Vamos aos fatos.
Chega-se à conclusão que nada mais importa a certos grupos da sociedade
brasileira. A questão primordial para os setores conservadores é derrotar,
sobremaneira, os trabalhistas do PT, cujos líderes venceram três eleições e
realizaram uma revolução social e econômica silenciosa.
Uma revolução pacífica, de caráter reformista e muito aquém do desejado para segmentos importantes da esquerda brasileira. A esquerda que não foi cooptada, pois não pulou a cerca, que está no poder, a partir de2003. A esquerda que quer,
desde sempre, que os presidentes Lula e Dilma Rousseff contrariem, com mais
tenacidade e voluntariedade, os interesses de oligopólios controlados por
apenas seis famílias midiáticas, bem como das famílias brasileiras donas de
bancos, além de combater os latifúndios rurais e urbanos também pertencentes a
ramos familiares, que apostam, principalmente, na especulação imobiliária.
Como se observa, o Brasil, País que é a sétima economia do mundo, com uma população de 210 milhões de habitantes, que tem um parque industrial gigantesco e cidades que atraem turistas de todo o planeta, ainda continua com uma característica abominável, proveniente do Brasil Colônia e do Brasil Império. Trata-se da subserviência e da subalternidade de importantes e influentes segmentos sociais, que se submetem a crenças, valores e princípios de uma classe dominante riquíssima, de caráter alienígena, aliada e cúmplice do establishment internacional e totalmente divorciada dos interesses do Brasil e do seu povo.
Sabedores dessas questões e realidades, a Casa Grande — morada política e ideológica da burguesia apoiada pelos pequenos burgueses (classe média) — aposta em qualquer candidato para derrotar os trabalhistas, consequentemente, tirá-los do poder. Como anteriormente afirmado, não importa à direita quem vai ser o candidato a ser apoiado por ela. O que vale para os conservadores é que o PT e seus aliados sejam derrotados e a direita brasileira possa, enfim, retomar os princípios neoliberais, que se baseiam no estado mínimo, ou seja, na ausência do estado, bem como na meritocracia, que significa “cada um por si e Deus contra todos”.
Meritocracia é igual individualidade, que é igual à lei da selva, que favorece a Casa Grande — o lar dos beneficiados e privilegiados da sociedade. É o fim da picada, porque a espécie humana desde seus primórdios até hoje sobreviveu e não sucumbiu como espécie por causa da solidariedade, da responsabilidade entre os entes humanos e dos cuidados para que todos os indivíduos não fossem derrotados pelas intempéries que se apresentam ao longo da vida.
É muito fácil para gente como o tucano Aécio Neves e sua trupe, bem como para os seus eleitores ricos e de classe média defenderem a meritocracia quando, na verdade, a maioria das pessoas que conheço, além das que não tenho contato, mas leio suas mensagens e ouço suas vozes nas mídias sociais, tiveram todas as oportunidades e condições sociais, econômicas e de logística em toda vida estudantil, com o apoio dos pais, parentes e do estado (universidades públicas), de forma que pudessem se formar, para logo após conquistar os melhores postos de trabalho, seja nos setores públicos ou privados. É de se lamentar, profundamente, que tenhamos no Brasil uma das piores e mais perversas classes ricas e médias do mundo. Ponto!
Marina Silva representa tudo isto que está posto. Ela optou, e, como evangélica com pinceladas messiânicas, não se furta a fazer assertivas completamente mirabolantes, porque, sem ideologia e despida de programa de governo e projeto de País, poderá se tornar, institucionalmente, um Jânio Quadros de saia, igualmente com linguajar empolado e retórico, hospedeira de um partido que não é seu — ela não conseguiu assinaturas para legalizar a Rede Sustentabilidade —, ideologicamente confusa e frágil, além de ser irresponsavelmente useira e vezeira em negar a política e os partidos políticos, base, insofismável, de qualquer democracia no mundo, seja ela representativa (democracia burguesa) ou direta (democracia popular).
Não sei qual é o problema de Marina Silva, mas sei que ela lembra e repete o fracasso político, administrativo e governamental do ex-presidente Jânio Quadros, raro político popular à direita, que foi em sua época, como Marina Silva o é nos dias de hoje, abraçado pela imprensa de mercado, bem como apoiado efetivamente pelo maior partido de direita daqueles tempos, a famigerada União Democrática Nacional, do (corvo) Carlos Lacerda. A golpista UDN, covil de empresários, militares e políticos reacionários e entreguistas, que, inclusive, traidores da Pátria que são, aliaram-se a forças estrangeiras (EUA) para derrubar João Goulart do poder, presidente trabalhista do antigo PTB, eleito legitimamente pelo povo brasileiro.
Jânio Quadros, além de todas essas questões, não contava com um ministério coeso e muito menos com uma base parlamentar que lhe desse tranquilidade para aprovar os projetos do Governo. Igual à Marina Silva, Jânio também pertencia a um partido pequeno, o PDC. Marina Silva vai pelo mesmo caminho. Pertence a um partido que se tornou aventureiro ao romper uma aliança com o PT que perdurava desde 1989. Seu presidente, o ex-governador Eduardo Campos, não governaria Pernambuco com tantos bons resultados se não fossem os investimentos pesados, em todas as áreas de atividade econômica e social, repassados pelos governos de Lula e Dilma. Depois do Rio de Janeiro, Pernambuco é o Estado que mais recebeu atenção e dinheiro do Governo Federal, nos últimos 12 anos.
Eduardo Campos não governou com grandes dificuldades, pois surfou nas ondas do Governo Federal para concretizar seus programas e projetosem Pernambuco. A
ingratidão foi o seu norte; e o destino, infelizmente, e digo de forma sincera,
encerrou sua carreira política. Enquanto isso, Marina, no que diz respeito à
economia, alia-se ao que tem de pior em termos de macroeconomia, da qual
depende o sucesso da microeconomia, ou seja, do povo. As pequenas e médias empresas
são as que mais empregam, de acordo com os números do IBGE e do Ministério da
Fazenda.
O Governo do PT financiou os pequenos empresários e abriu as portas da CEF e do BNDES a quem desejava ser empreendedor ou melhorar as condições de sua empresa. Essas instituições financeiras de fomento até então eram serviçais dos inquilinos da Casa Grande e o Governo Trabalhista acabou com essa vergonha recheada de privilégios e tida como primazia a bilionários e milionários que socorriam suas empresas e até mesmo suas incompetências com a garantia de empréstimos a juros bem mais baixos do que os praticados no mercado.
Esses são os lúgubres, macabros e pavorosos tempos dos governos entreguistas e vazios de empregos de FHC — o Neoliberal I —, aquele sociólogo que não entende nada de povo e que foi ao FMI três vezes, de joelhos, humilhado e com o pires nas mãos, porque quebrou o Brasil três vezes. Quando bancos estatais passam a servir ao povo, a burguesia e, pasmem(!), a classe média tradicional estrilam, ululam, em um bramido feroz e voraz, que deixam suas vozes roucas de tanto ódio e preconceitos.
Dessa forma passam para a incontinência verbal e resmungam através das mídias empresariais, pelos cantos das cidades e babam a cólera dos que se acham preteridos, porque para essa gente tacanha e sem discernimento compreender que melhorar as condições de vida dos brasileiros é bom para todos é um exercício terrível e doloroso de sensatez e sobriedade. E sabe por quê? Porque essa gente se considera “escolhida” por Deus ou pelo destino que lhe acalenta e apetece. Por isto e por causa disto, tais grupos entendem ser um direito “divino” se dar bem a vida toda e o restante da população que se dane e aguente o rojão, a vida dura, que as classes médias tradicionais e os ricos jamais vão experimentar para ver o que é bom para a tosse.
A realidade de o País vivenciar doze anos de governos populares e democráticos dói e revolta os rentistas, os que fazem dos juros e do câmbio as ferramentas primordiais de suas vidas inúteis, abundantes, faustosas e opulentas, como as dos nababos e paxás. É o mercado a vir com força para eleger seus prediletos, pois que conspiram e se comprometem com a volta do neoliberalismo, doutrina que não deu certo e que afundou os países da Europa Ocidental, além dos Estados Unidos, que há quase sete anos enfrentam uma crise interminável, que causou desemprego em massa, levou à falência estados nacionais e empresas, bem como muitas pessoas desesperadas optaram pelo suicídio.
É uma lástima, além de um processo draconiano e vampiresco o pensamento econômico, em que o mercado de capitais se transforma em Deus, efetivado por gente apenas acostumada a frequentar os salões da plutocracia brasileira e internacional. Eles querem e lutam por um governo para os ricos. Esse pessoal não entende nada de gente, de povo. Em seus vocabulários e dicionários a palavra “social” inexiste.
Afinal, “não há almoço grátis”. Frase preferida dos coxinhas da alta sociedade e que pensam que a vida é uma eterna diversão e passar bem. O almoço só pode ser grátis para a Casa Grande, quando há a necessidade de pedir empréstimos a juros baixos e a perder de vista, bem como fazer do estado nacional a extensão de suas casas, porque se tem uma coisa que a classe dominante é e nunca vai deixar de sê-lo é ser patrimonialista. Ponto!
O resto é balela e conversa para boi dormir. Os economistas, administradores e financistas do PSDB e do mercado defendido com dentes e unhas pelo oligopólio midiático de apenas seis famílias sabem o que querem. E eles querem um Brasil para poucos, VIP, com mão de obra barata, pouco emprego para demitir e contratar rápido, porque sendo assim os salários não aumentam e o trabalhador que vai ocupar o posto do demitido vai aceitar qualquer salário, inclusive ser humilhado, porque vai perder a força para reivindicar até mesmo melhores condições de trabalho.
Medidas amargas e duras já foram anunciadas por Armínio Fraga, do tucano neoliberal Aécio Neves, e por Eduardo Gianetti, da “sonhática” (ela não tem ideologia e nem programa de governo) Marina Silva. Fraga disse o que tinha de dizer. Neoliberalismo na veia. Estado mínimo e bancos e megaempresas máximos. Já Gianetti também está a dizer para o quê Marina Silva veio; e não há espaço para ser “sonhático”, porque suas propostas são verdadeiros pesadelos e similares às do PSDB, a observar: “A oposição vai corrigir os equívocos do atual governo, com a volta do tripé macroeconômico, com um movimento inevitável de correção e ajustes aos desequilíbrios” — disse o neoliberal. “A hipotética vitória da oposição será de ajustes duros que restabeleçam confiança” — concluiu o elitista.
A confiança de quem, cara pálida? Só se for a dos banqueiros nacionais e internacionais e dos governos dos países desenvolvidos, a exemplo da Inglaterra, que hoje só tem bancos, da França, da Alemanha, do Japão, da Espanha e dos Estados Unidos, além de outros países ricos, mas com menor visibilidade. Gianetti e Fraga são absurdamente ligados ao establishment e os considero, juntamente com Marina Silva e Aécio Neves, perigosos para o desenvolvimento do povo brasileiro, porque, indubitavelmente, são contrários aos interesses do Brasil. Esses caras, tal quarteto, são o fim da picada.
Só uma besta quadrada ou indivíduos que são ideologicamente conservadores e detestam a efetivação de simples programas de proteção social a pessoas que tem dificuldades até para conseguir se alimentar, no dia a dia, poderiam considerar “inteligentes, sensatas e humanas” as propostas econômicas fracassadas e derrotadas há sete anos pela crise internacional. Como apoiar e acreditar em economistas sem quaisquer compromissos com a sociedade, a população — o povo? Como?
Esses caras são os fundamentalistas do mercado. Eles são mais perniciosos e venenosos do que os fanáticos religiosos, porque podem administrar o dinheiro público, e, por sua vez, suprimir, tirar e confiscar o direito de o cidadão viver em paz, exemplificado no direito a estudar, a se empregar, a se qualificar e a ter melhores condições de vida. O Estado é, sim, o indutor da macroeconomiaem
qualquer País , inclusive nos Estados Unidos, cujos
governantes socorrem e socorreram com trilhões de dólares a economia
estadunidense quando os empresários irresponsáveis e corruptos, com a
cumplicidade de agentes públicos de alto escalão se tornaram os principais
autores da crise internacional de 2008.
Não se engane o brasileiro quanto às intenções de Marina Silva e Aécio Neves. Marina traiu o PT, o Lula, a sua história e vai trair a quem ela tiver de trair. Marina é o Jânio de saia. Quem sabe um pouco de história percebe a imensa coincidência entre os dois políticos, tanto no que concerne ao linguajar, aos partidos pequenos, ao “abraço” da burguesia e da mídia alienígena às suas candidaturas, à ausência de ideologia, à base política desajustada, à troca de partidos e, principalmente, à ausência de projeto de País e programa de Governo. Marina simplesmente não os tem. Se a “Sonhática” vencer as eleições, quem viver verá. A direita aposta hoje em qualquer um para derrotar o PT. Marina é o Jânio de saia. A "Sonhática" do pesadelo. Prepara-se! É isso aí.
Uma revolução pacífica, de caráter reformista e muito aquém do desejado para segmentos importantes da esquerda brasileira. A esquerda que não foi cooptada, pois não pulou a cerca, que está no poder, a partir de
Como se observa, o Brasil, País que é a sétima economia do mundo, com uma população de 210 milhões de habitantes, que tem um parque industrial gigantesco e cidades que atraem turistas de todo o planeta, ainda continua com uma característica abominável, proveniente do Brasil Colônia e do Brasil Império. Trata-se da subserviência e da subalternidade de importantes e influentes segmentos sociais, que se submetem a crenças, valores e princípios de uma classe dominante riquíssima, de caráter alienígena, aliada e cúmplice do establishment internacional e totalmente divorciada dos interesses do Brasil e do seu povo.
Sabedores dessas questões e realidades, a Casa Grande — morada política e ideológica da burguesia apoiada pelos pequenos burgueses (classe média) — aposta em qualquer candidato para derrotar os trabalhistas, consequentemente, tirá-los do poder. Como anteriormente afirmado, não importa à direita quem vai ser o candidato a ser apoiado por ela. O que vale para os conservadores é que o PT e seus aliados sejam derrotados e a direita brasileira possa, enfim, retomar os princípios neoliberais, que se baseiam no estado mínimo, ou seja, na ausência do estado, bem como na meritocracia, que significa “cada um por si e Deus contra todos”.
Meritocracia é igual individualidade, que é igual à lei da selva, que favorece a Casa Grande — o lar dos beneficiados e privilegiados da sociedade. É o fim da picada, porque a espécie humana desde seus primórdios até hoje sobreviveu e não sucumbiu como espécie por causa da solidariedade, da responsabilidade entre os entes humanos e dos cuidados para que todos os indivíduos não fossem derrotados pelas intempéries que se apresentam ao longo da vida.
É muito fácil para gente como o tucano Aécio Neves e sua trupe, bem como para os seus eleitores ricos e de classe média defenderem a meritocracia quando, na verdade, a maioria das pessoas que conheço, além das que não tenho contato, mas leio suas mensagens e ouço suas vozes nas mídias sociais, tiveram todas as oportunidades e condições sociais, econômicas e de logística em toda vida estudantil, com o apoio dos pais, parentes e do estado (universidades públicas), de forma que pudessem se formar, para logo após conquistar os melhores postos de trabalho, seja nos setores públicos ou privados. É de se lamentar, profundamente, que tenhamos no Brasil uma das piores e mais perversas classes ricas e médias do mundo. Ponto!
Marina Silva representa tudo isto que está posto. Ela optou, e, como evangélica com pinceladas messiânicas, não se furta a fazer assertivas completamente mirabolantes, porque, sem ideologia e despida de programa de governo e projeto de País, poderá se tornar, institucionalmente, um Jânio Quadros de saia, igualmente com linguajar empolado e retórico, hospedeira de um partido que não é seu — ela não conseguiu assinaturas para legalizar a Rede Sustentabilidade —, ideologicamente confusa e frágil, além de ser irresponsavelmente useira e vezeira em negar a política e os partidos políticos, base, insofismável, de qualquer democracia no mundo, seja ela representativa (democracia burguesa) ou direta (democracia popular).
Não sei qual é o problema de Marina Silva, mas sei que ela lembra e repete o fracasso político, administrativo e governamental do ex-presidente Jânio Quadros, raro político popular à direita, que foi em sua época, como Marina Silva o é nos dias de hoje, abraçado pela imprensa de mercado, bem como apoiado efetivamente pelo maior partido de direita daqueles tempos, a famigerada União Democrática Nacional, do (corvo) Carlos Lacerda. A golpista UDN, covil de empresários, militares e políticos reacionários e entreguistas, que, inclusive, traidores da Pátria que são, aliaram-se a forças estrangeiras (EUA) para derrubar João Goulart do poder, presidente trabalhista do antigo PTB, eleito legitimamente pelo povo brasileiro.
Jânio Quadros, além de todas essas questões, não contava com um ministério coeso e muito menos com uma base parlamentar que lhe desse tranquilidade para aprovar os projetos do Governo. Igual à Marina Silva, Jânio também pertencia a um partido pequeno, o PDC. Marina Silva vai pelo mesmo caminho. Pertence a um partido que se tornou aventureiro ao romper uma aliança com o PT que perdurava desde 1989. Seu presidente, o ex-governador Eduardo Campos, não governaria Pernambuco com tantos bons resultados se não fossem os investimentos pesados, em todas as áreas de atividade econômica e social, repassados pelos governos de Lula e Dilma. Depois do Rio de Janeiro, Pernambuco é o Estado que mais recebeu atenção e dinheiro do Governo Federal, nos últimos 12 anos.
Eduardo Campos não governou com grandes dificuldades, pois surfou nas ondas do Governo Federal para concretizar seus programas e projetos
O Governo do PT financiou os pequenos empresários e abriu as portas da CEF e do BNDES a quem desejava ser empreendedor ou melhorar as condições de sua empresa. Essas instituições financeiras de fomento até então eram serviçais dos inquilinos da Casa Grande e o Governo Trabalhista acabou com essa vergonha recheada de privilégios e tida como primazia a bilionários e milionários que socorriam suas empresas e até mesmo suas incompetências com a garantia de empréstimos a juros bem mais baixos do que os praticados no mercado.
Esses são os lúgubres, macabros e pavorosos tempos dos governos entreguistas e vazios de empregos de FHC — o Neoliberal I —, aquele sociólogo que não entende nada de povo e que foi ao FMI três vezes, de joelhos, humilhado e com o pires nas mãos, porque quebrou o Brasil três vezes. Quando bancos estatais passam a servir ao povo, a burguesia e, pasmem(!), a classe média tradicional estrilam, ululam, em um bramido feroz e voraz, que deixam suas vozes roucas de tanto ódio e preconceitos.
Dessa forma passam para a incontinência verbal e resmungam através das mídias empresariais, pelos cantos das cidades e babam a cólera dos que se acham preteridos, porque para essa gente tacanha e sem discernimento compreender que melhorar as condições de vida dos brasileiros é bom para todos é um exercício terrível e doloroso de sensatez e sobriedade. E sabe por quê? Porque essa gente se considera “escolhida” por Deus ou pelo destino que lhe acalenta e apetece. Por isto e por causa disto, tais grupos entendem ser um direito “divino” se dar bem a vida toda e o restante da população que se dane e aguente o rojão, a vida dura, que as classes médias tradicionais e os ricos jamais vão experimentar para ver o que é bom para a tosse.
A realidade de o País vivenciar doze anos de governos populares e democráticos dói e revolta os rentistas, os que fazem dos juros e do câmbio as ferramentas primordiais de suas vidas inúteis, abundantes, faustosas e opulentas, como as dos nababos e paxás. É o mercado a vir com força para eleger seus prediletos, pois que conspiram e se comprometem com a volta do neoliberalismo, doutrina que não deu certo e que afundou os países da Europa Ocidental, além dos Estados Unidos, que há quase sete anos enfrentam uma crise interminável, que causou desemprego em massa, levou à falência estados nacionais e empresas, bem como muitas pessoas desesperadas optaram pelo suicídio.
É uma lástima, além de um processo draconiano e vampiresco o pensamento econômico, em que o mercado de capitais se transforma em Deus, efetivado por gente apenas acostumada a frequentar os salões da plutocracia brasileira e internacional. Eles querem e lutam por um governo para os ricos. Esse pessoal não entende nada de gente, de povo. Em seus vocabulários e dicionários a palavra “social” inexiste.
Afinal, “não há almoço grátis”. Frase preferida dos coxinhas da alta sociedade e que pensam que a vida é uma eterna diversão e passar bem. O almoço só pode ser grátis para a Casa Grande, quando há a necessidade de pedir empréstimos a juros baixos e a perder de vista, bem como fazer do estado nacional a extensão de suas casas, porque se tem uma coisa que a classe dominante é e nunca vai deixar de sê-lo é ser patrimonialista. Ponto!
O resto é balela e conversa para boi dormir. Os economistas, administradores e financistas do PSDB e do mercado defendido com dentes e unhas pelo oligopólio midiático de apenas seis famílias sabem o que querem. E eles querem um Brasil para poucos, VIP, com mão de obra barata, pouco emprego para demitir e contratar rápido, porque sendo assim os salários não aumentam e o trabalhador que vai ocupar o posto do demitido vai aceitar qualquer salário, inclusive ser humilhado, porque vai perder a força para reivindicar até mesmo melhores condições de trabalho.
Medidas amargas e duras já foram anunciadas por Armínio Fraga, do tucano neoliberal Aécio Neves, e por Eduardo Gianetti, da “sonhática” (ela não tem ideologia e nem programa de governo) Marina Silva. Fraga disse o que tinha de dizer. Neoliberalismo na veia. Estado mínimo e bancos e megaempresas máximos. Já Gianetti também está a dizer para o quê Marina Silva veio; e não há espaço para ser “sonhático”, porque suas propostas são verdadeiros pesadelos e similares às do PSDB, a observar: “A oposição vai corrigir os equívocos do atual governo, com a volta do tripé macroeconômico, com um movimento inevitável de correção e ajustes aos desequilíbrios” — disse o neoliberal. “A hipotética vitória da oposição será de ajustes duros que restabeleçam confiança” — concluiu o elitista.
A confiança de quem, cara pálida? Só se for a dos banqueiros nacionais e internacionais e dos governos dos países desenvolvidos, a exemplo da Inglaterra, que hoje só tem bancos, da França, da Alemanha, do Japão, da Espanha e dos Estados Unidos, além de outros países ricos, mas com menor visibilidade. Gianetti e Fraga são absurdamente ligados ao establishment e os considero, juntamente com Marina Silva e Aécio Neves, perigosos para o desenvolvimento do povo brasileiro, porque, indubitavelmente, são contrários aos interesses do Brasil. Esses caras, tal quarteto, são o fim da picada.
Só uma besta quadrada ou indivíduos que são ideologicamente conservadores e detestam a efetivação de simples programas de proteção social a pessoas que tem dificuldades até para conseguir se alimentar, no dia a dia, poderiam considerar “inteligentes, sensatas e humanas” as propostas econômicas fracassadas e derrotadas há sete anos pela crise internacional. Como apoiar e acreditar em economistas sem quaisquer compromissos com a sociedade, a população — o povo? Como?
Esses caras são os fundamentalistas do mercado. Eles são mais perniciosos e venenosos do que os fanáticos religiosos, porque podem administrar o dinheiro público, e, por sua vez, suprimir, tirar e confiscar o direito de o cidadão viver em paz, exemplificado no direito a estudar, a se empregar, a se qualificar e a ter melhores condições de vida. O Estado é, sim, o indutor da macroeconomia
Não se engane o brasileiro quanto às intenções de Marina Silva e Aécio Neves. Marina traiu o PT, o Lula, a sua história e vai trair a quem ela tiver de trair. Marina é o Jânio de saia. Quem sabe um pouco de história percebe a imensa coincidência entre os dois políticos, tanto no que concerne ao linguajar, aos partidos pequenos, ao “abraço” da burguesia e da mídia alienígena às suas candidaturas, à ausência de ideologia, à base política desajustada, à troca de partidos e, principalmente, à ausência de projeto de País e programa de Governo. Marina simplesmente não os tem. Se a “Sonhática” vencer as eleições, quem viver verá. A direita aposta hoje em qualquer um para derrotar o PT. Marina é o Jânio de saia. A "Sonhática" do pesadelo. Prepara-se! É isso aí.
8 comentários:
A Direita já achou seu Jânio, e em breve teremos um Lacerda, transvestido de Joaquim Barbosa. A conferir.
Irretocável e lucidíssimo, além de vasto conhecimento, como sempre.Aplausos! Como a direita faz qualquer pacto com o demo para tirar o PT do governo (o poder ainda é internacional/neoliberal, convenhamos) , apesar de evangélica e SOCIALISTA (?! ), vota até na blablarina adicta de Jesus... ou no outro playboyzão neoliberal adicto e violador do teste do bafômetro : o aecim.Ela, a reencarnação rs do famigerado Jânio, ele , um Collor "again" e ambos ex-presidentes foram uma tragédia para o país, incontestavelmente. Se um dos dois -para desgraça ou azar do país se eleger- (isola!!!), o genial Lúcio Cardoso acertou na mosca ao afirmar , na pg 285, do seu excepcional CRÓNICA DA CASA ASSASSINADA que "o fatal é a tendência da natureza humana para o abismo e a desordem". Credo!!!Que Deus nos livre e guarde, amém.
Repasso as observações argutas e oportunas do professor Nílson Lage, a seguir:
"Marina Silva pode ser excelente pessoa, mas é o anti-Brasil.
Nascida de esquerdismo primitivista e romântico, ostenta uma subcultura enfeitada com palavras difíceis e frases sem sentido.
Odeia o agronegócio. Não no sentido de enfrentar os herdeiros empresariais do velho coronelismo limitando suas ambições políticas, organizar agricultores em cooperativas para exploração de produtos em condições competitivas, ou criar arranjos produtivos que integrem a pequena propriedade em unidades industriais ou núcleos de armazenamento, processamento e comercialização.
É contra o agronegócio em si, contra aquilo que sustenta o comércio externo do país. Extrativista, admite no máximo a agricultura de subsistência.
Esse aspecto de seu programa é que o mais agrada aos Estados Unidos, que têm no Brasil sério concorrente real – e principalmente potencial – no mercado de commodities agrícolas.
Esquerdista radical – no que esquerda e direita se abraçam, comovidas, ao som de um bolero – não é contra o capitalismo (tanto que a assessoram alguns de mais destacados intelectuais orgânicos do financismo bancário), mas contra a “sociedade industrial” – isto é, a Embraer, as siderúrgicas, as metalúrgicas…
É dos que odeiam hidrelétricas e acham construí-las na Amazônia um crime contra os “povos da floresta”. Como termelétricas poluem e usinas nucleares são perigosas, sugerem iluminar e mover este país de 200 milhões de pessoas com cataventos, quando o vento sopra.
Tirando o criacionismo, o horror aos transgênicos (não ao patenteamento de novas espécies obtidas em laboratório, mas à ciência que permite criá-los) e o uso abusivo dos conceitos em ciências humanas, nada propõe em áreas do conhecimento.
Não tem suporte político além do aglomerado que se forma conjunturalmente para colocá-la no governo ou atrapalhar o “inimigo”. É contra “tudo que está aí”, pela gestão do Estado com a graça de Deus, espada da Justiça, a confiança da Fé, a pureza da Inocência e iluminação da Sabedoria. Fernando Collor, em 1989, era candidato bem mais consistente". E deu no que deu.
Obrigada por todos os seus posts!
Marcelo Ricardo
Marina Silva é uma cópia "internetizada" de Jânio Quadros, guardadas as devidas proporções. Ambos queriam agradar a todos os públicos ao mesmo tempo (empresários e trabalhadores; conservadores e liberais; esquerda e direita). Jânio ao menos tinha momentos de bom humor, fina ironia e gentileza. Coisa que Blablarina não tem, com aquela cara amarrada o tempo todo. Dizer que Chico Mendes era da elite foi a cereja do bolo indigesto do marinismo. Uma vez no governo, Jânio não conseguiu governar como discursava, agradando todo mundo ao mesmo tempo: os interesses diversos da sociedade passaram a se chocar contra ele, sua rejeição aumentou e ele renunciou, lançando o País numa crise que quase terminou em guerra civil (a "Campanha da Legalidade" de Brizola impediu isso) e abriu caminho pro golpe de 1964. Votar em Marina é, no mínimo, um tiro no escuro.
Bem colocado, Davis! Marina é a reencarnação de Jânio: muita bravata, poucas propostas concretas e nenhuma capacidade de articulação. O resultado foi um país ingovernável, cuja situação política foi se deteriorando até o trágico dia 31 de março de 1964.
25 anos depois do golpe militar, o povo elegeu um outro messias: Fernando Color. Como Jânio, ele era carismático e propunha uma "nova política". Ele confiscou as popuanças de milhões de brasileiros e tentou governar sem o apoio do Congresso, até que seu próprio irmão denunciou seus negócios escusos e sua situação ficou insustentável, levando-o ao impeachment.
Povo que não aprende com a sua própria história tende a repetí-la...
KKKKK..........Perdeu mané!!!!!!!!! Vamos fechar o hospício por falta de verba petralha
Precisa a tua análise, Davis.Saudações.
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