quarta-feira, 28 de março de 2018

País não é dos fascistas, Lula é o Brasil livre e Noblat vira menino de recado de golpistas


Por Davis Sena Filho — Palavra Livre


Antes de tudo e qualquer coisa é necessário dizer que as declarações de autoridades federais e estaduais, bem como da OAB, apoiadora de golpes de estado, aconteceram de forma tardia e cínica, pois há semanas os integrantes das Caravanas de Lula nos três estados sulistas, bem como os blogs e sites progressistas têm denunciado, intermitentemente, a violência de grupos fascistas ou de extrema direita contra ativistas, simpatizantes e eleitores de Lula e do PT, assim como os ônibus das caravanas têm sido alvos de ameaças, insultos e arremessos de ovos, paus, pedras e agora balas de armas de fogo.

O silêncio de autoridades golpistas e usurpadoras do Governo Federal e dos governadores dos Estados do Sul é uma escândalo nacional, que desmoraliza de vez a Constituição e põe de joelhos o Estado de Direito, pois os direitos de cidadania garantidos pela Carta Magna e pela regime democrático, como o de fazer reunião, de livre expressão e de ir e vir foram, barbaramente, violados.

Autoridades como o governador de São Paulo, Geraldo Alckimin, afirmaram, sadicamente e irresponsavelmente, que o "colhe o que plantou". Como assim tucano cara pálida? Lula lidera as pesquisas e ganharia no primeiro turno se as eleições fossem hoje. Então o PT de Lula e de Dilma Rousseff colheu apoios de dezenas de milhões de brasileiros, porque plantaram desenvolvimento, distribuição de renda e riqueza e igualdade de oportunidades. Coisas que a direita golpista jamais fez e, por causa disso, teve de dar um golpe de estado para conquistar o poder ilegitimamente. Ponto.

O silêncio de autoridades do Congresso, nas pessoas de Eunício Oliveira (Senado) e Rodrigo Maia (Câmara), dos governadores sulistas José Ivo Sartori (RS), Eduardo Pinho Moreira (SC) e Beto Richa (PR), bem como o silêncio retumbante do ministro Extraordinário da Segurança Pública do Brasil, Raul Jungmann, denota que o golpe terceiro-mundista visa dar continuidade à sua segunda parte, que é impedir que Lula seja candidato a presidente, pois a primeira foi sacramentada com a deposição absurda de Dilma Rousseff.

Todas as autoridades federais e estaduais coniventes e cúmplices do golpe ficaram quietas e algumas delas resolveram "criticar" os movimentos fascistas no sul do País, porque suas arbitrariedades e violências foram denunciadas nacionalmente e internacionalmente. O usurpador Jungmann, por exemplo, só abriu a boca depois de ser pressionado, quando finalmente resolveu dizer que recomendou aos governadores golpistas da região sul que garantisse o direito de ir e vir das caravanas de Lula e a integridade física das pessoas que viajam nos ônibus, bem como dos cidadãos que participam dos comícios do ex-presidente.

Enquanto Lula luta pela sua sobrevivência política e citadina, a enfrentar o sistema estatal (Judiciário, MPF e PF), político e midiático, além dos fascistóides que agridem e insultam àqueles que não pensam como eles, uma forma selvagem e bárbara de interditar o debate político e social, o jornalista porta-voz do golpe e de O Globo, Ricardo Noblat, a despeito de ter criticado os fascistas que deram até tiros em ônibus da Caravana de Lula, deu um aviso de ministro oculto, que considerou não ter eleições presidenciais este ano.

Isto é uma provocação mequetrefe e rastaquera, pois segundo Noblat, o jornalista do Globo que apoiou o golpe contra 54,5 milhões de brasileiros que votaram em Dilma, o ministro golpista e oculto pateticamente afirmou que os militares não estariam dispostos a tomar conta desse "pepino", como se o Brasil fosse um pepino, quando o "pepino" pertence somente aos golpistas, tanto da iniciativa privada quanto da poder público. Vixe, assim não dá, pois uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.

A verdade é que Ricardo Noblat, tal qual Merval Pereira, Miriam Leitão et caterva, está a jogar verde para colher maduro, a verificar o termômetro político e o humor dos servidores públicos de poder e mando, que perceberam ser a prisão de Lula um estupro contra a verdade, a razoabilidade, a Constituição e o Código Penal. Noblat, na altura do campeonato de sua vida, torna-se menino de recado de golpistas, pois deixou de fazer jornalismo há muito tempo...

Não dá mais para tergiversar e flertar com o imponderável, que poderá jogar de vez o Brasil no precipício da iniquidade e do recrudescimento da crise política, que poderá levar o povo brasileiro a uma inexorável violência, cujo "aperitivo" se traduz nas agressões à Caravana de Lula.     

Quem é o ministro golpista e sem vergonha que disse ao Noblat, o "amigo" de mi-shell temer, que poderá não haver eleições? Ele, o sem vergonha, está a dizer que o calendário eleitoral pela primeira vez após a promulgação da Constituição, em 1988, será irremediavelmente suspenso? Mas, pergunto: quem suspenderá definitivamente o processo democrático e eleitoral  no Brasil e impor, literalmente, uma ditadura aberta, assumida e despida de filigranas, dissimulações, manipulações e mentiras? Tipo assim: "É ditadura mesmo e dane-se todo mundo!" Ponto.

O povo brasileiro e inúmeros setores importantes da vida brasileira, e isto é real, estão a perceber que o Brasil somente retomará a normalidade democrática, institucional e constitucional com eleições livres, abertas e diretas. Não tem jeito. Apenas um mandatário legítimo e sufragado pelas urnas soberanas poderá restabelecer a lei e a ordem constitucionais e, com efeito, ordenar e hierarquizar novamente as instituições republicanas, sendo que muitas delas se insurgiram contra o Estado Democrático de Direito e, com efeito, violaram a Constituição.

O Congresso, o Judiciário, o MPF, a PF e setores das polícias estaduais, além de governadores, apoiaram o golpe de estado contra uma mandatária legítima e constitucional. Uma aventura inconsequente, que colocou as instituições tão caras ao País e à cidadania nas páginas mais sombrias da história do Brasil, pois servidores públicos resolveram tomar posições, escolher lado, pois partidarizaram-se e, ideologicamente, transformaram, vergonhosamente, as instituições e corporações em partidos políticos. Em um país civilizado e realmente democrático, tais servidores seriam processados e severamente afastados ou demitidos para o bem do serviço público.

A participação de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições para presidente não é meramente hoje no País apenas uma questão eleitoral e partidária. Trata-se da retomada do Brasil em direção à civilização, em busca de seu marco civilizatório, que se edifica com o respeito às leis e ao contrato político e social entre as forças políticas e econômicas antagônicas.

A resumir: um acordo entre as diferentes classes sociais, de forma que o Brasil retome seu desenvolvimento econômico e efetive, definitivamente, mecanismos para que nunca mais um bando sacripantas covardes e ladrões tomem o poder de assalto e desmonte, não somente a economia e o Estado nacional, mas, sobretudo, a autoestima e o sonho de melhorar de vida de toda a Nação. Lula Livre! É isso aí.  

terça-feira, 27 de março de 2018

Moro mente porque a mentira é sua sentença


Por Davis Sena Filho — Palavra Livre

Juiz Moro fica radiante quando fala à imprensa venal e "amiga". Sente-se tão feliz como pinto no lixo.

O juiz de primeira instância e titular da 13ª Federal de Curitiba, Sérgio Moro, é um homem vaidoso e arrogante, todo mundo sabe, inclusive seus parceiros de Lava Jato. Moro não se importa com nada, ou seja, com a Constituição, a qual ele violou inúmeras vezes, o Estado de Direito há muito tempo mandou para o espaço, como disse certa vez o ministro da ditadura militar, Jarbas Passarinho, antes de o presidente Costa e Silva assinar, em 1968, o AI-5 e, definitivamente, fechar o regime ditatorial: "As favas, senhor presidente, no momento, todos os escrúpulos de consciência".

Sérgio Moro faz jus também ao conselho de Passarinho a Costa e Silva, porque mentiu mais uma vez em sua vida de cidadão e magistrado. Diga-se de passagem, uma mentira atrás da outra por sinal, na frente do público, quando o magistrado, que jamais prendeu em quatro anos de Lava Jato um único tucano ladrão, disse em entrevista aos golpistas do programa "Roda Viva" da tucana TV Cultura, que "jamais pediu escusas" por ter vazado, criminosamente, o áudio em que conversavam a presidente constitucional, Dilma Rousseff, e o ex-presidente Lula — os dois mandatários trabalhistas e de esquerda, pois importante ressaltar, ainda mais quando se trata de golpe no Brasil.

O juiz Sérgio Moro, quando está em recinto da imprensa "amiga" e de mercado, seja para receber prêmios, como o de "Funcionário Padrão", do Grupo Globo, ou para dar entrevistas, sente-se muito à vontade, como um pinto no lixo, diriam os mais observadores e os mais práticos.

Mais uma vez o herói de pés de barro dos coxinhas e dos golpistas em geral se mostrou feliz e encantado com os holofotes do jornalismo conservador, parcial, seletivo e praticante do golpismo de terceiro mundo. Moro, na Cultura, realmente se sentiu entre os seus, que o afagam e, quando fazem perguntas, é como se jogassem uma bola de voleibol açucarada para o alto, com doçura e candura, para que um dos áulicos do golpe de direita, que levou à deposição da presidente legítima, Dilma Rousseff, possa cortar a bola livre, leve e solto, sem ter um único golpista na bancada da TV Cultura para tentar contrariar o que o juiz provinciano e deslumbrado considera como "verdade", porque a mentira para ele "Não vem ao caso".   

A verdade é que Sérgio Moro enviou ao ministro do STF, Teori Zavascky, morto em um acidente de avião, ofício a pedir desculpas pelos vazamentos de áudios de dois presidentes, sendo que Dilma a exercer o poder em sua plenitude, apesar da conspiração de *mi-shell temer, Romero Jucá et caterva com o PSDB, o DEM e o PPS, com o apoio incondicional da imprensa de negócios privados "amiga" de Sérgio Moro, o juiz que se tivesse tal má conduta em um país civilizado estaria agora a morar em um presídio, bem como seria demitido do cargo para o bem do serviço público.

Portanto, Sérgio Moro pediu desculpas, mas não por estar arrependido, até porque direitistas e golpistas de sua estatura não se arrependem de nada, a não ser quando fingem arrependimento para se safar de punições e questionamentos. E foi o que aconteceu. Moro está aí, a condenar pessoas, a exemplo de Lula, que não cometeu crimes, bem como a se divertir na TV Cultura com seus pares de golpe, a se exibir como um pavão, pois um cabotino-mor, a fanfarronar e a se orgulhar de suas diatribes.

O juiz tucano afirmou para o deleite de sua plateia particular, no estúdio da Cultura, em São Paulo dos tucanos: “Foi uma decisão que eu tomei pensando estar fazendo a coisa certa. O ministro Teori entendeu que não e revisou”. Evidentemente que o juiz Teori "entendeu que não". Ele não era maluco nem irresponsável e, republicano, respeitou a Constituição, o que o Moro, sistematicamente, não faz.

Tadinho do Moro. O magistrado de Maringá é tão ingênuo e de uma generosidade a toda prova. O paladino da justiça, da moral, da ética e dos bons costumes udenistas/lacerdistas/coxinhas, na verdade, sentiu-se pela primeira vez pressionado por um tribunal superior, pois até então sempre agia como aquele tipo de playboy acostumado a fazer travessuras ou diabruras sem ninguém chamar-lhe atenção para seus abusos inquietantes.

Moro continuou com sua falácia aos jornalistas da TV Cultura que também sabem muito bem o que é falácia, mas mesmo assim continuaram a se embevecer em verdadeiro convescote dos que foram beneficiados, patrimonialmente, pelo golpe de estado de direita, que derrubou uma presidente reeleita democraticamente com 54,5 milhões de votos. Acha pouco, cara pálida, ou quer mais?!      

O togado provinciano das Araucárias, além de mentir ao asseverar que não pediu desculpas ao ministro Teori, ainda acrescentou à sua farsa de tantas outras farsas, como a do powerpoint mentiroso e leviano do procurador Deltan Dallagnol e sua turma de procuradores fanáticos e obsessivos pelo Lula, resolveu incrementar sua evasiva, e disse aos cínicos e hipócritas: "Não tive intuito político-partidário".

Realmente, o juiz Moro é, na verdade, uma ode à honestidade de propósitos, bem como o Varão de Plutarco de Terra Brasilis. Moro é o exemplo tupiniquim pronto e acabado do caráter inviolável, sendo que "às vezes" derrapa quando se trata de prender tucano ladrão, investigar amigos aproveitadores e prender pessoas indefinidamente, até que elas se sintam os cocôs dos cavalos dos bandidos, de forma que chega a um ponto que entregam até suas mães, sem falar em seu salário acima do teto e dos penduricalhos que aumentam ainda mais seu alto salário, a exemplo do vexaminoso auxílio moradia, dentre muitos outros benefícios, que são contrários à Constituição e ao republicanismo.

Falar é fácil, mas ser ético e honesto são outros quinhentos. Muitos, mas muitos homens e mulheres conhecidos e desconhecidos, que foram às ruas em prol do combate à corrupção respondem a processos por serem denunciados e processados pela Justiça. Alguns estão presos, sendo que o cinismo e a hipocrisia, mais do que trapacear, era e é o modo de vida dessas pessoas, que batiam em panelas de barrigas cheias e iam às ruas com a camiseta amarela da corrupta CBF.

E deu no que deu: assumiu o governo golpista mais corrupto da história e que fez o Brasil ser humilhado e cair de joelhos em todos os sentidos. O pior governo para o povo brasileiro de todos os tempos, que está, propositalmente, a desmontar o Brasil, a roubar a esperança dos trabalhadores, que perderam direitos, dentre eles a CLT e os empregos.

O Juiz Sérgio Moro é o fim da picada. Ele e a Lava Jato. Destruíram o Brasil, porque não preservaram suas poderosas e imensas empresas, as privadas e as estatais. Moro deveria estar preso. O juiz violou a Constituição inúmeras vezes, de forma recorrente e não se arrepende. Se ele vazasse e repercutisse os diálogos de dois mandatários nos Estados Unidos, por exemplo, certamente que ele seria demitido e neste momento estaria atrás das grades.

Agora, de forma petulante e prepotente, o juiz provinciano pressiona uma magistrada do STF. Rosa Weber já mostrou que não tolera pressões, mas o Moro é leitor de O Globo e vê o Jornal Nacional, que pressionam a ministra e consideram que podem interferir em sua autonomia e consciência. Moro, ordinariamente, juntou-se à pressão dos magnatas bilionários de imprensa e de todas as mídias cruzadas e monopolizadas. Simples assim...

Por isto que ele se sente livre o bastante em não aceitar que o Supremo contrarie seu pensamento (tosco), pois o juiz é contra a revisão da jurisprudência, que autoriza a prisão de réus após a condenação em segunda instância, mesmo sem trânsito em julgado, o que contraria o direito CONSTITUCIONAL da presunção de inocência. E tudo isto que o Moro quer para o Lula jamais atingiu ou atingirá os tucanos Aécio Neves, Geraldo Alckmin, José Serra e Fernando Henrique Cardoso. Moro é tucano. Touché!

Moro tem vocação para déspota ou ser um pequeno Mussolini, porque também se disse contra a concessão de habeas corpus, que no Direito fundamenta a civilização brasileira. É inacreditável que até 2013 o Brasil se dirigia a passos largos em busca de seu marco civilizatório e hoje tem de conviver com os proto-fascistas, a cometer violências nas ruas, rodovias, em lugares fechados e na internet. O juiz Moro tem grande responsabilidade por este País estar dividido e a sentir ódio pelos poros e pelas ventas.

Sérgio Moro e seus "amigos" da imprensa venal querem o Lula preso, não porque o Lula roubou. Nem pensar. Afinal, o golpista *mi-shell temer e sua cambada estão no poder. Estúpido é quem pensa assim. Moro quer o político mais importante do Brasil e um dos maiores da história preso, pois a finalidade é impedir que o líder trabalhista seja novamente presidente da República. Se a direita, da qual o Moro faz parte, não vence pelo voto, que seja pelo tapetão. Os dados estão ainda a ser jogados...

Moro mente, porque a mentira é sua sentença. Lula Livre! É isso aí.

segunda-feira, 26 de março de 2018

TRF-4 não teve outra opção para Lula: sustentar as mentiras da PF, do Dallagnol e do Moro


Por Davis Sena Filho — Palavra Livre

Os quatro juízes pensam igual, respiram igual e andam igual. Os do STJ também. Eles são univitelinos contra o Lula — somente contra o Lula. E os tucanos do PSDB, do PPS e do DEM? Não vem ao caso!

A mentira tem perna curta. Mais do que isto: ela inviabiliza a realidade, a vontade de falar e viver a verdade para ser justo e realista. A mentira é o princípio de todas as maldades e injustiças, além de ser a parteira da violência, do egoísmo  e da iniquidade.

Quando os juízes do TRF-4 resolveram avalizar a condenação sem provas contra o Lula por parte do juiz Sérgio Moro, que considera que o apartamento do Guarujá pertence ao ex-presidente quando nunca foi e jamais será, rasga-se a Constituição e os burocratas da Justiça criam politicamente suas próprias jurisprudências, de acordo com suas crenças políticas e ideológicas.

Os desembargadores do TRF-4 só não contavam com as resoluções e determinações da maioria dos juízes do STF, que percebeu, a despeito de seus graves erros no decorrer do golpe de estado de 2016, que prender Lula e afastá-lo das eleições não é apenas uma questão de injustiça, mas, sobretudo, uma causa inglória, que joga definitivamente o STF em um beco sem saída, pois Lula não cometeu crimes pelo simples fato de que ele não ter participado de grupos quadrilheiros.

Para o bem da verdade, os juízes negarem hoje o recurso de Lula contra a decisão deles próprios significa negar a verdade, até porque sustentar uma das maiorias mentiras e farsas acontecidas na história do Brasil é um ato de ignomínia e infâmia, que, indelevelmente, irá marcar e manchar as biografias de tais desembargadores, que, em nome do corporativismo e da ideologia conservadora e ignorante dignos de coxinhas, transforma o TRF-4 não em uma casa de Justiça, mas em um tribunal de exceção, que envergonha profundamente o Direito, os juízes e a Nação.

Os 12 anos e um mês de prisão a Lula, a aumentar em três anos sua pena, teve o propósito de evitar a prescrição de uma possível condenação do líder do PT. Pena previamente combinada entre os desembargadores, sorrateiramente estudada e politicamente calculada, de maneira que Lula ficasse de joelhos e, com efeito, tornar sua candidatura impossível, a, inclusive, favorecer os candidatos de direita e seus partidos envolvidos vergonhosamente com um golpe de terceiro mundo.

O golpe bananeiro e subdesenvolvido em pleno ano de 2016 do século XXI, cujos autores são porta-vozes e inquilinos da pior, mais atrasada e perversa burguesia do mundo ocidental. O retrocesso em toda sua essência, amplidão e plenitude, que fere de morte o Brasil. Trata-se, os golpistas e usurpadores, de provincianos estúpidos de ternos e gravatas. Lixo, puro lixo social e político, que causa imundície e mau cheiro à sociedade. O golpe é o lodo putrefato onde os golpistas se refestelam e chafurdam, a glorificar os ímpios que se alimentam da infâmia.      

E o TRF-4 entrou nessa furada, de forma corporativista. Os desembargadores sabem que o apartamento do Guarujá não é de Lula, mas compreendem que é peça importante do processo político que entraram e baseado em mentiras, sendo que agora não tem outra saída do que ratificar a farsa, mesmo com o preço altíssimo que terão de pagar perante a história e a sociedade brasileira.

Mentiram, e agora os juízes têm de sustentar a mentira da matéria de O Globo, inimigo de longo tempo e feroz de todos os presidentes da República de esquerda e trabalhistas, bem como se tornaram cúmplices das mentiras e das farsas do powerpoint leviano e mentiroso dos procuradores da Lava Jato liderados por figuras desditosas do nível de Deltan Dallagnol e Carlos Fernando dos Santos Lima, a terem o juiz seletivo e nada republicano, Sérgio Moro, como a âncora desse processo injusto e de caráter macartista e protofascista.

Os advogados de Lula fizeram questionamentos sobre 23 omissões no que é relativo à condenação imposta ao ex-presidente. Os desembargadores do TRF-4 mais uma vez negaram. Eles pensam igual, respiram igual, comem igual e até caminham igual... Trata-se de juízes iguais a tudo no que tange também aos desembargadores do STJ e ao juiz norte-americano, Sérgio Moro. Todos eles são irremediavelmente iguais, como se fossem gêmeos univitelinos.

Os juízes João Gebran Neto (relator), Leandro Paulsen e Victor Laus marcaram, indelevelmente, seus nomes como carrascos de um cidadão inocente, pois até hoje não se comprovou um único crime que o Lula tenha incorrido. Este é o fato e a verdade, e contra os fatos e a verdade não há argumentos.

O STF tem a grande oportunidade se reedificar e colocar o Judiciário e o MPF nos eixos, a submetê-los à Constituição e ao Estado Democrático de Direito, de tal maneira que nunca mais o povo brasileiro e o Brasil, como País e Nação, fique institucionalmente sob a sofrida, a terrível e tenebrosa tutela de juízes, procuradores e delegados, bem como em futuro próximo efetivar o marco regulatório para os meios de comunicação, como fizeram todos os países desenvolvidos e civilizados. Lula Livre! É isso aí.




sexta-feira, 23 de março de 2018

Vitória de Lula edifica STF e derrota Globo, Moro e juízes que rasgaram a Constituição


Por Davis Sena Filho — Palavra Livre



O papel do STF é fazer justiça, cumprir e mandar cumprir a Constituição. Apenas isto e nada mais.

A história da luta política, midiática, jurídica e do golpe que desmoralizou, humilhou e afundou o Brasil como Nação, em sua segunda parte (a primeira foi a deposição de Dilma Rousseff), a fim de prender ou afastar o ex-presidente das eleições, resume-se pontualmente e textualmente assim, conforme as palavras de Lula abaixo:

"A história vai poder contar ao povo brasileiro, porque primeiro fui vítima de uma mentira do jornal O Globo, que disse que eu era o dono do apartamento. Por conta dessa mentira do jornal O Globo, a Polícia Federal fez um inquérito e mentiu no inquérito e mandou para o Ministério Público. O Ministério Público pegou o inquérito e transformou numa acusação mentirosa, que foi para o Moro, que deu uma sentença mentirosa".

(Continua Lula) "O TRF-4 deu outra sentença mentirosa, porque eles sabem que não sou o dono do apartamento, sabem que nem tem indícios de que eu sou o dono do apartamento, e eles querem dizer que o apartamento é meu, porque no depoimento que eu fiz ao Moro eu disse que você está quase obrigado a me condenar, porque está tão compromissado com a mentira contada pelo power point do Dallagnol, e tá tão pressionado por alguns meios de comunicação, dentre eles a Rede Globo, que me parece que a obsessão da Globo é impedir que eu seja candidato à Presidência da República".

Após um longo e tenebroso inverno, o STF resolveu, em maioria de 6 a 5, respeitar a Constituição e a cidadania brasileira, que tem como pedra fundamental o Estado Democrático de Direito. Trata-se de algo a ser comemorado, não somente por causa da importante vitória (parcial) de Lula, que está a ser perseguido cruelmente e covardemente há quatro anos, de tal forma que até sua esposa, Marisa Letícia, faleceu, além de sua casa ter sido invadida pela PF e ser levado coercitivamente a aeroporto a mando do juiz Moro, que, na verdade, queria levar Lula para Curitiba e prendê-lo.

Antes dos 6 a 5 da liminar concedida a Lula, os juízes do Supremo realizaram uma prévia apresentada pelo juiz Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, quando apreciaram a admissibilidade do habeas corpus para o caso que chama a atenção da Nação e da comunidade internacional.  Os ministros tiveram que apreciar uma prévia apresentada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato e do pedido de habeas corpus. O resultado da votação foi 7 a 4 favorável a Lula.

Trata-se de duas vitórias importantes, porque os juízes de tribunais de diferentes instâncias realizaram votações contra o Lula escandalosas, pois parciais, seletivas e injustificavelmente políticas e ideológicas. E explico o porquê por fazer tal afirmação, com uma pergunta simples mas objetiva: Você, cidadã ou cidadão, considera normal inúmeros juízes do TRF-4 e do STJ votar de maneira igual, sem um único magistrado ter discordado das decisões de condenar o Lula a mais de 12 anos de prisão? Todos, sem exceção pensam igual?

Todos os desembargadores impediram que houvesse a condição de Lula recorrer aos embargos infringentes e não apenas aos embargos de declaração? Porque o que se verificou foi que os juízes do TRF-4 evitaram, propositalmente, que os advogados de Lula recorressem aos embargos infringentes, que são mais amplos do que os declaratórios.

Como pode, ressalto, os juízes dos dois tribunais (TRF-4 e STJ) pensar de maneira uniforme, sem ocorrer qualquer discordância? Respondo: Já tinham formulado seus juízos de valores. E assim e dessa forma todos eles julgaram o Lula previamente condenado. Parece coisa de estado totalitário, à mercê e sob o controle de pequenos déspotas.

Nenhum desembargador votou a favor de Lula, livres de quaisquer dúvidas sobre a honra do maior político da história do Brasil e um dos mais importantes do mundo atual, assim como foram claramente contra a Constituição, que define e determina, ipsis litteris, que o cidadão brasileiro somente poderá ser condenado após o trânsito em julgado, pois todos os cidadãos têm o direito da presunção de inocência.

Insofismavelmente é o caso de Luiz Inácio Lula da Silva — um dos fundadores da CUT e do PT. Deu para compreender, coxinha? A verdade é que o Lula não poderá ser preso, porque ele não cometeu crime. Criminoso é quem o condenou, pois sabedor que esse diabólico processo contra o político trabalhista e de esquerda é uma draconiana mentira. Trata-se de mentira, e da grossa. Ponto.

A verdade é que pouco importa se a decisão provisória tem como base uma liminar concedida por sete juízes dos 11 do STF, cujo assunto é o pedido de habeas corpus para o Lula. O mérito do pedido não foi julgado de pronto, porque foi adiado, incrivelmente, para o dia 4 de abril, sendo que grupos de direita e de extrema direita se encarregarão nesse interregno de mentir, caluniar, difamar e ofender a honra de Lula, do PT, dos advogados e de seus eleitores, a exemplo do MBL e dos coxinhas, que replicaram nas redes sociais os insultos e mentiras dos fascistas contra a honra da vereadora e ativista Marielle Franco.

Fico a imaginar também o que não irão fazer nesses 15 dias, até o julgamento do habeas corpus de Lula, a destilar ódios e intolerâncias, os monopólios privados de comunicação, cujos principais canais da imprensa de mercado têm exigido a prisão de Lula, independente se é justo ou injusto, principalmente pelos funcionários do Grupo Globo dos irmãos Marinho, famiglia que tem doutorado em golpe de estado, bem como representa no Brasil os interesses dos Estados Unidos.

O "patriotismo" dos Marinho e de seus principais empregados se reduz à vinheta da Globo para os gols da Seleção Brasileira, na voz do contestado Galvão Bueno, ambos há muito tempo perderam a empatia com grande parte do povo brasileiro. Galvão algumas vezes foi xingado por diferentes torcidas nos estádios deste País. Duvida? Pesquise na internet, além de faixas políticas mostradas nas arquibancadas contra o Grupo Globo. A Globo pode até "fazer" o que "quer" neste País, mas que sua imagem de golpista e manipuladora está mais suja do que pau de galinheiro, ah, isto está cara pálida!

Por sua vez, a decisão da maioria dos togados impede a prisão de Lula, que seria uma das maiores injustiças acontecidas na história do Brasil, pois Lula é acusado, irresponsavelmente, de ter um apartamento em Guarujá, que nunca foi seu, pois comprovadamente pertencente à OAS, sendo que o juiz de primeira instância, Sérgio Moro, despachou ordem para que o imóvel fosse à leilão e, no próprio despacho, determina que a "propriedade da empreiteira", e não de Lula, seja vendida.

Tal juiz de Curitiba, que jamais em quatro anos condenou um único tucano ladrão, além de ser um dos próceres da consolidação da segunda parte do golpe de direita, que somente se concretizará com o afastamento arbitrário e violento de Lula das eleições presidenciais, reconheceu também, em sua própria sentença condenatória, que todo esse processo persecutório se iniciou com matéria do jornal O Globo, bem como, na mesma sentença, o magistrado reconhece também que o apartamento não está em nome de Lula. É o fim da picada!

Por isto, o adiamento da votação do mérito do habeas corpus não se trata apenas de uma vitória de interesse do ex-presidente Lula, mas, sobretudo, de um triunfo sobre aqueles que apostavam no quanto pior, melhor, bem como exemplifica que o Brasil tomado pelos bárbaros, a partir das manifestações (micaretas de coxinhas) e de seu ápice com a tomada de assalto do poder pelo bando chefiado pelo "presidente" ilegítimo, *mi-shell temer, transforma-se em acontecimento simbólico e que denota que neste País nem tudo está perdido institucionalmente, pois basta as autoridades darem o exemplo e cumprir com o que reza a Constituição.

O traidor de Dilma Rousseff, o fantoche que tem como sócio principal o PSDB, partido que iniciou sua trajetória a se considerar social democrata e que sujou, definitivamente, sua história ao apoiar um golpe de estado violento, contrário aos interesses do Brasil e de seu povo, além de travestido de legal e legítimo. O golpe dos que não aceitaram a derrota eleitoral para o PT de Lula e Dilma Rousseff, que envergonha o Brasil, assim como o deixa de joelhos perante os países centrais. O golpe da mentira, tal qual Lúcifer — o pai da mentira. Lula Livre! É isso aí.


quarta-feira, 21 de março de 2018

Generais, juízes, Globo e STF — Cármen, Lula, Dilma e golpe no País do fim do mundo

Por Davis Sena Filho — Palavra Livre


Iniciemos o artigo:

"Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel [Temer]...
É um acordo, botar o Michel num grande acordo nacional" — aconselha Sérgio Machado.
"Com o Supremo, com tudo" — concorda Romero Jucá.
"Com tudo, aí parava tudo" — assevera Machado.
"E delimitava onde está, pronto" — conclui Jucá.
(Diálogo pré-golpe entre o senador Romero Jucá (PMDB/RR) e Sérgio Machado, ex-senador do PSDB e filiado ao PMDB, em crime de conspiração para derrubar da Presidência da República a presidente reeleita e legítima, Dilma Rousseff, que obteve do povo brasileiro 54,5 milhões de votos).

Para bom entendedor, meia palavra basta: A presidente do STF, Cármen Lúcia, é refém da Globo e está isolada no Supremo Tribunal Federal (STF). E por quê? Porque faz política e não quer cumprir a Constituição. Mas como? — perguntariam os cidadãos contribuintes e eleitores, como se não fosse algo crível. E o juiz Sérgio Moro, da Lava Jato tucana, responderia às pessoas ainda boquiabertas com tanta desfaçatez: "Não vem ao caso!"

A presidente do STF, Cármen Lúcia, para dar continuidade à segunda parte do golpe do impeachment (a primeira foi a deposição de Dilma Roussef) e consolidar o processo de caça ao Lula e, com efeito, abrir oportunidade para prendê-lo ou afastá-lo da corrida eleitoral a presidente da República, resolveu protelar o pedido de habeas corpus a favor de Lula, que, de acordo com a Constituição, o princípio da presunção de inocência é inalienável, até porque os juízes do STJ resolveram repassar a batata quente para o STF, que jamais deveria ser omisso, negligente e irresponsável.

O que mais chama a atenção da sociedade é que tais juízes negaram o habeas corpus a Lula, alinhando-se automaticamente aos magistrados do TRF-4 e ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, em um movimento que, sem sombra de dúvida, demonstra que o Judiciário faz indevidamente política, além de ser partidário e seletivo, porque realmente é surreal e absurdo que um único magistrado de diferentes instâncias NÃO tenha discordado das ações perpetradas por juízes que condenaram o ex-presidente Lula. Impressionante!

Condenações tanto na 13ª Vara Federal de Curitiba, no TRF-4, com a participação do STJ que lavou as mãos, como se os togados agissem em um partido político e tivessem combinado para montar uma frente de combate ao PT, ao Lula e às suas mais importantes lideranças, ainda mais que se aproximam as eleições de outubro, sendo que o líder trabalhista lidera as intenções de votos em todas as pesquisas. Realmente, a gravíssima crise brasileira passa pelo Judiciário, assim como o tem como seu promotor na companhia do sistema midiático privado, capitaneado pelo Grupo Globo.

É o fim da picada a Justiça brasileira, que escancara seu partidarismo e seletividade, a fazer da Justiça um bureau de injustiças, bem como a cada dia que passa juízes se mostram elitistas, preconceituosos, racistas e intolerantes, a exemplo de muitos casos, como as palavras monstruosas da juíza do TJ do Rio de Janeiro, Marília Castro Neves, que além de repercutir fakes caluniosos e difamatórios contra a vereadora Marielle Franco, morta brutalmente, ainda teve a petulância e o desplante de atacar, covardemente, uma professora portadora da síndrome de down, a tratá-la desumanamente em total escárnio contra a pessoa humana. Se alguém olhar com atenção o facebook de tal desembargadora(?), verificará que estará a passar os olhos em um circo de horrores. E ela é juíza!!!

Dessa forma fascista têm se comportado, principalmente desde as primeiras manifestações dos coxinhas em 2013, grande parte do corpo de juízes, procuradores e policiais, notadamente os delegados da PF. É um Deus nos acuda, afinal é o caso de se perguntar o que esses caras aprendem em suas academias e cursos que frequentaram, porque o fascismo e a perversidade são latentes nas almas e no pensamento de muitos desses servidores públicos. A sociedade civil estar nas mãos dessas pessoas é um caso a se pensar...   

Enquanto isso, o Brasil se transforma cada vez mais em uma republiqueta bárbara e tratada como irrelevante pela comunidade internacional, afinal aqui as autoridades da Justiça e do Ministério Público não se submentem à Constituição. Pelo contrário, criam "jurisprudências" a partir de suas conveniências notadamente políticas, partidárias e ideológicas. Até parece um filme ou livro de história fantástica ou arte de Salvador Dali, sem querer insultar o magnífico artista.

Porém é o que acontece no Brasil, para o azar e a dor dos brasileiros que não compactuam com tão desditosa e amarga realidade, que é imposta ao País gigante humilhado e transformado em pigmeu perante o mundo, por causa de moleques e criminosos, que resolveram tomar o poder de assalto, como fazem os bandidos nas ruas de quase todas as cidades brasileiras.

Por sua vez, o tempo passa e a juíza Cármen Lúcia continua em conduta grave e não condizente com a magistratura. A juíza que ao perceber não ter o apoio da maioria dos juízes do STF quanto à prisão em segunda instância, sem antes que a condenação de qualquer brasileiro esteja na condição de trânsito em julgado, Cármen se nega a colocar o assunto em pauta para votação em plenário, e impede, de forma monocrática, uma decisão coletiva sobre o assunto, bem como ainda desmoraliza o Supremo ao recorrer aos Marinho do Grupo Globo, o oligopólio midiático norte-americano, inimigo histórico de Lula, das esquerdas e dos trabalhistas desde os tempos do estadista Getúlio Vargas.

A juíza subordinada tem dado mais entrevistas aos funcionários dos irmãos Marinho do que consultar a Constituição. Inacreditável. Afinal, trata-se do grupo empresarial que coloniza o povo brasileiro e combate os interesses de soberania e independência do Brasil há 93 anos, quando o jornal O Globo foi fundado. Carminha deixou o STF menor do que o diminutivo de seu nome. Eu sei que a vida é como ela é, mas com esforço certas coisas têm de ser modificadas e mudadas, porque, sintomaticamente, incabíveis para uma Nação que deseja ser civilizada.

A juíza Cármen Lúcia e seus pares fingem e dissimulam, hipocritamente e cinicamente, que o diálogo entre os dois golpistas abaixo nunca aconteceu no Brasil, apesar de a conversa insidiosa ser parte da história deste País atrasado e bananeiro, cuja casa grande e seus capitães do mato (o STF é apenas um deles) enxergam o futuro e os marcos civilizatórios pelo espelho retrovisor.

Enquanto o Brasil afunda como país bárbaro, pois o poder estatal é controlado por selvagens que se consideram "civilizados", muitos dos juízes tratam de Ir a Miami fazer compras e a Orlando visitar o Mickey e bancar o Pateta, porque simplesmente são coisas que bastam aos juízes coxinhas de todas as instâncias e, irremediavelmente, alienados e quilometricamente distantes das realidades do povo brasileiro e dos interesses de soberania da Nação.

A comprovar o que afirmo, cito as declarações estapafúrdias, que se resumem nas palavras perversas e irresponsáveis repercutidas pelas redes sociais de inúmeros magistrados, a exemplo da juíza almofadinha Marília Castro Neves, que está a ser processada por suas irresponsáveis e diabólicas palavras contra a honra de Marielle Franco, vereadora e ativista brutalmente assassinada, bem como a juíza está a ser interpelada pelo CNJ, que raramente pune juízes que cometem ilegalidades, ilegitimidades e arbitrariedades.

O STF, além de ser a vergonha, o vexame e a desgraça do Brasil, o é ainda o promotor da opressão, pois que para fazer indevidamente e injustificadamente política, seus juízes, ao que parece, estão submetidos aos interesses do Grupo Globo, da famiglia Marinho, que, useira e vezeira em chamar muitos indivíduos de "ladrões", não olha para o próprio rabo de golpista e usurpadora, pois acusada e denunciada por inúmeros crimes, como os de sonegação, e que, por sua vez, recusa-se a olhar sua cara no espelho.

A juíza e presidente do STF, Cármen Lúcia, apequenou a Corte, que como afirmei anteriormente é, incomensuravelmente, menor do que o Brasil e que, por sua vez, somente poderia se aproximar do povo brasileiro de joelhos. Contudo, como Cármen sabe que poderá perder no voto para a maioria de seus pares, a questão da condenação em segunda instância, mesmo sem o trânsito em julgado e a contrariar a Constituição, torna-se algo emblemático no que tange à desmoralização do Judiciário brasileiro perante importantes setores da sociedade e, evidentemente, diante da história.

Cármen Lúcia resolve então, por causa de Lula, pois a intenção é prendê-lo ou afastá-lo das eleições deste ano para consolidar a segunda parte do golpe (a primeira foi a deposição de Dilma Rousseff) e fazer chicana das mais baratas, o que a torna a mandatária do STF mais fraca de todos os tempos, além de compromissada com o golpe de estado de 2016, a ter a Rede Globo como sua tutora, bem como os editoriais mequetrefes e rastaqueras de O Globo se transformaram para a submissa magistrada a "bíblia" a ser seguida e obedecida.

A verdade é que os editoriais ardilosos e manipuladores do Globo estão a pautar a agenda do STF acovardado e que, permissivo e pusilânime, permitiu, indecorosamente, que presidiário Eduardo Cunha desse o pontapé inicial na Câmara dos Deputados, a fim de dar início à deposição de uma presidente honesta e que jamais cometeu quaisquer malfeitos ou delitos. Quando Cármen Lúcia diz que o Supremo se apequenará se examinar a questão da segunda instância, na verdade, a juíza sabe muito bem que está apenas a fazer proselitismo, pois o povo brasileiro há muito tempo considera o STF a vergonha, o vexame e a desgraça do Brasil.

Além disso, a Constituição determina, sem deixar qualquer dúvida, que nenhum brasileiro poderá ser condenado e preso sem ter seu processo transitado em julgado, ou seja, a execução provisória da prisão não pode ser feita enquanto houver recursos pendentes, conforme reza a Carta Magna, por intermédio do inciso LVII do artigo 5º, que estabelece o princípio da presunção de inocência.

Portanto, creio eu que os juízes não são analfabetos e sabem, nem que seja minimamente, interpretar textos, mas no Brasil do golpe e do ódio alguns juízes ilegalmente e arbitrariamente se tornaram legisladores e criaram suas próprias jurisprudências, a fim de atender, como já frisei antes, suas conveniências políticas e partidárias, que contrariam os interesses da maioria dos eleitores, que desejam votar em Lula nas eleições para presidente no ano de 2018.

O STF de Cármen Lúcia está propenso a interditar as eleições, que poderão não ter a participação no certame eleitoral do mais forte candidato do campo popular e de esquerda. Trata-se de obstar a soberania popular e de um escândalo de âmbito internacional, cuja autoria é dos juízes da Corte Suprema. A culpa é deles, somente deles e para eles a história do Brasil irá olhar. Cármen Lúcia sabe muito bem do seu tenebroso e vergonhoso papel no que é relativo à segunda fase do golpe violento do fim do mundo, bem como a história a colocará em uma de suas piores e mais sombrias páginas.

Se tais juízes fossem legalistas e republicanos, o Brasil seria uma Nação civilizada e obediente aos ditames da Lei. A Constituição impede a prisão sumária de Lula. Qualquer advogado de porta de cadeia ou mesmo a OAB, que apoiou os vergonhosos e vexatórios golpes de 1964 e de 2016, estão cientes de que a prisão sem trânsito em julgado e a condenação sem provas remete o Brasil aos tempos da escravidão ou da Idade Média.

Quando os juízes resolvem criar suas próprias jurisprudências para fazer política partidária e mandam às favas os marcos da civilização, que o povo se mobilize em desobediência civil, porque, de acordo com a Constituição, o direito de defesa para defender a própria vida contra as injustiças e a opressão é inalienável e inegociável.

O Brasil é o País do fim do mundo, volto a ressaltar. Aqui a casa grande e seus áulicos, capitães do mato e feitores da moral, da ética e dos bons costumes (udenistas/lacerdistas) são tão cínicos e hipócritas, covardes e perversos, que transformam o País na casa da Mãe Joana, para subjugá-lo e roubá-lo, por intermédio de um golpe de estado de terceiro mundo, a disfarçar seus rostos, a manipular a verdade e a violar a honra, que nunca tiveram e jamais terão, como assim evidenciará a história, que cientificamente se baseia em fatos e acontecimentos reais, por não se tratar de ser O Globo e seus congêneres, com seus editoriais dignos de farsantes e falastrões.

O golpe de estado terceiro-mundista de 2016 é antes de tudo e de qualquer coisa um golpe protagonizado pela classe média coxinha, com as mídias do capital a franquear e a apoiar suas ignorâncias e sandices de ordens golpistas. O golpe de 2016 é tão autenticamente de classe média, que seus principais autores e atores são juízes, procuradores, delegados e agora, a aparecer e a deixar as sombras do golpismo, os generais. Fechou-se o círculo de servidores públicos de comando e mando, que controlam os bastidores do Estado, bem como portadores de princípios e valores originários da alta burguesia.

Os militares sempre estiveram a participar do golpe em silêncio por causa do passado, notadamente 1964. O golpe de 2016 dos civis e militares não defende a soberania do País e a efetivação de justiça social, dois alicerces fundamentais para qualquer nação ser independente e desenvolvida. O golpe pensa em hegemonia de classe e um País a serviço de poucos, a se locupletarem com benefícios e privilégios, como sempre foi a Terra de Santa Cruz. Apenas isto. Nada mais do que isto. Soberania e independência do Brasil, por parte dos golpistas, jamais.

A classe média chegou ao paraíso e as mídias dos magnatas bilionários de imprensa tratam de massagear seus egos. Quando esse processo dantesco chegar ao fim, a alta burguesia mandará, sem sombra de dúvida, a classe média diretamente envolvida com o golpe se recolher à sua insignificância. Prepare-se, então, juízes Cármen Lúcia, Sérgio Moro, dentre muitos outros. O limbo do esquecimento será seus destinos. Lembrai-vos de Joaquim Barbosa e Ayres Britto!

E por quê? Porque jamais a pequena burguesia com complexo de vira-lata e ódio a tomar-lhe a alma será convidada a participar dos saraus dos inquilinos da casa grande, que tratam a classe média, no caso específico dos juízes do STF e dos procuradores do MPF, como seus empregados. Não se iluda, cara pálida; não sonhe em vão, coxinha, pois a verdade é dura, e os donos dos meios de produção — os verdadeiros ricos — usam e sempre usaram a classe média como laranja. Logo depois jogam o bagaço na lata de lixo depois de beberem o suco.

A verdade é que o STF terá de obrigatoriamente se redimir. Lula não está acima da lei. Por seu turno, a questão não é esta. A situação de Lula é complexa. E por quê? Porque Lula não cometeu crimes, bem como os malfeitos imputados injustamente a ele não foram comprovados. O político de esquerda e do PT foi processado a partir de matéria mentirosa e capciosa de O Globo, empresa que integral um pool de empresas pertencentes os irmãos Marinho, inimigos políticos ferozes de Lula. Cármen Lúcia não sabe disso? Não acompanha a política e nunca leu a história do Brasil?

Bem, se a magistrada não leu, melhor avisá-la: Juíza Cármen Lúcia, o Grupo Globo é golpista e usurpador do poder. Essa gente derruba presidentes eleitos pelo, notadamente os mandatários de esquerda e trabalhistas, casos de Getúlio Vargas, João Goulart, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, sendo que Leonel Brizola, trabalhista histórico e homem de esquerda, também foi ferozmente perseguido e combatido pelo Grupo Globo.

Além do mais, os irmãos Marinho pediram "desculpas" à Nação após 40 anos de sua intensa participação no golpe civil-militar. Apoiaram torturas, perseguições, demissões sumárias, prisões ilegais, exílios e todo tipo de covardia praticada pelos donos do poder, no decorrer de longos 21 anos. Como o Grupo Globo e seus donos são golpistas por natureza, pois de suas essências mórbidas e tenebrosas, não só apoiaram, como foram os principais protagonistas do golpe de estado de 2016, que, cinicamente e hipocritamente, foi travestido de legítimo e legal.

Portanto, ministra Cármen Lúcia, somente para sua informação, já a saber que vossa excelência sabe: a maioria dos juízes do Supremo é contra as prisões em segunda instância. Os contrários são os juízes Celso de Mello, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Marco Aurélio de Mello, Rosa Weber e Ricardo Lewandowski. Por isto o desespero dos Marinho, que ficariam em uma sinuca de bico com o Lula no poder depois de tanta perseguição e cafajestadas.   

A virtual prisão de Lula seria, literalmente, o maior erro da história do Supremo Tribunal Federal. E sabe quem entrará na história pela porta dos fundos, como a presidente da Corte Suprema neste período sombrio e lúgubre? A presidente atual do STF — a ministra Cármen Lúcia. Lula Livre! É isso aí.

segunda-feira, 19 de março de 2018

MULHER — Violência e preconceito estão dentro de nós e de vós

Por Davis Sena Filho — Palavra Livre


As mulheres a partir do fim do século XIX e início do século XX começaram, efetivamente, a sair de suas casas para ganhar a vida, ou seja, sustentar-se, ajudar seus maridos na lida diária e criar seus filhos, com seus esforços de trabalho, da labuta do dia a dia, e fora de seus lares, até então os limites que as impediam de ampliar seus horizontes.

Essas cruéis e mórbidas realidades facilitaram e favoreceram para a  que a mulher fosse um ser humano praticamente cativo ao seu lar, como se ser cativa fosse algo normal ou natural ou próprio à mulher, pois segundo os machos fundamentalistas, uma questão "cultural", quando a verdade é uma questão de poder, de luta pelo controle do poder.

A falta de conhecimento, de instrução e de influência da mulher, no que diz respeito a ter o controle de sua própria vida, no decorrer de milênios, levou-a a uma perversa e injusta condição de submissão e subalternidade. E é exatamente este tema que jamais deveria ser relegado no "Dia Internacional da Mulher". Por incrível que pareça, mas existem muitos homens e mulheres que ainda não têm esta compreensão, porque compreensão tem a ver com percepção das realidades que nos cercam e com as realidades dos outros, que não são as suas. Trata-se de um exercício de abnegação, de generosidade, de aprendizagem e até mesmo doloroso.

As mulheres conquistaram mais espaço ainda na Primeira Guerra, sendo que, definitivamente, na Segunda Guerra seus espaços de trabalho e a luta pelo poder de reivindicar e conquistar igualdades recrudesceu, a explodir com os movimentos feministas, que se sucederam, radicalmente, nas décadas de 1960 e 1970, a transformar a mulher no que ela sempre foi:  um animal político e consciente de seu papel no mundo moderno e tecnológico.

A luta por espaços de influência e poder, em meio aos homens, os "donos" até então incontestáveis do poder político e econômico, ou seja, dos meios de produção privados, do dinheiro e dos setores mais importantes do Estado, a exemplo de cargos influentes e de hegemonia do Executivo, do Judiciário, do Legislativo, das Forças Armadas e das polícias. O Estado e o poder político nas mãos dos homens.

Por sua vez, nota-se, e por isto é necessário observar, que muitas mulheres em cargos de poder e mando evidenciam e efetivam ações e atos machistas. Geralmente se trata de mulheres que atuam no campo político e ideológico conservador (isto não é uma regra), a mostrarem-se misóginas e a apoiar ações que contrariam não somente os interesses legítimos da grande maioria das mulheres, bem como de todos os segmentos e grupos sociais que são considerados como minorias.

Segmentos da sociedade brasileira desigual e intolerante. Grupos que produzem e consomem, pois trabalham, pagam impostos e votam, mas que são tratados, hipocritamente e violentamente, como minorias, apesar de muitos deles serem populacionalmente importantes, a exemplo das próprias mulheres, dos negros, dos LGTB e dos índios, que estão atualmente com suas culturas e terras em perigo, com a ascensão de um governo direitista, proto-fascista, que tomou o poder de assalto em 2016, por intermédio de um golpe de estado.

O golpe de direita do fim do mundo e, com efeito, terceiro-mundista, que levou à deposição criminosa e vergonhosa da presidente trabalhista e constitucional Dilma Rousseff, política que recebeu dos brasileiros 54,5 milhões de votos, bem como foi vítima de perversa e diabólica misoginia, quando o machismo e o partidarismo dos bárbaros tentaram desmoralizá-la politicamente e desconstruí-la moralmente.

Realidades essas que aconteceram contra uma mulher de fibra e coragem, republicana e honesta, com a Constituição Cidadã e o Estado de Direito em vigor desde 1988. Porém sua derrota política e moral não se concretizou, porque Dilma, uma mulher digna e civilizada, jamais se entregou à sanha dos trogloditas, que são os próceres e os arautos do golpe e da usurpação contra a democracia, a soberania e a independência do Brasil. O golpe contra o povo brasileiro é também contra a mulher, porque, dentre inúmeras razões do inominável crime, ele o é de ordem misógina.

Trata-se do governo do bárbaro e traidor *mi-shell temer, chefe do bando ilegítimo, pois tratado como pária colonizado e entreguista subalterno pela comunidade internacional, além de ser considerado um fantoche, a liderar uma administração racista, elitista e caninamente obediente à gringada malandra e esperta, que o despreza profundamente, apesar de se aproveitar de sua pusilanimidade e condição de feitor de seus interesses em relação a controlar e tomar conta do patrimônio público e das riquezas do Brasil.   

Esta conjuntura amarga e violenta que ocorre no Brasil desses tempos bicudos, evidentemente não se divorcia da questão feminina, porque a mulher está inserida em todos os diferentes e diversos contextos sociais e econômicos e, consequentemente, o golpe de direita atinge duramente a luta da mulher por direitos civis e igualdades de oportunidades, bem como, indelevelmente, desrespeita a sua condição de cidadã brasileira, como ocorreu tragicamente com a vereadora Marielle Franco.

A ativista negra levada a holocausto por assassinos sanguinários, que tiveram espaço para cometer feroz e indescritível covardia, porque crime inominável, pois de essência diabólica. A mulher na linha de frente do combate social e escolhida propositalmente para morrer, com a finalidade de os grupos de direitos humanos, de todos os direitos humanos, inclusive o direito de os brasileiros poderem falar, contestar e reivindicar fique restrito a se calar, pois tempo de golpistas e usurpadores a ocupar ilegitimamente o poder. Ponto.

Portanto, o dia 8 de março está envolto, além de homenagens mais do que merecidas às mulheres, que são mães, esposas, irmãs, filhas e amigas, e, neste caso especial, as que estão presentes nas frentes das batalhas, porque mulheres de fibra e coragem, que demonstram diariamente o empenho e a dedicação para que possamos conquistar uma sociedade irmanada em justiça, igualdade, paz, solidariedade e democracia.

O apelo publicitário empurra a data de luta das mulheres para as festividades e até mesmo para intenções de manipulação por parte das mídias pertencentes aos magnatas bilionários de imprensa, notadamente a Globo, responsável maior pelo golpe do impeachment e pelo ódio latente nas ruas e nas redes sociais, em todos os lugares, pois do ódio a Globo é a principal propagadora. A morte de Marielle Franco está, sem sombra de dúvida, na conta incomensurável da Globo, a ser mais um de seus incontáveis pecados contra o Brasil e o povo brasileiro, desde o ano de 1925, quando o jornal O Globo foi fundado.

A Globo manipula e tenta "abraçar" até o que não lhe pertence, e o pensamento político e os atos e ações sociais de Marielle, definitivamente, não pertencem à Globo e aos órgãos de hegemonia de toda a imprensa privada e de mercado, pois irreversivelmente contrários aos interesses do status quo, e o Grupo Globo é o próprio status quo — o porta-voz no Brasil do establishment internacional dominado pelos Estados Unidos. A Globo é um dos tentáculos do polvo norte-americano na América Latina. Ponto.

A tentativa da Globo de se apropriar do assassinato brutal de Marielle é a forma de tentar esvaziar, sutilmente, a realidade dura das mulheres que lutam por espaço político, social, empregatício e econômico. Mulheres pobres, geralmente negras e fadadas a ficar eternamente em senzalas, que são as favelas, a serem vítimas de todo tipo de violência, a começar pelo racismo, além de serem exploradas até a exaustão em seus trabalhos, quando trabalham, porque o desemprego é enorme para todos os brasileiros, mas principalmente para as mulheres, sendo que com mais gravidade para as mulheres negras.

A Globo é um escárnio e despropósito de tal magnitude que acredito, sem vacilar e ter dúvida, que ela é a maior responsável pelo atraso e o retrocesso história do Brasil. Com a Globo, o País jamais terá paz para se desenvolver e ser independente, apesar de existir outros grupos econômicos e políticos que desprezam o Brasil e odeiam seu povo.  

Porém, a homenagem às mulheres é antes de tudo um alerta, com o propósito de combater a discriminação, o preconceito e as injustiças, que teimam em atingir o gênero feminino, como uma forma de a sociedade machista manter a hegemonia para o todo e sempre, como se as mulheres não fossem capazes de assumir a importância que têm perante as sociedades das quais elas fazem parte e sempre fizeram.

O dia da mulher se inspira no massacre de 130 operárias em Nova York acontecido em 8 de março de 1857. Elas organizaram uma greve com o propósito de reivindicar jornada de trabalho de dez horas diárias (trabalhavam 16 horas), melhores salários (recebiam um terço do que os homens ganhavam) e tratamento digno.

As trabalhadoras foram trancafiadas dentro da fábrica pelos seguranças, a mando dos patrões com o apoio da polícia, ou seja, do Estado. A fábrica foi incendiada, fato este que se transformou em grande comoção popular, com as ruas em protestos a serem ocupadas.

Por sua vez, se o martírio das operárias completou 161 anos, no dia 8 de março, a data somente foi escolhida como data comemorativa em 1910, bem como reconhecida pela ONU apenas em 1975, o que denota que as conquistas femininas não foram tão rápidas e concedidas pelo poder estabelecido (establishment) como pensam, equivocadamente, muitas pessoas. O direito ao voto feminino, por exemplo, só foi conquistado pelas mulheres no Brasil em 1932, no Governo do presidente trabalhista Getúlio Vargas, 60 anos após as primeiras mulheres a votar no mundo ocidental, que foram as suecas.

Foram muitas as conquistas, especialmente nas últimas décadas. Das mulheres que não podiam se expressar e sequer eram contadas pelos censos demográficos, verificamos hoje uma participação efetiva em toda a sociedade: direitos trabalhistas muito mais consolidados do que na época pré-getulista, apesar dos retrocessos graves e perversos nessa área no governo do golpista *mi-shell temer, além do acesso à educação, com presença maior das mulheres do que os homens nas escolas e na universidades, bem como mais respeito dentro de casa, apesar de muitas mulheres ainda serem vítimas de violência por parte de seus parceiros de vida, realidade atroz e que tem de ser severamente combatida pela sociedade e pelo Estado.

Entretanto, a luta ainda precisa continuar. Diversos países ainda mantêm a repressão à mulher, que tem seus direitos civis cerceados, bem como os direitos familiares e sexuais. Não votam, não estudam e não tem direito à opinião e às decisões familiares e de âmbitos políticos, sociais e econômicos. Em alguns países, as mulheres têm seus órgãos genitais mutilados, como pretensa inibição à prostituição, quando a verdade se trata de uma forma de submeter a mulher a um processo de subserviência social e anulação política de sua própria existência como ser progenitor. Trata-se do domínio total do macho sobre a fêmea no que concerne à sua identidade como ser social feminino.

Como se a prostituição fosse apenas resumida a apenas uma questão sexual, quando, na verdade, é uma questão de foro íntimo, econômico, financeiro, de valores e princípios e até mesmo de necessidade, afinal no globo terrestre milhões e milhões de mulheres não têm acesso nem mesmo à coleta de lixo, ao saneamento básico, à segurança alimentar e à água potável, quanto mais ao apoio governamental e de entidades civis, que em muitos países têm enormes dificuldades para entrar e realizar trabalhos que restituem a humanidade da mulher e seu desenvolvimento como ser humano.

Trata-se de direitos inalienáveis e que jamais deveriam ser colocados como questões negociáveis por parte do establishment político e econômico. O mundo é para todos. Não apenas para alguns, no que que tange à população mundial e, especificamente, a brasileira.

Todos seres humanos têm o direito de viver dignamente, bem como ter acesso a uma vida de melhor qualidade. Não se pode esquecer que somos mortais: o rico e o pobre; o negro e o branco, independente de posições políticas, ideológicas,  religiosas, de origem e classe social.

Sábios e pensadores dos maiores e mais importantes de todos os tempos, dentre eles Jesus Cristo, ensinaram sobre essas questões tão importantes para se ter paz e contentamento, mas o problema da humanidade e de quem controla o poder é colocá-las em prática. Tolos e egoístas citam, rotineiramente, os sábios, mas por vaidade e jamais por generosidade e sinceridade. Não acreditam, apenas querem se dar bem...

Além disso, em alguns países ainda são impostas regras desumanas para as mulheres, entre as quais a pena de morte por desonra. Tudo isto, por incrível que pareça, em pleno século XXI do terceiro milênio.

No Brasil hipocritamente "liberal", principalmente nas festas de carnaval e nas micaretas de norte a sul presenciadas por coxinhas e ao mesmo tempo convenientemente País conservador quando se trata de concentrar renda e riqueza, há um caminho longo para que as mulheres possam conquistar: igualdade salarial, maior participação na política e garantias e respeito dentro das famílias e no trabalho. São muitas as mulheres que ainda são vítimas de assédio moral, violência física, inclusive sexual, de um machismo ainda resistente, que não tolera a liberdade feminina de ir e vir, bem como crescer na vida e se tornar independente.

As mulheres no Brasil são ainda vítimas de assassinatos, estupros e espancamentos, de forma comum e ordinária, sendo que geralmente os agressores e criminosos são homens próximos delas, a exemplo de maridos, namorados, padrastos, parentes, amigos e colegas de trabalho. O algoz da mulher geralmente se trata de um conhecido, o que causa muita dor e desilusão, porque a confiança o é, irremediavelmente, quebrada.

Como a mulher contemporânea participa com mais ênfase e constância de todos os setores e segmentos das sociedades modernas, evidentemente que um desses campos é onde vicejam as mulheres que militam e lutam por causas que melhorem as condições de vida de parcela da humanidade que, demograficamente, é maioria no mundo.

Por isto que a luta da mulher têm de ser diuturna e sistemática, de forma que ela seja, definitivamente, reconhecida pela outra metade da humanidade, a dos homens, como um ser importante em todos segmentos da sociedade, pois produtivo, inteligente, e que, seguramente, será eternamente o contraponto essencial em um mundo dominado pelo pensamento masculino, no que é relativo às diferentes esferas de decisão e de poder. As mulheres têm de ser ouvidas e se fazerem ouvir.

Hoje, por causa de décadas de lutas, é possível encontrar a figura da mulher nas diversas atividades profissionais. O forte sexo feminino está a deixar rastros de competência e sucesso na trajetória de lutas e conquistas. O empoderamento da mulher significa a liberdade do homem, que se tornará um ser mais completo e sábio.

Todos esses relatos e exemplos constroem com honras a história de lutas e conquistas da mulher, que aponta para apenas uma única direção: a de que o lugar de mulher é, sim, em todos os lugares, aonde ela quiser ir, trabalhar e escolher o que desejar fazer, como um ser social e independente, a construir uma sociedade justa, igualitária e democrática ao lado do seu parceiro eterno — o homem.

Nada é dissociado ou divorciado da conjuntura política e social de um país ou de determinada sociedade. Quando grupos sociais são relegados a um segundo plano ou são oprimidos e reprimidos pelos governos é porque a sociedade, arbitrariamente ou veladamente, torna-se cúmplice de seus crimes, de sua política, que se baseia no apartheid social. É o que acontece com todas as minorias, inclusive a que está inserida a mulher, apesar de sua maioria populacional. Mulher independente e livre significa o homem e a sociedade livres e independentes. É isso aí.