A minha poesia cai
V
e
r
t
i
c
a
l
m
e
n
t
e
como uma torrente que inunda e alaga
C
a
i
espalhando-se delirantemente
no solo
na árvore
na vidraça
A minha poesia é uma
enxurrada
que
aos
poucos se torna uma
enchente
que apetece o coração da gente
e adocica
as lágrimas salgadas
A minha poesia é uma
vertente
de água
límpida e cristalizada
mata a minha sede
mata a tua sede
às vezes queima
como cachaça
A
minha
poesia realmente
é
dor
é
parto
é
o
sentimento divagando na estrada
É como uma estrela
cadente
que abrilhanta de repente
o
céu
dos
meus versos
P
r
o
p
a
g
a
d
o
s
em
D
i
á
s
p
o
r
a
A minha poesia
é...
quente
e
f o s f o r e s c e n t e
Davis Sena Filho
27/08/1984
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