quarta-feira, 19 de março de 2014

As peripécias de um fascista miolo mole

O que a Folha, a Veja e a Globo não deram sobre os organizadores da "nova" Marcha da Família

Por Miguel do Rosário
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Há cinquenta anos, a Folha de São Paulo assumia-se francamente em favor da derrubada do presidente eleito, João Goulart. Para isso, o jornal, assim como quase todos os grandes meios de comunicação da época, se valiam de uma verdadeira alquimia verbal: os golpistas eram chamados de democratas e o golpe foi chamado de movimento de retorno à democracia.
Foi o maior engodo da história do Brasil. E foi preparado meticulosamente, ao longo de muitos anos, contando com gordo financiamento dos Estados Unidos.
Agora sabemos que a cúpula militar foi subornada. Há relatos de generais recebendo “malas de dólares” pouco antes do golpe.
É curioso que a Folha, que jamais se desculpou pelo apoio ao golpe, agora dê tanto espaço a Bruno Toscano, um dos organizadores da Marcha da Família, a qual defende, entre outras coisas, justamente uma nova “intervenção militar”.
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Entretanto, o problema maior não é dar atenção à Marcha, já que é um evento bizarro o bastante para despertar o interesse público e jornalístico. O problema é não dar ao leitor um mínimo de informação sobre o entrevistado, o senhor Bruno Toscano.
Os internautas nos ajudaram a fazê-lo, embora me pedindo que não divulgue seus nomes, porque, segundo eles, Toscano já os ameaçou de morte várias vezes. Já foi montado inclusive um “Dossier Kipedia” com fotografias sobre o comportamento de Toscano nas redes.
São ameaças de morte à presidente da república e militantes de esquerda de forma geral, incitações ao terrorismo político, homofobia descarada.
Vou reproduzir apenas uma dessas coisas:
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Por que a Folha não pesquisa sobre o personagem antes de jogar tantas luzes sobre ele?
                      Veja o vídeo do alucinado
A reportagem diz ainda que um dos apoiadores da marcha no Rio é Maycon Freitas, “técnico em segurança do trabalho”. A Folha já foi mais profissional. Maycon Freitas trabalha para Globo, como dublê, conforme descobriu este blog. Freitas ganhou notoriedade ano passado, ao aparecer nas Páginas Amarelas da Veja, como a “nova voz que emergiu das ruas”. A matéria compunha uma das tentativas da mídia de manipular as manifestações em favor da direita e contra o governo federal.
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Um dos nossos amigos da blogosfera fez até um videozinho com a figura. Vale a pena ver de novo:
Tem mais: as mesmas figuras foram identificadas como os agressores de pessoas que participavam do Foro de São Paulo, no ano passado.
A nossa mídia agora se degenerou a tal ponto que vai promover terroristas?
PS do Fernando Brito: Miguel, a Folha poderia aproveitar o ensejo e perguntar sobre o que é a queixa-crime apresentada contra o Bruno Toscano Franco na 1a. Vara Criminal de São Paulo, no processo 00006262820148140401 do Tribunal de Justiça do Pará. 
Ps do Miguel: Tem muito mais coisa, Fernando. A ficha do cara é pesadíssima, mas poupei os leitores, e uns amigos guardaram muitas fotos com suas ameaças. Se precisar a gente publica tudo aqui.

2 comentários:

Anônimo disse...

Sempre que possível é bom denunciar os assassinos ou os arruaceiros ou os marginais ou os corruptos ou os golpistas, etc.Dar nome aos bois, vacas e bezerros é de suma importância.Neste caso as aparências não enganam.Os dois têm cara de idiotas ou nazifascistas ou psicopatas. Assim como Hitler ou Mussolini (e outras bestas feras) estes tipos bizarros vão conseguir amealhar um bando com perfis semelhantes...além dos inúmeros alienados e inocentes úteis sempre de plantão.
Marcos Lúcio

Otto Lima disse...

Quando tudo começou, Adolf Hitler era só um veterano de guerra com ideias radicais. Até o dia em que o povo o elegeu...