Demóstenes: falso moralismo |
Por Davis Sena Filho - Blog da Dilma
Notícias veiculadas e publicadas na imprensa comercial e privada dão conta que o senador Demóstenes Torres se tornou um “incômodo” para o DEM, segundo um dos seus caciques, o senador Agripino Maia. Todo mundo sabe que o DEM é o pior partido do mundo, pois herdeiro sanguíneo da extinta UDN, partido de DNA golpista e de direita.
Notícias veiculadas e publicadas na imprensa comercial e privada dão conta que o senador Demóstenes Torres se tornou um “incômodo” para o DEM, segundo um dos seus caciques, o senador Agripino Maia. Todo mundo sabe que o DEM é o pior partido do mundo, pois herdeiro sanguíneo da extinta UDN, partido de DNA golpista e de direita.
Sabe-se também, em todo o
Brasil, que o oposicionista conservador Demóstenes se mostrava como um dos guardiões dos
bons costumes, da moral e da ética. Seu discurso, moralista contra o Governo, sempre causou frisson em alguns colunistas e comentaristas da imprensa burguesa, ao tempo que muita desconfiança em parte da sociedade politizada, porque ela sabe que o
moralista muitas vezes não passa de um mau ator, sacripanta, falso e demagogo.
Contudo, a imprensa burguesa
brasileira que se considera, evidentemente, paladina da justiça e da moralidade
sempre considerou o senador Demóstenes um homem sério e de boas intenções e por isto e nada mais do
que isto o transformou, juntamente com o paranaense e também paladino
da moral e dos bons costumes, senador Álvaro Dias, em porta-voz da mídia
empresarial conservadora, e, logicamente, da oposição partidária “liderada”
pelo PSDB paulista, porque outro PSDB no Brasil não existe, não viceja.
Agora, tal qual o
ex-governador do DF que foi preso, José Roberto Arruda (DEM), o paladino Demóstenes
foi investigado pela Polícia Federal, denunciado à Procuradoria Geral da
República, cujo o procurador titular é o senhor Roberto Gurgel, que engavetou
as investigações, não deu publicidade à sociedade brasileira, porque trata a
coisa pública como privada e por isso, sem qualquer complexo de culpa,
recusa-se a dar satisfações de o porquê de ele segurar em suas gavetas as denúncias contra Demóstenes desde o ano de
2009.
Gurgel deveria ser chamado
às falas, ou seja, ser objeto de investigação por parte do Congresso Nacional,
bem como investigado pelos seus colegas promotores públicos, por meio da
corregedoria de sua classe profissional, além de ser questionado prontamente
pela OAB. Em vez de atuar na Procuradoria Geral de forma republicana, Gurgel
protege aliados, porque, de forma inconveniente e impertinente, este procurador resolveu, tal
qual os ministros do STF, Gilmar Mendes e Marco Aurélio de Mello, fazer
oposição ao Governo Federal.
Por se omitir e prevaricar,
o procurador geral da República está com uma bomba de efeito retardado nas
mãos. Ele tem de dar satisfação à sociedade, afinal o Gurgel é funcionário
público de grande importância e relevância para a estabilidade política e jurídica da Nação.
Se tal autoridade tiver culpa, terá de ser punida exemplarmente e com isso
aprender que o Brasil não é a casa da mãe Joana, conforme pensa a nossa elite financeira que aposta na confusão e na baixa estima da população para angariar vantagem. Quem pensa assim está muito
enganado.
O sistema democrático
brasileiro amadureceu, falta apenas as autoridades, as que cometem equívocos
imperdoáveis, serem punidas, afastadas de seus cargos e até mesmo, se for
provado que cometeram crimes e delitos, serem expulsas de suas corporações a
bem do serviço público. Pelo que se percebe das denúncias publicadas na
imprensa, Demóstenes se aliou a uma quadrilha e dessa forma obtia lucros e
dividendos financeiros e políticos.
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Gurgel: chamá-lo às falas |
O senador goiano paladino
das boas causas e intenções para imprensa de oposição, na verdade, conforme investigações
da PF, cometeu crimes, e graves. Para a PF, Demóstenes tem ligações com Carlos
Augusto Ramos, o contraventor Carlinhos Cachoeira, desde o ano de 2006. Relatórios
assinados pelo delegado Deuselino Valadares dos Santos, ex-chefe da Delegacia
de Repressão a Crimes Financeiros da PF em Goiânia, revelam que o senador que
se mostrava ao público como um homem repleto de virtudes e de moral
ilibadíssima tinha direito a 30% da arrecadação total do esquema de jogo
clandestino, que, de acordo com a polícia, atingiu quantia da ordem de R$ 170
milhões nos últimos seis anos.
Demóstenes Torres ainda peca
por outra questão que, aí, sim, torna-se, irremediavelmente, ainda mais moral. O político,
além de ser formado em Direito, é promotor do Ministério Público de Goiás, bem
como procurador geral do mesmo órgão. Além disso, pasmem caros leitores, o
senador do DEM goiano foi secretário de Segurança Pública entre os anos 1999 e
2002, no governo do tucano Marconi Perillo. Conclusão: Demóstenes jamais poderá
alegar que não conhece as leis.
Pelo contrário, por ser um
homem que estudou leis e ocupou cargos de confiança da sociedade (promotor,
secretário de Segurança e senador), o político, se comprovado seu envolvimento
com graves erros que maculam o que é público e republicano, sua punição deveria
servir de exemplo para que homens e mulheres que tratam da coisa pública não se
sintam atraídos pelo crime para “conquistar” ascensão social, prestígio
político e dinheiro.
O corrupto é, antes de tudo,
um mentiroso, e quando uma autoridade mente para obter vantagens para si ou
para o seu grupo, ela tem de ser, após investigações e devidas comprovações,
afastada do serviço público, pois não pode mais exercer função pertinente ao
Estado e ao governo. E o procurador Roberto Gurgel? Como foi, explicitamente, sua
conduta e sua ação nesse escândalo? Quando vão chamá-lo para depor e dar
satisfação, seja no âmbito da Corregedoria, do Congresso e da Justiça? Gurgel se recusou a dar entrevista à imprensa.
O Congresso, o Senado, o
Ministério Público e a OAB tem de ir fundo neste caso. Os partidos da base do
governo tem de lutar pela criação de uma CPI que investigue esses lamentáveis
fatos em que se envolveu o falso moralista Demóstenes Torres. Até agora não se
fez nada em relação ao livro “A privataria tucana”, de Amaury Ribeiro Júnior, que
se baseia em mais de uma centena de documentos e denuncia a influência e o
envolvimento de gente do governo do ex-presidente neoliberal FHC, que vendeu o
que não construiu e que não pertencia aos tucanos e, sim, ao povo brasileiro.
O que há com o governo
trabalhista da presidenta Dilma Rousseff, que não determina que suas lideranças
no Legislativo recolham assinaturas para efetivar a instalação da CPI da
Privataria e da CPI do Demóstenes, o falso moralista? Por que o Governo
trabalhista não reage e deixe de ser saco de pancadas da oposição de direita e da
imprensa golpista, comercial e privada? O senador Demóstenes e o procurador Gurgel, como diria, de forma
arrogante, o juiz e ministro de oposição do STF aos governos trabalhistas, Gilmar
Mendes, tem de ser chamados às falas. É isso aí.
3 comentários:
E onde entra o Policarpo?
O Policarpo, da Veja, a revista porcaria, entra nas gravações da PF quando os policiais gravaram o Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes. A Veja está quieta, em suspense, ainda estupefata, mas não se preocupe que a revista porcaria logo, logo vai reagir e começar a acusar terceiros, manipular os fatos e até mesmo mentir, coisa que ela já fez muitas vezes. Lembra-se do Diogo Mainardi? Quando o bicho pegou e ele deixou de ser réu primário, fugiu para a Itália e de lá fica a falar insanidades na Globo News, mas não pode ser detido. É por aí. É este o atual jornalismo da grande imprensa: o jornalismo de esgoto, e que se dane os leitores, ainda mais que a midia não é regulamentada apesar da Cosntituição.
DEVOLUÇÃO DOS INGRESSOS
Diante da péssima campanha do timinho no Brasileirão de 1998, a diretoria da H.V.A. descobriu um modo infalível de levar os sofredores ao Maracanã pra apoiar os mulambos. Aproveitou a partida contra a Portuguesa-SP e, achando a vitória garantida, prometeu devolver o dinheiro do ingresso caso seu timeco perdesse o jogo. Pois foi exatamente o que aconteceu. O Urubu tomou de 3 X 2 da Lusa e pagou o micaço de ter que devolver a grana da burro-negada. A sorte deles foi que, já prevendo o fiasco, fizeram uma promoção de arquibancadas a R$ 2,00 e cadeiras a R$ 3,00. Assim, a grana que eles viram voar embora foi menor. Grande mesmo foi esse mico histórico.
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