Por Davis Sena Filho — Palavra Livre
O diário O Globo e os colunistas de direita, a exemplo de Merval Pereira, possuem uma contradição comum aos subalternos e subservientes ao poder norte-americano e dos países imperialistas da Europa Ocidental. Eles sentem “vergonha” da presidenta brasileira por ela dar continuidade a uma diplomacia não alinhada, pois não submetida aos interesses dos países ricos do ocidente.
Por
sua vez, ficam muito irritados ao que eles consideram ousadia e atrevimento de
o Brasil dar opinião e criticar duramente, por exemplo, os bombardeios dos
Estados Unidos e de seus aliados contra os militantes do Estado Islâmico, que
efetivam suas atividades de guerra no Iraque e na Síria.
Todavia,
os aliados ocidentais se deparam também com questões complexas na Ucrânia, a
ter a Rússia como poderosa antagonista. No norte da África, em países como a
Líbia e o Egito, bem como nos longínquos Afeganistão e Paquistão, países do centro-sul
da Ásia, os EUA, a França e a Inglaterra tratam com vespeiros insondáveis, de
difíceis soluções diplomáticas e militares, e se preparam para o pior. Depois,
esses governos têm de conviver com uma paranoia coletiva, organizam sistemas de
segurança extremamente rígidos, a impingir às suas populações um preço alto por
seus governos terem tantos inimigos.
Dilma
Rousseff, no decorrer de seu discurso de abertura criticou veementemente as
ações militares e a insistência das nações ricas e poderosas em tratar questões
que necessitam de diálogo e cooperação apenas com a força das armas. É evidente
que as armas imperialistas jamais arrefeceram o moral de grupos radicais e
armados, como o Estado Islâmico, que vicejam nessas regiões do planeta acostumadas
a contendas, guerrilhas, terrorismos e guerras seculares.
A
verdade é que apenas os grandes grupos capitalistas, os trustes internacionais,
que ganham vantagens, e, consequentemente, muito dinheiro, por intermédio dos
multibilionários comércios de armas, de petróleo e dos bancos, que financiam a
morte e lavam o dinheiro, de forma descarada e criminosa, pertencente aos
influentes homens de negócios, e, obviamente, aos governos dos países
ocidentais beligerantes de caracteres colonialistas.
Os capitalistas que controlam as corporações midiáticas brasileiras são partes
dessa perversa e assassina engrenagem internacional. Eles compreendem, sem
sombra de dúvida, o que a move e a faz rodar. Por isso, manipulam em suas redes
de concessões públicas as notícias, porque conscientes que a desinformação tida
como verdade favorece seus interesses legais e ilegais, pois são os porta-vozes
do sistema de capitais, que ora se encontra em crise e, por conseguinte, busca,
desesperadamente, saídas para suas decadências políticas e econômicas em âmbito
mundial.
Entretanto,
tais porta-vozes dos interesses do establishment, que atuam e agem no Brasil,
não sentem vergonha por serem colonizados, porque querem, na verdade, que o
poderoso País sul-americano continue como um eterno vagão, a ser conduzido de
um lado para o outro, conforme os interesses dos países que, após o fim da
Segunda Guerra Mundial, efetivaram um processo de domínio quase absoluto sobre
a maioria das nações.
Países
que não conseguem serem ouvidos na ONU, um órgão internacional que apenas
cumpre a função de ratificar as decisões dos Estados Unidos, França e
Inglaterra, além de seus aliados menos influentes, como o Canadá, a Austrália,
a Itália, a Alemanha e o Japão. Os três últimos são as potências derrotadas em
1945, e até hoje obrigados a sediar gigantescas bases militares pertencentes
aos yankees.
A
verdade é que no fundo essas “alianças” ocidentais, a ter a Otan como um clube
de guerra das potências vencedoras da Segunda Guerra, são, sobretudo, ocupações
militares e territoriais por parte dos aliados sobre os países que formavam o
Eixo e hoje compõem o sistema dos países hegemônicos em termos planetários.
Ponto.
O
discurso da presidente Dilma Rousseff na abertura da Assembleia-Geral das
Nações Unidas evidenciou que o Brasil se tornou uma potência regional que quer
também ser ouvido, porque seu propósito é participar das decisões em termos
mundiais. O Brasil é um dos vencedores da Segunda Guerra Mundial, realidade
esta jamais considerada e respeitada pelos inquilinos da Casa Grande, que
sempre trataram a participação brasileira como algo sem importância, quando na
verdade muitos soldados brasileiros morreram, pois lutaram em frentes violentas
contra os alemães.
A
“elite” brasileira esconde a nossa história, pois a trata como se fosse
irrelevante, quando a verdade é que somos uma Nação que conquistou e edificou
este País com suor, sofrimento e sangue. A Casa Grande é tão colonizada e
portadora de um indescritível e inenarrável complexo de vira-lata que chega ao
ponto de traí-la e desmerecê-la, porque a intenção é fazer com que o povo
brasileiro se sinta menor, com a autoestima baixa.
Ao
implementar esse processo vampiresco no decorrer de anos a fio, acredita a
direita midiática se tornar mais fácil combater governos e mandatários os quais
a imprensa alienígena e de mercado considera inimigos ideológicos, políticos e
de seus interesses meramente financeiros e comerciais. Trata-se da mesquinhez
em toda sua essência e da patifaria em toda sua plenitude.
A
presidenta Dilma Rousseff, diferentemente da subalternidade do ex-presidente
tucano, Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I —, aquele que foi ao FMI
três vezes, de joelhos, humilhado e com o pires nas mãos, porque quebrou o
Brasil três vezes, apesar de vendê-lo, deixou claro que o Brasil é um País
autônomo, com uma política internacional independente e soberana, não alinhada
às potências europeias e norte-americana, em um tempo de 12 anos.
Essa
realidade acontece desde que o presidente trabalhista, Luiz Inácio Lula da
Silva, e o seu chanceler, Celso Amorim, efetivaram no País uma política externa
que cooperasse para que o Brasil superasse suas dependências e, posteriormente,
combatesse com mais ênfase a crise internacional de 2008, a comercializar com
novos parceiros, a fortalecer o mercado interno, além de dar fim ao alinhamento
automático à potência do norte das Américas, fato este que se tornou real e
emblemático com o enfraquecimento da Alca, que o presidente petista abandonou,
pois a tirou da pauta do Governo trabalhista.
A
mandatária trabalhista disse que guerra e bombardeios não adiantam, pois se
adiantassem a questão israelo-palestina já teria sido resolvida, bem como o
Iraque não estaria desmantelado e dividido como nação milenar, bem como fez
referência à Síria. Este país está destruído e vivencia uma guerra fratricida,
cujos militantes do Estado Islâmico, que sonham em fundar um califado entre a
Síria e o Iraque, receberam armas e dinheiro das potências ocidentais.
Imperialistas
que sempre conspiraram contra o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, que
tal qual aos seus antecessores, manteve a Síria como um país não alinhado aos
EUA, e, mais do que isto, inimigo de Israel, além de ser geograficamente
estratégico no Oriente Médio. Por isto e por causa disto, o EUA tem enorme
interesse geopolítico no que concerne à tomada e ocupação da Síria e à entrada
de grupos políticos que possam servir como títeres ou bonifrates, ou seja, paus
mandados do país yankee e de seus interesses.
O
Brasil, como demonstrou a presidenta trabalhista do PT, Dilma Roussef, segue a
trilha de seu destino calçada pela soberania, autonomia e independência. Esses
são os desejos e sonhos da maioria do povo brasileiro. Os Brics, o Mercosul, a
Unasul, o Banco dos Brics, o Fundo dos Brics, a luta por uma cadeira para o
Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas, as parecerias políticas e
comerciais Sul-Sul em termos hemisféricos denotam que o Brasil mudou, e para
sempre.
Não
há mais espaço para a subserviência, a subalternidade e o complexo de vira-lata
tão evidenciados pelos inquilinos da Casa Grande e pelos coxinhas das classes
médias tradicional e alta. Posturas e condutas exemplificadas, sobretudo, nos
governos entreguistas e traidores da Pátria de Fernando Henrique Cardoso e de seus
chicagos boys, que governaram o Brasil, não como mandatários eleitos pelo povo,
mas, sim, nos papéis de caixeiros viajantes.
Pessoas
medíocres, cujo único objetivo era desmantelar o Estado brasileiro, além de
mantê-lo em uma política de dependência, que chegou ao seu auge de falta de
vergonha na cara quando o ministro do Itamaraty, Celso Lafer, tirou os sapatos
em aeroporto nos Estados Unidos, a inaugurar dessa forma servil e humilhante, a
diplomacia dos pés descalços. Uma humilhação imposta ao povo brasileiro, pois
se trata de uma autoridade constituída, que representa o Governo, o Estado e a
Nação. Ponto!
Realmente,
os tucanos do PSDB e a imprensa aliada e cúmplice de negócios privados
controlada por magnatas bilionários não têm quaisquer compromissos com o
Gigante da América do Sul e Latina. Esse Brasil morreu, pois os avanços no que
tange à diplomacia são irreversíveis, mesmo se a direita brasileira vencer as
eleições, o que é muito difícil.
Dilma
mostrou ao mundo que o Brasil tem opinião e toma posições assertivas e livre de
dubiedades e aliterações. A imprensa comercial e privada ficou furiosa, mas “O
Globo” estrilou, babou de ódio, publicou um editorial mequetrefe e que manipula
a realidade dos conflitos pelo mundo, principalmente no Oriente Médio. O diário
de direita acionou o Merval Pereira, que acompanhou o pensamento, as ideias do editorialista,
que pode ser ele mesmo.
O
complexo de vira-lata dos Marinho e de seus principais porta-vozes, bem como a
luta para manter o Brasil no cabresto, além da defesa intransigente do
alinhamento automático do Brasil aos interesses dos Estados Unidos denotam que
a Casa Grande brasileira, de caráter escravocrata, não tem jeito. Ela é
simplesmente uma das mais atrasadas do mundo em todos os sentidos.
A
classe dominante deste País vive como forasteira ou colonialista, que ocupa
terras e indústrias, utiliza-se da mão de obra barata, se pudesse, escravizaria, como tal faziam os
antigos escravocratas e “donos” de todas as riquezas. Revoltados ficaram com o
discurso de Dilma e, “coitadinhos”, sentiram vergonha. Talvez a vergonha
perante seus chefes estrangeiros dos quais dependem e por isso têm de dar
satisfações.
O
problema é o PT que está no poder. São os trabalhistas que estão no Palácio do
Planalto, e, se vencerem as eleições, a política externa soberana vai ter
continuidade para o bem dos brasileiros e dos latinos americanos. A verdade nua
e crua: Dilma exorcizou na ONU o complexo de vira-lata dos barões da Casa
Grande. Os magnatas bilionários de imprensa e seus Mervais poderiam chorar na
cama, que é mais quentinha, para não sentir vergonha. É isso aí.
11 comentários:
Impressionante, o cara erra no título do post da marina que ri E velório, é elogiado e ninguém nota, fala em cama quentinha sem mencionar a Papuda e eu venho aqui.
Fui...
babalu
Esse coxinha Baba-Cu de rico não sabe nem escrever. Vai estudar ignorante. Ainda quer debater política internacional. Tucanalha que virou camisa pra Marina. Qualquer merda serve pra você, não é seu rola-bosta? Seria muito melhor você calar essa boca que só fala merda. Fui.
Artigo show de bola. Gostaria de ter esse talento argumentativo. Você disse o que eu penso e muita gente que conheço penso. Brilhante e elucidativo. Beijo.
Credo, que boca podre...mas que o cara que critica a imprensa e erra no título é seu ídolo já diz tudo.
fui
baballu
Parabéns ao autor,amigo Davis Sena Filho...Ótimo,é de pessoas com tutano que o Brasil precisa,um grande abraço....
O Brasil precisa de gente com tutano, com saúde, com renda, com salário, com transporte, de políticos que não assaltem a Petrobras, de expulgar os Temers, os Sarneys, os Eduardos Cunhas, de coerência, de honestidade principalmente.
O Brasil não precisa de mim.
Nem do autor do blog.
Babalu
Parece que o órgão excretor deste Baba Cu de ricos ocupa o lugar do cérebro, por tantas merdas faladas/digitadas. Aliás, o que ele faz por esta bandas? Esta praia não é a dele...ele fica melhor no esgoto, de onde jamais deveria ter saído, com todo respeito aos demais leitores e brilhante blogueiro que deu mais um show com este irretocável post.
De você, Baba-cu, o Brasil realmente não precisa. Quanto ao articulista, precisa, sim. Aliás, o que você faz aqui? Seu espaço é junto aos canalhas da grande imprensa.
Não seja boca podre, imagina se seus filhos descobrem que vc é assim.
babalu
O melhor seria esta babacu dos ricos não ter filhos para não descobrirem esta psicopatia dele e, também, não deveria frequentar este blogue, onde vomita asneiras, dá coices e relincha, além dos fétidos e infantilóides comentários.Este idiota é bizarro e digno de pena.
Falou e disse, com brilhantismo, como sempre!!!
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