ESPAÇO BICO DE PENA — BLOG PALAVRA LIVRE
Do todo o que eu detesto
É o tudo, o completo…
O abandono do meu tempo.
Inexistência, a ausência de mim.
É o tudo, o completo…
O abandono do meu tempo.
Inexistência, a ausência de mim.
O barco que não aporta.
A beleza humana de Frankenstein.
O espírito de mulher adormecido.
A carne e a faca que não corta.
Tempo que abre as ruas,
Essência das casas nuas
Edificadas solidamente pelo vintém.
O amém de toda e qualquer formosura.
A beleza humana de Frankenstein.
O espírito de mulher adormecido.
A carne e a faca que não corta.
Tempo que abre as ruas,
Essência das casas nuas
Edificadas solidamente pelo vintém.
O amém de toda e qualquer formosura.
O por quê, pois eu detesto o todo.
Sou incompleto e por isto sou tudo…
O tempo, razão e pai do abandono,
A ausência: existência sem fim.
Sou incompleto e por isto sou tudo…
O tempo, razão e pai do abandono,
A ausência: existência sem fim.
Davis Sena Filho
4 comentários:
Poema belo e profundo. Um grande abraço.
Suely Rocha
Muito bom, saudades do amigo
Tu és um poeta.
Eu guardo teus "bico de pena".
Eu gosto.
Agora, eu não sou poeta.
Mas o teu poema faz eu ler outros.
Aí eu lembrei de outro - em um ônibus:
Redondeto
Tento escrever um soneto
que conte o meu pensamento
Ah, quantos erros cometo
não sei captar o momento
Risco, rabisco idéias
busco expressar a emoção
Fico perdido nas teias
das coisas do coração
Acho palavras sonoras
não faço um belo poema
as rimas ficam de fora
Saio do rumo, do tema
tudo complica, demora
Desisto. Vou ao cinema.
( Paulo Sergio Goulart)
Valeu Davis. Bonito poema.
Valeu, Davis. Curto seus textos e seus poemas. Temos muito em comum. Quem sabe irmãos numa outra dimensão. Abraços!
www.blogdoprofex.com No face: Blog do profex
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