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quinta-feira, 26 de abril de 2012
Deputados tucanos se comportam como deliquentes juvenis e rasgam cartaz de a "A Privataria Tucana"
Via Carta Capital
O que antes era só uma acusação, agora está
documentalmente provado: no dia 7 de fevereiro passado, os deputados tucanos
Rogério Marinho (RN) e Sérgio Guerra (PE), acompanhados de um assessor ainda
não identificado, participaram de um ato de vandalismo no sétimo andar do anexo
IV da Câmara dos Deputados, em Brasília. Estimulado por Guerra, que é
presidente nacional do PSDB, Marinho simplesmente arrancou um cartaz de
propaganda do livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr.,
então afixado na porta do gabinete do deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP).
Carta Capital teve acesso às imagens captadas pelas câmeras de segurança pelas
quais se constata, quadro a quadro, como dois parlamentares do maior partido de
oposição do País se comportam como delinquentes juvenis nas dependências do
Congresso Nacional.
Os dois primeiros quadros das imagens captadas pelas câmeras de
segurança mostram a dupla de deputados deixando o gabinete de Sérgio Guerra,
localizado a 50 metros do gabinete de Protógenes Queiroz. Depois, no terceiro
quadro, Marinho é flagrado à distância por uma das câmeras no momento em que
arranca o cartaz, com Guerra bem às suas costas, enquanto o assessor observa a
cena, um pouco mais atrás. O último quadro mostra o trio se afastando, Marinho
com o cartaz na mão, ao mesmo tempo em que fala ao celular. O cartaz de “A
Privataria Tucana”, livro que conta as peripécias de parentes, sócios e amigos
do tucano José Serra em movimentações bilionárias por contas secretas no
Caribe, acabou numa lata de lixo, ao lado de um elevador.
A
molecagem dos deputados tucanos poderá acabar mal. Isso porque o deputado
Rogério Marinho confessou o crime. Segundo ele, arrancar o cartaz da porta de
um outro parlamentar foi “um ato político”. O Código de Ética da Câmara dos
Deputados enquadra a ação de Marinho, contudo, como infração “às regras de boa
conduta nas dependências da Casa”, passível de ação de quebra de decoro
parlamentar. O deputado Queiroz prestou queixa do ocorrido no Departamento de
Polícia Legislativa da Câmara e, na quarta-feira 26, requereu ao presidente da
Casa, deputado Marco Maia (PT-RS), abertura de procedimento disciplinar contra
Marinho e Guerra.
Caso o
assunto chegue a ser julgado pela Comissão de Ética, os parlamentares do PSDB
poderão sofrer censura verbal em sessão do plenário da Câmara e uma suspensão
de seis meses do mandato parlamentar. É uma briga que vai se estender à CPI do
Cachoeira, onde Queiroz e Marinho são membros titulares. Guerra, ao saber da
queixa do colega do PCdoB à polícia legislativa, apressou-se em também acusar
Queiroz, delegado licenciado da Polícia Federal, de quebra de decoro por ter
sido citado em gravações da Operação Monte Carlo, nas quais conversa com o
araponga Idalberto Araújo, o Dadá, com quem trabalhou na Operação Satiagraha, em
2008.
Tremenda molecagem e a mídia nada diz. Se fosse um petista ou membro do MST imagine o carnaval que fariam...
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