os magnatas bilionários e proprietários da
imprensa de negócios privados.
O que se viu foi um verdadeiro show de
manipulações e distorções da verdade e da realidade, de gente quando é pega com
as mãos na botija e não tem outra saída, a não ser acusar terceiros, neste caso
o Governo trabalhista e popular de estar por trás dos malfeitos tucanos. Tais
políticos acusam, de forma cínica e inconsequente, o ministro da Justiça José
Eduardo Cardozo de ter montado e se aproveitado de um dossiê para incriminar
pessoas honestas, probas, éticas e sérias, a exemplo de Aécio Neves, Geraldo
Alckmin e José Serra, além de outros, que fazem parte da confraria tucana.
É sempre assim: tucanos nada assumem; nem
para o bem e nem para o mal. São conhecidos também como “murilos”, ou seja,
aqueles que vivem em cima do muro. Se porventura cometem erros, equívocos e até
mesmo crimes, não os assumem. Ao contrário, imputam suas malfeitorias aos
adversários, principalmente quando o inimigo ocupa a cadeira da Presidência da
República. Tucano não assume nada, mesmo quando controla o poder em âmbito
federal, pois se recusa a governar de forma republicana, porque representa a
burguesia, trabalha para ela, concede-lhe benefícios e mantém seus privilégios,
pois governa para poucos, os ricos, seu público-alvo e essência de sua visão
social sectária e míope.
As denúncias sobre o propinão tucano de R$
577 milhões, valores que significam mais de dez mensalões do PT, tornaram-se
conhecidas porque autoridades do Ministério Público da Suíça cobraram do MPF em
São Paulo respostas quanto aos seus pedidos de investigação, o que não aconteceu.
O motivo: o procurador Rodrigo de Grandis, velho conhecido dos políticos
tucanos e envolvido no passado em polêmicas em que pessoas do PSDB foram
indevidamente protegidas, simplesmente engavetou as solicitações dos suíços e,
posteriormente, deu como desculpa esfarrapada ter arquivado os pedidos em uma
pasta errada. Durma-se com um barulho desse.
Contudo, o procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, interveio e ordenou que o caso seguisse seus trâmites legais,
bem como afastou De Grandis do processo. A “falha” ou o desleixo proposital do
procurador causou espanto ao Judiciário da Suíça e ao do Brasil, além de deixar
segmentos organizados da sociedade brasileira de queixo caído. Estarrecedoras
as condutas do procurador Rodrigo de Grandis, que se aproveitou de sua posição
e cargo para abafar supostos crimes cometidos pelos governantes do PSDB de São
Paulo no decorrer de duas décadas.
Segundo funcionários da Siemens e da Alstom
que confessaram seus crimes para terem benefícios da Justiça, o esquema de
pagamentos de propinas a quadros ligados ao PSDB tinha a finalidade de
favorecer as empresas estrangeiras em licitações. O miliardário propinoduto
tucano era uma fonte de recursos ilegais para alimentar a máquina política
tucana. O Metrô de São Paulo e a CPTM, duas companhias poderosas, ricas e
caixas inesgotáveis de dinheiro público foram dilapidadas pelos políticos e
membros do PSDB paulista, o que me leva a afirmar que o “mensalão” do PT, que
nunca foi comprovado como rezam os autos dos processos, é uma gota no mar de
corrupção tucana. Não esqueçamos, jamais, das privatizações efetivadas pelo
neoliberal FHC.
E a pantomima, as caras e bocas, os dedos em
riste, os cenhos fechados, a falsa comoção e a indignação de atores canastrões
em um filme de comédia pastelão não convenceram o público e muito menos o
Ministério da Justiça, que rebateu, prontamente, as intenções dos tucanos, à
frente o pré-candidato a presidente, Aécio Neves. A intenção é transferir suas
responsabilidades e culpabilidades para seus adversários e como sempre
aconteceu se livrarem de verdadeiras bombas prestes a explodir em seus colos.
Essas estratégias tucanas de tergiversar
sobre os fatos e falsear a verdade são recorrentes. Como não assumem nada na
vida e se comportam como “coxinhas” mimados que erram sem parar e nunca são
corrigidos ou punidos pelos pais, os tucanos, nas esferas políticas e
administrativas, acreditam que são inimputáveis, livres para agir da forma que
lhes convier sem, no entanto, subjugarem-se às leis do País.
Comportam-se como “mauricinhos”, verdadeiros
“miamiplayboys” que tem o apoio, incondicional, das Organizações(?) Globo e da
imprensa de negócios privados em geral, que dão sustentação às suas armações, a
exemplo da “coletiva” que os tucanos realizaram para acusar o Governo popular e
o ministro da Justiça de usarem dossiês para incriminar os tucanos paulistas
que mandam há 20 anos em São Paulo e não pedem licença a ninguém para cometerem
seus desmandos administrativos e associações espúrias como as efetivadas com a
Siemens e a Alstom.
Na edição de hoje o jornal “O Globo” dá a
entender que o propinão do PSDB, o trensalão de R$ 577 milhões, resume-se a uma
guerra entre petistas e tucanos. Tal jornal, que abandonou o jornalismo e passou,
juntamente com o STF, a fazer política contra os governantes trabalhistas deve
considerar todo mundo ingênuo ou irremediavelmente alienado,
É evidente que o ministro da Justiça, depois
de receber as denúncias, iria repassar o caso à Polícia Federal, ao Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e ao Ministério Público Federal. Se a
autoridade não o faz, ela prevarica e comete crime de responsabilidade, o que é
gravíssimo em um sistema republicano, que tem como pilar o estado democrático
de direito.
Quem finge não entender essas razões são
exatamente quem deveria entendê-las: os políticos tucanos, pois ocupam ou
ocuparam cargos administrativos, a exemplo de José Serra, Geraldo Alckmin e
Gilberto Kassab (DEM/PSD), e os jornalistas, comentaristas e colunistas da
imprensa corporativa, afinal esses órgãos comerciais e privados estão repletos
de “especialistas”. De prateleiras, mas especialistas.
A verdade é que a “coletiva” dada pelos
tucanos apenas foi uma tentativa de desviar o foco das atenções e fazer com que
o governo petista seja responsabilizado pelos supostos crimes do PSDB enquanto
partido que administra o Estado de São Paulo. Seria cômico se não fosse
trágico.
A imprensa alienígena e de passado e presente
golpista mais uma vez se coloca à disposição para levar confusão à sociedade
brasileira. Mas não vai colar. Os supostos crimes perpetrados pela Siemens e
Alstom tem autoria, pessoas envolvidas, denúncias e investigações no Brasil e
no exterior, com direito à delação premiada por parte de funcionários estrangeiros.
Somente a imprensa, o PSDB e o procurador Rodrigo de Grandis não enxergam o que
é visível e por isso tentam justificar o injustificável.
O que esses grupos esperavam? Que a
administração do prefeito Fernando Haddad se calasse e se tornasse cúmplice de
supostos crimes de R$ 577 milhões? Valores investigados até o momento, porque o
rombo pode ser muito maior, afinal são quase duas décadas de administrações
tucanas, que em âmbito federal venderam o Brasil na década de 1990.
O dinheiro arrecadado não foi investido na
infraestrutura do País ou em saúde e educação, mas até hoje os tucanos se
exibem e deitam falação sobre seus feitos, como se eles fossem dignos de
admiração ou aplausos. Vendaram o Brasil. O submeteram ao FMI três vezes,
porque o País quebrou três vezes e os tucanos e a imprensa de mercado ainda
cantam loas e boas sobre as privatizações, uma verdadeira pirataria ao
patrimônio nacional, e à falta de perspectiva de melhorar de vida por parte do
povo brasileiro.
O Globo apostou hoje em dossiês e coisa e
tal. Pura armação para confundir a sociedade e manipular a verdade. Os crimes,
se aconteceram, tem a digital tucana e a cumplicidade dos magnatas bilionários
da imprensa hegemônica de caráter imperialista. Então vamos à pergunta que teima
em não se calar para sabermos se os políticos do PSDB estão a ser sinceros: Por
que ao invés de Aécio Neves e seus correligionários chamarem a imprensa para
dar uma coletiva para acusar o PT do que o partido não fez, por que eles não
aproveitaram a oportunidade para oferecerem ao contribuinte seus sigilos
fiscais, bancários e telefônicos?
Os cidadãos brasileiros e principalmente os
paulistas agradeceriam pelo espírito público dos tucanos. Todavia, nenhum deles
apresentou qualquer intenção de abrir seus sigilos. Os tucanos realmente
consideram que seus atos e ações são realmente inimputáveis e, por sua vez,
inventam, sistematicamente, a criação de dossiês para acobertar seus supostos
crimes.
É sempre assim que eles agem, pois essa
estratégia já ocorreu em inúmeros episódios do passado. No final, tucano que
comete crime vira vítima e os órgãos de controle e fiscalização que investigam
são condenados pela imprensa empresarial como orquestradores de planos para
incriminar os homens e mulheres honestos, éticos e republicanos do PSDB. Mas
dessa vez não vai colar. É isso aí.
6 comentários:
A verdade vai aparecer. O documento é falso. É outro dossiê Cayman. A primeira providência da investigação será apurar sua veracidade e origem. Se existe um autor, ele tem que testemunhar, no mínimo. Nem o Pedro Simão assume, dizendo que é um documento que circulava por aí há tempos. Veio do CADE ou veio do MJ? Quem protocolou? Como o ministro se pretou a um papel deste. De qualquer forma as ilegalidades na instauração da investigação compremeteram a sua validade jurídica, uma falha lamentável para um jurista do quilate do ministro, que deveria gerar um processo administrativo por imperícia, no mínimo. Mas isto não. Interessa, ele só quer fazer barulho, mas vai dançar. O duro é que o investigador vai ter que inquirir o próprio ministro! Que BO!
O Ministro não iria botar a mão em cumbuca furada. Na verdade o que deve estar por de trás desse dossiê , São fatos muito mas cabeludo,que está sendo noticiado. Vem bomba por aí. Esta mas que na hora da justiça cobrar dos poderes legislativo e executivo. É liberdade de mas ,para se gastar dinheiro publico. Quando resolveram privatizar certas mão de obras. Já era visto que a corrupção no Brasil seria sem tamanho.
Das pérolas incontáveis do seu excelente post, a mais cobiçada, digamos assim, é: "o “mensalão” do PT, que nunca foi comprovado como rezam os autos dos processos, é uma gota no mar de corrupção tucana. Não esqueçamos, jamais, das privatizações efetivadas pelo neoliberal FHC". ..A VERGONHOSA PRIVATARIA TUCANA.Só podemos contar , então, com os funcionários envolvidos nos escândalos da Siemens e Alstom para a comprovação dos seus crimes. Se dependermos da tucanalha, da PIGalha, etc., o resultado será zero mil , zerocentos e zerentazero, ou noves fora...NADA!!!
Marcos Lúcio
Estou aguardando ansiosamente o CNMP punir o De Grandis. Cadê a corregedoria? Cadê o controle disciplinar interno? Esse cara cometeu um crime de prevaricação.
Alguém aí sabe como é a Grandis gaveta do promotor!?
Isso é porque o PSDB sabe fazer as coisas e o PT não. O PT é muito amador perto do PSDB. Vocês têm que aprender com quem sabe. Nem bem saíram da fralda e já queriam dar cambalhotas. Deu no que deu.
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