“FHC é exemplo de cidadão e político coxinha. Ele foi criado nos
gabinetes das academias e nos salões das mansões dos ricos, bem como nos
palácios e palacetes que desde cedo sempre deu o seu ar da graça”.
O ex-presidente tucano
Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I — teve mais um “tijolão” publicado na
imprensa corporativa e de mercado, que há décadas o tem como o seu farol
político e ideológico, no que diz respeito a estar no campo de direita e de
oposição aos governos trabalhistas que conquistaram eleitoralmente e
democraticamente a Presidência da República, a partir do ano de 2003.
FHC somente não
pode escrever no The New York Times, porque quem é o titular de uma coluna
mensal no jornal mais famoso do mundo é o ex-presidente trabalhista Luiz Inácio
Lula da Silva, aquele que realizou governos muito mais competentes e melhores
socialmente e economicamente que os governos do grão-tucano, bem como tem muito
mais prestígio internacional do que o ex-mandatário do PSDB, que, inconformado
e irritado, não consegue disfarçar a sua grande inveja em relação ao petista.
Afinal de contas,
o trabalhista Lula, ex-operário de origem paupérrima, nordestino, considerado
pelas “elites” um pau-de-arara e que tem um dedo a menos em uma de suas mãos
deve estar cansado de ganhar medalhas, comendas e diplomas dos reitores das
universidades mais respeitadas do mundo e do Brasil, coisa que,
definitivamente, não acontece com o tucano neoliberal FHC, que optou por
submeter o poderoso País da América Latina aos interesses e aos ditames dos
governos, dos banqueiros e das multinacionais dos países desenvolvidos.
Contudo, está mais
claro do que dia de sol a pino que o reconhecimento dos reitores, das academias
de expressão e dos mandatários de inúmeros países é o resultado do que o
governante trabalhista e a sua equipe de ministros realizaram. Lula assumiu um
País quase falido, com reservas internacionais quase negativas e nenhuma
credibilidade, a ter como exemplos simbólicos o “puxão de orelha” que o FHC
recebeu do ex-presidente Bill Clinton na frente de vários presidentes e
primeiros ministros de países desenvolvidos, além de seu chanceler, o diplomata
Celso Lafer, ter tirado os sapatos, a mando de um subalterno, em aeroporto de
New York. Não é preciso dizer nada mais.
O Governo de Lula
foi de inclusão social, inegavelmente, porque aberto ao diálogo com a sociedade
civil, com os empresários e os políticos, além de ter criado condições para
efetivar a interface com os países emergentes, pobres e principalmente com as
nações da América do Sul, que, no passado, sempre desconfiaram do Brasil por
causa de seu tamanho e poder econômico e que atualmente dialogam com o gigante
País de língua portuguesa, fundador do Mercosul, do Brics, da Unasul e do G-20.
Essas novas realidades
ocasionaram a abertura de fronteiras até então fechadas e a derrubada de
obstáculos entre os países, no que é relativo ao comércio exterior, aos
intercâmbios de pesquisa, culturais e políticos, o que, sem sombra de dúvida,
cooperou para dar fim às rivalidades sem sentido, aos preconceitos, bem como
favoreceu a formalização de contratos e acordos internacionais, tanto no âmbito
empresarial quanto nas esferas governamentais e de conhecimento técnico,
científico e cultural.
Enquanto os
governantes e economistas trabalhistas brasileiros efetivaram um processo de
distribuição de renda e riqueza, além de recuperarem a infraestrutura do
Brasil, pois sabiam que a demanda interna por consumo e as exportações iriam
crescer exponencialmente e dessa forma evitar que a crise estadunidense e
europeia de 2008 se alastrasse, inclusive, em toda a América do Sul, o governo
do ex-presidente tucano FHC — o Neoliberal I — resolveu implementar, de forma
radical, pois sem limites, o modelo neoliberal.
Modelo vinculado às
grandes corporações banqueiras e empresariais, a exemplo do Banco Mundial
(Bird) e do FMI, instituições de pirataria e rapinagem dominadas pelos Estados
Unidos e meia dúzia de países de passados colonizadores, que hoje sofrem com
uma crise econômica e financeira sem precedentes, porque até os empregos os
seus povos perderam. O crash de 1929 é incomparavelmente menos grave do que a
crise atual, pois hoje vivemos em um mundo globalizado, com um comércio
internacional infinitamente maior e com uma população global que, em comparação
com a de 1929, nos leva a pensar que o mundo daqueles tempos idos era
despovoado.
A verdade é que o
trabalhista Lula nunca vai ser perdoado pelas “elites” historicamente
escravocratas brasileiras e estrangeiras, pois tais “elites” são farinhas do
mesmo saco e da mesma ideologia de dominação sobre as classes sociais
populares, responsáveis maiores pela riqueza daqueles que são os inquilinos do
pico da pirâmide social. E é dessa forma que os ricos do Brasil e do exterior e
a classe média portadora e replicadora dos valores, dos princípios e dos
conceitos se comportam perante o nordestino que foi para São Paulo ainda
pequeno para ganhar a vida.
Essa gente
preconceituosa e elitista não perdoa o petista, porque se considera superior,
porque o sentimento de classe é arraigado, como se fosse instintivo, a lutar pela
sobrevivência, mesmo sabendo que os números e índices econômicos do governo
trabalhista de Lula são inquestionavelmente maiores que o do tucano FHC — o
Neoliberal I —, aquele que foi ao FMI três vezes, de joelhos e com o pires nas
mãos, porque quebrou o Brasil três vezes, além de ter vendido o patrimônio
público que ele e seus comparsas não construíram, porque quem edificou as principais
estatais deste País foi o presidente estadista e trabalhista Getúlio Dornelles
Vargas, que teve de dar um tiro no peito, em agosto de 1954, para evitar que a
direita escravagista brasileira tomasse o poder em um golpe de estado — o que
aconteceu, porque a direita somente chegou ao poder dez anos depois, em 1964, e
todo mundo sabe no que deu tal golpe. Ou não sabe?
Entretanto, o
motivo deste artigo é o blá blá blá sem sentido e desconcatenado do senhor
Neoliberial I publicado nos jornais e revistas do sistema midiático privado,
historicamente golpista, encastelados no Instituto Millenium, e propriedade de
meia dúzia de famílias, que querem fazer do Brasil de 200 milhões de
habitantes, além de ser a sexta maior economia do mundo, o quintal de suas
casas.
FHC tem uma
capacidade cognitiva sofrível e lamentável, por se tratar de um cidadão
considerado e festejado pela burguesia como um intelectual. Só que os seus
textos não tem pé e nem cabeça, pois são uma miscelânea de lugares comuns e
que, definitivamente, não se contrapõem às realidades dos avanços sociais e
econômicos conquistados pelo povo brasileiro nas administrações de Lula e da
presidenta Dilma Rousseff. FHC é exemplo de cidadão e político coxinha. Ele foi
criado nos gabinetes das academias e nos salões das mansões dos ricos, bem como
nos palácios e palacetes que desde cedo sempre deu o seu ar da graça.
FHC só tem espaço
na imprensa nativa, pois como colunista do The New York Times ele foi
demitido. Quando o tucano escreve, ele
não diz nada com nada, apesar de o ex-presidente falar muito. O “ideólogo” do
PSDB não apresenta uma única proposta concreta de governo ou qualquer projeto
de país. Quem duvida do que eu afirmo que trate de lê-lo. Seu texto é de uma
pobreza intelectual que chega a ser estéril e faz com que muitos leitores
desconfiem de seu conhecimento sobre as questões brasileiras. É como se o
tucano fosse, irremediavelmente, divorciado dos interesses e dos sonhos do povo
brasileiro. Afirmo ainda que o FHC como intelectual é uma farsa como pensador,
porque forjado pela burguesia tupiniquim e pelas editorias de política da
imprensa alienígena e de direita.
Por fim, chego à
conclusão que o político do PSDB sofre de uma terrível e predadora amnésia,
porque todo mundo sabe, até as pessoas mais ingênuas e desinformadas, que o
governo de tal tucano foi um retumbante fracasso, porque seus números
econômicos e sociais são ridículos e não refletem, por exemplo, a arrogância, a
prepotência, a vaidade e a total falta de discernimento de Fernando Henrique
Cardoso — o Neoliberal I — sobre, inclusive, quem ele é e a quem ele
representa. É isso aí.
Compare os números de Lula com os do FHC
Situação
Política e Econômica após FHC, antes de o Lula assumir:
Em janeiro de 1999, desastrada maxidesvalorização do
real o elevou de R$ 1,12 para R$ 2,17 em apenas uma semana. O governo
privatista FHC se esgotou em 15 dias após a sua posse. Os três anos seguintes
foram de extrema letargia, baixo crescimento e os dinheiros das grandes
privatizações foram consumidos no imenso déficit das contas públicas. O maior
caos político-administrativo foi o apagão energético. O Ministério de Minas e
Energia ficou esvaziado e aconteceu o maior vexame da história recente: o País
não podia crescer por falta de geração e transmissão da energia produzida. Apesar
da melhoria da economia em 2001, o Governo FHC politicamente estava derrotado. Iniciado
o ano da sucessão, a oposição comandada por Lula era amplamente favorita. Em
Abril de 2002, o dólar estava no câmbio flutuante, no valor de R$ 2,32. O risco
País em torno de 800 pontos (dados do BC).
A candidatura governista, da imprensa e dos
empresários, na pessoa do tucano José Serra, não alça voo e se torna uma candidatura
que ruma ao fracasso. Em meados de abril de 2002, Luiz Fernando Figueiredo,
Diretor de Política Monetária do Banco Central, modifica a política de
prefixação de rendimentos dos fundos de investimentos, a fim de antecipar os
vencimentos dos títulos públicos fixados em dólar. A medida, aparentemente
técnica, na verdade revela-se uma tentativa de golpear a oposição, pois dessa
forma todos os índices econômicos são alterados radicalmente. Em um mês, o
dólar salta para R$ 3,00. Este fato faz o risco país atingir os 1.500 pontos. A
imprensa pró-FHC e seu candidato espalham boatos os quais culpam a candidatura e a possível vitória de Lula
nas eleições presidenciais. O clima de terror eleitoral foi prejudicial ao
Brasil, porque entre o primeiro e o segundo turnos o dólar chegou a R$ 4,04 e o
risco País a 2.500 pontos. O IGPM, que remunera aluguéis e tarifas públicas,
vai a 30%;
O que
legou Lula a Dilma
Além do excelente ano de 2010, com um crescimento
vigoroso de 7,5%, e com todos os indicadores econômicos em alta, o Brasil sob a
administração do presidente trabalhista Lula teve os seguintes indicadores:
1) 14 milhões de novos
empregos e taxa de desemprego mais baixa da história;
2) De Janeiro de 2003 a
Junho de 2010, 43% a mais de empregos formais;
3) Classe média aumentou em
24 milhões de pessoas;
4) 32 milhões de pessoas
saíram da linha da miséria;
5) Classe C tem mais poder
de consumo de A+B juntas. Classe D emergindo e entrando firme no mercado;
6) Salário mínimo foi de US$
65 para R$ 295 e quebrou a versão de que se aumentasse salário a Previdência e
as empresas iriam a falência;
7) Brasil é 3º país
no ranking de investimentos mundiais;
8) Petrobras realiza a
maior capitalização da América Latina por uma empresa, algo em torno de US$ 25
bilhões de dólares, além de o Pré-Sal
vira realidade;
9) Contas públicas em
ordem;
10) Diminuição da carga tributária de 36,1%
para 33,58% do PIB em plena crise;
11) Sexta economia mundial e perspectiva
de ser a quinta em cinco anos;
12) Copa do Mundo em 2014 e Olimpíadas
em 2016, abrindo ampla perspectiva de investimentos, obras e empregos;
Dívida pública – FHC a recebeu em 30% do PIB, em
dezembro 1994, e a elevou para mais de 55% do PIB, em 2002, mesmo tendo vendido
algumas “jóias da coroa”, como a Vale, com a privatização. O principal motivo
para a alta da dívida foi a política de juros altíssimos, que remunerava
investidores com ganhos reais acima de 20% ao ano. Nos oito anos de governo
Lula, a dívida interna caiu para menos de 40% do PIB e hoje está em 36%. Tende
a cair ainda mais com a política de juros baixos colocada em prática pela
presidente Dilma.
Risco Brasil – Nos dois governos FHC, o
Risco-Brasil bateu em 2,7 mil pontos e o País foi socorrido três vezes pelo
Fundo Monetário Internacional. Com Lula, caiu a 200 pontos e o Brasil foi
promovido a grau de investimento. Os tucanos alegam que, em seu período, o
mundo sofreu com as crises do México, da Argentina, da Rússia e da Ásia.
Petistas rebatem afirmando que enfrentaram, em 2008, uma crise nos Estados
Unidos, o coração do capitalismo.
Dólar – No fim do governo FHC, o dólar
foi a quase quatro reais e a inflação anualizada já era de dois dígitos. O
Banco Central, de Armínio Fraga, atribuía ao risco Lula a alta do dólar e a
disparada dos preços. Com Lula, e o BC nas mãos de Henrique Meirelles, a dívida
pública em dólar foi zerada, o real se valorizou fortemente, as reservas
internacionais somaram mais de U$S 250 bilhões e o Brasil passou a cumprir sua
meta de inflação.
Emprego e transferência de renda – O saldo de empregos criados com
carteira assinada no governo FHC foi de 700 mil postos de trabalho. Na era
Lula, somaram mais de 11 milhões de vagas. Programas de transferência de renda,
criados no governo FHC, foram acentuados na era Lula sob o guarda-chuva do
Bolsa-Família. Com resultado, 23 milhões de pessoas cruzaram a linha da
pobreza.
PS: O líder do PSDB, Fernando
Henrique Cardoso, afirmo novamente, sofre de uma forte e conveniente amnésia.
Ele, em seu artigo publicado hoje nos jornalões de direita, fica a deitar
falação sobre herança maldita, aparelhamento do estado, a criticar a estatal
que ele, o PSDB e a imprensa odeiam: a Petrobras e a falar de crise no setor de
energia. Como o Neoliberal I tem memória curta, ele se esquece do apagão de
2005, que durou quase um ano.
O político conservador fala também sobre corrupção
e mensalão e esquece, novamente por conveniência, dos múltiplos escândalos de
seu governo, inclusive do mensalão tucano que nunca foi julgado pelo conservador
STF, que faz oposição constante ao governo trabalhista. Enfim, FHC é assim: se
finge de leitão para poder mamar deitado. É isso aí. (DSF)
Veja os escândalos da Era FHC e que nunca foram julgados
1 – Conivência com a corrupção
Um dos primeiros
gestos de FHC ao assumir a Presidência, em 1995, foi extinguir, por decreto, a
Comissão Especial de Investigação, instituída no governo Itamar Franco e
composta por representantes da sociedade civil, que tinha como objetivo
combater a corrupção. Em 2001, para impedir a instalação da CPI da Corrupção,
FHC criou a Controladoria-Geral da União, órgão que se especializou em abafar
denúncias.
2 – O escândalo do
Sivam
O contrato para
execução do projeto Sivam foi marcado por escândalos. A empresa Esca, associada
à norte-americana Raytheon, e responsável pelo gerenciamento do projeto, foi
extinta por fraudes contra a Previdência. Denúncias de tráfico de influência
derrubaram o embaixador Júlio César dos Santos e o ministro da Aeronáutica,
Brigadeiro Mauro Gandra.
3 – A farra do
Proer
O Proer demonstrou,
já em 1996, como seriam as relações do governo FHC com o sistema financeiro.
Para FHC, o custo do programa ao Tesouro Nacional foi de 1% do PIB. Para os
ex-presidentes do BC, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, atingiu 3% do PIB. Mas
para economistas da Cepal, os gastos chegaram a 12,3% do PIB, ou R$ 111,3
bilhões, incluindo a recapitalização do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos
bancos estaduais.
4 – Caixa dois de
campanhas
As campanhas de FHC
em 1994 e em 1998 teriam se beneficiado de um esquema de caixa-dois. Em 1994,
pelo menos R$ 5 milhões não apareceram na prestação de contas entregue ao TSE.
Em 1998, teriam passado pela contabilidade paralela R$ 10,1 milhões.
5 – Propina na
privatização
Ricardo Sérgio de
Oliveira, ex-caixa de campanha de FHC e do senador José Serra e ex-diretor da
Área Internacional do Banco do Brasil, foi acusado de pedir propina de R$ 15
milhões para obter apoio dos fundos de pensão ao consórcio do empresário
Benjamin Steinbruch, que levou a Vale, e de ter cobrado R$ 90 milhões para
ajudar na montagem do consórcio Telemar.
6 – A emenda da
reeleição
O instituto da
reeleição foi obtido por FHC a preços altos. Gravações revelaram que os
deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil
para votar a favor do projeto. Os deputados foram expulsos do partido e
renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto,
Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da
Câmara.
7 – Grampos
telefônicos
Conversas gravadas
de forma ilegal foram um capítulo à parte no governo FHC. Durante a
privatização do sistema Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas de Luiz
Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara
Resende, então presidente do BNDES, articulando o apoio da Previ para beneficiar
o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o economista
Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende. Até FHC entrou na
história, autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão dos
funcionários do Banco do Brasil.
8 – TRT paulista
A construção da
sede do TRT paulista representou um desvio de R$ 169 milhões aos cofres
públicos. A CPI do Judiciário contribuiu para levar o juiz Nicolau dos Santos
Neto, ex-presidente do Tribunal, para a cadeia e para cassar o mandato do
Senador Luiz Estevão (PMDB-DF), dois dos principais envolvidos no caso.
9 – Os ralos do
DNER
O DNER foi o
principal foco de corrupção no governo de FHC. Seu último avanço em matéria de
tecnologia da propina atende pelo nome de precatórios. A manobra consiste em
furar a fila para o pagamento desses títulos. Estima-se que os beneficiados
pela fraude pagavam 25% do valor dos precatórios para a quadrilha que comandava
o esquema. O órgão acabou sendo extinto pelo governo.
10 – O “caladão”
O Brasil calou no
início de julho de 1999 quando o governo FHC implementou o novo sistema de
Discagem Direta a Distância (DDD). Uma pane geral deixou os telefones mudos. As
empresas que provocaram o caos no sistema haviam sido recém-privatizadas. O
“caladão” provocou prejuízo aos consumidores, às empresas e ao próprio governo.
Ficou tudo por isso mesmo.
11 – Desvalorização
do real
FHC se reelegeu em
1998 com um discurso que pregava “ou eu ou o caos”. Segurou a quase paridade
entre o real e o dólar até passar o pleito. Vencida a eleição, teve de
desvalorizar a moeda. Há indícios de vazamento de informações do Banco Central.
O deputado Aloizio Mercadante, do PT, divulgou lista com o nome dos 24 bancos que
lucraram muito com a mudança cambial e outros quatro que registraram
movimentação especulativa suspeita às vésperas do anúncio das medidas.
12 – O caso
Marka/FonteCindam
Durante a
desvalorização do real, os bancos Marka e FonteCindam foram socorridos pelo
Banco Central com R$ 1,6 bilhão. O pretexto é que a quebra desses bancos
criaria risco sistêmico para a economia. Chico Lopes, ex-presidente do BC, e
Salvatore Cacciola, ex-dono do Banco Marka, estiveram presos, ainda que por um
pequeno lapso de tempo. Cacciola retornou à sua Itália natal, onde vive
tranquilo.
13 – Base de
Alcântara
O governo FHC
enfrenta resistências para aprovar o acordo de cooperação internacional que
permite aos Estados Unidos usarem a Base de Lançamentos Espaciais de Alcântara
(MA). Os termos do acordo são lesivos aos interesses nacionais. Exemplos: áreas
de depósitos de material americano serão interditadas a autoridades
brasileiras. O acesso brasileiro a novas tecnologias fica bloqueado e o acordo
determina ainda com que países o Brasil pode se relacionar nessa área. Diante
disso, o PT apresentou emendas ao tratado – todas acatadas na Comissão de
Relações Exteriores da Câmara.
14 – Biopirataria
oficial
Antigamente, os
exploradores levavam nosso ouro e pedras preciosas. Hoje, levam nosso
patrimônio genético. O governo FHC teve de rever o contrato escandaloso
assinado entre a Bioamazônia e a Novartis, que possibilitaria a coleta e
transferência de 10 mil microorganismos diferentes e o envio de cepas para o
exterior, por 4 milhões de dólares. Sem direito ao recebimento de royalties.
Como um único fungo pode render bilhões de dólares aos laboratórios
farmacêuticos, o contrato não fazia sentido. Apenas oficializava a
biopirataria.
15 – O fiasco dos
500 anos
As festividades dos
500 anos de descobrimento do Brasil, sob coordenação do ex-ministro do Esporte
e Turismo, Rafael Greca (PFL-PR), se transformaram num fiasco monumental.
Índios e sem-terra apanharam da polícia quando tentaram entrar em Porto Seguro
(BA), palco das comemorações. O filho do presidente, Paulo Henrique Cardoso, é
um dos denunciados pelo Ministério Público de participação no episódio de
superfaturamento da construção do estande brasileiro na Feira de Hannover, em
2000.
16 – Eduardo Jorge,
um personagem suspeito
Eduardo Jorge
Caldas, ex-secretário-geral da Presidência, é um dos personagens mais sombrios
que freqüentou o Palácio do Planalto na era FHC. Suspeita-se que ele tenha se
envolvido no esquema de liberação de verbas para o TRT paulista e em superfaturamento
no Serpro, de montar o caixa dois para a reeleição de FHC, de ter feito lobby
para empresas de informática, e de manipular recursos dos fundos de pensão nas
privatizações. Também teria tentado impedir a falência da Encol.
17 – Drible na
reforma tributária
O PT participou de
um acordo, do qual faziam parte todas as bancadas com representação no
Congresso Nacional, em torno de uma reforma tributária destinada a tornar o
sistema mais justo, progressivo e simples. A bancada petista apoiou o substitutivo
do relator do projeto na Comissão Especial de Reforma Tributária, deputado
Mussa Demes (PFL-PI). Mas o ministro da Fazenda, Pedro Malan, e o Palácio do
Planalto impediram a tramitação.
18 – Rombo
transamazônico na Sudam
O rombo causado
pelo festival de fraudes transamazônicas na Superintendência de Desenvolvimento
da Amazônia, a Sudam, no período de 1994 a 1999, ultrapassa R$ 2 bilhões. As
denúncias de desvios de recursos na Sudam levaram o ex-presidente do Senado,
Jader Barbalho (PMDB-PA) a renunciar ao mandato. Ao invés de acabar com a
corrupção que imperava na Sudam e colocar os culpados na cadeia, o presidente
Fernando Henrique Cardoso resolveu extinguir o órgão. O PT ajuizou ação de
inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra a providência do
governo.
19 – Os desvios na
Sudene
Foram apurados
desvios de R$ 1,4 bilhão em 653 projetos da Superintendência de Desenvolvimento
do Nordeste, a Sudene. A fraude consistia na emissão de notas fiscais frias
para a comprovação de que os recursos recebidos do Fundo de Investimentos do
Nordeste (Finor) foram aplicados. Como no caso da Sudam, FHC decidiu extinguir
o órgão. O PT também questionou a decisão no Supremo Tribunal Federal.
20 – Calote no
Fundef
O governo FHC
desrespeita a lei que criou o Fundef. Em 2002, o valor mínimo deveria ser de R$
655,08 por aluno/ano de 1ª a 4ª séries e de R$ 688,67 por aluno/ano da 5ª a 8ª
séries do ensino fundamental e da educação especial. Mas os valores
estabelecidos ficaram abaixo: R$ 418,00 e R$ 438,90, respectivamente. O calote
aos estados mais pobres soma R$ 11,1 bilhões desde 1998.
21 – Abuso de MPs
Enquanto senador,
FHC combatia com veemência o abuso nas edições e reedições de Medidas
Provisórias por parte José Sarney e Fernando Collor. Os dois juntos editaram e
reeditaram 298 MPs. Como presidente, FHC cedeu à tentação autoritária. Editou e
reeditou, em seus dois mandatos, 5.491medidas. O PT participou ativamente das
negociações que resultaram na aprovação de emenda constitucional que limita o
uso de MPs.
22 – Acidentes na
Petrobras
Por problemas de
gestão e falta de investimentos, a Petrobras protagonizou uma série de
acidentes ambientais no governo FHC que viraram notícia no Brasil e no mundo. A
estatal foi responsável pelos maiores desastres ambientais ocorridos no País
nos últimos anos. Provocou, entre outros, um grande vazamento de óleo na Baía
de Guanabara, no Rio, outro no Rio Iguaçu, no Paraná. Uma das maiores
plataformas da empresa, a P-36, afundou na Bacia de Campos, causando a morte de
11 trabalhadores. A Petrobras também ganhou manchetes com os acidentes de
trabalho em suas plataformas e refinarias que ceifaram a vida de centenas de
empregados.
23 – Apoio a
Fujimori
O presidente FHC
apoiou o terceiro mandato consecutivo do corrupto ditador peruano Alberto
Fujimori, um sujeito que nunca deu valor à democracia e que fugiu do País para
não viver os restos de seus dias na cadeia. Não bastasse isso, concedeu a
Fujimori a medalha da Ordem do Cruzeiro do Sul, o principal título honorário
brasileiro. O Senado, numa atitude correta, acatou sugestão apresentada pelo
senador Roberto Requião (PMDB-PR) e cassou a homenagem.
24 – Desmatamento
na Amazônia
Por meio de
decretos e medidas provisórias, o governo FHC desmontou a legislação ambiental
existente no País. As mudanças na legislação ambiental debilitaram a proteção
às florestas e ao cerrado e fizeram crescer o desmatamento e a exploração
descontrolada de madeiras na Amazônia. Houve aumento dos focos de queimadas. A
Lei de Crimes Ambientais foi modificada para pior.
25 – Os
computadores do FUST
A idéia de equipar
todas as escolas públicas de ensino médio com 290 mil computadores se
transformou numa grande negociata. Os recursos para a compra viriam do Fundo de
Universalização das Telecomunicações, o Fust. Mas o governo ignorou a Lei de
Licitações, a 8.666. Além disso, fez megacontrato com a Microsoft, que teria,
com o Windows, o monopólio do sistema operacional das máquinas, quando há
softwares que poderiam ser usados gratuitamente. A Justiça e o Tribunal de
Contas da União suspenderam o edital de compra e a negociata está suspensa.
26 – Arapongagem
O governo FHC
montou uma verdadeira rede de espionagem para vasculhar a vida de seus
adversários e monitorar os passos dos movimentos sociais. Essa máquina de
destruir reputações é constituída por ex-agentes do antigo SNI ou por empresas
de fachada. Os arapongas tucanos sabiam da invasão dos sem-terra à propriedade
do presidente em Buritis, em março deste ano, e o governo nada fez para evitar
a operação. Eles foram responsáveis também pela espionagem contra Roseana
Sarney.
27 – O esquema do
FAT
A Fundação Teotônio
Vilela, presidida pelo ex-presidente do PSDB, senador alagoano Teotônio Vilela,
e que tinha como conselheiro o presidente FHC, foi acusada de envolvimento em
desvios de R$ 4,5 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Descobriu-se
que boa parte do dinheiro, que deveria ser usado para treinamento de 54 mil
trabalhadores do Distrito Federal, sumiu. As fraudes no financiamento de
programas de formação profissional ocorreram em 17 unidades da federação e
estão sob investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério
Público.
28 – Mudanças na
CLT
A maioria
governista na Câmara dos Deputados aprovou, contra o voto da bancada do PT,
projeto que flexibiliza a CLT, ameaçando direitos consagrados dos
trabalhadores, como férias, décimo terceiro e licença maternidade. O projeto
esvazia o poder de negociação dos sindicatos. No Senado, o governo FHC não teve
forças para levar adiante essa medida anti-social.
29 – Obras
irregulares
Um levantamento do
Tribunal de Contas da União, feito em 2001, indicou a existência de 121 obras
federais com indícios de irregularidades graves. A maioria dessas obras
pertence a órgãos como o extinto DNER, os ministérios da Integração Nacional e
dos Transportes e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas. Uma dessas
obras, a hidrelétrica de Serra da Mesa, interior de Goiás, deveria ter custado
1,3 bilhão de dólares. Consumiu o dobro.
30 – Explosão da
dívida pública
Quando FHC assumiu
a Presidência da República, em janeiro de 1995, a dívida pública interna e
externa somava R$ 153,4 bilhões. Entretanto, a política de juros altos de seu
governo, que pratica as maiores taxas do planeta, elevou essa dívida para R$
684,6 bilhões em abril de 2002, um aumento de 346%. Hoje, a dívida já equivale
a preocupantes 54,5% do PIB.
31 – Avanço da
dengue
A omissão do
Ministério da Saúde é apontada como principal causa da epidemia de dengue no
Rio de Janeiro. O ex-ministro José Serra demitiu seis mil mata-mosquitos
contratados para eliminar focos do mosquito Aedes Aegypti. Em 2001, o
Ministério da Saúde gastou R$ 81,3 milhões em propaganda e apenas R$ 3 milhões
em campanhas educativas de combate à dengue. Resultado: de janeiro a maio de
2002, só o estado do Rio registrou 207.521 casos de dengue, levando 63 pessoas
à morte.
32 – Verbas do
BNDES
Além de vender o
patrimônio público a preço de banana, o governo FHC, por meio do BNDES,
destinou cerca de R$ 10 bilhões para socorrer empresas que assumiram o controle
de ex-estatais privatizadas. Quem mais levou dinheiro do banco público que
deveria financiar o desenvolvimento econômico e social do Brasil foram as teles
e as empresas de distribuição, geração e transmissão de energia. Em uma das
diversas operações, o BNDES injetou R$ 686,8 milhões na Telemar, assumindo 25%
do controle acionário da empresa.
33 – Crescimento
pífio do PIB
Na “Era FHC”, a
média anual de crescimento da economia brasileira estacionou em pífios 2%,
incapaz de gerar os empregos que o País necessita e de impulsionar o setor
produtivo. Um dos fatores responsáveis por essa quase estagnação é o elevado
déficit em conta-corrente, de 23 bilhões de dólares no acumulado dos últimos 12
meses. Ou seja: devido ao baixo nível da poupança interna, para investir em seu
desenvolvimento, o Brasil se tornou extremamente dependente de recursos externos,
pelos quais paga cada vez mais caro.
34 – Renúncias no
Senado
A disputa política
entre o Senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) e o Senador Jader Barbalho
(PMDB-PA), em torno da presidência do Senado expôs publicamente as divergências
da base de sustentação do governo. ACM renunciou ao mandato, sob a acusação de
violar o painel eletrônico do Senado na votação que cassou o mandato do senador
Luiz Estevão (PMDB-DF). Levou consigo seu cúmplice, o líder do governo, senador
José Roberto Arruda (PSDB-DF). Jader Barbalho se elegeu presidente do Senado,
com apoio ostensivo de José Serra e do PSDB, mas também acabou por renunciar ao
mandato, para evitar a cassação. Pesavam contra ele denúncias de desvio de
verbas da Sudam.
35 – Racionamento
de energia
A imprevidência do
governo FHC e das empresas do setor elétrico gerou o apagão. O povo se
mobilizou para abreviar o racionamento de energia. Mesmo assim foi punido. Para
compensar supostos prejuízos das empresas, o governo baixou Medida Provisória
transferindo a conta do racionamento aos consumidores, que são obrigados a
pagar duas novas tarifas em sua conta de luz. O pacote de ajuda às empresas
soma R$ 22,5 bilhões.
36 – Assalto ao
bolso do consumidor
FHC quer que o seu
governo seja lembrado como aquele que deu proteção social ao povo brasileiro.
Mas seu governo permitiu a elevação das tarifas públicas bem acima da inflação.
Desde o início do plano real até agora, o preço das tarifas telefônicas foi reajustado
acima de 580%. Os planos de saúde subiram 460%, o gás de cozinha 390%, os
combustíveis 165%, a conta de luz 170% e a tarifa de água 135%. Neste período,
a inflação acumulada ficou em 80%.
37 – Explosão da
violência
O Brasil é um país
cada vez mais violento. E as vítimas, na maioria dos casos, são os jovens. Na
última década, o número de assassinatos de jovens de 15 a 24 anos subiu 48%. A
Unesco coloca o País em terceiro lugar no ranking dos mais violentos, entre 60
nações pesquisadas. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes, na população
geral, cresceu 29%. Cerca de 45 mil pessoas são assassinadas anualmente. FHC
pouco ou nada fez para dar mais segurança aos brasileiros.
38 – A falácia da
Reforma agrária
O governo FHC
apresentou ao Brasil e ao mundo números mentirosos sobre a reforma agrária. Na
propaganda oficial, espalhou ter assentado 600 mil famílias durante oito anos
de reinado. Os números estavam inflados. O governo considerou assentadas
famílias que haviam apenas sido inscritas no programa. Alguns assentamentos só
existiam no papel. Em vez de reparar a fraude, baixou decreto para oficializar
o engodo.
39 – Subserviência
internacional
A timidez marcou a
política de comércio exterior do governo FHC. Num gesto unilateral, os Estados
Unidos sobretaxaram o aço brasileiro. O governo do PSDB foi acanhado nos
protestos e hesitou em recorrer à OMC. Por iniciativa do PT, a Câmara aprovou
moção de repúdio às barreiras protecionistas. A subserviência é tanta que em
visita aos EUA, no início deste ano, o ministro Celso Lafer foi obrigado a
tirar os sapatos três vezes e se submeter a revistas feitas por seguranças de
aeroportos.
40 – Renda em queda
e desemprego em alta
Para o emprego e a
renda do trabalhador, a Era FHC pode ser considerada perdida. O governo tucano
fez o desemprego bater recordes no País. Na região metropolitana de São Paulo,
o índice de desemprego chegou a 20,4% em abril, o que significa que 1,9 milhão
de pessoas estão sem trabalhar. O governo FHC promoveu a precarização das
condições de trabalho. O rendimento médio dos trabalhadores encolheu nos
últimos três anos.
41 – Relações
perigosas
Diga-me com quem
andas e te direi quem és. Esse ditado revela um pouco as relações suspeitas do
presidenciável tucano José Serra com três figuras que estiveram na berlinda nos
últimos dias. O economista Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de
Serra e de FHC, é acusado de exercer tráfico de influência quando era diretor
do Banco do Brasil e de ter cobrado propina no processo de privatização.
Ricardo Sérgio teria ajudado o empresário espanhol Gregório Marin Preciado a
obter perdão de uma dívida de R$ 73 milhões junto ao Banco do Brasil. Preciado,
casado com uma prima de Serra, foi doador de recursos para a campanha do
senador paulista. Outra ligação perigosa é com Vladimir Antonio Rioli,
ex-vice-presidente de operações do Banespa e ex-sócio de Serra em empresa de
consultoria. Ele teria facilitado uma operação irregular realizada por Ricardo
Sérgio para repatriar US$ 3 milhões depositados em bancos nas Ilhas Cayman –
paraíso fiscal do Caribe.
42 – Violação aos
direitos humanos
Massacres como o de
Eldorado do Carajás, no sul do Pará, onde 19 sem-terra foram assassinados pela
polícia militar do governo do PSDB em 1996, figuram nos relatórios da Anistia
Internacional, que recentemente denunciou o governo FHC de violação aos
direitos humanos. A Anistia critica a impunidade e denuncia que polícias e
esquadrões da morte vinculados a forças de segurança cometeram numerosos
homicídios de civis, inclusive crianças, durante o ano de 2001. A entidade
afirma ainda que as práticas generalizadas e sistemáticas de tortura e
maus-tratos prevalecem nas prisões.
43 – Correção da
tabela do IR
Com fome de leão, o
governo congelou por seis anos a tabela do Imposto de Renda. O congelamento
aumentou a base de arrecadação do imposto, pois com a inflação acumulada, mesmo
os que estavam isentos e não tiveram ganhos salariais, passaram a ser taxados.
FHC só corrigiu a tabela em 17,5% depois de muita pressão da opinião pública e
após aprovação de projeto pelo Congresso Nacional. Mesmo assim, após vetar o
projeto e editar uma Medida Provisória que incorporava parte do que fora
aprovado pelo Congresso, aproveitou a oportunidade e aumentou alíquotas de outros
tributos.
44 – Intervenção na
Previ
FHC aproveitou o
dia de estréia do Brasil na Copa do Mundo de 2002 para decretar intervenção na
Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, com patrimônio de
R$ 38 bilhões e participação em dezenas de empresas. Com este gesto, afastou
seis diretores, inclusive os três eleitos democraticamente pelos funcionários
do BB. O ato truculento ocorreu a pedido do banqueiro Daniel Dantas, dono do
Opportunitty. Dias antes da intervenção, FHC recebeu Dantas no Palácio
Alvorada. O banqueiro, que ameaçou divulgar dossiês comprometedores sobre o
processo de privatização, trava queda-de-braço com a Previ para continuar dando
as cartas na Brasil Telecom e outras empresas nas quais são sócios.
45 – Barbeiragens
do Banco Central
O Banco Central – e
não o crescimento de Lula nas pesquisas – tem sido o principal causador de
turbulências no mercado financeiro. Ao antecipar de setembro para junho o
ajuste nas regras dos fundos de investimento, que perderam R$ 2 bilhões, o BC
deixou o mercado em polvorosa. Outro fator de instabilidade foi a decisão de
rolar parte da dívida pública estimulando a venda de títulos LFTs de curto
prazo e a compra desses mesmos papéis de longo prazo. Isto fez subir de R$ 17,2
bilhões para R$ 30,4 bilhões a concentração de vencimentos da dívida nos
primeiros meses de 2003. O dólar e o risco Brasil dispararam. Combinado com os
especuladores e o comando da campanha de José Serra, Armínio Fraga não vacilou
em jogar a culpa no PT e nas eleições.
Fontes: Ministério da Fazenda, Banco Central e Portal da Transparência do Governo Federal
5 comentários:
Dispensa comentários...você fez barba, cabelo, bigode e bainha ou... não deixou pedra sobre pedra...ou passou o rodo. Um show de contundência, assertividade, criticidade e coerência. Grande Davis!!!
Marcos Lúcio
Governo FHC: pior que nuvem de gafanhotos em plantação.
Com este texto, a professora Nair dá aula até aposentar.
Monocórdido, ataca a figura errada.
FHC?
E duvido que alguém leu, tudo, do começo ao fim.
Anônimo
Precisa defender Dilma
Eu li, leio e lerei, não só este text, como os demais,pelo menos enquanto capacidade, talento, lucidez e assertividade forem a tônica do trabalho dele.
M.L.
Davis, excelente artigo. Texto completo e que coloca o FHC em seu devido lugar: o esquecimento e a insignificância. Esse tucano medíocre nem emprego criou para o povo brasileiro. Artigo pontual e mostra as realizações de Lula e o fracasso do tucano intelectual pequeno. Lê-lo é sempre uma questão de se informar e exemplo de coragem e comprometimento com a nossa nação. Já espalhei o seu texto pelas redes sociais que eu faço parte.
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