Por Davis Sena Filho
A
frase “A história se repete como farsa” o é realmente verdadeira. Os tucanos,
nas pessoas políticas de Fernando Henrique, José Serra e Aécio Neves repetem a
mesma conduta criminosamente golpista do udenista Carlos Lacerda, ex-governador
da antiga Guanabara e principal porta-voz da direita brasileira, no período
Getúlio Vargas a João Goulart.
Depois
o político direitista agressivo e verborrágico, que tinha o peculiar e
sugestivo apelido de corvo, foi traído pelos próprios correligionários com os
quais ele conspirava para derrubar presidentes eleitos legitimamente pelo povo
brasileiro. Lideranças civis, a exemplo de Magalhães Pinto e Ademar de Barros,
afastaram-se dele, sendo que o banqueiro mineiro, dono do Banco Nacional,
posteriormente, tornou-se um político mais influente do que já era, porque de
confiança dos generais, no decorrer de toda a ditadura civil-militar.
Os
generais jamais confiaram em Carlos Lacerda — o Corvo —, mas usaram o político
radical e incendiário para derrubar Getúlio Vargas, em 1945. O jornalista e
dono do jornal Tribuna da Imprensa também se tornou o prócere do golpe no
Governo de Juscelino Kubitschek,
e, evidentemente, com maior voracidade e violência, atuou como um dos
principais verdugos de Jango e sua consequente queda.
Entretanto,
os militares se recusaram a realizar eleições em 1965, porque, juntamente com
os interesses geopolíticos estadunidenses, não interessa aos novos donos da
República compartilhar e dividir o poder com lideranças de direita, porém,
civis, independentes e carismáticas, a exemplo de Carlos Lacerda e Ademar de
Barros, sendo que o primeiro realmente era considerado mais perigoso do que o
segundo e foi logo jogado para escanteio. Não aconteceram as eleições e os
militares ficaram longos 21 anos no poder.
Depois
de derrotado em seus desejos e devaneios de ser presidente da República,
Lacerda tentou, por intermédio da Frente Ampla, fazer um contraponto aos
golpistas donos do poder, mas se deu mal, porque apenas Juscelino esboçou apoio
moderado em seu exílio em Lisboa, mas os acordos com João Goulart foram mais
difíceis, o que acarretou em um retumbante fracasso político, porque, na
verdade, ninguém confiava em Lacerda, homem que prejudicou profundamente o
desenvolvimento do Brasil, além de ser um dos maiores responsáveis pela
instabilidade político-institucional dos governos dos mandatários trabalhistas.
E
não é que o Neoliberal I, cujo verdadeiro nome é Fernando Henrique Cardoso
também resolveu dar uma de Carlos Lacerda — o Corvo. FHC também representa uma
ave de bico longo e voo curto — o tucano. Talvez sua má conduta política,
partidária e social seja um desdobramento por ele também ser representado, tal
qual ao político udenista, por um animal coberto de penas e, com efeito, sua
alma golpista e invejosa tenha sido invadida pelo elixir do golpe — do
golpismo.
Certamente
é uma questão de oportunidade, porque os políticos e os indivíduos em geral que
resolvem considerar seus interesses pessoais acima dos interesses da sociedade
ou da Nação, como o é o caso do Príncipe da Privataria, geralmente o são
cidadãos egocêntricos, dissimulados, que distorcem os fatos e as realidades aos
seus bel-prazeres.
Este
tipo psicológico se alicerça, não na conjuntura real que se apresenta, mas,
sim, na distorção da verdade, de modo que as meias verdades e a mentira sejam a
única forma de chamar a atenção do público para um único adversário, no caso de
FHC, o antagonista é o Lula, pois é com o petista que o tucano trava sua luta
em razão da história, na qual ele vai entrar como um presidente que afundou o
Brasil, como o fez com a P-36, bem como o vendeu como um caixeiro viajante aos
estrangeiros, pois alienou 125 estatais, além de apagar suas luzes durante um
ano e meio, sem esquecer a cereja do bolo das incompetências, quando foi ao FMI
três vezes, de joelhos, humilhado, com o pires nas mãos, porque quebrou o
Brasil três vezes.
Quem
ainda não percebeu, que fique atento, o promotor e áulico do golpe, Fernando
Henrique Cardoso, encontra-se em luta de essência e caráter egocêntrico.
Trata-se da vaidade em toda sua plenitude, no sentido de tentar sobrepor sua
medíocre e desastrada biografia, no que tange à de Luiz Inácio Lula da Silva, a
quem o tucano desqualifica sempre quando tem oportunidade.
Fernando
Henrique Cardoso — o Neoliberal I — perdeu o bonde da história, e,
desesperadamente, compreende esta questão, que tanto desperta, em seu sombrio
espírito, rancor, raiva, vingança e inveja, por ter a compreensão de ter sido
um dos piores presidentes da história, se não for o pior que o Brasil já teve,
pois o traiu. FHC é o maior traidor da Pátria de todos os tempos. Joaquim
Silvério dos Reis perto do sociólogo, que não sabe nada de povo é santo,
ingênuo e estúpido.
O
grão-tucano, que recentemente assumiu o golpismo dos velhacos e biltres, vendeu
o patrimônio da Nação, não distribuiu renda e riqueza, não efetivou um processo
de igualdade de oportunidades, não incluiu os pobres e se submeteu,
vergonhosamente, aos interesses da plutocracia, ao fazer o jogo do FMI, do
Banco Mundial, do Departamento de Estado norte-americano, de outros governos e
órgãos internacionais de pirataria e rapinagem, além de ter submetido este
grande e poderoso País de língua portuguesa à subserviência e à subalternidade,
no que se trata à submissão da diplomacia brasileira aos ditames dos países
ditos desenvolvidos.
E
agora, na altura do campeonato de seus 84 anos, o tucano-mor decide, sem
quaisquer constrangimentos, sugerir que a presidenta Dilma Roussef, mandatária
que derrotou candidatos experientes e politicamente duros, a exemplo de José
Serra e Aécio Neves, simplesmente renuncie ao poder. Seria cômico se não fosse
trágico, se não se tratasse de bazófias à la Fernando Henrique Cardoso, que,
sinuoso como uma víbora, move-se em direção ao golpismo e, com efeito, joga,
definitivamente, sua já medíocre biografia na lama — nos escaninhos do
esquecimento.
A
vaidade corre por suas veias sociologicamente principescas e a história o
reprova como presidente. Fernando Henrique Cardoso sente calafrios na alma e
seu espírito, soturno, sombreia a luz, só de pensar que Lula da Silva, o
operário metalúrgico, realizou dois governos incomparavelmente melhores do que
os dele, em todos os sentidos, sejam eles na esfera social ou nos âmbitos
econômico e diplomático.
Antidemocrático,
o PSDB se alia ao que tem de pior na direita brasileira, que vai às ruas e
esbraveja ao pedir o impeachment e a intervenção militar de uma mandatária que
não cometeu crimes e muito menos foi ou o é cúmplice deles. Pelo contrário,
Dilma Rousseff, juntamente com Lula, são os dois presidentes que mais
combateram a corrupção no Brasil.
Os
seus governos são os que mais puniram com prisões os ladrões do dinheiro
público — os corruptos e os corruptores. As administrações dos petistas,
sobretudo, vão ficar na história, porque a história é escrita de forma fria,
ponderada e isenta de paixões. Fatos são fatos. Realidades são realidades, e os
historiadores vão tratar disso e comparar, irremediavelmente, os governos
tucanos neoliberais com os dos petistas trabalhistas. Não tem modos e meios de
enganar a verdade.
Os
tucanos têm a cumplicidade e o apoio irrestrito dos magnatas bilionários de
todas as mídias cruzadas, porque são políticos de confiança e comprometidos com
o status quo brasileiro e internacional. Todavia, o doutor de academia se
preocupa, no alto de sua anódina sociologia, ao pisar em seu “Principado” no
formato de pauliceia, em combater e desqualificar a biografia do “súdito”
rebelde do PT, que ousou ser melhor, aliás, muito melhor do que ele, a
superá-lo em tudo, quando se esforçou para governar o Brasil para todos os
brasileiros e não somente para os ricos e a classe média alta, como o fez o
governo burguês de FHC — o herói da casa grande.
Lamentavelmente,
FHC se transformou em um Carlos Lacerda muito menos talentoso e que se roga de
civilizado quando vai beber chá ou vinho em Paris ou nos jardins dos bairros
chiques de São Paulo. O carioca adotado pela burguesia bandeirante e pelo
establishment internacional, na década de 1990, continua a caminhar em sua
trilha antinacionalista, antidemocrática e contrária aos interesses da maioria
da Nação. Trata-se do modo tucano de ser e pensar.
Fernando
Henrique, o carioca adotado pela pauliceia, como o foi igualmente adotado pelos
“quatrocentões” o presidente fluminense, Washington Luís, traiu o Brasil e
ainda continua a traí-lo, porque se propõe a apagar incêndios com gasolina e
apostar no golpe. Um verdadeiro absurdo e desfaçatez cometido por um político
veterano que sabe o que é uma ditadura ou uma crise institucional sem
precedentes. Quem te viu e quem te vê, oh príncipe! A biografia jogada no lixo
da história. O Príncipe dos Sociólogos, enfim, tornou-se, de fato, o Pirata do
Golpe. É isso aí.
6 comentários:
A mídia e lacaios estão, verdadeiramente, criando o ‘troll-mór FHC’.
Com toda a sua intelectualidade(?) seus comentários são injustos e ignorantes.
O FHC – estupidamente – demonstra a sua incapacidade de absorver e processar que ele e sua oposição são perdedores e traidores do Brasil.
O fracasso de FHC começou a subir à sua cabeça e o seu moralismo continua sendo “esqueçam o que eu disse” pois “é bom ser brasileiro que ninguém dá bola”.
E toda esta excreção que escorre pela boca do intelectual(?) é porque ele tem conhecimento de que não sabe fazer política e nem seus lacaios entreguistas e mentirosos – serra, alckmin, aloysio, aecio e outros.
Por isto, também, ele tenta acabar com a política na Democracia.
É como escreve o espetacular jornalista Davis:
"O carioca adotado pela burguesia bandeirante e pelo establishment internacional, na década de 1990, continua a caminhar em sua trilha antinacionalista, antidemocrática e contrária aos interesses da maioria da Nação. Trata-se do modo tucano de ser e pensar."
FHC, o sátrapa de Higienópolis.
A capitania hereditária do PSDB/DEM
SP é um feudo mantido a ferro e fogo pelo PSDB/DEM.
A população se mantém imbecilizada pelos meios de comunicação, e por uma lavagem cerebral que vem desde a infância.
SP paga o que quer, tem contratos com quem quer, cobra os maiores impostos e taxas do Brasil, o mais alto pedágio do mundo!
E os cordeirinhos e/ou ovelhas acham que IPTU e IPVA altos são culpa do PT! Ou seja, bois e vacas têm de ser tratados como rebanho, mesmo!
E, assim, os paulistas vão em fila votar em Aloysios Nunes Ferreiras da vida (zero à esquerda, eleito senador com dezenas de milhões de reais), alckmin (o governador mentiroso que não gosta de água) e Serrote bolinha de papel (passa vergonha em qq outro lugar que não seja SP!).
Assim é São Paulo com mais de 20 anos de PSDB com seu troll-mór-FHC.
Viva a capitania hereditária!
Meus sinceros parabéns. Mais uma vez colocou a verdade no seu devido lugar histórico, com competência, talento e conhecimento, evidentes. Tenho vergonha do "Fêagacê" , assim como do estropiado Jânio e do caçador de marajás Collor. Credo! Um trio de ex-presidentes trapalhão e/ou nefasto. Não custa recordar e repetir:
"O grão-tucano, que recentemente assumiu o golpismo dos velhacos e biltres, vendeu o patrimônio da Nação, não distribuiu renda e riqueza, não efetivou um processo de igualdade de oportunidades, não incluiu os pobres e se submeteu, vergonhosamente, aos interesses da plutocracia, ao fazer o jogo do FMI, do Banco Mundial, do Departamento de Estado norte-americano, de outros governos e órgãos internacionais de pirataria e rapinagem, além de ter submetido este grande e poderoso País de língua portuguesa à subserviência e à subalternidade, no que se trata à submissão da diplomacia brasileira aos ditames dos países ditos desenvolvidos."
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O esforço épico de FHC para destruir a estabilidade política. Por Paulo Nogueira
FHC não cansa de dizer, e com alguma razão, que trouxe a estabilidade econômica ao Brasil.
Isso, em si, seria uma razão para a posteridade dar a ele o valor de um grande presidente.
Mas ele, nos últimos tempos, está anulando sua, como os ingleses gostam de dizer, finest hour, o seu melhor momento.
É que ele está sabotando alucinadamente uma estabilidade que é muito mais importante que a econômica – a estabilidade política.
Com uma irresponsabilidade estridente intolerável em um octogenário, FHC comete um crime político ao defender a cassação de 54 milhões de votos.
É uma aberração sua tese de que Dilma deve renunciar. Para quê? Para abrir caminho para Aécio?
A renúncia de Jânio inaugurou um período tenebroso de instabilidade na política brasileira que durou quase trinta anos. Alguém quer ver isso de novo?
FHC repete, décadas depois, o Corvo, Carlos Lacerda, um dos personagens mais sinistros da história brasileira, um homem que se dedicou, a vida toda, a sabotar a democracia nacional.
A regra número 1 de um país civilizado é respeitar as urnas. Fora disso, é o dilúvio.
E o que FHC vem fazendo é isso: desrespeitar as urnas. Acintosamente. Cinicamente. Agarrado a argumentos e pretextos que vão variando de hora em hora, ao sabor das conveniências.
Qualquer tentativa de ver Dilma fora do Planalto antes de 2018 é golpe.
FHC se tornou exatamente isso: um golpista vulgar.
Fosse 2015 parecido com 1964, FHC estaria de esgueirando nos quarteis, tramando com generais a queda de um governo eleito, e na embaixada americana, fazendo a mesma coisa.
Mas nem os generais têm força hoje e nem os americanos se atrevem mais a tratar o Brasil como se fosse seu quintal.
E então FHC tem que recorrer a outros meios para concretizar os mesmos propósitos sórdidos do Corvo.
Jânio de Freitas notou, agudamente, que as contínuas tentativas de derrubar Dilma mostram, acima de tudo, a fragilidade da democracia brasileira.
E FHC tem tido um papel relevante no boicote à democracia.
Um jornalista americano que comanda a revista America’s Quartely escreveu, num artigo recente, que a deposição de Dilma com os pretextos patéticos que vem sendo apresentados por golpistas representaria o retrocesso do Brasil à era da República das Bananas.
Consumado o golpe, disse ele, por muito tempo os futuros presidentes brasileiros viveriam sob o risco de ser depostos a qualquer momento.
FHC tinha crédito pela estabilidade econômica.
Seu engajamento nas ações que promovem a instabilidade política – mais importante, repito, que a econômica – destruiu o crédito.
Agora ele está com um déficit monumental perante a história.
E dado o quanto ele avançou no abismo do golpismo descarado já não há nada que ele possa fazer para equilibrar essa contagem.
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