O "Limpinho & Cheiroso" é um dos blogs do campo da esquerda mais combativos da
blogosfera e foi retirado do ar há cerca de uma semana. Contudo, o blogueiro Miguel Baía Bargas não consegue saber o porquê de o blog ter sido removido sem aviso e sem explicação, o que é um absurdo.
É inenarrável a desfaçatez de um sistema que, inclusive, não atende o blogueiro, pois ele não consegue falar com ninguém do Google (Blogger), porque quando liga para o telefone da mega empresa é prontamente "atendido" por uma máquina através de uma gravação, que não permite que o Miguel converse com algum atendente da espécie humana.
O "Limpinho & Cheiroso, do Miguel Bargas, era um dos blogs que eu acompanhava, seguia, por se tratar de um órgão informativo fidedigno, combativo e voltado para os interesses da Nação brasileira. O Limpinho & Cheiroso tem de voltar o mais rápido possível para as telas dos computadores dos leitores que se acostumaram a se informar por instrumento de comunicação tão importante para todos.
Leia abaixo o que o Miguel informa sobre seu blog
De TIE-Brasil
Caros e
caras,
Como alguns
de vocês sabem, sou dono do blog Limpinho & Cheiroso. Hoje, quando fui
atualizá-lo, veio uma mensagem que ele havia sido removido.
Telefono pra
lá (11 3797-1000 Google) e não consigo falar com um “ser humano”… Só com uma
“máquina”.
Alguém pode
me ajudar?
Sou um zero
à esquerda em informática (entre outros assuntos).
Será que um
nano-blog estava incomodando tanto? Apenas replico notícias de outros blogs e
dou alguns pitacos.
Aguardo
ajuda. Se alguém quiser e puder, além do e-mail, meu telefone está abaixo.
Presidenta Dilma, cadê o projeto do jornalista Franklin Martins, que regulamenta o setor midiático brasileiro? Se a senhora o desconhece, pergunte ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. (Davis Sena Filho)
Dois
pesos e duas medidas. O ex-presidente neoliberal Fernando Henrique Cardoso que
vendeu o Brasil em uma privatização que se tornou a maior da América Latina,
bem como, posteriormente, serviu de material para o famoso livro “A Privataria
Tucana”, que jamais foi repercutido na imprensa comercial e privada e muito
menos serviu de material informativo para o senhor procurador-geral da
República, Roberto Gurgel, apresentar representação ao Ministério Público
Federal contra os neoliberais FHC e José Serra, entre outros tucanos emplumados
que venderam o que não construíram e muito menos o que não é deles e, sim, da
Nação.
Por
causa da pressão que tem recebido por prevaricar no caso da Operação Vegas da
Policia Federal, que investigou a quadrilha de Cachoeira, que tomou conta do
Estado de Goiás e se ramificou pelas três esferas de governo, Gurgel usa como
estratégia para se defender de sua irresponsabilidade o Mensalão, como forma de
se blindar e acusar seus adversários, que hoje preferem ver o diabo a vê-lo à
frente da Procuradoria Geral, a cruzar os braços e a fazer ilações, no mínimo,
precipitadas e sem base alguma no que concerne ao Mensalão.
A
verdade é que os assuntos que se tratam são as operações Vegas, Monte Carlo e
as gravações que indicam que o senador Demóstenes Torres, o herói da imprensa
de negócios, o governador de Goiás, Marconi Perillo e os jornalistas da Veja,
Policarpo Jr., e da Época, Eumano Silva, entre muitas outras pessoas, estão
envolvidos com o esquema do bicheiro Cachoeira. Gurgel, como afirmou o senador
Fernando Collor, prevaricou. Além disso, o condestável da República, que atende
pelo nome de Gilmar Mendes, adiantou-se, ao que parece, à possível divulgação
de seu nome nesse escândalo, e passou a atacar virulentamente o ex-presidente
Lula, o político mais popular da história do Brasil.
Gilmar
Mendes é um escárnio à boa conduta e ao cargo que ocupa. Ele envergonha o
Judiciário e o povo brasileiro. Ele deveria ser, urgentemente, chamado às falas
pelos seus colegas de Tribunal e pelo seu presidente, ministro Ayres Britto,
porque seu comportamento, a sua conduta é de um homem que tomou à frente do
processo da CPMI do Cachoeira/Demóstenes para evitar que o PSDB, o DEM e seus
aliados Veja e Globo não sejam investigados ou chamados às falas, como ele
disse uma vez quando pretendeu interpelar o presidente Lula.
Gilmar
Mendes tem medo do quê? Por que somente depois de um mês de se encontrar com
Lula o tal ministro abriu a boca e, para a surpresa de ninguém, falou à Veja, a
revista porcaria, que não tem credibilidade, além de estar no olho do furacão
por ter se envolvido com a quadrilha de Cachoeira e seus arapongas, que estão
presos. Gilmar agride o Lula como se o ex-presidente fosse do nível dele e por
isso não merecesse respeito.
Gilmar Mendes foi desmentido pelo ex-presidente do
STF, Nelson Jobim, no que concerne a conversa que supostamente teve com Lula e
mesmo assim continua a agredi-lo sem se importar com a sua posição de ministro
da Corte mais importante do País. Fala pelos cotovelos e não mede consequências,
pois visivelmente não se importa em criar uma crise institucional no País. Gilmar
é, irremediavelmente, apoplético, falta-lhe
senso, pois acometido de rancores e ressentimentos que fariam o diabo ser o seu
aprendiz. Juristas já afirmam na imprensa que a postura de Gilmar Mendes pode impedi-lo de julgar.
Concomitantemente
ao Gilmar Mendes, temos o procurador Roberto Gurgel, que representou contra Lula
no MPF. Não há provas contra o maior político do País. E mesmo assim o senhor
Gurgel, que prevaricou, toma uma atitude política como essa, sem, no entanto,
jamais representar contra o neoliberal FHC, cujo governo foi denunciado com
provas e documentos pelo livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury
Ribeiro. Dois pesos e duas medidas.
O
que se discute no Brasil é o mega escândalo Cachoeria/Demóstenes/Veja/Globo. Só
que o Gilmar e o Gurgel deram um jeito de o Lula se tornar alvo de ataques —
via Mensalão — e com isso desviar a atenção da Nação para o que ocorre no
Congresso Nacional, que, por meio da CPMI, abrir-se-á a caixa de Pandora do PSDB, do
DEM e quiçá de certas autoridades que usam capa preta, trocaram seus afazeres
do Judiciário para fazer política de oposição e partidária, bem como pensam que
são intocáveis e acima da lei.
A Veja, revista que pratica o verdadeiro
jornalismo de esgoto, chafurda no mau cheiro. E a TV Globo e o O Globo
repercutem o que não foi comprovado, o que ninguém ouviu e que foi desmentido,
categoricamente, pelo ex-ministro Nelson Jobim, testemunha ocular e auditiva da
conversa entre o juiz Gilmar e o ex-presidente Lula. Eles realmente querem
melar a CPMI. A imprensa burguesa nunca precisou tanto deles. E eles, dela. É isso aí.
Jobim negou várías vezes que o Lula conversou com o Gilmar sobre o Mensalão
Jobim falou com ZH
no domingo à tarde, por telefone, enquanto se dirigia ao aeroporto, no Rio, de
onde regressaria a Brasília.
Zero Hora — Lula pediu ao ministro Gilmar Mendes o adiamento do julgamento do
mensalão?
Nelson Jobim —
Não. Não houve nenhuma conversa nesse sentido. Eu estava junto, foi no meu
escritório, e não houve nenhum diálogo nesse sentido.
ZH — Sobre o que foi a conversa?
Jobim — Foi uma
conversa institucional. Lula queria me visitar porque eu havia saído do governo
e ele queria conversar comigo. Ele também tem muita consideração com o Gilmar,
pelo desempenho dele no Supremo. Foi uma conversa institucional, não teve nada
nesses termos que a Veja está se referindo.
ZH — Por quanto tempo vocês conversaram?
Jobim — Em torno
de uma hora. Ele (Lula) foi ao meu escritório, que fica perto do aeroporto.
ZH — Em algum momento, Lula e Mendes ficaram a sós?
Jobim — Não, não,
não. Foi na minha sala, no meu escritório. Gilmar chegou antes, depois chegou
Lula. Aí, saiu Lula e Gilmar continuou. Ficamos discutindo sobre uma pesquisa
que está sendo feita pelo Instituto de Direito Público, do Gilmar. Foi isso.
ZH — Depois que Lula saiu, o ministro fez algum comentário com o senhor sobre o
teor da conversa?
Jobim — Não. Não
disse nada. Só conversamos sobre a pesquisa, para marcar as datas de uma
pesquisa sobre a Constituinte.
ZH — Lula pediu para o senhor marcar um encontro com Mendes?
Jobim — Sim. Ele
queria me visitar há muito tempo. E aí pediu que eu chamasse o Gilmar, porque
gostava muito dele e porque o ministro sempre o havia tratado muito bem. Queria
agradecer a gentileza do Gilmar. Aí, virou essa celeuma toda.
ZH — Há quanto tempo o encontro estava marcado?
Jobim — Foi Clara
Ant, secretária do Lula, quem marcou. Lula tinha me dito que queria me visitar
há um tempo atrás. Um dia me liga a secretária, dizendo que ele iria a Brasília
numa quarta-feira (25 de abril) e que, na quinta, queria me visitar e ao
ministro Gilmar. Ele apareceu lá por volta das 9h30min, 10h. Foi isso.
ZH — Se não houve esse pedido de Lula ao ministro, como se criou toda essa
história?
Jobim — Isso você
tem de perguntar a ele (Gilmar), e não a mim.
ZH — O senhor acha que Mendes pode estar mentindo?
Jobim — Não. Não
tenho nenhum juízo sobre o assunto. Estou fora disso. Estou te dizendo o que eu
assisti.
ZH — Veja disse que o senhor não negou o teor da suposta conversa. Por que o
senhor não negou antes?
Jobim — Como não
neguei? Me ligaram e eu disse que não. Eu disse para a Veja que não houve
conversa nenhuma.
(Leia artigo anterior a esta entrevista para entender melhor este caso) DSF
Jobim desmentiu Gilmar, que mais uma vez procurou a Veja para falar de Lula
Novamente
a imprensa golpista, por intermédio da Veja, autora contumaz do autêntico
jornalismo de esgoto, e da TV Globo, que, em um círculo vicioso, repercute o
jornalismo bandido da Veja — a revista porcaria —, com o propósito de tentar
desmoralizar o presidente Lula, a ter mais uma vez como fonte de informação o
ministro do STF, Gilmar Mendes — a herança maldita de FHC para a República —,
que se encontrou, no dia 26 de abril, com o ex-ministro da Justiça, Nelson Jobim, em seu escritório de Brasília,
onde também estava presente o presidente Lula.
Gilmar Mendes, homem sorrateiro,
de direita, e que combate ferrenhamente os governos trabalhistas desde 2003,
após um mês de ter ido ao escritório de Jobim, homem que tem grande apreço pelo
tucano neoliberal José Serra e que foi demitido do Ministério da presidenta
Dilma Rousseff, disse à Veja — arremedo de revista que chafurda no esgoto do
escândalo Cachoeira/Demóstenes —, que o presidente Lula propôs a ele, o
“condestável” da República, que protelasse o julgamento do Mensalão (episódio
nunca comprovado e negado pelo seu pivô, o ex-deputado Roberto Jefferson, em
depoimento no STF) e com isso o juiz do Supremo seria blindado no que concerne ao
escândalo Veja/Cachoeira/Demóstenes/Globo.
Acontece que mentira tem perna
curta. E mentirosos sempre se dão mal. Nelson Jobim, que não nasceu ontem
negou, peremptoriamente, as ilações desavergonhadas do ministro Gilmar Mendes,
amigo íntimo de Demóstenes Torres e que esteve em Munique na mesma época que o
senador do DEM, considerado pela imprensa burguesa como o arauto da ética, da
moral e dos bons costumes. Além disso, o bicheiro Carlinhos Cachoeira também
esteve naquela metrópole, o que dá, realmente, o que pensar sobre essas
coincidências.
A verdade é que o Gilmar Mendes,
a herança maldita do neoliberal FHC, está a se antecipar sobre os fatos que vão
ser ainda levados ao público, e por isso, mais uma vez mancomunado com a Veja —
a revista porcaria —, Gilmar cria um factóide com finalidade clara de melar a
CPMI e levar confusão à população por meio de revista como a Veja, cujas
matérias são repercutidas e amplificadas pelos jornais da TV Globo e pela
oposição partidária no Congresso Nacional, que está em crise e não sabe como
vai, um dia, assumir o poder na esfera federal.
Boechat foi demitido do Globo. Merval apoiou e agora defende o Eumano Silva, de Época
A Veja, o Demóstenes e o Gilmar,
ao que parece, aliaram-se há alguns anos para, efetivamente, boicotar os
governos trabalhistas de Lula e Dilma, bem como, na medida do possível,
sangrá-los e quiçá levá-los ao impeachment.
Esta é a verdade e com a verdade não se brinca. A pergunta que não quer calar é
a seguinte: “O Gilmar tem medo do quê?” Porque é assombroso e de uma insensatez
sem tamanho um ministro do STF ir ao escritório de um ex-ministro do Supremo e
da Justiça e depois procurar a Veja para afirmar que o ex-presidente Lula
propôs a ele — Gilmar é homem envolvido em episódios de deixar qualquer um com o
queixo caído — adiar o julgamento do Mensalão e, em contrapartida, blindá-lo
para que o juiz condestável não seja envolvido com o escândalo
Veja/Globo/Demóstenes/Cachoeira.
O que é isto, cara-pálida? Lula é
um chantagista? Então, o Gilmar Mendes tem de denunciá-lo ou processá-lo. Tem
de fazer alguma coisa! Contudo, a armação do juiz do STF com a Veja e a
repercussão da Globo, que está freneticamente a defender o pessoal da revista
Época, que, por meio do jornalista e editor Eumano Silva, também se associou,
tal qual a Policarpo Jr, da Veja, com o esquema da quadrilha do Carlinhos
Cachoeira, que tinha como seu representante nos escaninhos da República o senador
Demóstenes Torres, do DEM, ídolo da imprensa comercial e privada (privada nos
dois sentidos, tá?)
A imprensa corporativa, movida
por ódio de classe, ideologia e ganância por dinheiro, criou uma malha de
espionagem, de escutas clandestinas, de tráfico de influência e de matérias
artificiais e acusatórias que derrubaram cinco ministros, sendo que alguns
deles foram linchados moralmente, em público, sem direito a resposta e sem a
comprovação de provas de terem cometido malfeitos. Evidentemente que esses
ministros deverão processar as revistas porcarias, que não vendem e causam
prejuízo ao pool de empresas das
quais fazem parte.
Gilmar Mendes e a Veja contam com
a TV Globo para melar o escândalo no qual eles também podem estar envolvidos. A
Época é das Organizações(?) Globo. E tem, sistematicamente, atuado como
oposição aos governos trabalhistas há quase dez anos. Eles não tem outra
solução para fazer com que seus aliados políticos (PSDB-DEM-PPS) voltem a
ganhar eleições para assumir a cadeira da Presidência da República. Os tucanos
estão derrotados. E o DEM é quase um partido pequeno.
Policarpo Jr (Veja) é o Eumano Silva (Época), mas não o Boechat, ex-Globo
Por isso e por causa disso é que
o sistema midiático empresarial e de direita assumiu a oposição e,
consequentemente, não mede esforços e consequências para derrubar,
desqualificar, desconstruir e golpear os governantes trabalhistas. É o DNA dos
barões da imprensa, categoria mais reacionária e atrasada do mundo empresarial.
Eles são golpistas por essência e absolutamente capazes de armar material
noticioso para salvarem suas peles de crocodilos, que se associaram a outros
crocodilos do submundo da espionagem.
A “arapongagem” tem como
alicerce o tráfico de influência no setor público, além da intromissão
(consentida) pelos agentes do estado eleitos pelo povo no que é relativo a
quadrilhas como a do Carlinhos Cachoeira ter influência e inclusive dar ordens
no âmbito das três esferas de poder. Um absurdo que o ministro Gilmar Mendes, inacreditavelmente,
vai ter que julgar com seus colegas, independente da existência da Veja, da
Época e da TV Globo.
As Organizações(?) Globo, inclusive, não respeitam seus "princípios" jornalísticos tão amplamente divulgados. No passado, demitiram um dos jornalistas mais influentes da Organização(?), o Ricardo Boechat, que, em 2001, foi acusado de estar envolvido em grampo, segundo matéria da Veja. Boechat foi gravado a conversar com Paulo Marinho, ex-assessor do empresário Nelson Tanure, atual proprietário do Jornal do Brasil. O diálogo gravado era sobre uma disputa empresarial com o pessoal do Daniel Dantas. A "reportagem" da Veja acabou com a carreira de Boechat no O Globo. Sua conduta foi criticada duramente pelo "imortal" Merval Pereira, que hoje nada diz sobre a conduta de Eumano Silva, editor da revista Época, publicação que supostamente está envolvida com o esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Dois pesos e duas medidas, quando essa gente quer salvar sua pele.
Lula não tem poder para protelar
a CPMI e muito menos quer fazer isso. Lula é republicano, e compromissado com a
legalidade — historicamente. O estadista provou isso em seu governo democrático
e materialmente distributivista, o que fez a elite econômica e preconceituosa
aumentar ainda mais seu ódio por ele, como tiveram no passado por Getúlio
Vargas, João Goulart e Leonel Brizola. Os barões da imprensa e seus editores,
colunistas e editorialistas capatazes sabem que está em jogo a credibilidade da
imprensa de negócios e sem nenhum compromisso com a Nação brasileira. Eles
meteram a mão no esgoto e agora querem esconder o mau cheiro, que se impregna
em suas redações. Mas não vai ser possível, porque a CPMI é multipartidária,
independente e não tem como esconder o que está a feder, e muito.
O ministro Gilmar Mendes é justamente o homem que deu dois habeas corpus (canguru) a
Daniel Dantas, que teve a conversa gravada sem áudio juntamente com o
Demóstenes, fato este que ajudou a liquidar a Operação Satiagraha, que colocou
na geladeira o juiz Fausto De Sanctis, que derrubou o presidente da Abin,
delegado Paulo Lacerda e que quase desmoralizou o delegado e atualmente
deputado federal do PC do B, Protógenes Queiroz.
Os filhos do Marinho não são o pai, e muito menos tem a mesma influência
O problema desse péssimo ministro
para o interesse público é a inconformidade com as mudanças pelas quais este
Pais passou e por isso está a se desenvolver cada vez mais, com maior pujança. Ele
é um coronel político na acepção da palavra. Age como tal, no STF, para o desgosto da
Nação. Gilmar Mendes, se aparecer seu nome na CPMI, tem de ser chamado
às falas. Ele gosta muito de se conduzir assim com outras autoridades, inclusive
dessa forma se comportou com o presidente mais popular da história do Brasil.
Autoritário, arrogante, falastrão
e vaidoso, Gilmar Mendes não teme a lei que ele executa, bem como não pode ver
um jornalista da imprensa golpista sem deixar de deitar falação. Juiz não deve
falar porque determina. Só o Gilmar não sabe disso. E o Marco Aurélio de Mello. O César Peluso também. Gilmar Mendes é o homem do grampo sem áudio, apesar de o áudio ser o dom da sua
voz. Lula não pediu nada, e Gilmar ficou com o papel de mentiroso. É isso aí.
O “Bom
(Mau) Dia Brasil”, da TV Globo, fez novamente hoje um grande esforço para
proteger os tucanos de São Paulo, seus aliados políticos e de negócios, no
decorrer de 18 anos que os emplumados paulistas e paulistanos e seus aliados do
DEM e também do PSD estão à frente do Governo e da Prefeitura de São Paulo.
O
motivo da proteção se dá porque os metroviários e os ferroviários cruzaram os
braços, e por causa das greves o trânsito de São Paulo, que é um caos em sua
rotina diária, transformou-se em um pandemônio, porque cerca de cinco milhões
de pessoas ficaram sem ter acesso aos transportes de massa sobre trilhos e tiveram de se locomover por
ônibus, lotações, carros e similares, o que levou o paulistano a ter de enfrentar um engarrafamento de 202 km, o maior da história da megalópole.
“O
Mau Dia Brasil”, da TV Globo, ficou muito preocupado com o movimento grevista e por isso, como sempre acontece algum problema social,
criminal e administrativo em São Paulo, os âncoras do “Mau Dia Brasil”, da TV
Globo, tentam nacionalizar os problemas causados pela irresponsabilidade dos
tucanos e, evidentemente, pelos seus cúmplices, neste caso a TV Globo e seus
jornalistas que corroboram para amenizar os malfeitos contra o sofrido povo
trabalhador de São Paulo.
Contudo,
considero que o povo paulista deveria, urgentemente, parar de votar em tucano
neoliberal e de direita e assim dar fim ao sofrimento imposto por neoliberais
que quase afundaram o Brasil quando estavam no poder e hoje efetivam uma política
neoliberal em São Paulo e sua capital, que degrada o poder público e seu
patrimônio, que são as empresas estatais paulistas, que foram vendidas,
alienadas ou terceirizadas para privilegiar grupos privados e atender a
ganância de empresários sem escrúpulos e sem compromisso com o total da
sociedade do estado bandeirante.
Foto: Luiz Guarnieri/AE
Os “âncoras”
Renata Vasconcellos e Alexandre Garcia cumpriram muito bem e mais uma vez seus
papéis de porta-vozes e defensores dos interesses de seus patrões e do governo
do PSDB paulista. Renata Vasconcelos, como sempre, após a repórter de rua e a “âncora” Carla Vilhena, diretamente do estúdio do “Mau Dia Brasil” em São Paulo, anunciarem e mostrarem o caos
paulistano, prontamente emite a seguinte frase: “Não é só em São
Paulo, Carla!”. Propositalmente, a apresentadora Renata nacionaliza a crise ao tempo que a difunde pelo Brasil e com isso desvia a atenção sobre os governantes do estado e da capital que tem o mesmo nome. Renata e Alexandre pensam que enganam a quem? Só se for os eleitores do José Serra.
Se
esses acontecimentos ocorressem no Rio de Janeiro ou em outra metrópole
brasileira jamais se ouviria tal frase que tenta, em vão, disfarçar,
dissimular, distorcer e amenizar o que até os mortos e os recém-nascidos sabem:
São Paulo é um caos, a corrupção ainda não foi investigada como ocorre na
esfera federal, os investimentos públicos diminuíram, a violência é sistêmica,
a poluição é insuportável e o trânsito mata o paulistano de desgosto ou de
raiva.
Só
quem não sabe disso é a TV Globo, os políticos tucanos paulistas e os barões da
imprensa do Estadão, da Folha, de O Globo e das revistas Veja e IstoÉ, além de
parcela grande da população que se recusa perceber, depois de 18 anos de
desgoverno do PSDB/DEM, que os governantes tucanos são os autores do retrocesso
econômico e social de São Paulo, que, evidentemente, não tem mais o poder que
tinha antes no que concerne à Federação.
Foto: Luiz Guarnieri/AE
Para
o oligopólio midiático privado o Brasil é São Paulo. Acontece que não é. Está
muito longe disso, como provou o estadista gaúcho Getúlio Vargas no já longínquo,
distante ano de 1930. E por que eles insistem em agir assim? Porque é em São
Paulo onde estão, em maior número, as oligarquias que controlam os diferentes
meios de produção, inclusive o midiático, porta-voz das elites econômicas e o
setor mais reacionário do mundo empresarial.
Por
isso, a dificuldade de os governos progressistas governarem sem sobressaltos
graves, que levam confusão à população, que tem praticamente como canais de
notícias empresas controladas por empresários que querem, historicamente, um
Pais para poucos privilegiados, com apenas 30 milhões de consumidores — em vez
de 200 milhões — e de preferência governado por políticos pautados por eles,
exemplificados no neoliberal FHC, que vendeu o Brasil, foi ao FMI três vezes de
joelhos e com o pires na mão e se recusou a investir na maior riqueza de
qualquer País, que é o seu povo.
Depois
temos de aturar essa gente que foi cúmplice e sócia da ditadura
empresarial/militar a falar de liberdade de expressão e de imprensa no direitista
Instituto Millenium, como se nada tivesse acontecido no passado. Apoiaram um
golpe de estado financiado por estrangeiros — o que é grave traição à Pátria —,
passaram 20 anos a mamar nas tetas do Estado militarizado, pois são patrimonialistas,
e se tornaram cúmplices da censura da qual eles mesmos se tornaram “vítimas”. O
general e presidente Ernesto Geisel afirmou uma vez (frase não literal): “Acabei
com a censura porque percebi que os órgãos de comunicação se autocensuram”.
Mais do que isso, certamente, o general sabia que os barões da imprensa eram
mais reacionários do que ele próprio pensava quando assumiu
(inconstitucionalmente) o poder.
Foto Mário Angelo/Sigmapress/Folhapress
Eu
sou exemplo e vítima da censura praticada pelos empresários midiáticos e por
seus jornalistas de confiança. O meu blog, o “Palavra Livre”, que era,
seguramente, o mais lido pelos leitores foi extinto pelo “Jornal do Brasil” em
janeiro deste ano. Censuraram-me da forma mais desrespeitosa possível, porque
após dois dias do “sumiço” do blog do elenco de blogueiros que fica na capa do
JB online, resolveram me dar a "oportunidade" de receber a informação, por e-mail, que o meu perfil não se
adequava à nova reestruturação do jornal, que, evidentemente, nunca foi
reestruturado. A diretoria do JB pediu a minha cabeça e apagaram o blog sem, no
entanto, avisar-me. Realmente, o general Geisel sabia o que falava e
principalmente com que tipo de gente estava a lidar.
“O
Mau Dia Brasil” é uma ode à insensatez e à manipulação dos fatos e das
realidades que acontecem e se apresentam para a sociedade. Deve ser muito duro
para o jornalista, de acordo com suas conveniências e metas profissionais, ter
de servir de veículo vivo dos interesses empresariais e políticos dos barões da
imprensa. Obviamente que alguns jornalistas, além de concordar com tudo isso,
ainda são mais empenhados que seus patrões no que tange a atender os interesses
das empresas onde trabalham. Como diz o Mino Carta, “jornalista no Brasil é o
único que chama patrão de colega”. E completo: alguns jornalistas são politicamente mais
reacionários que seus patrões e péssimos chefes de seus colegas de profissão. Geisel tinha razão. É isso ai.
O
Ministério Público Federal tem 27 representações no Brasil e são subordinadas à
Procuradoria Geral da República (PGR). Há anos a sociedade brasileira percebe
que a PGR de tradição republicana se partidarizou, aliou-se à linha de
pensamento conservador e se tornou, por intermédio da imprensa burguesa e
corporativa, um dos porta-vozes dos interesses das classes dominantes, das
elites econômicas brasileiras, que são partes integrantes do establishment mundial, que exerce forte
controle sobre os estados nacionais e o conjunto da sociedade, no que concerne
à ordem política, econômica, ideológica e até mesmo cultural.
A Constituição de 1988 definiu o Ministério
Público Federal como um poder da mesma importância dos demais Poderes da República, o
que o tornou independente financeiramente, funcionalmente e
administrativamente. Também foi assegurado ao MP zelar pela
promoção e defesa das liberdades constitucionais dos cidadãos brasileiros, pelo
regime democrático, que tem como base o estado democrático de direito e pela
ordem jurídica. Contudo, não é o que se vê e o que se percebe. A Procuradoria
Geral da República, que tem ascendência sobre as representações do Ministério Público nos estados está
a ser controlada por procuradores determinados a fazer política em prol de
setores conservadores da sociedade brasileira. A impressão que se tem é que
certos promotores e procuradores optaram por combater governantes de perfis
trabalhistas eleitos pelo povo brasileiro desde 2002.
O procurador-geral, Roberto Gurgel, tem muito
poder. E tem de tê-lo para que possa exercer plenamente suas atividades como a
autoridade responsável pela defesa dos interesses do povo brasileiro. Gurgel é
o acusador criminal, o fiscal da lei, e, consequentemente, o defensor do povo. O
procurador é inclusive o mantenedor da ordem e da paz social. Ele, por meio de
suas atividades e ações, garante a segurança, os valores e o modo de vida da
sociedade brasileira, conforme determina a nossa Carta Magna.
O senador Demóstenes é uma criação da imprensa que agora o ataca. Cachoeira é seu patrão e pauteiro da revista Veja.
Todavia, o procurador é contestado por
segmentos importantes da sociedade, que quer sua presença na CPMI do
Cachoeira/Demóstenes, que deveria ser chamada de CPMI da Veja/Globo, empresas
midiáticas que efetivaram a disseminação de “matérias” ou “reportagens”
jornalísticas, que, indubitavelmente, visavam a desestabilização dos governos
trabalhistas dos presidentes Lula e Dilma, além de, obviamente, ocasionarem
mal-estar em camadas da sociedade que tem por referência noticiosa os meios de
comunicação comerciais e privados controlados por meia dúzia de barões da
imprensa que se recusam a perceber que o País mudou e mesmo assim ainda desejam
um Brasil colonizado, dependente e explorado pelos países considerados
desenvolvidos e que hoje enfrentam uma crise econômica, financeira e fiscal sem
precedentes no mundo contemporâneo. É o inquestionável complexo de vira-lata de
nossas classes dominantes, que, se pudessem, retrocederiam na história para
efetivarem novamente o sistema de escravidão.
É dessa forma que se comportam setores do
Judiciário, do Ministério Público e do Congresso. Entretanto, no que diz
respeito ao Parlamento, compreende-se que políticos conservadores que integram
partidos à direita do espectro ideológico defendam a tese de um País para
poucos privilegiados. Afinal é o papel deles e para isso que eles foram
eleitos, além de serem representantes legítimos de segmentos sociais sectários
e nada democráticos. O que não pode jamais acontecer é que homens e mulheres
que militam na Procuradoria Geral, nas representações do MP nos Estados e no
Judiciário (STF, STJ e TJs) se envolvam em questões partidárias e ideológicas,
pois são atores importantes nomeados e pagos pela sociedade para defendê-la
daqueles cidadãos que cometem malfeitos.
O procurador Roberto Gurgel tem de ser
convocado para dar seu depoimento na CPMI. Deveria ser uma honra para ele
explicar suas decisões quanto à Operação Vegas efetivada pela Polícia Federal
em 2009 cujos autos do inquérito ficaram guardados em sua gaveta até abril deste
ano, o que levou um grupo de parlamentares a visitá-lo e pedir explicações para
tal conduta. Gurgel, anteriormente, recusou-se a conversar com os parlamentares,
representantes do povo, e tergiversou. Não satisfeito com suas atitudes e, de
forma premeditada, tentou se blindar com o Mensalão, que daqui a poucos meses
vai ser julgado pelo STF. Para rebater as críticas, o procurador-geral Roberto
Gurgel atacou os parlamentares, quando, na verdade, o escândalo
Cachoeira/Demóstenes, que deveria se chamar Veja/Globo, é a questão
discutida em pauta. O País não merece um procurador desse.
Depois a PF, na Operação Monte Carlo, abre
seu leque de detalhes sobre a atuação da quadrilha do bicheiro Carlinhos
Cachoeira que, ao que parece, tomou conta do Governo do Estado de Goiás, além
de serem divulgadas (sempre matreiramente) pela imprensa burguesa e de negócios as
gravações de Cachoeira e seus asseclas a falar e propor ações com pessoas
vinculadas à imprensa (Veja) e a partidos como o DEM e o PSDB, porque não se
pode, ressalto, até o momento, fazer comparações entre os governadores Agnelo
Queiroz, do PT, por exemplo, com o que foi investigado pela PF, no que tange ao
envolvimento do governador tucano de Goiás, Marconi Perillo, com esse esquema que
se infiltrou em diferentes poderes.
O procurador-geral Roberto Gurgel não quer falar na CPMI e muito menos dar satisfação à sociedade.
A imprensa empresarial confunde, manipula e
distorce, mas não vai adiantar tal estratégia, porque as investigações são
independentes, multipartidárias e os autos dos inquéritos analisados pelos parlamentares
não podem ser emendados ou modificados. E neles constam as investigações sobre
Perillo e a sua voz gravada a negociar com o bicheiro Carlinhos Cachoeira que
está a ser acusado inclusive de ter cometido sequestros. A mesma coisa serve
para o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, do PMDB. Cabral, realmente,
teve um péssimo comportamento no que se trata a ir a Paris acompanhado do dono
da construtora Delta, Fernando Cavendish (apenas ele é o dono? E o Cachoeira?).
Sua dancinha em frente ao Hotel Ritz foi imprudente e demonstrou a total falta
de non sense de um governante de um
estado importante como o Rio de Janeiro. Além disso, há algum tempo o
governador fluminense tem cometido ações e atitudes que geram desconfiança da
sociedade organizada. Vamos ver como tudo acaba em relação ao Cabral.
Contudo, grosso modo e sem ainda o Sérgio Cabral
ter sido gravado pela PF ou coisa que o valha, nada se compara o que já foi
descoberto pelas investigações sobre o tucano Marconi Perillo. A imprensa pode
tergiversar e agir de má-fé intelectual e até mesmo criminosa, mas, por
enquanto, a “suposta” associação ao crime e da parte de políticos como o
senador Demóstenes Torres (DEM), o governador Perillo (PSDB), o deputado Carlos
Alberto Leréia (PSDB), dentre outros deputados e autoridades de Goiás, o que
sedimenta ainda mais a desconfiança de que o povo goiano está a ser governado
pelo jogo do bicho com a cumplicidade de autoridades de alto escalão e com
influência em termos nacionais, como é o caso do governador e senador goianos.
E são esses fatos que “matam” e preocupam a imprensa (leia-se Veja, Estadão,
Folha, Globo jornal e TV, Correio Braziliense e outros menos cotados que ficam
na “rabeira” do Partido da Imprensa Golpista — o famigerado PIG).
Saliento que o
senador Demóstenes era o arauto, o guardião, o varão da moral, da ética e dos
bons costumes, a ser, inclusive, um dos principais políticos responsáveis em
atender às demandas legais do Judiciário e do Ministério Público junto ao
Congresso Nacional, o que, sobremaneira, conta ainda mais para sua
culpabilidade, bem como para aumentar, e muito, a trapaça de imprensa e de
seus barões no que é relativo à criação de um fake moral e político como o é o senador Demóstenes. A imprensa
burguesa e privada (privada nos dois sentidos, tá?) luta pelo poder e apoia
golpes de estado.
Vive da falsidade, do
jornalismo de uma versão, da publicidade oficial, de maus faits divers e coloca em um mesmo caldeirão acontecimentos antagônicos,
díspares e realidades que não se interligam (Mensalão X Cachoeira/Demóstenes),
com o propósito de causar confusão na sociedade e, por conseguinte, facilitar a
concretização de seus interesses econômicos e políticos, bem como defender os
seus aliados, como ocorre agora. O setor midiático empresarial luta por poder
político para pautar os governantes eleitos e por poder econômico para
controlar os meios de produção, inclusive de outros segmentos da economia. O
sistema midiático brasileiro é o principal aliado dos bancos, e apenas aos
bancos esse setor não faz oposição. São a corda e a caçamba; o reflexo de si
mesmos; o arco e a flecha do sistema capitalista mundial. Eles são a essência
do imperialismo e do controle das riquezas das nações. A verdadeira
plutocracia. Por isso e por tudo isso, o procurador-geral da República tem de
ir às falas. E os barões da imprensa também. É isso aí.
O prefeito Eduardo Paes
sancionou, no dia 14 de maio, no Palácio da Cidade, o Projeto de Lei nº 1.081, de
autoria do vereador João Mendes de Jesus (PRB), que trata de cotas para negros
e índios em concurso público em âmbito municipal. O projeto agora é Lei e já
está em vigor desde o dia de sua sanção.
Davis Sena Filho — O quê
significa a aprovação das cotas para negros e índios no âmbito do município do
Rio de Janeiro?
João Mendes de Jesus — Antes
de tudo, a vitória dos sensatos e democratas, dos que querem uma cidade, um
Estado e um País para todos cariocas, fluminenses e brasileiros, e não apenas
restrito a uns poucos privilegiados, que controlam os meios de produção e integram a nossa elite econômica. Afinal, o Rio de Janeira é a cidade mais
conhecida do Brasil, e tudo o que acontece de bom ou de ruim na cidade
repercute em termos nacionais e internacionais.
DSF — Como surgiu a ideia de
elaborar o projeto de lei nº 1.081 sancionado pelo prefeito Eduardo Paes?
JMJ — Por meio da história
das políticas afirmativas no Brasil e no exterior inclusive em outras áreas de
atividade humana, como as universidades e o próprio Governo do Estado do Rio,
que também aprovou cotas para concursos no serviço público. O problema maior
são alguns representantes das elites brasileiras, que através de seus
porta-vozes na imprensa corporativa e em setores que militam no campo
partidário de direita e do Direito se insurgem contra à luta pela igualdade de
oportunidades entre as pessoas e ficam a fazer campanhas panfletárias, que
distorcem a verdade e de fundo preconceituoso e intolerante. Contudo, a sólida
democracia brasileira não permite que tais grupos ou pessoas tenham suas teses
elitistas e sectárias vitoriosas apesar de eles terem toda liberdade para
expressá-las.
DSF — Setores conservadores
da sociedade afirmam que as cotas também são preconceito e privilegiam os
negros e os índios?
JMJ — Quero deixar claro: as
cotas não são eternas e não queremos que isto aconteça. O prazo de duração das
cotas é de dez anos e pode ser renovado se for necessário. Porém, queremos
tempo o suficiente para que possamos igualar as condições dos negros e índios
no que concerne à igualdade de oportunidades e ao combate às desigualdades.
Além disso, as cotas são destinadas a 20% daqueles grupos sociais que,
historicamente, não tiveram, por parte do Estado, acesso às condições para
terem uma vida de melhor qualidade. E, evidentemente, que os índios, que foram
quase exterminados, e os negros, que vieram para o Brasil na condição de
escravos, são os grupos étnicos que estão em desvantagem em relação aos brancos e à
maioria dos imigrantes que vieram para o Brasil no fim do século 19 e início do
século 20, como os japoneses, os poloneses, os italianos, os alemães, que,
inclusive, receberam terras, o que, injustamente, não aconteceu com os negros,
por exemplo, que tiveram de ocupar os morros, a periferia, enfim, as favelas. O
meu projeto que virou lei é justo.
DSF — O vereador considera
que as cotas resolvem tudo?
JMJ — Esta pergunta me dá a
oportunidade de dizer aos que são contra que as cotas não resolvem tudo, mas
ajudam no que diz respeito à cidade do Rio de Janeiro, que é internacional e
por isso muito importante para o Brasil ainda mais quando um projeto de
política afirmativa é aprovado, o que pode levar outras cidades a seguir os
passos do Rio no que é relativo às cotas para negros e índios em concurso
público em âmbito municipal. Estou muito feliz e agradecido aos vereadores, ao
prefeito, ao Movimento Negro do Rio, que compreenderam o propósito social das cotas e
aprovaram o meu projeto.
Das
conquistas gregas e romanas até a dissolução da Iugoslávia: um vídeo criado por
um software da Centennia Historical Atlas conta a história da Europa em
menos de quatro minutos. A música tema foi composta por Hans Zimmer para o filme "Inception".
Para se ter ideia da quantidade de fatos, a Segunda Guerra Mundial só começa a
aparecer a partir dos três minutos.
Gurgel prevaricou e se blinda com o Mensalão para não ir à CPMI
“A lei é a razão livre da
paixão” (Aristóteles)
“Teu dever é lutar
pelo direito, mas no dia em que encontrares o direito em conflito com a
justiça, luta pela justiça”(Eduardo Couture)
“Presidenta
Dilma, cadê o projeto de marco regulatório para as comunicações elaborado pelo jornalista Franklin
Martins? Se a senhora não sabe, pergunte ao ministro das Comunicações Paulo
Bernardo!"
Há dias não escrevo. Contudo, tenho acompanhado
o noticiário, os artigos e as opiniões de especialistas da imprensa comercial e
privada (privada nos dois sentidos, tá?), bem como de blogueiros considerados
sujos e até mesmo imundos por jornalistas que defendem o establishment, como alguns
bate-paus da “Veja” — a revista porcaria — e das “Organizações(?) Globo”. As
notícias tem por objetivo, a depender de quem as dissemina, dar ou não transparência
aos brasileiros sobre a CPMI do Cachoeira, que é a do Demóstenes, que, por sua
vez, é a do Cavendish da Delta, que também pode ser chamada de CPMI do Gurgel/Perillo,
mas que, para mim, tem de ser chamada de CPMI da Veja/Globo.
E por quê? Porque não seria possível
para o senador do DEM, Demóstenes Torres, um procurador quase desconhecido, e para
o governador do PSDB, Marconi Perillo, e para o principal aliado de ambos, o
empresário do ramo de jogos, como gosta de afirmar a “Folha de S. Paulo”,
vencerem eleições com certa facilidade, terem forte influência política e partidária no Estado de
Goiás, no Congresso, em setores do Judiciário e também no meio empresarial sem
o “providencial” apoio do sistema midiático empresarial e politicamente conservador,
além da estranha conduta do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e de
sua mulher, a subprocuradora da República, Cláudia Sampaio, que simplesmente
deixaram mofar na gaveta os autos de inquérito relativos à Operação Vegas realizada, em 2009,
pela Polícia Federal.
Cachoeira era o chefe de Demóstenes e influenciava no governo de Perillo
Gurgel, como todo mundo sabe,
somente deu continuidade ao inquérito neste ano, ou seja, quase três anos depois,
após um grupo de parlamentares o “visitar” na Procuradoria quando o inquiriu sobre
o porquê de tal defensor dos interesses do povo brasileiro ter segurado por
tanto tempo um processo de investigação tão importante e grave para a República
e, consequentemente, para a Nação. Os autos da Vegas são de 2009 e envolvem
deputados federais e estaduais, promotor, policiais civis e militares, governador
Perillo (a imprensa privada quer incluir os governadores Sérgio Cabral e Agnelo
Queiroz), senador, empresários, servidores públicos das três esferas de poder
e, evidentemente, o jogo do bicho, controlado por um dos bicheiros mais
poderosos do Brasil, o Carlinhos Cachoeira, cujo falecido pai foi sócio do
contraventor mais famoso de todos os tempos, o bicheiro carioca Castor de Andrade.
Não faço ilações contra o
procurador Gurgel quanto à sua conduta moral, mas ressalvo que suas ações no
que diz respeito ao seu cargo e às suas responsabilidades deixaram muita gente
em dúvida, o que inclui nesse bojo setores da sociedade que acompanham o escândalo
com mais atenção e os parlamentares que integram a CPMI, que, para mim, é principalmente
da “Veja” e da “Globo”. A minha assertiva é válida, porque, certamente, a
atitude de Gurgel teve o propósito de não atrapalhar ao tempo que favorecer as
candidaturas majoritárias no ano de 2010 do governador tucano Marconi Perillo,
do senador Demóstenes Torres (menina dos olhos e fake da imprensa burguesa), além de outras candidaturas proporcionais,
menos relevantes sem deixar de ser importantes. Se o procurador-geral não agiu de
forma calculista, não me sinto impedido para
afirmar que suas ações, mesmo involuntárias, concorreram para favorecer a dupla
goiana de políticos do DEM e do PSDB.
Além disso, a mulher do
procurador, subprocuradora Cláudia Sampaio, disse que o delegado Raul Alexandre,
que conduziu as operações, solicitou o arquivamento do inquérito, o que foi
contestado em nota da PF do dia 14 de maio. A verdade é que muitos procuradores,
promotores e juízes se tornaram “políticos” sem mandato popular, e, por
conseguinte, agem de forma ideológica, opcionalmente conservadora e voltada
para os interesses políticos e partidários de agremiações de direita e que
controlam, historicamente, o Poder Judiciário. São juízes e procuradores ou
promotores que querem manter o status quo
de grupos econômicos e políticos até então dominantes que, com o amadurecimento
da democracia brasileira, perceberam que estão a perder espaço para segmentos
políticos-ideológicos de ordem trabalhista, a mesma que desenvolveu o Brasil de
1930 até 1954 e foi deposta pelo golpe empresarial-militar de 1964.
Perillo, governador de Goiás, reconheceu "certa" influência de Cachoeira
O establishment está desesperado,
pois há dez anos é derrotado nas urnas. Ele sabe que os partidos conservadores
estão fragilizados e por isso seu porta-voz e aliado principal e mais poderoso,
o baronato da velha imprensa corporativa, associou-se ao crime organizado. Todo
mundo percebe esse processo draconiano de corrupção de setores do estado, que
teve não apenas a cumplicidade da imprensa, mas também sua efetiva participação
por intermédio da “Veja” e da defesa, intransigente, das “Organizações(?) Globo”
para com as ações e atos de tal revista, sua co-irmã de lutas contra o
trabalhismo e a concretização de uma sociedade plural, democrática, solidária e
justa para todos os brasileiros..
Esses dois setores, o sistema
midiático e parte do Judiciário, são, atualmente, os maiores empecilhos para o
desenvolvimento da democracia brasileira, porque recusam, terminantemente, ver
as classes ricas afastadas do controle do estado nacional. São nepotistas,
patrimonialistas e detestam não poder se beneficiar dos privilégios que o
estado propiciou a essas classes durante décadas ou séculos. O Judiciário
sempre foi a alma dos ricos, ainda mais em um País que teve 350 anos de
escravidão. E a imprensa sempre foi a ponta-de-lança, a porta-voz das classes
empresariais urbanas e rurais que sempre formaram seus próprios juízes e advogados.
Eles são a elite que mesmo
privilegiada e beneficiada economicamente como ocorre com os trabalhistas no
poder não suportam ver a ascensão econômica e social de outras classes, porque
o estado é bom somente para servi-los, pois, do contrário, os governantes
trabalhistas vão ter de se defender de golpes e contragolpes no Judiciário e na
Imprensa, mesmo se for por meio de notícias mentirosas, manipuladas e
distorcidas ou por intermédio de chicanas, protelações, abuso de autoridade e
até mesmo pela injustiça. Juízes são homens e mulheres e tem valores e
princípios trazidos de seus berços e por causa disso podem naturalmente serem
injustos. E é o que acontece. E repetidas vezes.
Globo protege o Civita, que faz da Veja, a revista porcaria, um mar de lama
O PT e seus aliados não podem
tergiversar com aqueles que sempre acusaram e tentaram até dar golpe de estado
como ocorreu em 2005. O procurador Roberto Gurgel, a subprocuradora Cláudia
Sampaio, o ministro do STF, Gilmar Mendes, não deveriam se precipitar e tentar,
equivocadamente, blindar os que estão envolvidos na CPMI da Veja/Globo com o
caso Mensalão, que não foi comprovado e negado no STF pelo pivô do caso que
atende pelo nome de Roberto Jefferson. A imprensa forjou matérias e
manipulou-as, e mentiu quando foi necessário. Isto tem de ficar esclarecido
para a sociedade brasileira, que se tornou vítima de informação propositalmente
distorcida. É crime, sim, porque visa favorecer grupos econômicos e políticos e
com isso permitir que seus aliados (da imprensa) sejam beneficiados, inclusive,
como se observa, na esfera pública.
A imprensa comercial e privada
(privada nos dois sentidos tá?) e setores do Judiciário precisam do Mensalão
(nunca foi comprovado) tanto quanto os entes vivos necessitam de oxigênio.
Gurgel, que lembra a inépcia e o conservadorismo do procurador Brindeiro do
neoliberal FHC, tentou se blindar com o caso Mensalão para disfarçar o que ele não quis
fazer, que era apresentar os relatórios, as investigações da Operação Vegas
(que antecedeu a Operação Monte Carlo que prendeu o bicheiro Cachoeira) ao STF.
Gurgel tinha que denunciar e não o fez. O motivo eu não sei. Talvez ele saiba.
E aí o que ele faz? Acusa os parlamentares da CPMI da Veja/Globo eleitos pelo
povo de o atacarem por causa do Mensalão que vai ser julgado daqui a alguns
meses.
Agora, faço a pergunta que não
quer calar: “o Gurgel é maluco ou quer se blindar por não ter feito,
aparentemente, o seu trabalho?” Porque, como diz o sábio povo: “uma coisa é uma
coisa. Outra coisa é outra coisa”. Mensalão é Mensalão, que é uma criação dos tucanos
de Minas Gerais, que também beneficiou os de São Paulo e de outros estados
quando o presidente neoliberal FHC estava no poder. A imprensa burguesa sempre se
esquece desse “pequeno” mas importante detalhe. A quem Gurgel quer proteger? Do
Gilmar Mendes é o que sempre se espera. Ele, irremediavelmente, é a herança
maldita do neoliberal FHC e não resiste defender os interesses da burguesia, o status quo e as causas inglórias. Os
barões da imprensa burgueses e os burgueses do Judiciário são, realmente, os
setores mais atrasados da sociedade brasileira.
Gilmar é a herança maldita de FHC e mesmo sendo juiz defendeu Gurgel
A Comissão Parlamentar Mista de
Inquérito tem uma oportunidade ímpar para mostrar como a imprensa de negócios
comete crimes, bem como deixar claro como políticos, empresários, togados e
outros seres abissais se alastraram pelo estado. Eles tem de sair definitivamente
da vida pública. Como, por exemplo, o proprietário da "Veja", Roberto Civita, ficar livre de não depor na CPMI? É uma insensatez. Essa gente quer desviar a atenção do povo do escândalo Cachoeira/Demóstenes/Veja
e com isso ganhar fôlego e tempo com o Mensalão. Para mim, quem tiver culpa no
cartório no que tange ao Mensalão que seja punido com o rigor da lei. Ora
bolas!
Agora, a imprensa conservadora e
historicamente golpista e autoridades públicas usar de subterfúgios para desviar a
atenção do País e com isso se safar da CPMI é um absurdo. Se o Gurgel tiver de
depor, que vá. Presidentes foram derrubados e sofreram impeachment. Parlamentares foram cassados, e são eleitos pelo povo. O
procurador Roberto Gurgel, para o bem da instituição a qual representa, deveria
estar honrado por dar satisfação à sociedade brasileira. Presidenta Dilma, cadê
o projeto de marco regulatório para as comunicações elaborado pelo jornalista Franklin Martins? Se a
senhora não sabe, pergunte ao ministro das Comunicações Paulo Bernardo. É isso
aí.