ESQUIZOFRENIA OU LOUCURA MESMO? |
No dia 7 de julho, o senador de Minas Gerais e do
PSDB, Aécio Neves, afirmou os seguintes “atos falhos” em entrevistas às rádios
Gaúcha e Itatiaia: 1) “Nós somos o principal partido de oposição ao Brasil”; 2)
“A convenção me reelegeu neste domingo presidente da República”; e 3) Nesse
momento de conspiração, qualquer conversa vira conversa pra derrubar
presidente”.
Agora vamos à pergunta que não quer calar: “Aécio
Neves é golpista ou não?” Resposta: “É”. E a reforço: “Irremediavelmente, o neto
do político legalista e antigolpista, Tancredo Neves, transformou-se em um
radical de direita, pois inconformado com a derrota eleitoral para Dilma
Rousseff, em 2014. Daqui a pouco, ele se transforma em um personagem pitoresco,
mas que deve ser levado a sério, principalmente pelas instituições republicanas
que dão sustentação ao Estado de Direito e à soberania do povo.
As frases pronunciadas por Aécio Neves denotam que
o tucano está a vivenciar um momento quase esquizofrênico no que tange ao seu
rancor e inconformismo por não estar sentado na cadeira da Presidência da
República. Ele realmente está disposto a derrubar uma presidenta legalmente
constituída, com 54,5 milhões de votos dados pelo povo brasileiro. Por causa
disso, o político mineiro se torna perigoso para a estabilidade democrática e,
apesar de seus afãs e descontroles emocionais, a verdade é que ele coloca em
prática o que fala, bem como foi capaz de se aventurar na Venezuela,
acompanhado de um bando de patetas e trapalhões, com o propósito de criar uma
crise internacional e, consequentemente, questionar a diplomacia do Governo
Dilma, além de provocar o mandatário venezuelano.
Para realizar seus desmandos e inconsequências
político-partidárias, tal playboy de Ipanema e Leblon tem o apoio de grande
parcela de parlamentares da oposição, da imprensa dos magnatas bilionários e,
pasmem(!), de setores direitistas do Ministério Público, da Polícia Federal e
do Judiciário, ou seja, servidores públicos que aproveitam seus cargos para
ilegalmente fazer oposição, e, inclusive, intervir politicamente,
inapropriadamente, nos programas do Governo, porque o propósito é impedir que
Dilma Rousseff governe e administre o País. Impedir que mandatários governem é
golpe, e, portanto, tais golpistas tem de ser denunciados e combatidos.
Porém, duas coisas me chamam a atenção em Aécio
Neves, o senador derrotado do PSDB à Presidência da República por Dilma
Rousseff, do PT: a primeira é que em sua agenda política o desenvolvimento do
Brasil inexiste; e a segunda é que ele, como todo homem de direita e que
defende os interesses das classes dominantes nunca pronuncia a palavra povo.
Aécio, a exemplo do senador paraibano e igualmente tucano, Cássio Cunha Lima, é
privatista, entreguista, defensor dos interesses da iniciativa privada, mas
viveu a vida inteira a ocupar cargos públicos e deles a tirar seu sustento e
prestígio perante o sistema de poder. É privatista, mas vive sob o guarda-chuva
do Estado.
O tucano evita pensar sobre o País para debater o
Brasil. Esta evidência deixa claro e transparente que o PSDB e a Casa Grande
não tem propostas de governo e projeto de País, porque quem não pensa e debate
realmente não tem o que oferecer ao povo brasileiro. Se não fosse Getúlio
Vargas e os trabalhistas que governaram posteriormente, essa gente burguesa e
provinciana estaria ainda no campo, a contar cabeças de gado, plantar alguma
coisa para exportar e mandar seus filhos estudar na Europa, para depois odiar o
Brasil, explorar seu povo e servir como testa de ferro dos interesses dos
países considerados desenvolvidos. A “elite” brasileira ainda não saiu da era
colonial — do ciclo da cana de açúcar.
Até hoje a burguesia brasileira e a pequena
burguesia (classe média) se recusam a pensar o Brasil, pois somente reclamam e
desprezam o País, mas tem como referência meia dúzia de países, muitos deles a
passar nitidamente por um processo de decadência, que essa gente medíocre e
portadora de um imenso complexo de vira-lata considera como suas cortes. Seria
até engraçado, se não fosse trágico e ridículo. Igualmente desta forma os
políticos conservadores procedem, porque são sujeitos que apenas defendem
interesses de grupos empresariais, que estão por trás de suas carreira.
É desta forma que também se comportou Aécio Neves
em 2014, no decorrer de sua campanha desrespeitosa e vocacionada para o acinte,
a agressão verbal, a manipulação e a distorção das realidades e dos fatos,
porque o objetivo era realmente não debater o Brasil, por falta de proposta e
projeto para o País mais importante da América Latina, que, segundo Barack
Obama, “é de expressão e força global”, a calar a boca da repórter da Globo
News, Sandra Coutinho. Aliás, se o Brasil não fosse poderoso, a direita
brasileira não estaria tão histérica e, com efeito, não se importaria tanto por
estar fora do poder há mais de 12 anos. Ponto.
Na coletiva à imprensa, maliciosamente e matreiramente,
a repórter de cabeça colonizada e com um indisfarçável complexo de vira-lata
quis colocar a presidenta Dilma em uma saia justa, prontamente rejeitada por
Obama, que disse à repórter, empregada dos Marinhos, que o Brasil tem
importância mundial e não apenas regional. O problema é que o mandatário
estadunidense talvez não saiba que tal jornalista é apenas uma ventríloqua do
pensamento retrógado, colonizado e reacionário da família Marinho, dona das
Organizações(?) Globo, uma das maiores e mais poderosas oligarquias midiáticas
do mundo, que há décadas atrasa o desenvolvimento do Brasil e prejudica seu
povo.
Passados nove meses das eleições, os tucanos do
PSDB (existem também tais aves no DEM e no PPS) continuam em sua desditosa
campanha pelo impeachment de Dilma Rousseff. Não há absurdo e desfaçatez maior.
Além do senador Aécio Neves, que anda furioso, ao tempo que inconformado com
sua derrota, agora a sociedade brasileira tem de aturar as estrepolias e
traquinagens do senador igualmente tucano, o paraibano Cássio Cunha Lima, que,
junto com o mineiro, tornou-se um incendiário da política brasileira, que não
mede consequências, porque também não tem compromisso com a democracia e com a
estabilidade institucional do País.
E não é que o senador paraibano se tornou um dos
principais porta-vozes do golpe? Logo ele, que tem um passado político nada
elogiável, bem como é filho do falecido governador, Ronaldo Cunha Lima, que
atirou com arma de fogo no ex-governador Tarcísio Burity, em um restaurante de
João Pessoa, cujo crime nunca foi punido pela Justiça.
Inacreditável é ver e ouvir de um homem, com tantos
esqueletos no armário, acusações infundadas e perversamente engendradas contra
a presidenta Dilma, porque o propósito é derrubá-la do poder por via judicial,
como ocorreu com o presidente do Paraguai, Fernando Lugo. A verdade é que o
Brasil é a sexta economia do mundo, possui uma democracia consolidada e não
cabem mais golpes de estado, porque políticos, filhinhos de papai da casa
grande, recusam-se a aceitar o resultado de uma eleição livre, soberana e
democrática por causa de seus sonhos, devaneios e caprichos.
Cássio Cunha Lima demonstra total falta de
discernimento, pois parece desconhecer sua própria realidade, bem como o
histórico político de sua vida, sendo que, em 2007, foi cassado pela Justiça
Eleitoral de seu Estado por abuso de poder econômico e político, bem como
destituído do cargo de governador da Paraíba por cometer tais ilegalidades. Em
2008, o TSE ratificou a decisão do TRE.
E não é que o senador paraibano se tornou, de
repente e por conveniência, o catão da mídia de mercado, ao tempo que o arauto
da moral, da ética e dos bons costumes, além de porta-voz do golpe? Surreais são
as acusações de Cássio Cunha Lima contra a presidenta Dilma Rousseff, cujo
governo foi o que mais prendeu os corruptos e ladrões do dinheiro público. Esta
realidade é fato, porque nos tempos de FHC — o Neoliberal I —, o
procurador-geral da República era chamado de engavetador-geral, inclusive pela
imprensa alienígena, que viceja no Brasil e que também se mostra inconformada
com a derrota de Aécio Neves. No tempo de FHC, rico não era preso. Fato.
Este é o catão da Paraíba, que aposta no
impeachment de uma presidenta eleita legalmente! Logo ele, que foi cassado por
ser acusado de ter distribuído 35 mil cheques a pessoas carentes, no decorrer
de sua campanha eleitoral de 2006, por intermédio do programa da Fundação Ação
Comunitária (FAC), braço assistencialista vinculado ao governo paraibano. Os
cheques, de acordo com as denúncias do Ministério Público, totalizaram a soma
milionária de R$ 4 milhões. Isto tudo em plena campanha...
O relator do processo no TSE, juiz Eros Grau,
negou o recurso a Cássia Cunha Lima, e disse: “Houve marcante descontrole na
distribuição de valores financeiros na proximidade do pleito”, para logo o magistrado
completar: “Há exemplos expressivos nos autos. Pagamento de plano de saúde,
festival de repentistas, que não configuram assistência à pessoa em carência
extrema”. Todos os demais ministros da Corte compartilharam com o voto do
relator Grau, o que, sobremaneira, confirma o dolo cometido na época pelo
governador paraibano para ser eleito.
Cássio é também acusado de nepotismo,
irregularidade que foi comprovada. Depois de conseguir eleger Romero Rodrigues
(PSDB) prefeito de Campina Grande, o arauto dos bons costumes empregou como
assessora especial de gabinete a sogra Iolanda Alves de Azevedo, bem como sua
namorada, Jacilene Azevedo, foi nomeada para um cargo na Câmara Municipal da
mesma cidade. O tucano também não esqueceu seu cunhado, Jackson Azevedo, e o
empregou como supervisor de Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Campina
Grande. Seu primo, Flávio da Cunha Lima, funcionário do Senado, também foi
agraciado, pois nomeado chefe de seu gabinete. Não importa se essas pessoas
ocupam ainda os cargos, mas foram beneficiadas por meio do nepotismo, que é
proibido pela legislação.
Então é assim, no Brasil: pessoas que guardam
esqueletos no armário saem da penumbra e deitam falação, com a finalidade de
judicializar a política e criminalizar autoridades legalmente constituídas e
que não incorreram em crimes de responsabilidades, a exemplo de Dilma Roussef e
de Lula. Se não fosse a parafernália midiática pertencente à casa grande, o
PSDB não passaria de um partido de tamanho médio, porque derrotado quatro vezes
consecutivas em eleições presidenciais, bem como, reitero, não tem projeto de
País e programas de governos, que visem à emancipação do povo brasileiro e à independência e soberania total do Brasil.
A verdade é que Aécio Neves e seus aliados, que
radicalizaram o discurso e suas ações políticas, perceberam que o tucano
mineiro só vai sentar na cadeira da Presidência da República se escolher o
caminho do golpe institucional, como ocorreu no Paraguai. Seria uma vergonha
para o povo brasileiro se tamanha desfaçatez e banditismo político acontecesse,
pois ilegal, porque rasga a Constituição e manda para o espaço a democracia
brasileira, que a duras penas está a se consolidar, após o Brasil ficar sob as
amarras de 21 anos de ditadura militar, apoiada por grandes empresários e
também por coxinhas paneleiros de classe média, que, ignorantes, não
compreendem o momento histórico vivido pelo Brasil, em busca de independência e
autonomia, de seu desenvolvimento e do acesso à igualdade de oportunidades.
Citei alguns equívocos do senhor Cássio Cunha, mas
Aécio Neves, em Minas Gerais, cometeu um número maior de graves erros políticos
e administrativos. Certamente que esses malfeitos são conhecidos e vicejam como
notícias na blogosfera progressista, até porque os grandes meios de
comunicação privados dos magnatas bilionários de todas as mídias cruzadas
censuram a si mesmos, bem como não permitem, de forma alguma, que notícias
contra seus aliados tucanos e a oposição em geral, inclusive setores reacionários
do MP, da Justiça e da PF, sejam veiculadas, publicadas e repercutidas.
Afinal, no Brasil quem somente comete crimes é o
lado do Governo Trabalhista. Aliás, todos os governos trabalhistas da história,
segundo os inquilinos da casa grande. A direita brasileira, herdeira da
escravidão e há cinco séculos dona dos bancos, das empresas e das terras, não
comete crimes, não efetiva golpes de estado e não luta para que o status quo
seja preservado indefinidamente. Não. De jeito nenhum. A verdade é a seguinte:
não vai ter golpe. Como também todos sabem que Aécio Neves e Cássio Cunha Lima
representam o desejo de golpe e o descompromisso com o Brasil. É isso aí.
4 comentários:
O senador que dirige bêbado é muito irracional – ele só sabe atacar os valores pessoais e o caráter de quem é seu oponente.
Ele não sabe rebater com argumentos o seu oponente.
Assim como todo o PSDB, ele não tem e não sabe nada de programa de governo para o Brasil.
O CUnha lima é cópia fiel do senador que dirige bêbado.
A ‘bagagem’ do senador que dirige bêbado:
- um dos senadores que mais falta às sessões;
- apresentou 9 projetos em 4 anos e apenas 1 foi aprovado;
- ele foge do bafômetro;
- em um amistoso do Brasil versus Argentina no Mineirão a torcida o presenteou com o seguinte côro: “Maradona vai se fo........, o Aécio cheira mais do que você”
Obs.: a mídia nãoi veiculou o episódio do Mineirão – estranho né!?
Falar o que do senador que dirige bebado?
E do Cunha lima? Que ele é ficha suja?
E do PSDB, que diz ser oposição?
Bom, eu não sei! Então vamos ‘brisar’ um pouquinho!
O PSDB é só ‘competência’, não é mesmo?
Qual competência que o aecio, o Cunha lima, enfim, o PSDB se enquadram?
Bom! Competência, na psicologia, e o que define as habilidades que um indivíduo possui:
- o aecio, ao ser entrevistado, diz para os cidadãos não beberem quando
forem dirigir, pois viola as leis de trânsito e põe em risco a vida das pessoas
e ele mesmo viola a lei – ou seja, sua habilidade é de um mentiroso/enganador
igualzinho ao PSDB/FHC/aecio/CUnha lima/serra/alckmin/etc…
E a competência social: o aécio e seu PSDB sempre foram contra movimentos sociais e o povo brasileiro, portanto não têm competência social nenhuma que é o principal de um homem público.
...
E é ‘senador’ da República uma “coisa” destas!
Para variar, você está brilhante e deixou o "Presidente golpista , playboy de certa idade rs e ainda farrista aecin" quase nu rs...para mim, nunca ele esteve vestido e jamais enganou-me.Sou mineiro de boa cepa rs. Compartilho, a seguir, para corroborar suas assertivas argumentações.
Nem FHC e nem tampouco o avô Tancredo. Quem faz a cabeça de Aécio Neves, hoje, é o ex-cantor Lobão.
Em sua cavalgada rumo ao pôr do sol do impechment, Aécio tem se comportado com a mesma desenvoltura do antigo roqueiro, adotando, inclusive e especialmente, seu estilo maníaco.
Desde a derrota na campanha presidencial, o ex-senador se destacou não pela originalidade ou contundência das opiniões, mas pelo golpismo tresloucado que lhe confere ares francamente napoleônicos (no sentido clínico).
Organizou uma viagem de fancaria à Venezuela com os colegas, uma farsa desde o primeiro momento com a suposta proibição da comitiva. Bateu boca com Renan Calheiros. Na semana passada, referiu-se a si próprio em entrevistas como “presidente da República” e declarou que o PSDB era o “maior partido de oposição ao Brasil”.
Como Lobão, ele se julga acima do bem e do mal, alguém que não deve desculpas jamais. A responsabilidade pelas bobagens é sempre exteriorizada.
Ambos se tornaram auto paródias. Lobão acha normal interpretar versões adulteradas porcamente das próprias canções em shows com meia casa, se tanto, para agradar gente que não está interessada em ouvir música. Sua turnê, diz ele, “é um sucesso”.
Os dois ficaram reféns de um público canalha. Falam para os revoltados on line e off line de sempre, que esperam deles um comportamento à altura — que eles entregam de bom grado.
“Golpista é esse governo”, diz Aécio. Lobão, por sua vez, afirma que “é um espanto” afirmar que ele faz um espetáculo “panfletário”. Antes, sua apresentação é “engraçada”. “Não falo o tempo todo sobre o PT, Dilma Rousseff e o caralho a quatro”, garante. É tudo fofoca. “Eu sou um artista e exijo respeito por parte da imprensa”.
Quanto mais eles falam, quanto mais eles aparecem falando, seja na TV ou na internet, mais fazem outros paranóicos parecerem razoáveis por comparação.
Há quem veja método nessa loucura. Método onde? Se Aécio fugiu de Lobão num protesto, o encontro das águas dos dois se deu agora esplendorosamente, numa mesma esfera mental.
Kiko Nogueira
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