quinta-feira, 12 de novembro de 2015

#Merval (Globo) pede penico — Zelotes, HSBC e Receita vem aí...

Por Davis Sena Filho — Palavra Livre


Ao ler a coluna de Merval Pereira, no O Globo, percebe-se, nitidamente e claramente, que não se trata apenas de um juízo de valor do próprio jornalista, mas, sobretudo, da opinião de seu patrão, João Roberto Marinho, membro de uma das famílias mais ricas do Brasil e um dos donos de oligopólio midiático sem precedentes no mundo, pois, além de controlar a informação no Brasil, bem como pautar a vida da sociedade brasileira, as Organizações(?) Globo se transformaram em um poderoso partido político, que combate, sem trégua, os partidos e os governantes que, porventura, não seguem suas cartilhas de interesses econômicos e políticos.

Toda pessoa que conhece um pouco de história do Brasil sabe dos procedimentos "globais" de enfrentamento político, principalmente no que concerne a combater os políticos trabalhistas eleitos pelo povo brasileiro, a exemplo de Dilma, Lula, Brizola e Jango, com destaque para Getúlio, porque este estadista liderou a Revolução de 1930, um verdadeiro movimento revolucionário que deu fim à Política do Café com Leite, o que evidenciou, definitivamente, o fim da escravidão, bem como se deu início à revolução industrial brasileira, a alavancar a entrada do Brasil na era moderna.

São exatamente esses processos desenvolvimentistas que o grupo empresarial, do qual Merval Pereira é um de seus porta-vozes, sempre combateu. Não interessa à família Marinho a independência econômica e militar do Brasil, bem como a plena emancipação do povo brasileiro, que historicamente é impedido de ter acesso ao ensino escolar de boa qualidade, além de lutar, incessantemente, para melhorar sua condição de vida em todos sentidos.

Quero ressaltar e lembrar aos navegantes que existem milhões de brasileiros que não tem ainda acesso ao esgotamento sanitário e à água potável. E, evidentemente, que a maior parcela de responsabilidade é de direito e dever dos municípios e dos estados, cujos políticos, sem generalizar porque não seria justo, teimam em protelar o direito sagrado de as pessoas beberem água limpa e poderem usar o vaso sanitário, e, com efeito, libertarem-se das humilhações e, principalmente, das doenças, que causam sofrimento e podem levar o enfermo à morte.   Ponto.

Contudo, Merval Pereira baixou a poeira em nome da família Marinho, especialmente o de João Roberto, um dos irmãos do trio de empresários que luta para realizar o desejo de governar o Brasil, a valer suas agendas, que, obviamente, não são as mesmas do PT, de seus eleitores e de suas lideranças, que pensam e procedem de maneira diferente no que tange à administração do Estado, às empresas públicas, às questões econômicas e diplomáticas, além dos programas e projetos efetivados pelos governos trabalhistas de Lula e Dilma, no decorrer de 13 anos.

A verdade é que Merval Pereira, em nome dos Marinho, pediu penico, afinal sabe-se que mesmo um grupo empresarial poderoso tem seus limites, ainda mais quando quem está no poder não faz parte do seu círculo social, de amizades e, principalmente, de influência. Realmente a família Marinho, na pessoa de João Roberto e por intermédio da coluna concedida pelos patrões ao Merval, resolveu ponderar e pedir moderação aos golpistas.

Por sua vez, torna-se imperioso lembrar que as mídias dos Marinho sempre apoiaram e cantaram loas e boas aos políticos do triunvirato de direita de caráter golpista (PSDB, DEM, PPS) que há mais de um ano, inacreditavelmente e irresponsavelmente, estão a lutar pela efetivação de um golpe à moda paraguaia, porque, simplesmente, são representantes de uma oligarquia antidemocrática, de essência elitista e preconceituosa, que se recusam a aceitar o resultado das eleições presidenciais de 2014 vencidas pelo Partido Trabalhadores de Dilma Rousseff e Lula.   

Entretanto, Merval Pereira (leia-se João Roberto Marinho) escreveu texto de aviso ao PSDB que, na verdade, é um editorial, apesar de assinado pelo escriba de direita. A família Marinho sabe que o momento da oposição ao Governo, a incluir o grupo Globo, não é dos melhores. O jornal O Globo e a revista Época estão a ser processados por causa das leviandades e covardias perpetradas contra o ex-presidente Lula e seu filho, Luís Fábio — o Lulinha. Além disso, outros processos irão às barras da Justiça contra tais Organizações(?).

Trata-se do caminho tortuoso e cheio de labirintos daqueles que incorrem, de forma sistemática, em leviandades, para, propositalmente, transformar o jornalismo em uma tribuna de oposição à mandatária eleita, a espezinhá-la e desrespeitá-la de todas as formas e maneiras, pois a finalidade é impedi-la de governar, bem como colocá-la contra a parede, no sentido de acuá-la e, com efeito, enfraquecer seu governo ao paralisá-lo.

Esse processo político e jurídico é sujo, porque se traduz em ações políticas baixas, a repercuti-las como se fossem democráticas e republicanas a imprensa dos magnatas bilionários e patrões do Merval Pereira, com o objetivo de dar-lhes uma conotação de legalidade, o que causa confusão à parcela importante da população, que, de alma conservadora e reacionária, torna-se ainda mais violenta, preconceituosa e intolerante, como acontece, agora, nas ruas, nos lares e nas redes sociais.

Trata-se de atos e ações tão descabíveis e desinteligentes que se chegou ao ponto de autoridades e ex-autoridades do Governo Federal, ou que simplesmente pertençam aos quadros do PT, como o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, serem ofendidas e desrespeitadas por coxinhas de classe média, estupidamente despolitizados, ferozes e histéricos, que insistem em impor suas "verdades" àqueles que não coadunam com seus pensamentos, ideias e propósitos. O nome para este tipo de procedimento atende pela alcunha de fascismo. Na veia!

Mas, agora, o discurso é outro. O PSDB, conveniente e obediente, atendeu aos puxões de orelhas de Merval. Primeiro rifou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que se tornou um aliado inconveniente, porque, acusado de corrupção e com contas não declaradas na Suíça, transformou-se em um cadáver político, que esqueceu de se "enterrar". Depois o PSDB votou contra o Fator Previdenciário, uma criação dos próprios tucanos, o que realmente é um absurdo, mas ratifica que o ódio é o combustível dos tolos e dos imprudentes. Além do mais, os tucanos resolveram ser contra a CPMF e a reeleição presidencial. Só que também esses dois assuntos foram também ideias aprovadas, no passado, pelos políticos do PSDB. Eles são coerentes, não são? Ou são irresponsáveis?

Depois disso tudo, e não satisfeitos ainda com suas incongruências e contradições movidas por oportunismos estratégicos, conveniências partidárias e ódios políticos, o PSDB pensou em sabotar ainda mais o Governo Dilma, quando pensaram em votar contra a aprovação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), instrumento fundamental que vai permitir ao Governo ter margem de manobra, no que diz respeito ao Orçamento. Logo depois, os tucanos anunciaram que vão votar a favor. Será que foi o artigo do Merval que demoveu o PSDB de ser contra a DRU? Ou é mera coincidência...

Essa ferramenta, a DRU, foi criada pelo PSDB, uma forma de contornar a rigidez das verbas vinculadas. Similar a este processo são os casos das pedaladas, que os governos, em qualquer esfera de poder, realizam em favor de cobrir um setor, que naquele momento se encontrava sem verbas ou com elas aquém do que é necessário, a criar com isto dificuldades administrativas, bem como colocar em perigo projetos e programas importantes, no caso, para o povo brasileiro.

Se não fosse assim, todos os mandatários seriam derrubados ou apeados do poder, inclusive os presidentes dos Estados Unidos, o país amado pelos coxinhas de classe média e também pela casa grande brasileira. Trata-se de política de baixo nível efetivada, sobretudo, pela imprensa mercantil de Merval Pereira e seus patrões bilionários que, na verdade, recuaram em seus afãs golpistas porque compreendem muito bem o momento político, de embates e conflitos, que radicalizou a política brasileira. Os Marinho e seus empregados de confiança, a exemplo do Merval, sabem dos processos das Organizações(?) Globo que correm na Receita, bem como, aí, sim, não sabem como podem terminar os escândalos HSBC e Zelotes.

Afinal, as famílias oligarcas de todas as mídias cruzadas e controladoras de poderosos monopólios também tem seus pontos fracos, que geralmente envolvem muito dinheiro, questões fiscais, tráfico de influência, remessas de lucros e contas no exterior. Fragilidades que não acometem somente os coronéis midiáticos e da imprensa alienígena, mas também a grande maioria do empresariado brasileiro de diferentes negócios e segmentos da economia.

Trata-se de um salseiro de tiros, e salve-se quem puder! Neste momento, a família Marinho tem o interesse estratégico de apaziguar os ânimos, diminuir o tiroteio e umedecer a pólvora. Como se dissesse: "Governo, não quero mais dar golpe de estado à moda paraguaia e midiática (por enquanto), não porque eu fiquei democrática, boazinha e sensata, mas porque eu não sei como vão acabar certos escândalos que podem atingir a mim e a meus sócios, como os da RBS". Ponto.

Merval (Marinho) puxou as orelhas da rapaziada ansiosa, tresloucada, neurótica, sempre a pensar que o Brasil e a sociedade brasileira existem para lhes servir porque se consideram herdeiros da casa grande de alma escravocrata. O escriba e servidor da alta burguesia disse ao PSDB que é bom parar, mas, apesar de criticar o impeachment contra a Dilma, que ele e seus patrões sempre apoiaram e desejaram, ressalto que o jornalista, cinicamente e hipocritamente, ainda considerou que derrubar a presidente petista do poder é como se fosse legítimo e justo, porque "consta na Constituição".

Merval falou igual aos coxinhas replicadores da imprensa de negócios privados; ou os replicadores coxinhas falam igual ao Merval? A verdade é que existe uma simbiose entre a imprensa familiar e golpista e os coxinhas reacionários de classe média, que odeiam o Brasil e detestam ver pobres a ocupar os espaços que eles sempre consideraram como "deles".

Enquanto isto, o Brasil espera por estabilidade política e recuperação econômica, que virão com o tempo e não vai demorar muito, não. E por quê? Porque a crise é política e, não, econômica. A verdade é que a crise tem nome: imprensa! É visível que o Brasil está a iniciar sua recuperação. Os últimos números e índices das bolsas, de empresas como a Petrobras, dentre outras dos segmentos públicos e privados, demonstram, inquestionavelmente, que a crise brasileira não é o crocodilo ou o tubarão que a imprensa de mercado dos magnatas bilionários sonegadores de impostos apresentam aos brasileiros.

A crise, reitero, é  muito mais política do que econômica e visa a queda de Dilma Rousseff e a inviabilização de uma possível candidatura Lula às eleições de 2018. Merval sabe disso, bem como os Marinho, na pessoa de João Roberto. A imprensa de direita tem DNA golpista. Por causa disso conspira e apoiou as pautas bombas aprovadas ou elencadas para serem votadas no Congresso, e, com efeito, prejudicar o orçamento do Governo e suas ações sociais e estruturais.

Estratégias draconianas, a não se importar com o Brasil e nem com a manutenção  dos empregos dos trabalhadores brasileiros. Tudo em nome da luta política e do ardor da direita, já há algum tempo transtornada, porque deseja  retomar o poder presidencial de qualquer jeito ou maneira. Merval Pereira faz parte dessa engrenagem escabrosa e metodicamente engendrada, que não respeita limites civilizatórios, ao ponto de as empresas Globo se valerem de vazamentos seletivos e direcionados, retirados de um contexto maior, que são os processos em segredo de justiça, manuseados e manipulados por servidores públicos, que trabalham na PF, no MP e no Judiciário, mas que, inacreditavelmente e criminosamente, transformam-se em manchetes eleitoreiras de oposição ao Governo Trabalhista e às lideranças do PT.


Merval é apenas um parafuso da máquina moedora de reputações, que são as Organizações Globo(?), por intermédio de canhões como o Jornal Nacional, o jornal O Globo e a revista Época, sendo que estão a ser processados, apesar de o jornal de João Roberto, onde trabalha o Merval Pereira, ter se desculpado com o Lulinha em uma "errata" publicada na capa de O Globo, que, se não fosse a TV Globo, estaria falido. Merval mexeu os pauzinhos, politicamente. Afinal, o Governo é importante anunciante. Além disso, a Receita existe e a Zelotes e o HSBC também. As Organizações Globo pediram penico. Por enquanto... É isso aí.#

8 comentários:

Beatriz Mendoza disse...

Muito bom, Davis. Parabéns. O Merdal Podreira um dia levará um pé na bunda da quadrilha Marinho.

Jorge Marcelo disse...

Pensamento do dia:
"Não há problema quando o 13 cai numa sexta-feira. O problema é quando cai nas urnas!"

Claudia Telles disse...

Seu texto é digno de ser lido, além de quem o leu deveria repercuti-lo nas redes sociais. Conheço o nobre articulista Davis Sena Filho desde os tempos do Jornal do Brasil. És dono de uma pena talentosa e contundente, mas sem deixar de ser humanista, socialista e coerente. Seu imenso talento está a serviço do bem e por isto desejo que Deus te proteja em seu combate. Sua análise e avaliação sobre o Merval Pereira, o João Roberto Marinho, o Globo e conjuntura da política brasileira é perfeita e pontual. Você é um grande jornalista.

Horácio Peralta disse...

Pensamento do dia: como o coxinha filhote de mussolini Jorge Marcelo fala merda. É uma grandeza a merdalhada que sai da boca e da cabeça desse tucanalha bobalhão.

Rapa Capa disse...

Horácio, o coxinha falador de merda e bobalhão tomou as dores do Merdal. Idiotas reacionários são assim. O Davis escreve com mestria sobre a psicologia patética e moralmente distorcida desses coxinhas. Melhor até do que a Chaui.

Rapa Capa disse...

Corrigindo: maestria e não mestria .
Ah, ia esquecendo : este texto realmente faz uma análise profunda e pontual sobre a movimentação política do barão da mídia João Roberto Marinho e de seu empregado Merdoval, seu sabujo. Perfeito.

Anônimo disse...

Mauro Pires de Amorim.

Assim como a política, os partidos políticos e consequentemente os Poderes Executivo, Legislativo, já que membros destes são oriundos dos partidos políticos, sendo este seus berços carreiristas.
Mesmo segmentos do Judiciário são movidos por interesses personalistas de seus membros que almejam galgar e concorrer a cargos no Executivo e Legislativo e precisam para isso de projeção, notoriedade, publicidade diante do grande público ou mercado de suas pretenções, nos outros 2 Poderes da República.
Mas conforme menciono acima, para isso faz-se necessária a publicidade para divulgação de suas pessoas e imagens. Neste ponto é que entram, marqueteiros e publicitários políticos. "Especialistas" porque negociam contratos de venda de imagem, produto ao mercado, no caso, o público, com intuito de angariar votos nas eleições junto a empresas, empresários e profissionais de mídia.
Essa é a regra do "negócio", do jogo da luta pela conquista do Estado, seja tal conquista total ou parcial e como todo negócio, existe margem de risco. O risco de não se atingir o objetivo traçado, ainda que tal objetivo seja particularista, personalista, mesmo no exercício de cargo e função pública. Nada disso importa. O objetivo é lutar para se dar bem. Seja financeiramente, seja em termos de ego, alterego de bom moço, boa moça. Transmitir a imagem pessoa ilibada, competente, bem sucedida, liderança e credibilidade para galgar novos degraus dentro das carreiras e do Estado.
Percebem o quanto isso é distante da maioria da população? E como vão "falar", representar o "povo" se em verdade estão distantes, vivendo e atuando em e para uma realidade existencial e objetivos distantes da maioria?
Isso em termos práticos trata-se de um abstrato institucional por ser fruto de um constructo voltado a pretenções, individualistas, personalistas, particularistas, estando fora do contato, da realidade da maioria da população, do povo, que deveriam representar e que é cultuado em cúpulas do Estado brasileiro.
Mas nada disso importa, a realidade é essa. Quem entra para o Estado brasileiro, especialmente para cargos e funções na cúpula, tem que ter essa consciência e noção dessa regra que envolve os Poderes do Estado e empresas e empresários da mídia, numa parceria público-privada, ainda que voltada para interesses particularistas, personalistas. O velho toma lá - dá cá.
Por isso, enquanto o país vive nessa briga para a conquista do Estado, o tempo não para. Segundos são transformados em minutos, que transformam-se em horas, dias, semanas, meses, anos, décadas, séculos, milênios e tudo continua como antes. Afinal, a renovação, a mudança virou negócio marqueteiro, componente etmológico de simples venda de produto ao mercado e o risco por conta de quem entra no jogo, mas onde publicitários, empresas e profissionais midiáticos, imprensa, sempre acabam faturando os seus. Uns mais, outros menos.
O povo, a população que se exploda, pois o que tem aqui é isso e que continue pagando a conta, seja com tributos elevados ou com atribuições pétreas do Estado abstratas, para "inglês ver", pois existem somente nos escritos. O Brasil foi criado para não funcionar e em breve, estagnado, tende a deixar de existir. A pátria aqui é o bolso! "Guerra de Palavras". Mas cantar e não fazer, faz sucesso marqueteiro também no meio acadêmico, afinal, intelectual se criou para comandar com discursos, sejam escritos ou vocalizados, mas fazer, demora demais. O pensamento, as idéias são rápidas na concepção, mas para concretiza-las na prática no fora do mundo dos pensamentos, denota a consecução do tempo na História. Isso não é crime, nada demais é até mais cômodo viver no mundo dos sonhos, no mundo do como se fosse sem de fato ser, afinal, todos temos nossos limites e vivemos as mesmas 24 horas em todo o planeta.
Felicidades e boas energias.

Anônimo disse...

Mauro Pires de Amorim.

Breve exemplo e comentário.

Os marqueteiros "especialistas" em política do lado do PT/PMDB e outros para venderem a "renovação", "inovação" e claro, com o aval da aliança partidária, criaram o termo "Presidenta".
Segundo eles, porque "jamais na história deste país uma mulher governou". Como se o gênero do sexo do Presidente da República fizesse alguma diferença.
Agora pergunto, utilizando a lógica linguística inovadora da aliança PT/PMDB e outros aliados baseando-me no gênero sexual da ocupante do cargo e função da Presidência da República.
Se Dilma é Presidenta, então, Lula era o quê? Presidento?
Sim porque, se o gênero sexual utiliza a terminação feminina representada pela letra "a", em sendo o ocupante do cargo e função do gênero masculino, segundo a lógica linguística "inovadora" do PT/PMDB e outros partidos políticos aliados, caberia a letra "o" na terminação da palavra
acompanhando o gênero sexual masculino.
Com isso, por decreto "inovador" marqueteiro, tal governo e aliados sumariamente e unilateralmente modificaram a língua portuguesa, extinguindo a palavra genérica Presidente. Válida para ambos os gêneros sexuais.
Sei que tal discussão não vai alterar em nada os acertos, erros, propósitos, intenções, competências, mandos e desmandos, mas a título de exemplo, digo.
A que ponto chegou, logo de cara, no início do mandato da Presidente a falta de projetos e clareza, tendo que o PT/PMDB e outros aliados se valerem do apelo de invenção de nomenclatura, de título, honraria de fulcro meramente marqueteiro de fachada, por falta de ação, do que fazer.
No Império Romano do Ocidente, ocorreram casos semelhantes e o resultado culminou com a implosão e invasão do império, restando de Roma somente o Império Romano do Oriente, que por ser bem mais pobre, ao longo do tempo e passo da história, transformou-se no Império Bizantino e não resistiu muito tempo as mudanças exógenas, externas do mundo que o cercavam e também acabou ruindo, invadido.
Na história mais recente, a Grande Índia, hoje em dia representadas pela Índia e Paquistão em termos geopolíticos, estava dominada pelo Império Britânico, mas com o enfraquecimento do Império Britânico, consequência da 2ª Guerra Mundial, tornaram-se independentes politicamente, mas sem pacificação, havendo cisão e animosidades éticas, culturais, políticas até hoje e que, inclusive, culminaram em conflitos armados entre ambos Estados na região fronteiriça da Cachemira e acirraram uma corrida armamentista competitiva entre ambos.
A China, igualmente, estava dominada geopoliticamente por potências estrangeiras até logo após a 2ª Guerra Mundial e somente após sua "libertação" com Mao Tse-Tung, pode reorganizar-se em uma geopolítica mais uniforme nacionalmente a nível endógeno, interno e exógeno, externo.
Então, fatores internos, endógenos e externos, exógenos em exemplos antigos e recentes da história e geopolítica servem de alerta e merecem atenção. Por isso no texto anterior acima menciono que a estagnação histórica do Brasil por sucessivas questões e disputas que extrapolam os ciclos político-partidário, ideológico, de forma e regime de governos merece ser analisada, pois a tendência é o desaparecimento, a extinção.
Mais uma vez, meus sinceros desejos de felicidades e boas energias.