Por Davis Sena Filho — Palavra Livre
"A instabilidade é o STF e a permanência de *temer na Presidência da República. A estabilidade são as eleições diretas, ou seja, o restabelecimento da democracia e a reconstituição do Estado de Direito". (DSF)
O Brasil foi fragorosamente tragado e afundado por um tsunami conservador até então inacreditável e "impossível" de acontecer em 2016 do século XXI, porque já vítima do fatídico golpe de 1964, outro movimento conservador e de direita, que durou 21 anos, com direito à tortura e a assassinatos dos opositores do governo ditatorial civil-militar, cujos prepostos da carnificina eram o Dops, o DOI-Codi, o Cenimar, o Ciex, o Cisa e o SNI, além das polícias civis e militares de todos os estados da Federação, principalmente dos estados mais ricos e fortes politicamente.
Contudo, o golpe de 17 de abril de 2016 contra a
presidente trabalhista e constitucional Dilma Rousseff chama muito a atenção
porque foi realizado como se estivesse fora de época, pois, além de a Guerra
Fria ter terminado há muito tempo, a partir da década de 1980 começou a
acontecer na América Latina, em geral, e especialmente na América do Sul as
distensões políticas e, consequentemente, os inúmeros processos de
democratização, que tiveram muita força, apesar das ditaduras no poder, com a
derrota humilhante dos generais golpistas da Argentina, na Guerra das Malvinas
vencida pela imperialista Inglaterra em 1982.
A verdade é que o consórcio de direita que tomou de
assalto o Palácio do Planalto tem vários protagonistas, a começar pela imprensa
comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?!), que fez uma campanha
insidiosa e diuturna contra os governos petistas e trabalhistas, no decorrer de
13 anos, de forma feroz e mentirosa, a manipular e a distorcer os fatos e as
realidades, a apresentar ao público um contexto social, político e econômico
para o Brasil de forma grave e trágica, fatores esses que jamais se
confirmaram, pois desmentidos pelos números e índices de desenvolvimento social
e econômico muito positivos dos governos trabalhistas de Lula e Dilma,
inclusive reconhecidos por governos estrangeiros e órgãos internacionais de
importância, a exemplo da FAO, da Unicef, da OCDE, da UE, do Mercosul, dos
Brics, do G-20, da OMC, da OIT, da OMS, dentre outros.
Porém, e apesar do reconhecimento na qualidade de vida do
povo brasileiro por parte de inúmeros órgãos e instituições internacionais e
nacionais, como o IBGE e o próprio Ministério da Fazenda, os porta-vozes da
casa grande de índoles golpistas e escravocratas continuaram com suas campanhas
criminosas contra o Brasil e a mentira dita e repercutida diariamente por mais
de dez anos formou verdadeiras hostes de fascistas e de pequenos mussolinis,
que até então viviam em seus armários e a olhar para seus esqueletos de
sentimentos sórdidos, pueris, perversos e preconceituosos.
A partir daí se constituiu e se instituiu rapidamente, em
2013, a intolerância e a violência, que se transformaram em um tenebrosa
desconstrução do Brasil e da criminalização da chefe de um governo eleito
legalmente, que não roubou, que não cometeu crimes de responsabilidade e que, a
verdade seja dita, tentou até compor com os interesses da direita empresarial e
política de alma golpista ao nomear o economista conservador, Joaquim Levy,
para ser o titular do Ministério da Fazenda.
Percebeu-se, contudo, o erro grave, mas que poderia ser
consertado se tivesse tempo, pois a presidente constitucional destituiu o
ministro Levy e nomeou para seu lugar o economista Nelson Barbosa, este mais
antenado com a corrente desenvolvimentista/ estruturalista, a exemplo de
Guido Mantega no Governo Lula, que também destituiu Antônio Palocci, que a
despeito de ser do PT tinha rompantes neoliberais, e, com efeito, não
agradou a cúpula do governo trabalhista de Lula.
Certamente que viria o troco, afinal a burguesia e seu
empresariado ligado à plutocracia, principalmente os barões de mídias,
especialmente o "Grupo" Globo, resolveram fazer o jornalismo de
guerra, também conhecido como de esgoto, pois amparado e evidenciado na
manipulação e distorção das notícias, sempre com enfoque negativo quando se
tratava e se trata do PT, de seus governos e de suas lideranças mais
emblemáticas e carismáticas, porque possuidoras de influência junto ao
imaginário popular, bem como políticos de muitos votos ou de grandes votações,
no decorrer de suas atividades e carreiras.
O que ocorreu no Brasil é fato real. Os meios de
comunicação privados e compromissados com o mercado de capitais globalizado até
a medula, cujos governos Lula e Dilma erraram seriamente quanto à efetivação de
um marco regulatório para este setor da economia tão politizado, ideologizado,
poderoso e de passado e presente golpistas, fez com que a imprensa alienígena
aproveitasse o espaço praticamente livre de regulamentação e regulação para
conspirar e derrubar um governo democrático e legítimo, a suscitar campanha de
mentiras e faits-divers, que, posteriormente e principalmente a partir de 2015,
contou com a cumplicidade e a participação de juízes, procuradores e delegados
da PF, que vislumbraram oportunidades de ascensão ao poder e, por serem
politicamente conservadores e reacionários, além de vaidosos tal qual a
Narciso, aliaram-se à imprensa de negócios privados mais corrupta e golpista do
planeta.
Hoje, os togados usam as mídias da direita hegemônica
para oprimir e reprimir seus adversários que, na verdade, são vistos como
inimigos a serem destruídos e não combatidos. Cometem todo tipo de
arbitrariedades, covardias e perseguições à revelia da lei e à margem do bom
senso, do que é justo e do Direito. Tornaram-se o poder da República de fato,
sendo que o STF é quem conduz esse estado de coisas, que envergonha e humilha o
Brasil e os brasileiros que têm discernimento e consciência do papel vil e
sórdido do STF, da PGR e da PF quanto à tomada do poder por parte de golpistas
e usurpadores.
Trata-se de um bando ou escória que roubou a paz do País,
o patrimônio e o dinheiro públicos. Golpistas do PSDB, do PMDB, do DEM, do PPS
e do PP et caterva, que estão a governar o País sem autoridade moral e
eleitoral, pois derrotados quatro vezes em eleições consecutivas, sendo que
seus programas e propostas foram sistematicamente rejeitados pela maioria do
povo brasileiro. Uma vergonha e desmoralização da República e do pouco que
tinha e tem de civilizado neste País de terceiro mundo.
Um território gigante que jamais foi uma Nação, onde
viceja, a seu bel-prazer, uma "elite" proprietária da casa grande que
jamais pensou o Brasil em época nenhuma para torná-lo desenvolvido e
independente, bem como se sente à vontade em ser subordinada e subserviente aos
Estados Unidos, a corte amada e admirada dos burgueses tupiniquins provincianos
e mequetrefes. Os yankees que no fundo desprezam esses cafajestes, pois estão
cagando e andando para os entreguistas que vendem o Brasil, como demonstram,
sem deixar dúvidas, os líderes europeus, dos Brics e dos EUA, afinal Barack
Obama, Hillary Clinton e Donald Trump sequer olharam para os golpistas
malandros, covardes e traiçoeiros, quanto mais estariam dispostos a dar-lhes as
mãos e se reunir para abrir negócios comerciais e concretizar relações
diplomáticas.
Nem pensar. Não é necessário. O desprezo por parte da
comunidade internacional por essa gente desmoralizada, acusada de corrupta, sem
moral e abjeta é enorme. Quem não se dá o respeito não é merecedor de respeito.
Os negociam porque tem vantagens. Recebem sem pedir ou exigir ou até mesmo
invadir o País, como já fizeram com tantos outros para roubar petróleo e
riquezas diversificadas, além da luta geopolítica. Com los macaquitos de almas
cucarachas basta dar uma merreca para eles abrirem as pernas e entregarem de
bandeja o País.
A exemplo do que faz o tresloucado, o fundamentalista de
mercado, o privatista fanático e incompetente, Pedro Parente, que está a
arrebentar com a Petrobras e a trair este País que, vira e mexe, sempre acaba
nas mãos de trogloditas colonizados e sem noção alguma do que é ser parte de
uma verdadeira nação.
Aliás, se este País azarado tivesse uma Justiça e um MP
sérios, o Pedro Parente teria sido denunciado, julgado e sua casa já seria há
muito tempo a cadeia, o lugar dos traidores e dos servidores da plutocracia é
realmente o xilindró. O tucano Parente e seu chefe, José Serra, um dia,
certamente, terão de ser seriamente investigados. Eles são os maiores traidores
da Pátria, juntamente com FHC — o Neoliberal Golpista I — e o *mi-shell temer e
toda sua camarilha que assaltaram o poder central.
O juiz Gilmar Mendes, do PSDB do Mato Grosso, quando se
pronuncia faz com que o STF seja cada vez menor, porque já é um tribunal
minúsculo e tratado com desprezo e desconfiança por parte dos brasileiros, que
podem ser tudo na vida, mas não são tão idiotas ao ponto de não perceberem que
o STF e seus juízes são hoje os principais algozes do golpe de estado contra
Dilma Rousseff, a presidente legítima e eleita com 54,5 milhões de votos.
Gilmar Mendes não é apenas uma nódoa que intercala a
continuidade da democracia brasileira. Ele é mais do que isto. O magistrado é o
porta-voz mais poderoso do golpe, pois é ele que hoje fundamenta como os
processos devem dar entrada no STF, bem como é o responsável do sistema
golpista por enquadrar qualquer juiz da Corte que queira sair dos trilhos. Além
disso, Gilmar Mendes, além de ser juiz veterano do Supremo, é o presidente do
TSE.
Como ele sabe que Dilma Rousseff não é ladra, nem
corrupta e não meteu a mão no dinheiro público e muito menos tratou das
finanças eleitorais, está a organizar uma nova estratégia, porque está
comprovado por meio de delações e documentos que o *mi-shel temer — o MT —
negociou dinheiro com várias empreiteiras e, especialmente com a Odebrecht e
dentro do Palácio do Jaburu, que é um palácio oficial. Ou seja, o
vice-presidente, um cargo público, recebeu dinheiro em um prédio público.
Bingo! Portanto, não há como cassar a Dilma, mas, sim, o MT, vulgo *mi-shell
temer.
Então, Gilmar, na maior cara de pau e a considerar que
todo mundo é burro ou idiota, forma como somos tratados pela imprensa golpista,
pelo Congresso golpista e pelo Judiciário golpista, resolveu dar uma de
"João sem braço", e comentou sobre o imbróglio ao afirmar
hipocritamente que é necessário distinguir o dinheiro sujo do limpo, o legal do
ilícito, no que tange ao financiamento de campanhas eleitorais por parte das
empreiteiras e de empresas de outros setores da economia. Surreal o Gilmar
Mendes para não dizer outra coisa.
E não para por aqui o deboche e a desfaçatez por parte de
tão nobre a augusto magistrado. Ele, em sua ingenuidade de um aprendiz da vida,
talvez tenha considerado que empreiteiros poderosos e multimilionários
colaborem com "doações" milionárias sem receber nada em troca, mesmo se
a doação for legal. Durma-se com um barulho desse...
O condestável juiz e antipetista histórico e radical, que
age e atua como político e jamais com magistrado, chegou ao ponto de asseverar
inúmeras vezes que o financiamento privado não poderia ser proibido. Agora
vamos à pergunta que não quer calar: como pode um juiz do tribunal mais
importante do País se comportar com tanto desatino e estupidez? Será que ele
ainda não sabe que o inferno que está a queimar o Brasil há anos é devido
principalmente ao financiamento de campanhas eleitorais?
Se ainda não sabe, então é necessário que o levem a um
psiquiatra ou a um manicômio, pois não é possível tanta insensatez e
irresponsabilidade em um magistrado da Corte, mesmo sendo ele um defensor dos
interesses dos tucanos e dos golpistas que estão aboletados criminosamente no
Palácio do Planalto. É evidente, e até um recém-nascido ou um ermitão sabem
disso, que a causa primordial da corrupção política é o financiamento eleitoral
privado. Ponto.
Gilmar Mendes foi mais fundo em sua duplicidade
proposital e de incrível má-fé. Ele disse que o "caixa dois é opção de
empresa". Como assim cara pálida? Antes, quando houve e ainda há a caça ao
PT, Gilmar disse que até o "caixa um" de campanhas poderiam ser
considerados ilegais e, portanto, criminoso. Agora, como ele sabe que as
delações de Odebrecht com mais de 400 nomes poderá arrebentar com o PSDB e o
PMDB, além do DEM, assim como implodir o governo corrupto e ilegítimo de
*mi-shell temer/PSDB, o juiz tucano e de direita passa apostar nessa infame
farsa, que não convence nem os extraterrestres e os coxinhas analfabetos
políticos e batedores de panelas com as barrigas cheias. Como se todo mundo
fosse idiota... Só que não.
A verdade é que o dinheiro milionário das campanhas não
iam somente para as campanhas, mas também para os bolsos dos políticos, dos
publicitários, dos assessores, dos candidatos e de servidores públicos. O
empresariado paga propina e em troca recebe "gordos" contratos, sejam
as doações legais ou ilegais. Caixa um ou caixa dois. Esta é realidade. Ninguém
é bobo.
A verdade nua e crua é que está a se perceber no Brasil
que há um movimento via STF para salvar os políticos do PMDB e, principalmente,
do PSDB. Gilmar é a pedra angular desse processo rocambolesco e digno de um
Brasil que remonta as práticas dos séculos XIX e XX. É recorrente a sordidez
dos propósitos nada republicanos de um juiz do STF, que, volto a repetir,
diminui a Corte cada vez mais quando se pronuncia. Que diabos! Esse juiz nunca
defendeu causas justas e corretas. Nunca vi. Sempre a fazer a política mais
baixa possível e a privilegiar com proteção e blindagem seus cúmplices e
parceiros do golpe criminoso de estado e de oposição feroz e ferrenha aos
governos democráticos e trabalhistas de Lula e Dilma.
Ao Supremo Tribunal Federal não lhe é concedido o papel
de protagonista da República Federativa do Brasil. Não é de seu direito. Juízes
do Supremo não disputam votos e por isto todo e qualquer magistrado é nomeado
por quem disputa votos, no caso o presidente da República, este sim
protagonista do poder público, pois eleito pelas urnas soberanas do povo
brasileiro. Juiz que faz política e se dispõe aos dois pesos e duas medidas tem
de suportar o embate político e tudo o que advém dele, pois optou pelo enfrentamento
partidário e ideológico, que é muito duro e cruel ao invés de se calar, se
reportar aos autos e julgar, obrigatoriamente, com isenção e imparcialidade.
Tudo isto que está posto o juiz tucano, Gilmar Mendes,
definitivamente não faz e nem quer fazer. O negócio dele é a política sem
concorrer ao voto, além das luzes da ribalta providenciadas pela imprensa de
mercado e de caráter patrimonialista. A resistência e a luta pela soberania e
independência nacional estão a enfrentar o Partido do Judiciário. O inimigo não
é externo; é interno. O Supremo é o alicerce central dos interesses da casa
grande. Hoje mais central do que a grande mídia burguesa. O STF de Gilmar
Mendes é golpista e por isto se transformou na vergonha do Brasil. É isso aí.
3 comentários:
E aí, Davis, como vai a sua tribuna de debates com oito participantes? Segue uma colaboração para os seus oito leitores espernearem:
O Brasil foi fragorosamente tragado e afundado por um tsunami petralha até então inacreditável e "impossível" de acontecer no século XXI, porque já vítima do fatídico golpe de estado cubano, outro movimento esquerdopata e totalitário, que dura até hoje, com direito à tortura e a assassinatos dos opositores do governo ditatorial civil-militar, cujos prepostos da carnificina eram Fidel Castro, Che Guevara, além das polícias civis e militares de todos os estados da Federação Cubana, principalmente dos estados fortes politicamente.
Esse filho da puta e mau caráter do Jorge Marcelo pensa que tem intimidade e condições mentais para falar com o artulista. Vá pra puta que te pariu,
coxinha vagabundo. Deixe ser mau caráter e burro, golpista filho de uma grande puta e de um corno manso. Volte pro pardieiro de sua laia. Te enxerga, monte de merda.
O que é artulista?
Postar um comentário