sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Dilma barateia energia, Fiesp volta apoiá-la e Aécio defende acionistas

Por Davis Sena FilhoBlog Palavra Livre

Propaganda da Fiesp cobra atitude positiva em prol de energia mais barata no País.
  A Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) deu início, após um tempo em silêncio, à campanha publicitária nos meios de comunicação privados para cobrar apoio dos congressistas para que seja aprovada a Medida Provisória nº 579, de autoria da presidenta Dilma Rousseff, que tem por propósito diminuir a conta de luzo preço das tarifas de energia e dessa forma incrementar e fortalecer ainda mais a economia interna do País
 
 Porém, nem sempre o caminho está livre, e, consequentemente, os obstáculos tem de ser superados.  A pedra no caminho se chama Aécio Neves (PSDB), senador tucano, ex-governador de Minas Gerais e que representa os interesses dos acionistas privados das companhias de energia. Aécio é o lobista mais importante que luta contra a redução da conta da luz, compromissado que é com aqueles que tem muitas ações na Cemig e não querem ter seus lucros diminuídos, mesmo se for em detrimento dos interesses da população brasileira e dos capitães da indústria, que há anos pedem tarifas de energia mais baratas. Tucanos, os que venderam o Brasil, realmente trabalham pelo capital o privado é claro. Não tem jeito. São viciados.

     A campanha publicitária para baixar o preço da energia iniciou após a presidenta trabalhista Dilma Rousseff chamar às falas a Fiesp e seu presidente, deputado Paulo Skaf (PSB/SP), além de ter questionado também o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eugênio Gouvêa Vieira. Os empresários reclamavam que o custo da energia elétrica no Brasil estava a prejudicar a competitividade da indústria nacional. Só que os dois capitães da indústria, de forma estranha, calaram-se por vários dias.
Skaf: discurso não é coerente com sua conduta. Silêncio e depois apoio ao decreto de Dilma.
    Dilma, então, assinou a MP 579, que estabelece novas regras para o setor elétrico brasileiro e estima uma redução média de 20,2%. A MP trata da renovação antecipada da concessão das usinas hidrelétricas que estão prestes a vencer, o que propiciará a redução das tarifas de energia. Entretanto, para sua surpresa, a presidenta passou a enfrentar resistência de parlamentares de oposição e até mesmo de alguns da base do Governo que são ligados às empresas geradoras de eletricidade, a maioria empresas estatais sob a administração de governadores do PSDB, conduta de típicos tucanos neoliberais que não causa nenhuma surpresa.
     Os empresários da indústria, os que mais abriam a boca por causas dos custos da energia e os maiores beneficiados pelo marco regulatório do governo, malandramente ficaram quietos, diferente do que fizeram na época da CPMF, quando foram até a Praça da Sé e montaram um circo para que o Congresso não a prorrogasse, o que causou sérios prejuízos no que  é concernente à arrecadação do SUS. 
     Com a pressão da presidenta trabalhista, eles resolveram se mexer, porque ficariam muito mal na fita perante a categoria empresarial, o povo brasileiro, além de terem sido duramente questionados pelo Governo. Contudo, nada a estranhar, grandes empresários formam uma classe corporativa, de perfil neoliberal, e nem sempre o que apregoam reflete a verdade de suas intenções.
Gouveia reclamava do preço da energia, calou-se e agora apoia o Governo.
     Skaf é deputado pelo PSB, mas, evidentemente, tal homem de negócios não é socialista. Está no PSB por questões de espaço ou porque achou charmoso ser um grande empresário e ser filiado a um partido cuja sigla tem a palavra "socialista". Quando Paulo Skaf foi candidato ao governo de São Paulo em 2010, ele apresentou a seguinte proposta digna de um neoliberal: cobrança de mensalidade nas universidades públicas, além de outras propostas que nem vale à pena citar.
      Não sei até que ponto e os motivos pelos quais os dois principais dirigentes da poderosa indústria brasileira quase recuaram. Os acionistas das companhias transmissoras de energia elétrica são poderosos, muito ricos, estrangeiros e brasileiros, que não tem compromisso com o Brasil por serem rentistas. A mesma coisa acontece com a telefonia e a banda larga. 
       A verdade é que os governos tucanos de FHC — o Neoliberal — jamais deveriam alienar bens públicos e estratégicos para o País, como o fizeram com a Telebras e a Vale do Rio Doce. Deu no que deu: tarifas altíssimas, decumprimento de contratos, liderança de reclamações nos Procons e a negativa de disseminar a telefonia e a banda larga por todos os rincões do Brasil.

Dilma quer fortalecer a economia do País. Aécio defende o bolso de acionistas.
          Por seu turno, os presidentes da Fiesp e da Firjan resolveram aderir as ações do Governo Federal, bem como já deram início à campanha para que os preços de energia caem, tanto no âmbito doméstico quanto no empresarial — industrial. É por intermédio da observação atenta que passamos a conhecer aqueles que são lobos e usam peles de ovelhas. Pelo menos eles reformulam suas ações até então muito questionadas. Antes tarde do que nunca. É isso aí.
     
      

4 comentários:

Péricles Sarmento disse...

E assim são as coisas, Davis, por causa de ideologia esses caras, os empresarios, preferem até ficar no prejuízo. Já o Aécio Never, esperar o que de um playboy que vive mais no Rio enchendo a cara do que em Minas? Imagina essa cara presidente. Aécio NEVER nunca.

Rodrigo disse...

O lobby de Aécio em favor das elétricas, em particular a Cemig, cuja sócia é a Andrade Gutierrez, foi denunciado com todas as letras na Assembléia Mineira. Veja pronunciamento do Dep. Estadual Rogério Correia, do PT:

Anônimo disse...

E Rosemary Noronha, hein?
Uma verdadeira tucana....

Edmundo Grajauskas disse...

Boa tarde, Amigo! Não acredito em políticos da especie do nosso país. A minha conta de Luz acabou de chegar e veio avisando que a conta de luz subiu 11,82%. Eu gostaria de saber onde é que esta o valor de redução a tarifa elétrica no consumo de energia?. Essa deve ser a maior mentira que o povo já teve que engolir . Me engana, mas não mente, que mentira tem perna curta.