Por Davis Sena Filho — Palavra Livre
"Atenção
generais Sérgio Etchegoyen e Antônio Hamilton Mourão: os marechais legalistas
Henrique Lott e Odílio Denis e os generais legalistas Dias Lopes e Pery
Bevilacqua mandaram a vossas excelências aquele abraço. Para não
esquecer..."
Não
é a primeira vez que os generais Sérgio Etchegoyen e Antônio Hamilton Mourão
dão declarações estapafúrdias, mas políticas, assim como de conotações
golpistas e até mesmo privatistas, porém, indubitavelmente, perigosas para um
País que está aceleradamente prestes a deixar de ser dono de seu parque
industrial privado e público, sendo que o pior desse processo irresponsável e
entreguista é que as empresas estatais brasileiras, inúmeras delas vinculadas
ao conhecimento tecnológico e científico, ficarão sob a posse de governos
estrangeiros e da iniciativa privada de capital internacional.
E
por que esta loucura perpetrada por moleques acontece? Porque simplesmente uma
quadrilha de ladrões e usurpadores tomou o poder de assalto e decidiu, com a
cumplicidade e a aquiescência do STF, da PGR, do Congresso e das Forças
Armadas, pelo o que se está a perceber, que o Brasil abre mão de suas empresas
estratégicas e de seu mercado interno para se tornar um País que retrocedeu à
Velha República, porque o Império, a despeito da terrível e desditosa
escravidão, não foi tão subordinado, servil, antinacionalista e antipopular
perante os países hegemônicos.
A
verdade é que os homens e as mulheres do desgoverno ilegítimo do pária e
traidor, *mi-shell temer, deveriam ir à cadeia, sendo que em alguns países mais
sérios do que a Banânia terceiro-mundista tais indivíduos da pior qualidade
seriam presos, demitidos para o bem do serviço público e, quiçá, fuzilados,
como ocorreu recentemente na Turquia do presidente eleito Tayyip Edorgan.
O
líder otomano demitiu e prendeu aos montes os sediciosos, ou seja, os juízes,
procuradores, delegados, oficiais militares, políticos e empresários, ou seja,
debelou o golpe promovido por pessoas vinculadas a interesses geopolíticos
dos Estados Unidos, do grande capital e das poucas potências da Europa
Ocidental e membros da OTAN, que, evidentemente, nunca aceitaram a autonomia e
a independência turca, principalmente no que diz respeito à Turquia ser a ponte
principal entre a Europa e a Ásia, desde os tempos imemoriais.
Porém,
aqui em terras tropicais, existe a Banânia; e ela é demograficamente ocupada
pela mais colonizada, inconsequente e irresponsável casa grande (ricos,
oligarquia, "elites", classe hegemônica ou o que o valha) que se tem
notícia no mundo ocidental. Realmente e verdadeiramente, o Brasil, que foi
severamente humilhado e diminuído por causa de um mais um golpe de estado, bem
como subjugado à condição de republiqueta bananeira e cucaracha, possui uma
elite política e econômica que odeia profundamente o País onde vive e aufere
seus gigantescos lucros.
Trata-se
de uma "elite" patrimonialista e privada, que tem e sempre teve
historicamente a apoiar seus interesses os servidores públicos de alto escalão,
tanto no Judiciário, no Executivo e no Legislativo, além das Forças Armadas e
das inúmeras corporações dos órgãos de segurança federais, estaduais e
municipais. Ponto.
E
por que eu estou a pensar e a escrever sobre tais questões brasileiras, se o
assunto são os dois generais do Exército que estão, imprudentemente e
ousadamente, a deitar falação, além de ser perceptível que ambos militares
estão a mostrar certa soberba quando se trata de se pronunciar sobre questões
que não são de suas alçadas e responsabilidades, quando se trata, por exemplo,
da venda perversa, subalterna e entreguista do patrimônio público nacional,
que, evidentemente, envolvem estratégias de soberania e independência do
Brasil.
Aqui
neste País de servidores públicos privatistas, até parece literatura fantástica,
piada, gozação ou deboche, mas é o fato real, autoridades de instituições e
corporações do Estado são favoráveis às privatizações e ao desmonte do Estado
nacional, que, obviamente, tornar-se-á, e rapidamente, em estado colonizado e
estruturalmente repartido e dividido pelos estrangeiros, como se fosse carcaça
devorada por hienas, chacais e abutres, a exemplo dos estados árabes e
africanos, de forma que a sociedade brasileira e o governo eleito fiquem
desprovidos de ter poder decisório e determinar a efetivação de projetos a serem realizados por
empresas estatais de relevância estratégica.
Além
disso, um País que não manda em suas riquezas e empresas públicas fica à mercê
da vontade dos interesses econômicos e geopolíticos de estrangeiros, inclusive
subordina-se no âmbito militar, assim como perde o controle do mercado interno
e o comando das ações de infraestrutura, como decidir, de forma autônoma, sobre
os investimentos em rodovias, portos, aeroportos, ferrovias, hidrelétricas e
construção civil em geral, além de definir os recursos para a saúde e a
educação públicas, sem que os interesses privados se sobreponham aos interesses
coletivos da Nação, como já acontece no governo do pulha e chefe de quadrilha
*mi-shell temer, de acordo com a PGR e a PF.
Portanto,
vamos ao que interessa: Será que os generais golpistas e privatistas gostariam
de ver as Forças Armadas privatizadas? Esta é a pergunta, a ser respondida por
eles e por muitos oficiais da ativa e da reserva, que apoiaram o golpe e foram
às ruas, juntamente com os coxinhas de classe média e amantes do pato amarelo,
o símbolo do golpismo nacional e da Fiesp, para que um governo ilegítimo de
vendilhões e corruptos tomasse conta do País, sem ter sido eleito pela maioria
do povo brasileiro. Seria uma boa, não é cara pálida, a privatização das Forças
Armadas?! O que você acha?
Afinal,
o general Etchegoyen, dublê de político e economista, disse: “A preocupação com
a soberania nacional é o começo do discurso que levou ao nosso déficit de
infraestrutura. As privatizações não ameaçam a soberania nacional, e abordar a
questão por esse ponto sempre acaba travando os projetos” — e completou o
'grande estrategista da grandeza de um estadista': "Se a cada iniciativa
nós formos acrescentando novos limites, não vamos conseguir recuperar nosso
déficit de infraestrutura”.
Nossa... Palmas! Não é o que merece o servidor público do
Exército, assalariado e pago pelo contribuinte? Não é o que merece o militar de
cabeça empresarial, neoliberal e vinculado a um governo fantoche e sabujo, além
ser totalmente pró-empresariado, a ter os banqueiros como seus principais
parceiros, assim como completamente descolado dos interesses da grande maioria
da população, o que denota, indelevelmente, não ter qualquer responsabilidade
com o País e seu povo trabalhador. Não é incrível ou inacreditável um general
assalariado e de classe média pensar assim?
Depois vai para a reserva, viver de uma aposentadoria
financeiramente mediana e a continuar a cuidar dos filhos e netos, que,
seguramente, necessitam, em um País duro de viver como este, da ajuda de seus
pais, o que não é nenhum demérito, porque cada um e cada qual com seus
problemas, pois sabedores onde o calo dói e o sapato aperta. O militar de alta
patente vai para a reserva e os golpistas civis vão continuar com suas vidas de
ricos e muito ricos, a contar a dinheirama conseguida em anos de política,
sempre usada como ferramenta para ganhos pessoais e privados. É isto o que
acontece. Não é mesmo, general Etchegoyen? Ponto.
Aonde esses generais aprendem a ter princípios e valores
indubitavelmente favoráveis a um capitalismo selvagem como o brasileiro, que
propiciou à Nação um processo de desigualdades tão violento e excludente? O que
ensinam a esses servidores fardados de verde oliva? Como pode o Brasil estar a
ser vendido por uma quadrilha de corruptos e ladrões, e os generais a se
preocupar em dar golpe de estado, que, para disfarçar as más intenções,
chamam-no de "intervenção constitucional militar". É tanto o cinismo,
que beira o escárnio.
Onde aprendem tamanha subordinação e amor profundo pelos
Estados Unidos, pois se trata de uma obsessão ter relações próximas e íntimas
com os militares estadunidenses, ao ponto de não se importarem que os milicos
gringos façam manobras cojuntas na região próxima à fronteira da Venezuela, um
país irmão, latino-americano, sul-americano e que tem muito mais identidade
cultural com o Brasil do que os Estados Unidos, que sempre trataram a
riquíssima, multirracial e multicultural América Latina como quintal do Tio
Sam.
A verdade é que a América Latina é fantástica e que se
tivesse governantes comprometidos há séculos com suas diversificadas
sociedades, certamente que o Brasil e todos os países de língua espanhola dessa
parte do mundo estariam em um patamar de bem-estar social avançado, pois nem o
frio gelado do hemisfério norte prejudica os povos do hemisfério sul.
O que esses generais aprenderam na Eceme, na ESG ou
aprenderam mais cedo, em escolas para jovens como a Aman, por exemplo? A grande
maioria dos oficiais brasileiros sempre optou, no passado e no presente, em
apoiar os interesses políticos e econômicos das classes dominantes e
hegemônicas. Trata-se de uma verdade e realidade históricas, como ocorreu em
1932, 1954, 1955, 1961 e 1964, quando oficiais generais apoiaram movimentos
golpistas e de carácteres elitistas, que fracassaram ou não. E sempre contra
presidentes trabalhistas e populares.
O alto oficialato, em sua maioria, sempre foi distante
dos interesses do povo e, com efeito, cruza os braços, inclusive, para a
entrega do patrimônio público brasileiro. O "nacionalismo" militar se
resume apenas a eventos cívicos e a guardar as fronteiras, sendo que
internamente o Brasil é severamente desnacionalizado, e não há um único militar
de cúpula das Forças Armadas para questionar tamanha patifaria contra os
interesses do Brasil. Não estou a falar de intervenção militar, pois é
preferível viver a combater esse desgoverno de bandidos do que ter de conviver
novamente com uma ditadura militar, que no Brasil durou longos e sofridos 21
anos. Só quem viu e tem consciência sabe o que é uma ditadura civil-militar.
Porém, o que impressiona é que os militares são servidores
de ofício e responsabilidade típicos de Estado, conforme reza a Constituição,
que, por causa de seu cargo e carreira, deveriam, sobretudo e obrigatoriamente,
pensar em soberania, independência e defender os programas estratégicos do
Brasil, do Estado brasileiro, independente dos governantes eleitos ou não, como
é o caso, ressalto novamente, do quadrilheiro mi-shell temer, de acordo com a
PF e a PGR.
Não basta, generais Etchegoyen e Mourão, serem "nacionalistas"
de marchar, participar de desfiles cívicos, bater continência às autoridades e
à bandeira, entrar em forma e cantar hinos e canções militares e civis
relativas ao País e ao Exército. Não basta... Ser nacionalista é lutar pela
soberania e a independência do Brasil, bem como defender os interesses
estratégicos do Estado nacional, além de ficar ao lado dos direitos e das
garantias do povo brasileiro e de seus trabalhadores.
Do contrário, o Exército e as outras Forças Armadas ficarão
eternamente na condição de guardas pretorianas dos ricos e dos muitos ricos, a
garanti-lhes opulência e bem viver financeiro, material e patrimonial. Só isto,
general, e isto é muito pouco para o grande povo brasileiro, que é
infinitamente maior do que a burguesia proprietária da casa grande, a qual
vossa excelência serve e não se envergonha, como não se envergonham os coxinhas
de classe média, que esconderam suas panelas e guardaram as camisetas
amareladas da CBF, mesmo a ver os roubos e arroubos do usurpador *mi-shell
temer.
Cinicamente os coxinhas não reconhecem o tamanho da
imbecilidade e idiotice que fizeram, porque não se fazem de rogados, a fingir
que não têm culpa de nada ou que estão moderadamente "arrependidos".
Cinismo e hipocrisia aplicados diretamente nas veias! Este é o Brasil do golpe
e do pós-golpe. Este é o Brasil onde se tira a fórceps os direitos e garantias
dos trabalhadores, dos estudantes e dos aposentados. Este é o Brasil que se
entrega as estatais e todo seu conhecimento estratégico, científico e
tecnológico.
Este é o Brasil da diplomacia da dependência, do tirar os
sapatos e arriar as calças do governo Fernando Henrique e agora de *mi-shell
temer, a abdicar de ser protagonista e estrategista de órgãos e fóruns
internacionais como os Brics, G-20, Mercosul, Unasul e ONU. Este é o
Brasil do golpe! O Brasil servil, subalterno, subserviente e colonizado, a se
resumir a uma republiqueta das bananas e satélite dos Estados Unidos. Este é o
Brasil portador de um inenarrável, indescritível e incomensurável complexo de
vira-lata. Este é o Brasil dos generais Mourão e Etchegoyen. E eles, pasmem,
são generais da terra brasileira!
Eles são a favor de golpe e o chefe do GSI já disse que é
privatista. Porém, comecemos pelos prédios, casas, vilas e clubes militares. Fechemos
quartéis, como estão a fazer com as agências do Banco do Brasil e da Caixa
Econômica, além de enfraquecer de morte o BNDES. Vende-se, por exemplo, os
prédios da Praia Vermelha no Rio de Janeiro, bem como, já está a acontecer,
sucateia-se o material bélico e o armamento das Forças Armadas e entregues aos
estrangeiros os projetos e programas nucleares, como as Usinas Angras e os
submarinos nucleares, bem como a Base de Alcântara e os satélites brasileiros,
além de outros projetos e programas militares importantíssimos para a soberania
e defesa da Nação.
Entregue-se tudo, mas não apenas o patrimônio da sociedade
civil brasileira, a exemplo da Petrobras, do Pré-Sal, da Eletrobras e dos Correios. Aí não!
Ou tudo ou nada! Afinal, se é para o general ser privatista, que seja de
verdade... Ponto. Continuo. Por que não vender as escolas do Exército, como os
Colégios Militares, a Preparatória de Cadetes e a Amam, dentre outras escolas
da Marinha e da Aeronáutica? Por que, não? Afinal o governo corrupto e golpista
do presidente pária, vulgo *mi-shell temer, tem a intenção de vender para
privatizar as universidades, os colégios federais e exigir que os estados devedores vendam
as universidades estaduais... Por que, não?
Este governo sem vergonha está a privatizar as companhias de
água e saneamento, a exemplo da rica e poderosa Cedae do Rio de Janeiro, e luta para vender partes do solo brasileiro para estrangeiros. Qual é o
problema, general Etchegoyen? Este País é de vocês e não do povo trabalhador,
não é mesmo? Decidiram derrubar uma presidente legalmente reeleita, por que
então não ferrar com tudo de uma vez e, com efeito, deixar os burgueses com o
sorriso largo e eternamente fixado na cara dos donos da casa grande, a quem
muitos generais do passado serviram e muitos generais de hoje servem, a exemplo
de vossa excelência.
Por que, não? O general é um militar que não tem preocupação
com a soberania nacional. Para ele, esse papo de soberania atrapalha a venda do
patrimônio público e prejudica as negociações com os estrangeiros, neste caso a
China, que vai meter a mão na Eletrobras e controlar os preços da energia
elétrica, em um País geograficamente imenso e populoso. É o seguinte: quando um
País vende suas posses, ele passa a ter um povo empregado de quem comprou.
Entendeu ou quer que eu desenhe? General Etchegoyen, o famoso jargão
"negócio da China" virou negociata do Brasil. E por quê. Porque quem
está a vender o Brasil é o governo ilegítimo, bastardo e pária do *mi-shell
temer. All right?!
Contudo, aqui é a Banânia, por culpa também de gente como o
chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Etchegoyen, homem
de confiança do golpista e traidor *mi-shell temer. Por culpa de gente como o
oficial, tanto em âmbito civil quanto militar, temos um País que eternamente
será uma gigantesca colônia desimportante em âmbito mundial e agora até em
termos regionais, porque o Brasil é tratado como uma Nação pária e refém de
golpes de Estado, como o 2016, pois travestido de legal e legítimo.
Somente os idiotas e os energúmenos anacrônicos acreditam
que o golpe bananeiro e de terceiro mundo foi para combater a corrupção e
melhorar a economia. Somente um pateta convicto e por vocação acreditaria nessa
farsa e fraude. E deu no que deu: o governo mais corrupto, traidor e
entreguista da história da República, o que, certamente, não edificará a
biografia do general Sérgio Etchegoyen, chefe militar de um desgoverno de
direita com vínculos carnais com a CIA, conforme comprovou sua agenda oficial de
9 de junho, que foi repercutida pela imprensa sediciosa e de mercado, que
indicava encontro do general do GSI com o chefe da CIA no Brasil, Duyane
Norman.
A trapalhada no que tange ao encontro foi enorme, digna de
comédia pastelão, porque a equipe do general divulgou a identidade secreta do
agente estadunidense, que protegia e preservava tanto sua identidade, que, se
bobear, nem ele próprio saberia dizer quem ele é. Agora, vamos a pergunta que
não quer calar: "O que conversou o general, que assumiu cargo de poder em
um governo golpista, com o chefe da agência de espionagem dos Estados Unidos?
Com a resposta, o próprio oficial general.
Entretanto, a entrevista do general neoliberal e privatista
é realmente um espanto, de fazer o pato amarelo da Fiesp ficar rouco, pois para
fazer o queixo de qualquer cidadão de inteligência mediana cair. E eu, humilde
escriba, faria algumas considerações ao militar, pois apenas oposicionistas ao
pensamento antinacional, antidemocrático e antipopular dos golpistas e usurpadores
que tomaram de assalto o poder central, com a seguinte pergunta ao
"gênio" da economia e ao "estadista" da política — o
general Sérgio Etchegoyen:
General, és um militar que sempre deu declarações ao
público, mesmo na ativa, o que é terminantemente proibido e por isto que
geralmente quem dá declarações ao público são oficiais da reserva. Porém, aqui
é o Brasil, território gigante, mas que jamais será uma Nação, porque aqui vale
tudo, inclusive dar golpes de estado bananeiro, porque o propósito é deixar 70%
ou 80% do povo brasileiro sem acesso a um estado de bem-estar social e
privilegiar as castas ricas da economia e as castas de servidores de poder e
mando do Estado nacional. "Então, general Etchegoyen, o senhor concorda
com a privatização das Forças Armadas?" Com a resposta, o próprio general
do GSI e seus colegas de farda, principalmente os oficiais.
Porque, pensemos: já que as privatizações de empresas
públicas e a paralisação de programas estratégicos, como o do submarino
nuclear, bem como a entrega do Pré-Sal não ameaçam a soberania nacional, então
para quê manter as Forças Armadas? Para quê termos oficiais, prepará-los,
treiná-los e gastar enormes recursos orçamentários se abrimos mão de nossa
soberania e independência? Então é melhor não termos Forças Armadas próprias e
entregarmos a nossa segurança aos EUA, como eles fazem na Europa com a Otan e
também no Japão e na Coreia do Sul.
Que sejamos, definitivamente, um protetorado gigantesco e de
tamanho continental pertencente aos Estados Unidos. A casa grande brasileira e
parte do generalato sempre gostaram de ter relações carnais com os
norte-americanos, como demonstra, inquestionavelmente, a história do Brasil e
de suas oligarquias colonizadas, provincianas, subalternas e que jamais
pensaram o Brasil, pois sem projeto de País. Fato! Simples assim.
A verdade é que o inimigo do Brasil e de seu povo não é o
povo e o estado estrangeiro. O inimigo feroz e algoz do Brasil é a burguesia
brasileira — a proprietária secular da casa grande e os coxinhas de classe
média seus aliados e empregados de suas empresas ou do Estado nacional.
Coxinhas igualmente privatistas e entreguistas, diga-se de passagem. A
burguesia deste País bananeiro odeia profundamente o Brasil. É visceral.
Realidade factual para a psiquiatria e a psicanálise pesquisar e estudar,
porque se trata de ódio abissal e complexo de vira-lata sem precedentes na
história da humanidade.
Para quê Forças Armadas se os estadunidenses estão
"sempre" dispostos a defender o Brasil de ameaças externas, afinal
nossas riquezas cooperam, e muito, para os EUA manter o bom padrão de vida de
seu povo, enquanto o brasileiro vende o almoço para poder jantar. Não é mesmo,
general Etchegoyen, afinal, como vossa excelência disse, as redes elétricas
ficarão no Brasil e não na China, apesar de os chineses passarem a mandar na
estatal de imensa importância estratégica, como o é a Eletrobras. Enfim, a
China passará a controlar a geração, a transmissão e a distribuição de energia
elétrica em todo o território nacional. Não é uma beleza, general privatista,
apesar de ser servidor público? Por sua vez, eu tenho a absoluta certeza de que
o general neoliberal jamais aceitaria privatizar as Forças Armadas. Aí não,
pois somente nos olhos dos outros pimenta é refresco.
Enquanto o general Etchegoyen dá seus palpites e opiniões
sobre privatizações, outro general, o Antônio Hamilton Mourão, está
a tratar de assuntos políticos como "intervenção militar", ou seja,
golpe militar, um tema que toca fundo a sociedade brasileira, que foi
subordinada e violada, muitas vezes inescrupulosamente, pela força do arbítrio
e da violência por parte do Estado, que teve apoio de empresários milionários
de inúmeros ramos de atividade, a exemplo do falecido Roberto Marinho, dono das
Organizações(?) Globo.
É inacreditável, apesar de muitos dizerem que a história se
repete como farsa, a verdade é que o general Mourão, o mesmo sobrenome do
general golpista de 1964, que saiu de Minas Gerais em direção ao Rio de
Janeiro, a deflagrar o golpe civil-militar, que derrubou o presidente legítimo,
constitucional e trabalhista João Goulart — o Jango —, que iria dar início às
reformas de base tão necessárias para o desenvolvimento do povo brasileiro.
E
não é que o general sedicioso e da ativa está a deitar falação, a se
insubordinar em público e a desobedecer deliberadamente as regras, as normas e
o regimento interno do Exército Brasileiro (EB). O militar de alta patente foi
à Maçonaria, uma entidade hiperconservadora e useira e vezeira em financiar e
promover golpes no Brasil e no mundo inteiro. Só falta agora tal general ir à
TFP, à Opus Dei e à Ku klux Klan, de forma que seus membros ouçam atentamente
seus desejos golpistas e, sejamos realistas, implementar outra ditadura
militar. É mole ou quer mais.
O
general Mourão e seu colega Etchegoyen são partículas de uma mesma peça ou corpo. São
militares de direita e que gostam de falar, independente de punições, pois o
primeiro foi punido no Governo Dilma e afastado da tropa, e o segundo foi
punido com poucos dias de prisão quando era capitão ao se insubordinar ao
defender seu pai, também general, que foi acusado oficialmente de ter
participado da repressão e ter trabalhado em órgãos e locais onde aconteceram
torturas e mortes contra os adversários da ditadura militar.
Mourão
afirmou, sem vacilar, que uma intervenção militar na Banânia é factível, afinal
este é um País realmente e verdadeiramente de terceiro mundo e cucaracha, que
eternamente será um satélite a serviço dos mandos e desmandos dos Estados
Unidos. Ponto. Mourão é chefe da Secretaria de Economia e Finanças do Exército,
um cargo burocrático. Mas, mesmo assim ele vai à Maçonaria falar de golpe.
Talvez porque o militar não saiba o que aconteceu de 1964 a 1985. Acho que é
isto. Será que tal oficial não percebe que o melhor para o País é legitimar as
urnas e o povo eleger um presidente legítimo e eleito?
Claro
que ele percebe. A ameaça de golpe de Mourão tem endereço certo: o Judiciário e
o Lula. O Judiciário é o sujeito visível e o Lula o sujeito oculto das palavras
toscas e insanas do general Mourão, que deveria cuidar de suas
responsabilidades dentro do EB ao invés de se meter em política, a não ser que
queira ser candidato. Então que se filie a um partido, de preferência de
extrema direita, e concorra às eleições de 2018.
Quando
o Mourão toma, imprudentemente, satisfação do Judiciário, para que o Poder da
República resolva logo as questões relativas aos políticos processados,
julgados e presos, o general, na verdade, está a sinalizar que a volta de Lula
como presidente não será aceita, mesmo se o Lula, hipoteticamente, não for
preso, porque a verdade é que nada, mas nada mesmo foi provado se o líder
trabalhista incorreu em crimes comuns e de responsabilidade.
Entretanto,
como já disse anteriormente, os generais e a direita em geral querem e desejam
um País para poucos e por este motivo, dentre outros motivos, como os bandidos
do Palácio Planalto escaparem da cadeia (não é mesmo, senador Romero Jucá?),
transformam o Brasil numa grande zona, em uma bagunça sem precedentes, porque a
crise brasileira teve hora para começar, mas não tem hora para terminar. Já são
quatro anos de crises políticas, econômicas e golpes.
O
povo brasileiro está irremediavelmente dividido e a fúria e a intolerância são
radicais dentro da sociedade brasileira. Só não vê quem não quer. Golpista dá
golpe e assume o poder, mas tem de pagar altíssimo preço e governar um País
ingovernável... E aí vem o general Mourão, de forma absurdamente simplória e
sem noção, querer resolver a grave crise política brasileira com canhões e
soldados. Realmente, o general deve ter saído da sala durante as aulas de
história, pois este servidor público pago pelo contribuinte ao que parece não
sabe de nada.
Mourão
rasgou solenemente os regulamentos, a disciplina do Exército. Afrontou a
Constituição, que já foi violada por juízes, procuradores e delegados. O
general deu um pontapé no Estado Democrático de Direito e ameaça o regime
democrático, que está a passar por grave crise com a tomada do poder
republicano por parte do quadrilhão do usurpador *mi-shell temer.
O
oficial general disse ainda, na direitista Maçonaria, que suas posições
conspiratórias e golpistas são as mesmas do comandante geral e do Alto Comando
do Exército. Este mesmo oficial se mostrou, em 2015, desobediente e
indisciplinado, quando foi retirado por seus superiores hierárquicos do Comando
Militar do Sul. O motivo de sua punição foi o mesmo motivo de agora:
conspiração e golpismo terceiro-mundista.
Agora,
eu pergunto: se houvesse outro golpe militar no Brasil, quais seriam as
propostas do general? Será que ele pensa o Brasil como a UDN e seus partidos
herdeiros jamais pensaram? Se for como a UDN, coitado do já coitado Brasil.
Qual seria seu programa de governo e projeto de País, general Mourão? As
demissões, as perseguições, os exílios, as prisões e as mortes? Porque ditadura
é ditadura e sem mais explicações e definições.
Porém,
o general que deveria ser severamente punido está à vontade, como pinto no
lixo. Pode fazer o que quer e como desejar, afinal quem manda no País é um
presidente traidor, golpista e considerado pária pela comunidade internacional
e ladrão pela PGR. O Governo se omite. O Ministério da Defesa do ministro
golpista Raul Jungmann se cala e tudo fica com dantes no quartel de Abrantes. É
o Brasil do golpe e da deposição de Dilma Rousseff. Uma bagunça só...
Em
retomada da democracia, os generais não pensam. Eleições diretas, nem pensar.
Afinal e evidentemente tais generais podem ser tudo, menos campeões de votos e
estadistas. A ameaça frontal do general Mourão contra o que resta de democracia
neste País é uma afronta e provocação barata e desrespeitosa. O general deveria
ser punido imediatamente. O processo democrático brasileiro foi rompido pelo
impeachment (golpe) mequetrefe travestido de legal e legítimo.
Por que, general Mourão, não protesta contra o fim dos programas de inclusão social, que está a permitir que a fome, a pobreza e a violência urbana e rural aumentem exponencialmente? É visível esta amarga realidade. Pois, se com os programas sociais este País é violento e individualista, imagine, general, sem os programas?! Será que os maçons de direita, pró-empresários e sectários têm sensibilidade para pelo menos perceber o desmonte criminoso do Estado nacional? Evidentemente que não, pois são privatistas e entreguistas, bem como sempre defenderam historicamente o lado do establishment. Não é mesmo, general? Ou o oficial, nesta altura do campeonato da vida, ainda tem dúvida?
O Brasil sabe o que é ditadura, general. Por que vossa
excelência, diante dos direitistas da Maçonaria, não aproveitou o ensejo para
defender a carteira de trabalho - a CLT dos trabalhadores? Por que não disse
que discorda veementemente da patifaria e malandragem contra os direitos
previdenciários dos brasileiros? Por que não se disse contra as privatizações
de lesa-pátria desse governo espúrio e fantoche frequentado por bandoleiros,
que estão na cadeia ou prestes a ir para a jaula? Por que não protesta contra o
sucateamento das Forças Armadas e do congelamento de programas de defesa e
segurança estratégicos para o Brasil?
Por que, general Mourão, não protesta contra o fim dos programas de inclusão social, que está a permitir que a fome, a pobreza e a violência urbana e rural aumentem exponencialmente? É visível esta amarga realidade. Pois, se com os programas sociais este País é violento e individualista, imagine, general, sem os programas?! Será que os maçons de direita, pró-empresários e sectários têm sensibilidade para pelo menos perceber o desmonte criminoso do Estado nacional? Evidentemente que não, pois são privatistas e entreguistas, bem como sempre defenderam historicamente o lado do establishment. Não é mesmo, general? Ou o oficial, nesta altura do campeonato da vida, ainda tem dúvida?
Por
que, general, servidores públicos como o senhor se alinham aos interesses da
burguesia nacional e dos estrangeiros contra o Brasil, se a verdade é que
os militares são assalariados de classe média e não fazem parte das
castas dos ricos e dos muito ricos? Responda general Mourão, e depois bata continência
para a bandeira brasileira. Generais Etchegoyen e
Mourão servem às privatizações de lesa-pátria e ao hipotético golpe militar. Só
democracia e eleições diretas e livres retomam a paz e o desenvolvimento do
Brasil. A crise tem nome, senhores generais: Golpe de 2016! É isso aí.
11 comentários:
Devem honrar a farda é proteger a nação da ganância dos estrangeiros.
Davis, lamento dizer, mas seus oito leitores te abandonaram.
Davis, análise perfeita e questionamentos precisos. Os militares, principalmente os oficiais de alta patente, sempre serviram à casa grande.
Há muito tempo eu não lia artigo tão interessante e que expõe as contradições da classe dos militares, que demonstram um nacionalismo cívico por tradição, mas historicamente se juntam aos segmentos mais conservadores da sociedade e raramente se opõe contra as privatizações de estatais, muitas delas estratégicas. Se calam e jamais se aliam aos interesses dos trabalhadores brasileiros, que são o próprio povo. Parabéns ao articulista pelo artigo corajoso, elucidativo e a favor do Brasil e de seus interesses.
Tanta baboseira destilada! Uma aula de prolixidade desnecessária.
Preliminarmete, queremos um Estado mínimo, mas competente e produtivo. E não um Estado máximo, repleto de empresas públicas amparando o empreguismo político e a intromissão corrupta de governos, como foi observado na gestão, primcipalmente, petista.
Onde o Estado tem se mostrado incompetente na execução de atividades, o caminho inteligente é transferir os serviços à iniciativa privada. O resto é retórica pra boi dormir de pseudonacionalistas de plantão.
Cambada de hipócritas petistas comunistas e salafrários, cujos governos ladravazes quase levaram o país à bancarrota. Vocês deveriam ter vergonha de ainda manifestar considerações acerca dos destinos do Brasil.
Nunca um governo planejou e executou um plano de corrupção na Petrobras - tão amplo de uso da estatal - como ocorreu durante os mandatos do presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff.
Quem examina a vida da petroleira pode atestar a impressionante semelhança entre o modus operandi do esquema de corrupção criado durante o governo do presidente Fernando Collor de Mello e o originário dos governos petistas. No início de 1990, era impossível imaginar Lula e Collor unidos. Hoje, ambos são investigados pela Lava-Jato e Lula já foi condenado a nove anos e meio de cadeia, estando na iminência de sofrer a segunda condenação.
Hoje, a Operação Lava-Jato desvendou praticamente todas as engrenagens de desvios que drenaram bilhões de reais da companhia durante anos. Além do assalto empreendido por meio da corrupção, a Petrobras foi espoliada pelo governo petista, que, em apenas quatro anos, sangrou seu caixa em US$ 45 bilhões ao impedir que a empresa reajustasse o preço de seus produtos.
Cambada de calhordas, liderada por LULADRÃO. Se aqui fosse um país sério, LULA já estaria recolhido em prisão perpétua, ou há muito tempo fuzilado. Por exemplo, na China o político ladrão é processado e se julgado culpado é condenado à morte. Na Islândia o acusado pede demissão. No Japão se suicida. Aqui no Brasil, Lula debocha do Judiciário, com o aplauso dos vagabundos petistas, alguns voltam para casa e outros voltam com tornozeleira eletrônica, com direito a mil regalias.
Ainda se perde tempo com interrogatório de LULA. Em outro país, pelas contundências das provas e depoimentos de seus próprios correligionários a exemplo de PALOCCI, que participava de sua intimidade corrupta, já era para LULA - enganador das camadas miseráveis e líder de petistas obscurantistas e empedernidos - estar preso, e o seu patrimônio, acumulado de fonte ilícita, confiscado em favor da União.
O GENERAL MOURÃO tem o apoio da esmagadora parcela de brasileiros, espoliada com alta carga tributária para alimentar políticos corruptos. Sem intervenção das Forças Armadas, no país, para erradicar a corja de políticos corruptos, fica muito difícil ter esperança de um Brasil moralizado.
Falo sem paixão partidária, pois nenhum dos paridos políticos existentes me representam. Veja, no Senado existe Romero Jucá, que há muito tempo se especializou no ofício de líder de qualquer governo (corrupto): PSDB, PT, PMDB... Na Câmara Federal, não poderia ser diferente, surgiu essa figura grotesca redonda, também especializada em defender corruptos: Carlos Marun, gaúcho esperto que foi fazer carreira política no Mato Grosso do Sul. Veja que vergonhoso! Integrante da tropa de choque de Temer, Marun é escolhido, em carta marcada, relator da CPI Mista da JBS.
Trata-se de elemento que se notabilizou em defender políticos corruptos: foi escudeiro de Eduardo Cunha. Assim, Marun, o arrogante fanfarrão, é eleito para trucidar Joesley Batista em benefício daquele que escondia a sua verdadeira identidade corrupta: Michel Temer.
Assim, sem intervenção militar para pôr a casa em ordem Lula, Dilma, Temer, Renan, Jucá, Collor, Jader, Gleisi, Lindbergh e outros indignos políticos nacionais continuarão a debochar do povo brasileiro.
Boa, Julio! Volte sempre neste espaço democrático, onde petralhas são diariamente trollados.
Paulo Blanc, presidente do sindicato dos oito leitores do Davis Sena Filho, estava sumido. Lulalá vai pra cadeia, heim, meu jovem?!
Júlio,é bonito ser imbecil e filhote de Mussolini. Pare de falar merda.Tome vergonha, golpista reaça. Você veio da guerra fria dos anos 1950. Pare de falar merda, mentiroso. Jorge Marcelo se emocionou com o mentiroso e golpista, e abanou seu rabinho de gorila safado.
Artigo brilhante, mas um da lavra deste grande brasileiro que é o jornalista Davis Sena Filho.
Os militares, principalmente os oficiais de alta patente, são uma casta de privilegiados cujo o nacionalismo se resume a fazer ordem unida e bater continência para a bandeira. Desde os tempos de Getúlio Vargas sempre estiveram historicamente ao lado das elites deste país destinado a ser uma republiqueta das oligarquias que roubam o Brasil e o entregam aos estrangeiros. Parabéns ao articulista nacionalista e de esquerda, que acompanho no Brasil 247 e desde os tempos do Jornal Brasil.
Esse tal de Júlio fala como se suas palavras fossem incontestáveis, definitivas, quase bíblicas. Te enxerga, pai d'égua, porque a quantidade de palavras de má-fé intelectual que você disse e aliadas à sua ideologia de direita faz com que qualquer um perceba que você é um coxinha entreguista, golpista e totalmente mentiroso, que finge gostar do Brasil. Vade retro!
O Davis está muito preocupado com o bobalhão do Julio e com o energúmeno por vocação Jorge Marcelo.
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