domingo, 17 de março de 2013

S Ú P L I C A

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à Lilian
 Eu sigo sempre
teus passos.
Quando os perco,
Vejo-me em pesadelos,
Pois você é minha vida;
Você é todo um relevo.

Agora em meu pranto,
O ostracismo por não tê-la
Ao meu lado,
Eu procuro um gesto brando
Para me sentir amado.

No meu silêncio constante
Flutuo por pensamentos
De como é agonizante
Não tê-la neste momento.

Tenho saudade de tudo.
Do nosso mundo, agora distante.
Das horas que nos amamos.
Das horas tão aconchegantes.

E neste exato instante
Materializo sua imagem,
Que trago sempre comigo,
Por onde estou e vou,
Numa forma de viagem.

Meus sentimentos voltados para ti
Em corpo e espírito,
Fazem-me clamar por ti
Neste poema tão terno, tão lírico.

Ante a tua maneira de ser
e de me amar
Numa forma tão tocante,
Eu te invoco e me
torno um ser suplicante.

 Davis Sena Filho — 04/03/1981

2 comentários:

Marcos Lúcio disse...

Se entendi como o fim de uma paixão...transcrevo estas palavras que dão conta - mais objetivamente, e na minha desimportante conceituação -, das dores de amores...alguns loucos, outros nem tanto.Mas se se trata somente de auma ausência temporária...desconsidere, por desprosital.

"A paixão nos inclui automaticamente no Todo, numa sintonia direta com Deus. Mas, formando-se do nada, também se desfaz como veio estraçalhando-nos novamente em porções doloridas atiradas no vácuo".
Abraço,

Marcelo Migliaccio disse...

És um poeta!