Por
Davis Sena Filho — Palavra Livre
"A casa caiu para Lula". (Juíza Diele
Zydec, militante antipetista ao comentar favoravelmente sobre a covardia e as
ações de política baixa e rasteira perpetradas pelo juiz Sérgio Moro ao
conduzir coercitivamente o ex-presidente Lula a uma sala de aeroporto em São
Paulo)
"Não vem ao caso". (Juiz Moro ao ser
questionado sobre o porquê de os políticos do PSDB não serem presos ou sequer
chamados a depor)
Primeiro vamos nos reportar ao juiz de primeira
instância Sérgio Moro, do PSDB do Paraná, mas especificamente sobre sua última
determinação despótica e arbitrária, à margem da lei, dentre muitas outras
ocorridas no decorrer desse processo draconiano e macartista chamado de Lava
Jato.
O chefe dos "Intocáveis" midiáticos, juiz
Sérgio Moro, da ditadura terceiro-mundista de Curitiba, tinha como estratégia e
objetivo fundamental receber o ex-presidente Lula humilhado e derrotado, bem
como esperava o PT sem força para respirar quanto mais para se mobilizar e
pretender levar dezenas de milhares de pessoas ao dia do depoimento de Lula,
ora marcado para amanhã, dia 10 de maio, na 13ª Vara Federal de Curitiba.
Moro percebeu que o tiro saiu pela culatra, porque
grande parte da população brasileira, assim como a sociedade organizada
compreenderam que a Lava Jato, a despeito de se combater a corrupção, o que é
louvável, é na verdade um instrumento de combate político, partidário e
ideológico, que atua e age no campo político da direita. A oligarquia
brasileira que mais uma vez em sua desditosa e sombria história conquista o
poder pela força, desta vez por meio de chicanas jurídicas e ações de
parlamentares conservadores.
Deputados e senadores que se elegeram por
intermédio da democracia e do Estado de Direito e se voltaram contra a
legalidade e a legitimidade para colocar na cadeira da Presidência da República
um traidor e golpista usurpador cujo nome é *mi-shell temer, chefe de um
governo corrupto, incompetente e desmoralizado, porque seus membros frequentam
as listas de delações da Lava Jato.
Uma bagunça só, mas desordem premeditada e
oportunista, pois a fim de vender o patrimônio do Brasil e retirar o povo e o
trabalhador do Orçamento da União e conceder recursos financeiros e materiais
aos ricos, aos grupos transnacionais e até mesmo a governos estrangeiros, que
compram o Pré-Sal por meio de suas estatais. Isto mesmo, países como a
Noruega compram o Pré-Sal da estatal Petrobras por intermédio de sua estatal
Statoil. Lá, os gringos fortalecem o patrimônio público deles.
E o Pedro Parente, presidente golpista da Petrobras
e tucano da pior qualidade administrativa, está solto quando deveria estar
preso. Porém, não se sabe de um único procurador do MPF a se sentir indignado e
a combater o desmonte criminoso do estado brasileiro. É assim que a banda toca
neste País atrasado onde o retrocesso é considerado avanço. Enquanto isso,
dedicam-se fanaticamente contra o PT e o Lula. E por quê? Porque o golpe de
direita e de caráter entreguista ainda não foi consolidado.
A primeira parte foi a deposição de Dilma Rousseff
e a segunda parte é o impedimento de Lula como candidato a presidente. Por isto
que temos juízas como a Diele Zydec, dentre muitos outros que no decorrer
desses últimos anos golpistas conspiraram contra o Governo Dilma e que agora
lutam para que Lula não seja presidente pela terceira vez. O Judiciário está no
golpe, como também seu parceiro e cúmplice de sedição: a imprensa meramente de
mercado dos magnatas bilionários de todas as mídias cruzadas e oligopolizadas.
Ponto.
O Parlamento desmoralizou-se, como estão a caminho
desse processo antropofágico e miseravelmente persecutório a Justiça e o
Ministério Público Federal (MPF). Instituições onde vicejam juízes como Sérgio
Moro e Diele Zydec, além de procuradores, a exemplo de Deltan Dallagnol e
Carlos Fernando dos Santos Lima, afrontam a Constituição, porque têm lado,
escolheram partido, são ideológicos à direita e fazem política baixa e
rasteira, que tem a finalidade de destruir o PT e consolidar o golpe das
bananas, mas violento.
O golpe para manter a direita no poder até o fim de
2018 e para isso é necessário criminalizar e demonizar o Lula por meio de
Lawfare (perseguição jurídica) e do jornalismo de guerra repercutidos pelo
baronato das mídias privadas e de concessão pública, há de se ressaltar. É
necessário destruir moralmente o maior político do Brasil de todos os tempos e
que cada vez mais se aproxima historicamente de Getúlio Vargas, o pai da
industrialização brasileira e o arquiteto dos direitos trabalhistas por
intermédio da CLT, que está a ser estuprada por deputados e senadores
irresponsáveis e miseravelmente patronais e entreguistas, já que golpistas e
desprovidos de quaisquer sentimentos de nacionalidade e noções de soberania
para o Brasil.
Lula no poder contraria, insofismavelmente, os
interesses do grande capital nacional e internacional. Além disso, é visível
que o Lula está a provar diariamente que jamais se aproveitou do poder para se
beneficiar ou favorecer grupos econômicos e pessoas terceiras, como comprovam,
inclusive, os delatores escolhidos a dedo pelos procuradores e juiz da Lava
Jato para depor e relatar sobre a conduta do ex-presidente e fundador do PT e
da CUT, o mais importante partido político e a mais poderosa central sindical
da história do Brasil.
Nenhum deles acusou o Lula, e os dois executivos,
Leo Pinheiro e Renato Duque, que o acusaram na semana passada, disseram
anteriormente e inúmeras vezes que não tinham informação alguma sobre a
influência do ex-mandatário em esquemas ilegais. De repente, não mais do que de
repente, os presos e já condenados há décadas de cadeia (Pinheiro, condenado a
mais de 30 anos de prisão; Duque, condenado a mais de 50 anos) resolveram
atender aos ansiosos procuradores e juiz da Lava Jato. Surreal! Os dois presos,
de forma precipitada e atabalhoada, resolveram falar contra o Lula, mas sem
apresentar quaisquer provas e em um momento que o líder petista teve adiado do
dia 3 para o dia 10 de maio seu depoimento.
A resumir: Moro e Dallagnol se concederam uma
semana a mais para tentar acusar o Lula de ladrão e, quiçá, prendê-lo durante a
oitiva, a despeito de não haver provas que comprovem os malfeitos alegados
contra o líder trabalhista que lidera todas as pesquisas eleitorais. Porém,
qualquer pessoa com um mínimo de lógica, discernimento, sensatez e noção de
justiça se perguntaria: "O Moro e o Dallagnol são autoridades preocupadas
com a verdade, a realidade e estão realmente a fim de fazer justiça?"
Evidentemente que não, afinal o papel da Lava Jato é político e ideológico e
quem é político e ideológico o é também partidário. Ponto.
A verdade é que o juiz Moro foi escolhido a dedo, e
este dedo começou a apontar para o Brasil em território norte-americano, bem
como tem suas ramificações aqui, em Terra Brasilis, que são conectadas às
corporações do MPF, da PF, de setores da Justiça e da Abin, que é ligada
diretamente ao Palácio do Planalto. Digo ainda que setores de inteligência das
Forças Armadas coadunam e participam dessa conjuntura político-institucional
inquietante e instável, que traz escuridão ao Brasil e que dividiu,
indelevelmente, a sociedade brasileira.
Outra fator que me chama a atenção é quanto aos
oficiais das Forças Armadas. Os oficiais brasileiros são pequenos burgueses e
sempre estiveram ao lado dos interesses da burguesia e da plutocracia, de
acordo com a história e das pessoas que a vivenciaram e a leram. Eles são ou
querem ser unhas e carnes de seus colegas de fardas yankees. Trata-se apenas de
um nacionalismo de bandeiras, hinos e marchas — o nacionalismo de aparências e
superficial, mas não se importam com a autonomia, a independência e a soberania
do Brasil, pois, do contrário, estariam a reclamar das privatizações de
lesa-pátria, antinacionais e do fim dos programas de inclusão social
perpetrados por um governo de corruptos e golpistas.
Um governo ilegítimo que, na verdade, sempre
recebeu o apoio da maioria do oficialato brasileiro da ativa e da reserva, como
demonstraram, inquestionavelmente, a postura dos militares oficiais nos
protestos de coxinhas nas ruas, além de suas opiniões, muitas delas de cunhos
fascistas, preconceituosos e sectários, por intermédio das redes sociais. Esta
é a verdade. Este é o fato, sendo que contra os fatos não há argumentos, porque
já aconteceram e se aconteceram não há como mudar ou modificar a história e as
realidades pretéritas. Simples assim.
O modo de vida dos militares é praticamente
socialista, pois amplamente e organicamente comunitário, mas a ideologia e seus
valores e princípios o são irremediavelmente pró-capital. Contraditório, mas
real. Muitos deles se dizem privatistas e capitalistas, mas não abrem mão da
estabilidade funcional e de suas garantias previdenciárias e trabalhistas,
porque militar que eu saiba não é patrão e muito menos proprietário de terras,
de empresas ou de bancos.
O militar é o capitalista sem capital e, como filho
de oficial que eu sou, nunca compreendi o porquê dessas pessoas serem tão
reacionárias e sectárias quando se trata de os políticos trabalhistas
efetivarem, no decorrer da história, políticas públicas e programas de inserção
social e distribuição de renda e riqueza. Para mim é o fim da picada e de uma
idiotice e despolitização completa.
Ou me engano? Se me engano, então assevero que os
militares são treinados e doutrinados desde os tempos de escolas para cadetes,
com raras exceções, a considerar como inimigos a esquerda, os movimentos
sociais, populares e de trabalhadores, bem como tudo aquilo que questione o
status quo — o establishment. O inimigo a ser derrotado, o inimigo interno, o
povo como inimigo, porque a classe média é aliada das classes dominantes, como
ficou mais uma vez comprovado na deposição de Dilma Rousseff.
Os militares são aliados da alta burguesia, porque
também de classe média e com os mesmos princípios e valores pequenos burgueses
dos civis conservadores que os admiram. Os militares defendem o sistema
político hegemônico do campo da direita, o capital e o modo de vida cristão,
judaico e ocidental, que sempre lutou para controlar as riquezas e as terras do
País, além de manter a ferro e fogo grande parte da população nos guetos, nos
morros e nas periferias, sem acesso aos serviços do Estado, porque o Estado
burguês não existe no Brasil para servir e atender a população e sim para
tratar dos negócios privados e patrimonialistas da burguesia, que deu um golpe
bananeiro em Dilma para exatamente tratar de seus negócios junto a seus sócios
internos e externos.
Só que fome e miséria, subdesenvolvimento e
violência, ignorância e falta de escolaridade não têm a menor graça, bem como
essas misérias e perversidades humanas de essências diabólicas não têm nada a
ver com ideologias e crenças. Tem a ver, com toda certeza e razão, com a "elite"
branca, dona da casa grande de alma escravocrata e espírito de porco, que há
mais de cinco séculos se recusa a pensar o Brasil para desenvolvê-lo e a
emancipar seu povo, de forma que ele experimente e passe a saber o que é
liberdade, esperança e livre arbítrio.
Eu considero o seguinte: militar deveria estar
sempre a favor dos trabalhadores e contrário a quem se insurge contra os
interesses e o desenvolvimento social e econômico do Brasil, a incluir neste
conjunto de interesses nacionais os programas estratégicos, como o arsenal
militar de defesa e de ataque, no que tange à ciência, à pesquisa e à
construção de equipamentos de guerra; no que concerne às questões espaciais,
como foguetes e satélites; no que é relativo à diplomacia independente do Brasil
em relação aos EUA e aos países europeus hegemônicos; no que se dispõe quanto
ao desenvolvimento da indústria naval e petrolífera; no que se refere à
proteção e valorização do mercado interno com oferta de empregos para os
trabalhadores brasileiros, além do apoio estatal às grandes empresas deste
País, que se tornaram multinacionais e que disputam o mercado externo, além de
atenção redobrada à infraestrutura exemplificada em portos, aeroportos,
ferrovias, rodovias, hidrovias, hidrelétricas, mobilidade humana e transportes.
Defender essas questões realmente sérias é ser
nacionalista e responsável com a Nação. Os militares têm de ter essa
compreensão, porque não basta apenas guardar as fronteiras, fazer segurança
presencial quando chamados a exemplo da Olimpíada, jurar a bandeira, bater
continência, marchar e cantar hinos. Não, não basta. Amar o Brasil e defender
seus interesses, além de respeitar o povo e os trabalhadores requer entender as
razões de ser brasileiro e, consequentemente, realizar-se tudo o que eu disse
acima sobre os militares e o que é de fato ser nacionalista.
Os oficiais das Forças Armadas têm de se politizar
e compreender quem são os verdadeiros inimigos internos, que ao meu modo de ver
são os membros da casa grande e seus capatazes de confiança, cujos
proprietários estão diretamente envolvidos com o golpe de estado de 2016. Quem
cala consente. Se políticos, juízes, procuradores e militares se calam quanto
aos interesses do Brasil e de seu povo que arquem com as consequências de
sermos um povo dominado e escravizado por estrangeiros e por uma burguesia
nacional fantoche, servil, subordinada e portadora de incomensurável complexo
de vira-lata.
Em apenas três anos, os golpistas de direita,
capitalistas entreguistas, servis e subalternos aos interesses dos Estados
Unidos e da grande burguesia brasileira estão a desmontar o Estado nacional, a
extinguir programas essenciais para o desenvolvimento da Nação e a vender o
Brasil em ofertas dignas de um feirão dominado por gângsters, que tomaram de
assalto o poder e que nunca e em hipótese alguma pensaram o Brasil para
desenvolvê-lo. A direita é um câncer porque não constrói nada, como
irredutivelmente comprova a história.
Para mim e para muita gente, os líderes históricos
trabalhistas são muito mais nacionalistas e comprometidos com a soberania do
Brasil do que qualquer militar, principalmente após o golpe de 1964, apesar de
eu reconhecer de ter havido militares realmente nacionalistas e compromissados
com o País, principalmente os de 1930 quando Getúlio chegou ao poder por meio
de uma revolução e não de um golpe, como quer fazer crer a imprensa de mercado
e os acadêmicos ligados às elites.
Você, leitor, não acredita? Então leia os programas
de governo de Getúlio, Jango, Brizola (candidato a presidente), Lula e Dilma.
Depois de lê-los, pesquise e observe o que os políticos trabalhistas e de
esquerda construíram em prol do desenvolvimento social e econômico do Brasil e
compare com o que realizaram os presidentes de direita e ligados às
oligarquias, à casa grande brasileira de índole e caráter escravocratas. Faça
isto. Compare. Depois pense e pondere...
A diferença é gritante ou imensa e por isto que geralmente
candidatos trabalhistas derrotam os candidatos de direita em eleições livres e
diretas para presidente da República. Por causa disto que o Brasil mais uma vez
em sua lamentável história é vítima de mais um golpe deplorável de terceiro
mundo, com a carranca e o focinho da burguesia e da pequena burguesia
brasileiras. Encerro por aqui e retomo o assunto Moro e Diele Zydek.
Esses juízes, dentre outros, pertencem a
corporações e órgãos que são partes inerentes e importantes do golpe de estado
de 2016, que aconteceu no Brasil e derrubou Dilma Rousseff, a presidente
constitucional, legitimada pelas urnas, que lhes concederam 54,5 milhões de
votos. O Brasil dos juízes, procuradores e delegados golpistas é a Banânia,
cuja capital para essa gente é Miami ou Orlando, de acordo com o juiz Catta
Preta.
Neste interregno, de apenas uma semana, Moro e seus
"intocáveis" do MPF, volto a lembrar, tentaram, em vão, fazer com que
dois executivos presos forjassem provas que servissem como balas de prata para
detonar o líder trabalhista, que há três anos sofre todo tipo de perseguição e
covardia, a relembrar perseguidos políticos do passado como Getúlio Vargas,
João Goulart, Juscelino Kubitschek e Leonel Brizola, todos eles políticos do
campo popular, que comeram um dobrado quando a direita escravocrata deste País
tomou o poder de assalto, como fazem os bandidos ou marginais nas ruas, nos
comércios e nas residências.
A questão fundamental e que ora está em jogo é que
o juiz Moro, que se reportou ao seu "eleitorado" pela internet e com
isso sedimentou ainda mais a desconfiança de que ele é partidário e está a
enfrentar o Lula como acusador e político adversário, não quer permitir que o
Lula grave seus depoimentos, o que é estabelecido como direito do cidadão por
intermédio do Código Civil. Moro rasga a Constituição, o Código Civil e o
Código Penal a seu bel-prazer, como se ele fosse um ditador, que determina como
deve proceder seu adversário e à margem da lei.
Além disso, o juiz de província afirmou que Lula
faz política, porque terá apoiadores em Curitiba, quando a verdade o
ex-presidente é um animal político que faz política há quase 50 anos e,
consequentemente, aonde ele estiver terá o apoio de correligionários e
simpatizantes. Ora bolas! Quem faz política é o Moro, e há muito tempo. Sem
dúvida. Disse a Frente Brasil de Juristas pela Democracia (FBJD):
"Intransigente na defesa do Estado Democrático de Direito e reiterando
preocupação com o resguardo do "justo processo" para todos e, em
especial, para o ex-presidente Lula, no âmbito da Operação Lava Jato, vem a público
ALERTAR sobre a necessidade de que a gravação do depoimento remarcado para o
dia 10/05 seja ampla de modo a proteger a defesa e não frustrar o propósito
legal de dar a conhecer a totalidade da dinâmica da audiência, formada por
acusação, defesa e juízo".
O que deseja o Moro? Que só seja permitida as
gravações da Lava Jato para que depois elas sejam vazadas criminosamente e a
conta gotas para a imprensa alienígena e aliada dos togados da Lava Jato? E
disse mais a FBJD: "O registro audiovisual dos atos processuais de forma
ampla, irrestrita, capaz de transmitir o momento da audiência na sua
totalidade, é garantia para ampla defesa e contraditório, com o fim de evitar
que as audiências sejam instrumento de abuso contra o próprio acusado em
posição vulnerável, maculando o rito processual e o sentido de justiça".
A Lava Jato se continuar a não perceber que o
engodo e a farsa contra o Lula terão de acabar, a única coisa que se verá é que
a Lava Jato, que levou a economia do País à bancarrota com a enorme ajuda do
golpista *temer, de sua corja e da rede Globo, subirá no telhado. Enquanto
isso, a juíza Diele Zydek, que pareceu estar a fim de cooperar com as
arbitrariedade do juiz Moro ao proibir manifestações pró-Lula na imediações da
13ª Vara Federal onde Lula irá depor amanhã.
O problema é que tais proibições como não gravar o
depoimento de Lula ou proibir manifestações são anticonstitucionais e
contrariam o que estabelece o Código Civil. Trata-se da ditadura do Judiciário
com o protagonismo também da imprensa de coronéis midiáticos, a exemplo dos
irmãos Marinho. Asseverou o professor e jurista Luiz Moreira: "Moro só
confirma que já não se pauta pela técnica jurídica. A própria existência da TV
Justiça confirma a legalidade do pedido de defesa [para gravar e filmar o
depoimento de Lula]". Moreira complementou: "Soa ridículo que um juiz
que divulga vídeos seus pelo Facebook e proíba alguém de gravar seu próprio
depoimento".
A verdade é que o Brasil no dia 10 de maio
conhecerá a verdade, não porque o Lula é o candidato do campo popular e de
esquerda, que lidera as pesquisas. Não, de forma alguma. O que importa e o que
está em jogo é a verdade sobre o Lula e a verdade sobre a Lava Jato de Moro e
Dallagnol, com os auspícios da PF do delegado Lendro Daiello, a cumplicidade do
STF, o apoio da PGR de Rodrigo Janot e a parceria com a máquina de moer
reputações e vidas exemplificada na Rede Globo.
Lula ter o direito de gravar seu depoimento e
torná-lo público permitirá que o povo brasileiro conheça e compreenda de fato o
que está a acontecer no Brasil. E o que está a acontecer? Respondo: o maior
linchamento moral e político da história do Brasil, a covardia mais infame
perpetrada pelo Judiciário e a imprensa comercial e privada e a consolidação do
golpe dentro do golpe, que seria o impedimento de Lula concorrer à Presidência
em 2018. A Lava Jato vai subir no telhado porque nada, mas nada mesmo derrota a
verdade. Lula vem aí! É isso aí.
Um comentário:
A melhor do dia:
"Na esperança de ser ajudado pelo juiz, Lula vai depor com a camisa do Flamengo."
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