AÉCIO É O FHC OU FHC É O AÉCIO? QUEM É O NEOLIBERAL? AMBOS. |
As
notícias provenientes da lavra de ações e pronunciamentos do candidato do PSDB
a presidente da República, senador Aécio Neves (MG), causam dois sentimentos às
pessoas que têm a compreensão e o discernimento do que significa a volta dos
tucanos à Presidência: repulsa ao tempo que uma vontade incontrolável de rir
quando, não, gargalhar. Até mesmo os coxinhas reacionários de classe média e os
“bem-nascidos” das consideradas classes “dominantes” sabem que o Aécio Neves
não tem programa de governo e muito menos projeto de País.
Aliás,
nunca o terá, porque os tucanos não têm propostas para os brasileiros, a não
ser tentar voltar a um passado sem eira nem beira, alicerçado em um
neoliberalismo que fracassou de forma retumbante, como todos sabem nos quatro
cantos do mundo. E não é necessário explicar os motivos, não é? Afinal, a
Europa e os Estados Unidos até hoje comem o pão que o diabo amassou por causa
das irresponsabilidades dos governos, da indústria imobiliária e dos
banqueiros, que ficaram livres para cometer crimes, sandices e desatinos. Isto
tudo com a cumplicidade de governantes que hoje deveriam estar presos, porque
alguns ainda estão soltos e a deitar falação como se tivessem liderança
política e moral junto às sociedades.
Aécio
Neves é um aventureiro, mesmo a ser neto de Tancredo Neves, político legalista
e importante na história recente do País. Contudo, Aécio, seu herdeiro, escolheu
caminhos antagônicos aos de seu avô, porque, hoje, representa o atraso e o
retrocesso na política brasileira. O tucano mineiro de alma carioca se
transformou no principal representante e candidato das oligarquias brasileiras,
que apostam suas fichas em um político que não conseguiu aprovar um único
projeto relevante no Senado, que votou, sistematicamente, contra os interesses
dos trabalhadores, além de ter privatizado as estatais mineiras e endividado o
estado de tal forma que seu sucessor vai ter enorme trabalho para equilibrar as
contas do estado mineiro.
Aécio
Neves já deixou claro que está disposto — palavras dele — a efetivar medidas
impopulares. Evidentemente, o tucano pretende seguir as receitas neoliberais
implantadas a fórceps no Brasil pelo FMI e Bird, instituições de exploração e
pirataria até hoje sob o controle do FED norte-americano. Medidas que já
provaram serem nocivas à humanidade e fomentadoras de desemprego em massa, como
atualmente ocorre com os europeus, japoneses e norte-americanos, além de terem
levado, no decorrer de décadas, as economias latino-americanas, africanas e
asiáticas à bancarrota, a tal ponto de os políticos neoliberais perderem
eleições em série, pois o modelo de exploração e roubalheira estava exaurido,
e, consequentemente, políticos do campo da esquerda passaram a vencer eleições
presidenciais, principalmente na América Latina.
Nada
é à toa. Nada se move sem motivo. Aécio Neves e sua trupe sabem disso.
Compreendem as razões para as seguidas derrotas dos tucanos e de seus
congêneres nas Américas do Sul e Central. A imprensa-empresa que lhe dá
sustentação e interfere indevidamente no processo político brasileiro
compreende os motivos dos reveses da direita, mas afiança o que não deu certo e
o que causou dor às sociedades e às nações.
Trata-se
da doutrina econômica neoliberal imposta ao planeta, a partir do Consenso de
Washington, de 1989, mas que desde a primeira metade da década de 1970 estava a
ser implantada, a ter o Chile como cobaia, país andino que hoje enfrenta sérias
questões sociais, pois o estado foi praticamente desmantelado e afastado de
setores estratégicos, como a saúde e a educação, o que fez com que os pobres e
os remediados passassem a ter sérias dificuldades para sobreviver quanto mais
conseguir ascender socialmente.
A
volta dos tucanos ao poder, na pessoa de Aécio Neves, coloca em risco o projeto
trabalhista do PT, que há 12 anos luta para distribuir renda e riqueza, por
intermédio dos programas sociais e da melhoria efetiva da infraestrutura, o que
fez do Brasil se transformar em um gigantesco canteiro de obras, o que o levou
a ser campeão mundial de criação de empregos, bem como se transformar na sétima
economia do mundo, além de ser tornar um País independente e autônomo, pois sua
política externa não é mais alinhada aos EUA e a países europeus ocidentais de
passado colonizador e imperialista, a exemplo de França, Inglaterra, Alemanha e
Itália.
Nos
governos trabalhistas de Lula e Dilma o Brasil fortaleceu as relações Sul-Sul,
no que concerne ao hemisfério e, por sua vez, abriu novas fronteiras econômicas,
financeiras, culturais e geográficas com os africanos, os árabes, os asiáticos
e, principalmente, com os sul-americanos. O Brasil durante séculos virou as
costas para seus vizinhos de continente, a não compreender os anseios e os
desejos de Simon Bolívar quanto a se ter uma América do Sul unificada para
defender seus interesses e independência.
Os
trabalhistas tiraram definitivamente o Brasil de seu provincianismo anacrônico,
que os burgueses e os pequenos burgueses (classe média) confundiam e ainda
confundem com cosmopolitismo, pois consideram que o ato de admirar e de viajar
às “suas” cortes, que colonizam suas mentes, valores e princípios desde os
tempos de seus ancestrais, é o suficiente para se sentirem integrados a um
mundo desenvolvido do qual, efetivamente, na pertencem e jamais pertencerão,
porque sempre vão ser tratados como estrangeiros em quaisquer países que vierem
a visitar ou morar.
Você
tem de lutar para desenvolver seu País e brigar por este sonho se preciso for.
Por isto e por causa disto ficam a viver de migalhas do que essa gente
considera “corte”, e, quando temerosos ou aturdidos com a esquerda no poder,
clamam por intervenção aos moldes colonizadores, pois, ignorantes e
entreguistas, não se importam com o próprio país onde nasceram e vivem, como
demonstraram, de forma oportunista, nas manifestações de junho de 2013. Coxinha
é coxinha! Ponto! Pode se formar em quinhentos cursos universitários, mas a
cabeça é colonizada, subserviente, subalterna e os preconceitos, de todos os
tipos, estão enraizados em sua alma e verve. São esses fatores que o transforma
em um pensador medíocre e em um ser humano passível de ser questionado. Sem
contar com a burrice, o que é uma redundância.
Aécio
Neves é o protótipo do coxinha que se fez playboy. Não tenho nada contra o
candidato dos tucanos. Tudo o que eu escrevo não é pessoal, mas, por seu turno,
político e ideológico. Quando Aécio Neves e seus coordenador sobre assuntos
econômicos, Armínio Fraga, falam ao público pela imprensa de negócios privados
ou em encontros com empresários e banqueiros no Brasil e no exterior nunca se
ouve as palavras povo, desenvolvimento social, cuidado com as pessoas, mais
cidadania, empregos, distribuição de renda e riqueza, conquistas e avanços para
os trabalhadores brasileiros. Nunca! Esses burgueses não conseguem pronunciar a
palavra “Nação”.
Eles
são completamente divorciados das questões brasileiras, dos sofrimentos e dos
sonhos do povo brasileiro. Não falam porque não querem. Que isto seja frisado.
Não falam porque não sentem, desconhecem a vida do povo, porque não vivem desde
que nasceram entre ele. A ausência de sentimento de brasilidade, de nação, os
transformam em pessoas frias e distantes, acostumadas a freqüentar um nível
social tão alto e longe das ruas e dos lares populares que praticamente os
desobriga a pensar em coletividade e na defesa dos interesses e dos direitos
mais justos do povo brasileiro.
Aécio
e Armínio — a dupla A.A. — não são maus. São apenas animais políticos de seu
meio. Freqüentadores do espaço da escala social dos mais fortes, dos que podem
mais, dos mais ricos e dos compromissados com o establishment e o status quo,
em âmbitos nacionais e internacionais. Contudo, iguais aos coxinhas, pois não
são cosmopolitas, porque pensam pequeno e sendo assim querem um País VIP, ou
seja, que atenda aos interesses de poucos e para poucos se locupletarem e se
divertirem. Afinal, eles são do campo da direita. E o que a direita sabe fazer,
em todos os tempos e eras, é exatamente o que até agora foi dito neste espaço
democrático — a minha coluna no Brasil 247.
A
verdade é a seguinte: O PSDB, o DEM, o PPS e a direita em geral não querem distribuir renda e riqueza e muito menos permitir a ascensão social dos pobres,
que são maioria. A direita, cujo principal articulador político é hoje o
senador Aécio Neves, defende a absoluta liberdade de mercado e a não
intervenção do estado na economia. Ou seja: querem muito para poucos; e pouco
para muitos. É o que eu chamo de economia da Casa Grande, que se resume ao
seguinte: eu tenho tudo, e você nada. Eu trabalho pouco e você muito. Eu sou o
dono dos meios de produção e você é meu escravo. Só falta dizer
"favorito".
Mas,
mesmo assim o inquilino da Casa Grande acha pouco, porque para ele é
inaceitável ficar sem controlar parte do estado, que está nas mãos dos
trabalhistas e dos socialistas do PT há 12 anos. A burguesia quer o retorno da
Era FHC mesmo tendo ganhado muito mais dinheiro na Era Lula, governo que fez
uma revolução silenciosa, não violenta e colocou o Brasil no mapa mundi. A
volta dos neoliberais do PSDB é retrocesso econômico e atraso social. É isto aí
e nada mais.
4 comentários:
Nada mais por que näo quer falar que eleger Dilma significa eleger Temer, Sarney, Maluf, Roseana, etc etc, gente altamente comprometida com as aspirações populares, né?
Xii mais um petista interessado no povo volta pro xilindrø. O diretor da Petrobras teve uma conta na Suiça com 23 milhöes de dolares bloqueada. E vai comer quentinha com uma pequena parte da quadrilha...
Vai la, caro ( nos dois sentidos, ja que mamas nas tetas do governo) Davis...
Ao Anônimo que tem medo de se identificar:
Eu ainda prefiro esses que você citou do que a quadrilha que quer voltar ao poder para vender o Brasil.
Não quero voltar ao tempo em que o Brasil era tão desrespeitado, que FHC levou uma descompostura pública do Bill Clinton, então Presidente dos Estados Unidos.
É Dilma de novo com a força do Povo!
Assino embaixo suas -como sempre- lúcidas observações e denúncias. Como sou antigo, já passei por Sarney, Collor, FHCínico (maus tempos econômicos, principalmente) , Lula e Dilma. Não tenho dúvida alguma de que os úlltimos 12 anos foram e são os melhores do Brasil, com reconhecimento internacional, inclusive .Parabéns pelo realismo ou pelo brilhante jornalismo/informãção. E a Copa está sendo um sucesso, para desespero dos neoliberais vendilhões da Pátria.
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