Por Davis
Sena Filho — Palavra Livre
Em anos
anteriores, as Organizações(?) Globo demitiram, e muito. Aliás, essas
corporações midiáticas privadas, não somente às pertencentes aos Marinho e que
contratam “especialistas” de prateleiras para, desculpem-me o termo, “cagarem
regras”, gostam de dar lições sobre economia, administração e finanças aos
outros, principalmente se os governantes são presidentes trabalhistas e
efetivam projetos e programas com os quais os magnatas bilionários de todas as
mídias cruzadas, ou seja, donos de monopólios, não concordam politicamente e
ideologicamente.
Contudo,
suas casas são uma bagunça só, como compravam as demissões em massa acontecidas
recentemente na Editora Abril, que fechou várias revistas e demitiu centenas de
empregados, o Estadão, cuja empresa se encontra em regime falimentar e respira
por aparelhos, além da Folha de S. Paulo, que também demite, mas não traduz
suas defenestrações em forma de manchetes. Ces’t La Vie, como gostam de dizer
os franceses, sendo que os demitidos que se virem e tratem logo de lamber suas
feridas, porque a vida urge e comida tem de ser posta na mesa.
Por sua
vez, gostaria muito de ouvir, ler ver os “gênios” da economia, que nunca
administram nada e coisa alguma, a exemplo da Miriam Leitão, Carlos Alberto
Sardenberg, William Waack, George Vidor, dentre muitos outros, comentarem sobre
as demissões no O Globo. Afinal, em janeiro foram demitidos cem trabalhadores,
sendo que 30 eram jornalistas. Agora, em setembro, serão mais 400, conforme se
noticia pelos sites especializados na área de comunicação, além de vazamentos
de pessoas do próprio O Globo, que estão na lista de dispensas e não ficaram
nada satisfeitas.
Então,
sugiro que O Globo, juntamente com as outras empresas das organizações(?) da
família Marinho deem logo um golpe de estado e assumam rapidamente o controle
do BNDES, e, com efeito, determinem as políticas públicas do grande e
importante banco de fomento brasileiro, que empresta mais dinheiro do que o
Banco Mundial (Bird), sendo que seus empréstimos visam realizar
investimentos no Brasil e no exterior, enquanto os do Bird geralmente tem o
propósito meramente comercial e financeiro, que se baseia em ganhar juros
escorchantes, bem como impor determinações de cunho neoliberal, além de se
intrometer na administração pública, como o fazia terrivelmente e
desrespeitosamente o FMI. Que o digam, hoje, os países da Europa, que estão em
crise desde 2008.
Ficaria
muito satisfeito também se o colunista Merval Pereira comentasse sobre a
incompetência administrativa e financeira das empresas privadas de jornalismo e
comunicação. Seria muito bom para a categoria se o “imortal” fizesse algumas
críticas sobre as demissões de seus colegas, muitos deles apenas trabalhadores,
mas que, sem perceber suas condições de empregados no decorrer dos anos,
simplesmente e utilitariamente, pois evidentemente oportunistas, alinharam-se
ao pensamento único de seus patrões e chefes imediatos, que morrem de medo de
perderem seus empregos, e, por sua vez, capazes de fazerem quaisquer coisas
para não ficarem no olho do furacão ou serem alvos de demissões.
A
verdade é que nas redações da imprensa de negócios privados a lei da selva
impera e o que vale é o seguinte: “Se a farinha é pouca, meu pirão primeiro”.
Sei disso, porque trabalhei em algumas redações grandes na cidade de Brasília,
no fim da década de 1980 até a metade dos anos 1990. Meu estômago embrulhava e,
ainda na casa dos 30 anos, resolvi nunca mais ser empregado de patrões da
imprensa alienígena e de mercado.
Evidentemente,
conheci e considero que tem muita gente boa e honrada nas redações da imprensa
burguesa, que trabalha para se sustentar dignamente. Porém, as redações também
estão repletas de jornalistas anti-solidários, patronais, falsos, puxa-sacos,
egocêntricos, vaidosos, carreiristas e pseudointelectuais, que são capazes,
como dizia Leonel Brizola, de "pisarem nos pescoços das mães" para se
dar bem na carreira. Digo com pesar, mas o ambiente da maioria das redações da
imprensa comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?) é péssimo. Uma
verdadeira lástima...
Querem
um exemplo? Certa vez, há alguns anos, saí de Brasília para passar férias no
Rio. Encontrei-me com um jornalista amigo meu há mais de 30 anos e que
trabalhou no O Globo. Ele me contou que participou de uma reunião e que o chefe
de redação na época, aos berros, deu uma bronca monumental em um editor ou
subeditor.
De
acordo com o meu amigo, todo mundo ficou pasmo ou estupefato com tanta falta de
educação e respeito. Por sua vez, os profissionais presentes esperavam alguma
reação do jornalista destratado. Porém, a reação do ofendido foi esta: “Aí
fulano, obrigado pelo toque”. Resumo da ópera: “Aí não dá! É ser muito
pusilânime. Sem comentários”... Este é o clima das redações. Vade retro!
Dito
pelo não dito, humildemente sugiro ao leitor que leia o artigo abaixo, que, com
conhecimento, trata da alma e do espírito de certos jornalistas que povoam as
redações da imprensa dos magnatas bilionários e de seus empregados de confiança
— os que nunca são demitidos e que são mais realistas do que o rei.
Game
Over
Por
Marcelo Migliaccio, do Blog Rio Acima
A
demissão é um choque de realidade. Você passa centenas, milhares de manhãs,
tardes, noites e até madrugadas, enfurnado numa redação tensa e claustrofóbica.
Perde os melhores momentos da infância de seus filhos equilibrando-se sobre um
tapete que seus amigos virtuais puxam dissimuladamente, dando-lhe tapinhas nas
costas toda segunda-feira e perguntando como foi o fim de semana.
Não
importava pra você se o jornal em que você trabalhava apoiou dois golpes de
estado e só desistiu na última hora de liderar o terceiro porque ia pegar muito
mal. Sentindo-se parte daquela família, você relativizava toda a sacanagem. O
que queria mesmo era poder entrar num shopping sábado à tarde e posar de classe
dominante. Sim, você era o rei do supermercado, carteira cheia, empáfia,
carrinho abarrotado. “Venci”. Você pensava, com cuidado para o seu orgulho
besta não dar na vista.
Parecia
até que era dono de alguma coisa, além da sua força de trabalho. Sim, você
confundiu tudo: uma coisa é o patrão, o dono da parada, a outra é você, o
empregado, peça descartável como aquele faxineiro que coloca papel higiênico
nos banheiros da redação. A culpa não é sua, qualquer um ficaria inebriado.
Sei, seus textos são ótimos, nesses anos você fez isso e aquilo, entrevistou
grandes astros, ministros, até presidentes. Mas isso tudo e nada para o
manda-chuva é a mesma coisa. Seu belo currículo não resistiu à tesoura de um
tecnocrata e Prêmio Esso não tem valor em nenhuma padaria da cidade.
Você
ontem caiu das nuvens (bem, é melhor do que cair do segundo andar). Pelos seus
anos de dedicação e suor, recebeu um rotundo pontapé no traseiro. Agora,
ninguém vai mais convidar o "Fulano do Jornal Tal" para um almoço
grátis. Porque o convidado na verdade era o Jornal Tal e não o Fulano. Entradas
para teatro e cinema? Esqueça. Daqui em diante, ou você paga o ingresso ou fica
na calçada da infâmia.
Não,
amigo, você não é da classe dominante, mesmo que tenha defendido os ideais dos
seus patrões com unhas e dentes e a maior convicção do mundo. Suas ideias
neoliberais talvez não façam mais sentido a partir de hoje. Será preciso
encarar os vizinhos sem aquele poderoso crachá no peito. É hora de engolir o
orgulho. Tem um gosto meio amargo, mas você consegue.
É isso aí.
É isso aí.
18 comentários:
Davis, conta pros seus oito leitores que você hoje trabalha como assessor parlamentar de um vereador ficha-suja do Rio
O problema do vagabundo e mau caráter do Jorge Marinho Marcelo é que o articulista Davis Sena Filho escreve pra caramba, é culto, sábio e tem um currículo elogiá-velocidade, sendo que ainda novo cobriu a Constituinte, além de seus textos serem repercutidos e divulgados em inúmeros sites e blogs. Quem dúvida, basta pesquisar na Internet. Jorge Marinho Marcelo, V.T.C! se enxerga, lixo. Vá se doer na P.Q.P! Você é uma mera humana.
Corrigindo: currículo elogiável
Kkkkkkkkkkkkk o Jorge Marinho Marcelo sempre fala do emprego do Davis Sena Filho. É um cretino mesmo. Esse merda sempre tenta dar um sentido de ilegalidade ou como se o Davis cometesse malfeitos. Vá te danar, coxinha escroto. Sua estirpe é a de um bandido.
Davis, artigo formidável e que demonstra sua sensibilidade, coragem, consistência ideológica e coerência. É ótimo saber de seu passado como jornalista, porque temos oportunidade de saber como funciona os bastidores de uma redação e o que está em jogo. Adorei também o artigo do Marcelo Migliaccio, um aprendizado. Quanto ao Jorge Marcelo, que adicionou ao seu nome o sobrenome Marinho kkkk, quero dizer que esse reacionário coxinha é um pobre de espírito e um covarde. Parabéns a você e ao outro Marcelo, o Migliaccio.
Cala a boca, Madga!!
Como tu és burro, cara. Tu não aprende nada. Se tu te incômodas tanto, pare de ler o Sena. Leia o Merval e pare de encher o saco. Tu és um invejoso e indigno. Jorge Marcelo, te matas e livre a humanidade de tua burrice e maldade. Observação : Sena, te acompanho há tempos. Desde quando tu escrevia no Jornal do Brasil. Saudações Coloradas.
E por falar em Ditabranda, ops, folha, ela tornou-se um jornal cansativo e repetitivo.
O jornalismo declaratório que se transformou a Ditabranda, ops, folha, faz com que, por exemplo, as previsões da economia são sempre depreciativas e as previsões não se concretizam.
E quando a verdade contrária ao jornalismo declaratório surge nas estatísticas, aí a Ditabranda parte para expressões como "apesar de ", "surpreendentemente",...
São expressões para tentar justificar as previsões erradas e/ou intencionalmente falsas do seu jornalismo declaratório e de seus economistas de plantão.
Para quem apoiou a ditadura - dizendo que foi Ditabranda - ela só tem um caminho a seguir: o vil jornalismo declaratório.
Obs.: colocar barata viva na vagina de mulher para torturá-la, é realmente uma Ditabranda!?
"...os “gênios” da economia, que nunca administram nada e coisa alguma..."
São pessoas e/ou 'colonistas' que dizem qualquer coisa só para marcar presença - não há sentido no que falam/escrevem.
É preciso que as coisas ditas tenham sentido e respeito para quem as lê.
Palavra dita é palavra empenhada.
Não devemos menosprezar ou subestimar o outro, senão vai gerar discursos vazios de reconhecimento e totalmente um festival de besteiras, com verdadeiros disparates, bobagens e explicações vazias, verdadeiros 'colonistas'.
Nos dias de hoje, a comunicação tem extrema importância.
É preciso empenho para uma imprensa forte, livre e, principalmente, apartidária - pois a função da imprensa é só Informar.
As pessoas estão mais bem informadas.
Os colonistas devem pensar por elas mesmas e não achar o que os outros pensam!
Este tipo de atitude as tornam fracas e decepcionantes.
Miriam Leitão, Carlos Alberto Sardenberg, William Waack, George Vidor, e outros, nunca comentarão as demissões porque eles são jornalistas(?) que não sabem informar.
Esses colonistas são da antiga ideologia burguesa (que o PIG pratica) dizendo-nos o que devemos pensar, sentir, falar e fazer, sugerindo, com seus comentários, que nada sabemos e seu poder se realiza como intimidação social e cultural...
Esses colonistas demonstram uma falta de especialização e de arregaçar as mangas durante o cotidiano de uma sociedade e verdadeiramente realizar a verdadeira imprensa que é informar.
A liberdade de imprensa(?):
- murdoch (News Corporation), negociava os grampos com setores da polícia;
- roberto civita (grupo abril), negociou com o crime organizado (o cachoeira....)
Por que será que a imprensa(?) brasileira está demitindo?
Muito bom, Henrique. Abraço.
A burrice midiática da 'esgotosfera':
O jornalismo(?) é tão arcaico que 'chapa-branca' é um clichê que não se usa mais.
O Globo jamais chamou o blog da Veja, ou a própria Veja, que são notoriamente pró-tucanos, de chapa-brancas em relação ao governo de São Paulo.
Na verdade, com o 'aumento do poder'(?) da mídia, mais os padrinhos políticos que fornecem dinheiro público, de repente ficou muito conveniente para a imprensa corporativa alardear sua ideologia de que “jornalismo é oposição”.
Por quê isto não foi feito durante a ditadura?
Jornal o globo de 07/out/1984 – Julgamento da Revolução – Roberto Marinho
No primeiro parágrafo a besta do marinho diz: “ Parfticipamos da Revolução de 1964, identificados com anseios nacionais, de preservação das instituições democráticas…….”
No último parágrafo a besta escreve: “Adotar outros rumos ou retroceder para atender a meras conveniências de facções ou assegurar a manutenção de privilégios seria trair a Revolução ou seu ato final.”
E, até hoje, a rede sonegadora, ops, globo, usa uma concessão pública para ter o monpólio vitalício e a manutenção de seus privilégios.
Por que será, então, as demissões?
FORA DE PAUTA:
Reinaldo Azevedo
Companheiros e Companheiras do Blog
Li à pouco um artigo muito interessante (como sempre) no Blog da Cidadania do Eduardo Guimarães fazendo referência a "Um Suposto Petista" que rebateu à ameaças "veladas" de morte à Presidenta Dilma feiras e reiteradas por um Tucano, e que para varias não deram a mínima repercussão na imprensa.
Ocorre que o nefasto e nojento Reinaldo Azevedo, para é claro "neutralizar" o crime cometido pelo Tucano, apresentou "Um Suposto Petista", fazendo ameaças ao ex-candidato tucano, com o claro objetivo de "justificar" e ou amenizar o crime do tucano, já que petistas fazem a mesma coisa.
O curioso é que quem viu o vídeo (que só está disponível no canal do YouTube da Revista Veja, no link da coluna do Reinaldo não se acha em nenhum outro endereço (pelo menos até agora), tem a impressão de algo ensaiado. (falso mesmo) que é o padrão da Veja.
Como pode um "Suposto Petista" fazer um vídeo deste e só mandar uma cópia exatamente para a Veja e Reinaldo Azevedo????
É exatamente esta suspeita que o Blogueiro Eduardo Guimarães, conclui em seu artigo e acho interessante ser repercutido em outros blogs também para desmascarar esta Fascista do Reinaldo que julgo ser pior que o sujeitinho que está fazendo ameaças à figura da Presidenta Dilma.
Marco Antonio
marco.ao13@hotmail.com
Agora a casa cai, petralhada...
http://www.oantagonista.com/posts/a-vitoria-roubada
Vai acabar o pixuleco, vão ter que trabalhar, coisa que nunca gostaram de fazer na vida!
Resguardadas as devidas especificidades da profissão, acho que o texto abaixo manda um recado que vale para todos os "Jorge Marcelos" país a fora.
"Não, amigo, você não é da classe dominante, mesmo que tenha defendido os ideais dos seus patrões com unhas e dentes e a maior convicção do mundo. Suas ideias neoliberais talvez não façam mais sentido a partir de hoje. Será preciso encarar os vizinhos sem aquele poderoso crachá no peito. É hora de engolir o orgulho. Tem um gosto meio amargo, mas você consegue."
Você, "Unknown",,,certamente jamais gostou de trabalhar, pois, quem fala muito de quem é , diz muito do que é. Freud explica. És somente mais um tucanalha cínico, um tucazista hipócrita.VADE RETRO, "COISO"!!!
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