Por Davis Sena Filho — Palavra
Livre
O impeachment morreu! O ministro do
STF, Luiz Edson Fachin, suspendeu a criação da Comissão "Especial" do
Golpe Parlamentar, à frente do golpismo o cadáver político, deputado Eduardo
Cunha, com o apoio, irrestrito, do senador playboy, Aécio Neves e Cia, a ter
seu guru, Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I —, a tagarelar na imprensa
alienígena e a apagar a fogueira da crise política com gasolina. Para resumir,
o juiz Fachin acabou com a farra dos ratos.
Somente esqueceram de avisar aos
golpistas de direita, que vão entrar na história como moleques irresponsáveis,
independente do cargo que ocupam e a função que exercem, tanto no sistema
Judiciário quanto no Legislativo, bem como na imprensa mediocremente de mercado
dos magnatas bilionários, que odeiam o Brasil e desejam ver o povo brasileiro
cativo para sempre, porque longe de sua emancipação econômica e social.
O golpe morreu! Porém, principalmente,
esqueceram de avisar ao presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, que,
mesmo a se transformar em um cadáver político e moral, insiste na ousadia de
dar continuidade ao golpe, intenção esta que ele já anunciava ainda quando era apenas
um deputado da bancada do PMDB, mas que há anos se aliava à oposição liderada
pelo PSDB e o DEM, que vem a ser o pior partido do mundo, como já disse
anteriormente.
O pior do planeta por se tratar de uma
agremiação política que ainda se encontra nas fazendas de escravos dos senhores
de gado e engenho do século XIX. A resumir: violência, atraso e retrocesso.
Este é o DEM, o aliado do igualmente predador do Brasil, o PSDB, que, maus
perdedores de veias golpistas, lutam, incessantemente, há mais de um ano para
que a presidente Dilma Rousseff, eleita em outubro de 2014 pelo voto do povo,
seja derrubada por um golpe paraguaio ou seja lá o que for ou valha.
Somente no Brasil, e com a aquiescência
de uma classe média coxinha e de uma casa grande de caráteres predominantemente
e historicamente golpistas, que um político da estirpe do Cunha, envolvido com
inúmeras falcatruas, crimes e corrupções tem a liberdade de aceitar e dar
celeridade a um processo de impeachment contra uma mandatária que, não me canso
de repetir, não cometeu crimes comuns e de responsabilidade. Este é o cerne da
questão. Ponto.
A derrubada de uma presidente
constitucional e eleita legalmente por motivos torpes e sórdidos é um fato
gravíssimo e pode terminar com muita violência nas ruas e com rupturas
institucionais e constitucionais por se tratar de perfídia, que já teve
precedentes ainda mais trágicos para o povo brasileiro, como o golpe
civil-militar de 1964, que se transformou na ditadura mais longa e violenta da
história do Brasil, que durou 21 anos. E ainda, cinicamente e hipocritamente,
foi apelidada por seus apoiadores de "A Redentora".
A militância da mentira e do ódio não
vai vicejar no Brasil, porque as forças legalistas e progressistas não vão
permitir que tal militância ou milícia, totalmente descomprometida com a Nação,
a transforme, mais uma vez, em uma republiqueta das bananas, tal qual as almas
e os espíritos de golpistas do passado e do presente, que nunca respeitaram o
povo e sempre acondicionaram o Brasil em uma situação de País subdesenvolvido,
dependente, dominado e à mercê de roubalheiras e de piratarias praticadas por
países ricos e imperialistas.
Países e seus governos colonialistas,
que tem como aliada, fiel e inconteste, a burguesia e a pequena burguesia
brasileiras, subalternas, subservientes, portadoras de inenarráveis e
incomensuráveis complexos de vira-latas, pois, indelevelmente, inimigas
históricas do Brasil. Combater o golpe significa impedir que forças
"ocultas", digo as que estão ainda invisíveis, mas a apoiar os
golpistas de linha de frente, a exemplo do juiz e político de direita, Gilmar
Mendes, do deputado Eduardo Cunha, do senador Aécio Neves, do juiz e político
também de direita, Sérgio Moro, bem como em geral os aliados do PSDB, como os
magnatas bilionários de imprensa, além dos grandes capitães da indústria e do
mercado financeiro nacional e internacional.
Enfrentar essas forças reacionárias não
é brincadeira; não é fácil. Tem de ter disposição, porque as tentativas de se
concretizar o golpe são intermitentes. O golpista não cansa e não pára, porque
derrubar do poder uma mandatária que não incorreu em crimes de responsabilidade
se tornou uma obsessão, de forma que o PSDB e seus cúmplices e conspiradores
não apresentam soluções, programas de governo e projeto de País, porque
simplesmente a demotucanada não tem e nunca teve. Essa gente se recusa a pensar
o Brasil há 515 anos.
Contudo e apesar de tudo, a farra dos
ratos acabou pelas mãos e sensatez do magistrado Fachin, bem como não adianta
mais o vice-traidor-chorão, Michel Temer, afirmar que a comissão
"especial" do golpe parlamentar é legítima e foi efetivada em pleno
processo democrático, quando a verdade é que Temer, como constitucionalista que
é, sabe muito bem que Eduardo Cunha e seus adjuntos burlaram o regimento
interno da Câmara, golpearam as regras e normas para que a bancada governista
não tivesse maioria nesse colegiado.
Acabou a patuscada, a pândega, a
bagunça e a molecagem da oposição demotucana e de seus aliados de partidos
menores. O País é sério. Quem não quer ser séria é a oposição. Quem não são e
nunca foram sérias são as casas grandes deste País. Seus inquilinos de poses e
modos "aristocráticos" nunca se sujeitaram ao jogo democrático,
porque são politicamente antidemocráticos, apesar do discurso a favor da
democracia, que, todavia, contrapõe-se às rotinas de suas ações e realidades
históricas.
O STF, apesar de ter ministros com a
estatura menor de Gilmar Mendes, percebeu rapidamente que o impeachment estava
a vir a galope, a despeito de Eduardo Cunha ser brevemente denunciado pela
Procuradoria Geral da República, Rodrigo Janot, bem como a Comissão de Ética
prometeu analisar ainda hoje o relatório que pede a cassação do presidente da
Câmara.
Eduardo Cunha, Aécio Neves, Gilmar
Mendes, dentre muitos outros, mostram-se perigosos para a estabilidade
politico-institucional do País. Essas pessoas são perigosas, porque não são
políticos e servidores públicos compromissados com os interesses do Brasil. Já
deixaram isto claro a vida toda, pois é desta forma que a direita age, porque é
uma questão ideológica, de valores e princípios. A direita é entreguista, olha
para o povo de forma imperialista, como os países imperialistas olham para as
nossas "elites" subalternas e colonizadas em termos sociais,
políticos e econômicos. É o que acontece. É fato e realidade. Pode acreditar.
Considero inacreditável que o Brasil,
depois de quase 30 anos da redemocratização, além dos 33 anos das primeiras
eleições livres para governadores, em 1982, tenha de se submeter aos ditames e
caprichos de uma direita irresponsável que luta, de todas as formas e maneiras,
para conquistar o poder, mesmo ao preço de um golpe contra uma presidente
constitucional, eleita pelo povo, sem se preocupar, inclusive, com a economia
do País e com os empregos dos trabalhadores brasileiros. Os golpistas são
realmente irresponsáveis.
A verdade é que o PT, os movimentos
sociais e de trabalhadores e o sistema legalista, nos âmbitos privado e
público, tem de ir para cima dos golpistas. O Brasil não pode retroceder ao
ponto de voltar aos anos terríveis e sombrios de 1954 e 1964, quando o
estadista gaúcho, Getúlio Vargas, matou-se e adiou o golpe por dez anos, quando
o grande presidente e igualmente gaúcho, João Goulart, foi derrubado por uma
quartelada apoiada por grandes empresários, com o apoio logístico e financeiro
dos Estados Unidos — a terra do Tio Sam, aquele que bombardeia países para
invadi-los e depois roubar suas riquezas. O ministro Fachin acabou com a farra
dos ratos. O golpe morreu! É isso aí.
8 comentários:
Carta-resposta de Dilma Rousseff a Michel Temer:
Sr. Temer,
Por trás da figura de uma presidanta existe a figura oculta de um vice que é um homo sapiens apunhalando uma mulher sapiens.
Também tenho para com vossa pessoa muita desconfiança e desprestígio. Não vi o senhor ir a público saudar uma das maiores conquistas do Brasil: a mandioca!
Entendo também que vossa excelência sinta rancor pois, ao contrário de mim, evidenciou total incapacidade para estocar vento.
Encerro dizendo que as relações entre os nossos partidos não serão estremecidas, uma vez que temos um projeto para o Brasil. Ao contrário, quero propor deixarmos o grau de confiança em aberto e quando atingirmos este grau, vamos dobrar o grau de confiança.
Assinado Dilma Rousseff - Presidente da República Lulista da América do Sul.
Em Brasília, 19 horas.
Jorge Marcelo, mais um texto de sua verve irretocável, que merece ser difundido e divulgado nas redes sociais. Sem dúvida o sr é o melhor cronista do Brasil.
perereca
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
A falação de merda desse cara coxinha é inesgotável.
O coxinha é o leitor mais presente e fiel do grande jornalista e pensador Davis Sena Filho.
O Pensador Davis Sena Filho bem que poderia fazer um dueto com o Gabriel Pensador.
"2 3 4 5 6 7 8 tá hora de molhar o biscoito"
Jorge Marcelo, você é apenas um coxinha reaça e burro. Ou você é o pensador e o Davis é seu leitor? Se enxerga, pateta! Kkkkkkkkkkkkkkk
Eu leio o articulista Davis Sena Filho há anos. Obviamente que percebi que este nobre jornalista e cidadão é sábio, culto e inteligente. Basta lê-lo. O leitor pode discordar de seu pensamento e posições políticas e ideológicas, mas, sobretudo, não é possível que não perceba que Davis Sena Filho é talentoso, corajoso, humanista e sábio. O que sobra contra ele é a inveja, a burrice, o reacionarismo e o analfabetismo politico, como esse coxinha Jorge Marcelo. Mesmo assim, o pequeno brucutu de direita é o leitor mais fiel de Davis Sena Filho.
Obrigado pelos elogios, Beatriz. Minha recíproca sobre a sua pessoa é verdadeira. Quero ver a cara de vocês no dia em que esse partido de M... sair do governo, e o Davis Sena Filho virar blogueiro de uma outra legenda...ahahahah
Por nada, coxinha. O articulista não deve conseguir dormir por causa de suas inteligentissimas opiniões.
Postar um comentário