Por Davis Sena
Filho — Palavra Livre
"Quando
a política penetra no recinto dos tribunais, a Justiça se retira por alguma porta".
(François Guizot — político e pensador francês)
O
juiz-celebridade Sérgio Não Vem Ao Caso Moro, do PSDB do Paraná, não se
aguenta, não se segura e não resiste aos flashs midiáticos, porque para ele é
irresistível não participar das comezainas, dos regabofes, das papanças e das
patuscadas da casa grande — o paraíso tão almejado e sonhado pela classe média self-made
man —,
a individualista e anti solidária, pois a que diz acreditar devotamente na
"meritocracia", conquanto os "méritos" passem de pai para
filho, a excluir a maior parte da população da instrução e da educação de boa
qualidade, o que denota o círculo fechado da reserva de mercado, no que
concerne a ter acesso aos melhores empregos. Eternamente...
A classe média branca e tradicional, cujos
antepassados fizeram curso superior, estudaram nas melhores universidades e
ocuparam, no decorrer do tempo, os melhores empregos nos setores público e
privado. A classe média que tem tempo para estudar em casa ou pagar os
cursinhos caros para fazer concursos públicos e, por sua vez, ingressar nas
carreiras "típicas" de estado ao assumir os cargos por ter sido legalmente nomeada, para depois se tornar, hipocritamente e cinicamente,
privatista.
A classe média a favor dos interesses da
iniciativa privada e a se contrapor, inclusive, aos interesses estratégicos do
Brasil em termos internacionais, principalmente quando os servidores com cargos
de poder decisório se voltam contra o próprio estado que os sustenta. Surreal,
mas tão verdadeiro que não se vê e não se sabe sobre se os procuradores ou
promotores estão a lutar contra as privatizações criminosas promovidas pelo
governo golpista e entreguista de *mi-shell temer, que é tratado como pária
pela comunidade internacional. O Judiciário, vergonhosamente, cruzou os braços
e se calou quanto às privatizações criminosas e antinacionais.
Contudo, como não é idiota e, sim,
espertalhona, a classe média, evidentemente, jamais irá abrir mão das
carreiras, dos cargos, dos alto salários, do status e da estabilidade
empregatícia e profissional, no decorrer de toda a vida, e, posteriormente, ter
direito a uma aposentadoria tranquila e integral até o dia de sua morte, sendo
que muitos de seus filhos, principalmente as filhas, continuam a receber os
salários dos pais por direito garantido em lei, o que, sobremaneira, esta
realidade se torna um escárnio para o restante da população brasileira, que se
vê obrigada a exercer o papel de contribuinte dos impostos que pagam as pensões dos
herdeiros da classe média, sem, obviamente, generalizar.
O juiz Moro & Companhia, conscientemente
ou não, são os típicos casos desta situação e os exemplos realisticamente
retratados, de cabo a rabo, do que é feita a matéria, a alma e o pensamento da
classe média brasileira, que não possui o menor sentimento de brasilidade, de
nacionalidade e não tem preocupação alguma sobre questões como soberania,
democracia, independência, desenvolvimento, cooperação e bem-estar social,
porque insofismavelmente colonizada e distante das realidades da maioria dos brasileiros das classes populares.
E por quê? Porque a classe média somente
aprendeu a valorizar e a respeitar os valores e os princípios das cortes tupiniquins e estrangeiras, sendo
que esta última a aculturou e, com efeito, colonizou a burguesia e a pequena
burguesia brasileiras, que são tratadas como subalternas, servis e menores pela
estrangeirada imperialista e colonialista. Trata-se, de fato, de los cucarachas
que não se dão ao respeito, mas tratam o trabalhador brasileiro com a
arrogância e a prepotência dos escravagistas. É aquela coisa do "falar
grosso com a Bolívia e fino com os Estados Unidos", como disse certa vez o
cantor e compositor Chico Buarque.
A verdade é que o juiz Sérgio Moro não se faz
de rogado quando se trata de aparecer, sistematicamente, junto à burguesia que
conquistou o poder por intermédio de um golpe de estado na Banânia. Moro é
useiro e vezeiro em aparecer ao lado da elite política e empresarial que
derrubou uma presidente constitucional e legítima, que não cometeu crimes de
responsabilidade e recebeu da maioria do povo brasileiro 54,5 milhões de votos.
Procuração autorizada pelos votos do povo,
que foram criminosamente rasgados, como se a cidadania de dezenas de milhões de
brasileiros não valesse nada. E a classe média mais uma vez na história foi
cúmplice e uma das autoras de tamanha violência, vergonha e baixaria em forma
de crime contra a democracia e o Estado de Direito, que dividiu indelevelmente
as famílias e o País. A classe média é o juiz Moro; e, tal qual ao magistrado,
é autoritária e arbitrária, além de lutar contra a ascensão social dos pobres e
o desenvolvimento do Brasil. A classe média, tanto quanto os ricos, não quer
dividir e distribuir. Ponto.
As informações acima sobre o que ocorreu com
a presidente deposta mas legítima, Dilma Rousseff, por trapaceiros e ladrões têm
de ser obrigatoriamente repetidas, infinitamente e incansavelmente, para que se
relembre sempre aos que tiveram seus votos invalidados e aos coxinhas golpistas
que este País, onde viceja uma casa grande desastrada e incompetente, com uma
elite política corrupta e usurpadora, que historicamente não admite que o
Brasil se torne um País desenvolvido e que a democracia se consolide, que
existem pessoas, a exemplo do autor deste artigo, que não tergiversam quanto à
verdade, não permitem e não toleram que a mentira, a distorção e a hipocrisia
por parte dos golpistas reescrevam a história do golpe de estado e de direita
de 2016.
E a partir daí, quando as oligarquias
escravocratas, os fascistas tomam o poder sem a autoridade das urnas e não
fazem nada para melhorar as condições de vida dos trabalhadores, a não ser
arrebentar com o País e a sociedade, começam, então, talvez para disfarçar a
safadeza, a realizar pantomimas em forma de cerimônias, festas, eventos e
encontros oficiais e não oficiais, sem jamais esquecer, evidentemente, de
premiar, promover e elogiar os agraciados da Corte, pois o propósito é fazer
com que os condecorados pelas autoridades do Governo e pelas associações de
grupos econômicos privados, como a Globo com seus prêmios à moda "Operário
Padrão" concedido, por exemplo, ao juiz Moro & Companhia, sejam
reconhecidos como os defensores do status quo e os agentes confiáveis do
establishment.
A partir do reconhecimento por meio de seus
prêmios e homenagens, essas pessoas se tornam entes da mais estrita confiança
do sistema de capitais e dos grandes capitalistas, com o direito de ter as
portas das grandes empresas e dos salões da burguesia franqueados para o todo e
o sempre. É assim que funciona a cooptação de pessoas que interessam ao
sistema. As pessoas que não se deixam cooptar, como o Lula, a Dilma, o Brizola,
o Jango e o Getúlio, são chamadas, no mínimo, de ladras e incompetentes pela
imprensa de negócios privados, realidade que está a acontecer com o Lula, que
no dia 3 de maio irá depor em Curitiba, a ter o juiz Moro como seu ouvinte e
"julgador".
Ser de classe média e chegar ao
"paraíso" da Corte é o que o juiz Sérgio Moro, o procurador Deltan
Dallagnol, dentre muitos outros operadores do Direito e do Judiciário querem
almejar e desejam conquistar, porque, inequivocadamente, demonstram que
valorizam tais relações, já que também sabedores de que a maioria dos juízes do
STF, a exemplo de Gilmar Mendes, o principal operador dos interesses da
plutocracia no âmbito jurídico nacional, conseguiu abrir as portas do
"paraíso" tão sonhado pelos pais e os filhos da classe média
tradicional.
Então, conclui-se que o juiz Moro et caterva
estão a trilhar o caminho para se chegar ao "nirvana" de serem
considerados fiéis ao sistema de capitais que mantém sob controle as riquezas
do Brasil, o orçamento da União e as políticas públicas que serão efetivadas,
além de garantir a interface com o grande empresariado deste País, que também
cooperou para sustentar o golpe bananeiro e terceiro-mundista, porque são membros
do consórcio de direita que tomou o Palácio do Planalto de assalto, ressalta-se
mais uma vez, como fazem os bandidos nas ruas deste País, que é sempre impedido de se desenvolver.
Acostumado com os holofotes
midiáticos, que elevam sua pessoa a se transformar em celebridade, o juiz Moro
não se faz de rogado e, se mesmo o relatório do ministro do Supremo Edson
Fachin tenha evidenciado sem dó e piedade que os principais políticos do PSDB
estão envolvidos até a medula com todo tipo de corrupção e ilegalidades, Moro
dá atenção redobrada ao Lula, pois em conformidade com as Organizações(?)
Globo, que dão sustentação às ações e às diatribes do juiz de primeira
instância, que se tornou, não o inimigo mortal da corrupção, mas, certamente, o
inimigo declarado do PT e do Lula mesmo a ser o juiz que vai julgar, vejam só,
o Lula! Moro se empenha, diuturnamente, para que o maior político da história
do País não se eleja presidente em 2018.
O relógio do juiz Sérgio Moro
está em conformidade com o relógio do impedimento de Lula, cujos ponteiros
começam a girar agora, a faltar 13 dias para o depoimento de Lula ao magistrado
em Curitiba, a exigir que o ex-presidente esteja presente nas oitivas ou
audiências de 87 testemunhas arroladas por sua defesa, o que se trata de um
sinal claro de que Moro quer prejudicar o político petista, imobilizá-lo e
humilhá-lho, como o fez quando deu ordem à PF para levá-lo coercitivamente para
depor em aeroporto de São Paulo, sem antes avisá-lo que deveria depor por meio
de uma simples intimação.
Moro não tem condições de julgar o
ex-presidente Lula, por se tratar de um político que faz política de guerra por
meio de seu ofício de juiz. É o fim da picada, porque em um país sério e com
tradição democrática tal juiz seria punido severamente. Moro é partidário,
parcial, injusto e prepotente. Porém, deseja alcançar o nirvana e ser mais um
coxinha que conseguiu se transformar em burguês e, com efeito, ser considerado
e aceito pelo sistema de capitais, o dono do poder político e econômico, para
sempre. A resumir: Moro quer ser um membro da casa grande, patrão e
proprietário, e não mais seu capataz de confiança.
O
juiz de primeira instância, Sérgio Moro, é o office-boy da casa grande e o
coxinha que está a lutar para conseguir abrir as portas do "paraíso",
mas necessita perseguir o Lula, enquanto posa para as fotos ao lado de Luciano
Huck, que é o retrato do "bom moço" da Globo e das famílias de classe
média, que desejam e sonham com um cara com o perfil do Huck, como o genro
self-made man para casar com suas filhas. Moro é o Huck de toga e sorri,
conforme as imagens repercutidas pela imprensa de mercado, para o golpista e
usurpador *mi-shell temer, no Palácio do Planalto, lugar onde deveria estar a
presidente eleita e legítima, Dilma Rousseff. É isso aí.
4 comentários:
Lula queria um selo com sua foto para marcar o seu primeiro semestre de governo. Ele exigiu um selo de altíssima qualidade. Os selos foram criados, impressos e vendidos. Lula ficou radiante! Mas em poucos dias ele ficou furioso ao ouvir reclamações de que o selo não aderia aos envelopes. O presidente convocou os responsáveis e ordenou que investigassem o assunto. Eles pesquisaram as agências dos Correios de todo o país e relataram o problema a Lula. O relatório disse: "Não há nada de errado com a qualidade dos selos. O problema é que o povo está cuspindo do lado errado."
Hahahahahaha. O Jorge Marcelo, o coxinha vagabundo e mau caráter tomando as dores do safado do Moro. Hahahahahaha E não pára de falar merda. A boca desse babaca é um esgoto. Hahahahahaha
moro – o ‘persona non grata’ e ‘um juiz de moda’
Ao Medieval Savonarola Câmera Antagonista moro Mentiroso foi-lhe negado o título de honoris causa, na UEM/PR, onde se formou.
Por que?
Do professor Carlos Cristiano Meneghini que fazia parte da Comissão: forneceu mais alguns detalhes. “ A comissão não queria que ele viesse ante os absurdos jurídicos que esta pessoa cometeu — e comete.”
E, disse,também:
“ Eu, assim como inúmeros professores, colegas formados e formandos criticamos este pedido, ainda mais de uma pessoa que renega o nome da Universidade Estadual de Maringá no Lattes, bem como comete atrocidades legais. Deveriam dar-lhe um título de persona non grata.”
Do professor Marcos Cesar Danhoni Neves, que protocolou o requerimento contra a premiação, Moro “é um juiz de moda”.
Mais de 3 anos de lava jato e nenhum tucano preso
Do Medieval Savonarola Câmera Antagonista moro Mentiroso: 'it's no case', ops, não vem ao caso.
Postar um comentário